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ISSN 1645 – 3298
RevistaConsejo EditorialAutores
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Desempenho de uma Equipe Feminina de Voleibol Sub
15 de Acordo com a Hemisfericidade: Um Estudo
Através do Coeficiente de Performance
Gymnasium · 2 (1) · 2017
Voleibol; Hemisfericidade; Esporte; Desempenho Esportivo
Nelson Kautzner Marques Junior y Danilo Arruda
kautzner123456789junior@gmail.com, daniloarruda13@hotmail.com
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Resumen
O objetivo do estudo foi de analisar o coeficiente de performance (CP) dos fundamentos
em cada disputa e dos campeonatos de uma equipe feminina de voleibol sub 15 de acordo
com a hemisfericidade. A amostra foi composta por uma equipe feminina de voleibol sub
15 que disputou as competições no Paraná no ano de 2015. A hemisfericidade foi
estabelecida pelo teste de CLEM de acordo com as informações de Marques Junior
(2010), Oliveira, Beltrão e Vernon Silva (2003). Os pesquisadores filmaram os jogos e
fizeram análise do jogo com o scout elaborado no Excel 2013 de acordo com os
procedimentos de Marques Junior e Arruda (2015). O estudo foi composto por 6 atletas de
hemisfério esquerdo (HE) e por 4 jogadoras de hemisfério direito (HD). A Anova de Kruskal
Wallis e o teste U de Mann Whitney identificaram valores similares do HE e do HD em 4
fundamentos - passe, levantamento, bloqueio e defesa. O saque HD foi superior e no
ataque o melhor desempenho foi do HE. Em conclusão, recomenda-se outros estudos com
uma amostra maior para identificar em quais fundamentos o HE e o HD conseguem
melhor CP.
El objetivo del estudio fue analizar el coeficiente de rendimiento (CR) de los fundamentos
en cada partido y los campeonatos de un equipo femenino de voleibol menores de 15
años de acuerdo con la hemisfericidad. La muestra se compone de un equipo de voleibol
menores de 15 años que disputaran las competiciones en Paraná en 2015. La
hemisfericidad se estableció mediante la prueba de CLEM de acuerdo con la información
de Marques Júnior (2010), Oliveira, Beltrão y Vernon Smith ( 2003). Los investigadores
grabaron en vídeo los juegos y lo hicieron la análisis de juego a través del scout preparado
en Excel 2013, en conformidad con los procedimientos del Marques Júnior y Arruda
(2015). El estudio consistió en 6 atletas de hemisferio izquierdo (HE) y 4 jugadores del
hemisferio derecho (HD). La prueba de ANOVA de Kruskal Wallis y Mann-Whitney U
identificó valores similares de la HE y HD en 4 aspectos fundamentales - pase, elevación,
bloqueo y defensa. El servicio HD fue superior y en el atacar el mejor rendimiento fue de
HE. En conclusión, se recomienda más estudios con una muestras más grande para
identificar en cuales fundamentos el HE y el HD obtienen mejorar CR.
Palabras Clave: Volleyball; Hemisphericity, Sport; Athletic Performance
INTRODUÇÃO
A análise do jogo no voleibol é uma tarefa essencial para maximizar o desempenho da
equipe (Marques Junior & Arruda, 2015). Através da análise do jogo o treinador consegue
identificar os aspectos positivos e negativos dos seus voleibolistas e do adversário, isso
permite a correção das falhas e o aperfeiçoamento das tarefas positivas do time (Sánchez
et al., 2015).
Entretanto, é sabido na literatura da aprendizagem motora que os seres humanos
possuem um dos hemisférios de processamento mais atuantes e isso proporciona maior
competência para determinadas habilidades (Beckmann, Gröpel & Ehrlespiel, 2013).
Pessoas com hemisfério esquerdo de processamento mental são mais aptas para o
pensamento intelectual, racional, verbal e analítico (Marques Junior, 2014). Enquanto que
indivíduos com hemisfério direito de processamento mental tem mais facilidade para
tarefas motrizes, informação não verbal, percepção espacial e processamento holístico.
Esse processamento mental de maior ênfase em um dos hemisférios é denominado de
hemisfericidade, em geral, atletas costumam ter predomínio no hemisfério direito de
processamento mental (Pável & Vernon Silva, 2004) porque esse tipo de hemisfericidade
favorece o desempenho esportivo, apto em tarefas motrizes (Marques Junior et al., 2012).
Sabendo dessas questões sobre hemisfericidade e a respeito da análise do jogo com o
coeficiente de performance de Coleman (2005), é possível formular a questão de estudo
dessa pesquisa.
A hemisfericidade causa um efeito no desempenho do voleibol feminino da iniciação?
Jogadoras do voleibol da iniciação de hemisfério direito de processamento mental
conseguem melhor coeficiente de performance nos fundamentos do que voleibolistas de
hemisfério esquerdo?
A literatura do voleibol (Campos et al., 2015; Valadés & Palao, 2015) e da aprendizagem
motora (Schmidt, 1975; Tani et al., 2011) não possui essas informações, sendo uma
investigação interessante para os envolvidos nesse esporte.
O objetivo do estudo foi de analisar o coeficiente de performance (CP) dos fundamentos
em cada disputa e dos campeonatos de uma equipe feminina de voleibol sub 15 de acordo
com a hemisfericidade durante as disputas no estado do Paraná no ano de 2015.
MÉTODO
Amostra
Foi composta por uma equipe feminina sub 15 que disputou as competições no estado do
Paraná no ano de 2015 – 5 jogos no campeonato 1 (C1), 5 jogos no campeonato 2 (C2) e
4 jogos no campeonato 3 (C3), ocorreu um total de 14 jogos.
Procedimentos
Para saber a hemisfericidade, foi realizado o teste de CLEM (abreviatura do nome do teste
em inglês, conjugate lateral eye movement, traduzido para o português essa avaliação
chama-se teste de movimento lateral conjugado dos olhos) de acordo com as informações
de Marques Junior (2010), Oliveira, Beltrão e Vernon Silva (2003). Após a análise pelo
teste de CLEM, foi estabelecida a classificação do tipo de hemisfericidade:
a) Monohemisfério esquerdo (MHE): tem mais movimentos dos olhos para direita.
b) Monohemisfério direito (MHD): tem mais movimentos dos olhos para esquerda.
c) Bihemisfério esquerdo (BHE): os olhos oscilam mais para a direita (um ou dois desvios).
d) Bihemisfério direito (BHD): os olhos oscilam mais para a esquerda (um ou dois desvios).
Após os resultados da hemisfericidade, os pesquisadores filmaram os jogos e fizeram
análise do jogo com o scout elaborado no Excel 2013 de acordo com os procedimentos de
Marques Junior e Arruda (2015). Terminada a análise do jogo, os valores do CP foram
estabelecidos e comparados conforme a hemisfericidade da equipe – hemisfério esquerdo
(HE) versus hemisfério direito (HD).
Após a análise do jogo, os pesquisadores verificaram a confiabilidade do CP de 20% dos
jogos (20% de 14 jogo é igual a 3 jogos que foram novamente analisados) conforme as
recomendações de Silva, Lacerda e João (2013). A segunda análise dos jogos aconteceu
após 15 dias depois de um sorteio das partidas para os jogos serem observados
novamente. A confiabilidade do CP foi testada pelo cálculo de Ballack recomendado por
Castro e Mesquita (2008), sendo o seguinte: Número de Acordos = [número de acordos :
(número de acordos + número de desacordos)] . 100 = ?%.
Procedimentos estatísticos
Os resultados do CP dos fundamentos em cada disputa e dos campeonatos foram
apresentados pela média e desvio padrão. Em seguida, foi verificada a normalidade dos
dados através do teste Shapiro Wilk (n até 50) ou pelo teste Kolmogorov Smirnov (n
superior a 50). Em caso de dados normais, foi utilizada a Anova two way (2 grupos x 3
campeonatos) e o post hoc Bonferroni. Em caso de dados não normais foi aplicado o
modelo estatístico recomendado por Rodríguez, Álvarez e Ramirez (2009), sendo a Anova
de Kruskal Wallis para comparar os dados pareados e o teste U de Mann Whitney para
comparar os dados independentes. Todos os procedimentos estatísticos foram aceitos
com nível de significância de p≤0,05. Os tratamentos estatísticos e os gráficos foram
executados de acordo com os procedimentos do GraphPad Prism, versão 5.0.
RESULTADOS
A confiabilidade do CP de cada fundamento dos 3 jogos pelo cálculo de Ballack conforme
a hemisfericidade é apresentada na tabela 1.
Tabela 1. Resultados da confiabilidade.
A maioria dos resultados da tabela 1 estão acima do limite estipulado porque uma boa
confiabilidade tem valores iguais ou superiores a 80% (Mesquita & Teixeira, 2004). Os
únicos resultados com uma baixa confiabilidade aconteceram no HD de processamento
mental, isso foi evidenciado no passe (63,15%) e no levantamento (66,66%).
O estudo foi composto por 6 atletas de HE de processamento mental (sendo 60%) e por 4
jogadoras de HD (sendo 40%). A figura 1 apresenta o tipo de hemisfericidade das
jogadoras.
Figura 1. Total e percentual do tipo de hemisfericidade das jogadoras de voleibol do estudo.
A tabela 2 apresenta as posições das voleibolistas sub 15 conforme a hemisfericidade.
Tabela 2. Posição conforme a hemisfericidade.
Obs.: titular ou reserva: depende da formação da equipe para atuar em uma condição.
A hemisfericidade conforme a posição foi constituída por atacantes e levantadoras, tanto
do HE e do HD, a figura 2 apresenta os detalhes dessas jogadoras sub 15.
Figura 2. Total e percentual do tipo de hemisfericidade conforme a posição das jogadoras.
A figura 3 mostra a hemisfericidade conforme a posição e a condição da atleta na equipe
de voleibol.
Figura 3. Total e percentual do tipo de hemisfericidade conforme a posição e a condição da atleta na
equipe.
A tabela 3 apresenta o CP dos fundamentos em cada disputa e dos campeonatos de
acordo com a hemisfericidade.
Tabela 3. Média e desvio padrão do CP.
Significado da Abreviatura: C1: campeonato 1, C2: campeonato 2 e C3: campeonato 3.
O teste Shapiro Wilk (n até 50) ou teste Kolmogorov Smirnov (n superior a 50) identificou
uma distribuição dos dados não normais.
A Anova de Kruskal Wallis detectou diferença significativa do CP do saque do HE, H (2) =
9,63, p = 0,0081. O post hoc Dunn identificou diferença significativa (p≤0,05), C1 (média =
2,04) o CP do saque foi inferior ao do C2 (média = 2,35). A Anova de Kruskal Wallis não
detectou diferença significativa do CP do saque do HD, H (2) = 1,74, p = 0,41.
O teste U de Mann Whitney não identificou diferença significativa em várias comparações
do CP do saque entre HE versus HD, sendo o seguinte: C1 do HE x C3 do HD (U = 955,5,
p = 0,18), C2 do HE x C1 do HD (U = 7,60, p = 0,96), C2 do HE x C2 do HD (U = 921,5, p
= 0,83), C2 do HE x C3 do HD (U = 899, p = 0,13), C3 do HE x C1 do HD (U = 773, p =
0,23), C3 do HE x C2 do HD (U = 941,5, p = 0,14) e C3 do HE x C3 do HD (U = 1245, p =
0,91). Porém, o teste U de Mann Whitney detectou diferença significativa do CP do saque
em duas comparações do HE versus o HD, sendo o seguinte: C1 do HE (média = 2,04) x
C1 do HD (média = 2,31, U = 607, p = 0,04) e C1 do HE x C2 do HD (média = 2,34, U =
696, p = 0,006).
A figura 4 ilustra esses resultados do CP do saque das jogadoras de HE e HD.
Figura 4. CP do saque das voleibolistas de HE e HD.
A Anova de Kruskal Wallis detectou diferença significativa do CP do passe do HE, H (2) =
24,25, p = 0,0001. O post hoc Dunn identificou diferença significativa (p≤0,05), C1 (média
= 2,89) o CP do passe foi superior ao do C2 (média = 2,31) e ao do C3 (média = 2,23). A
Anova de Kruskal Wallis não detectou diferença significativa do CP do passe do HD, H (2)
= 3,90, p = 0,14.O teste U de Mann Whitney não identificou diferença significativa em
várias comparações do CP do passe entre HE versus HD, sendo o seguinte: C1 do HE x
C1 do HD (U = 1385, p = 0,41), C2 do HE x C2 do HD (U = 1564, p = 0,45), C2 do HE x C3
do HD (U = 1742, p = 0,67), C3 do HE x C2 do HD (U = 1906, p = 0,15) e C3 do HE x C3
do HD (U = 2132, p = 0,28). Porém, o teste U de Mann Whitney detectou diferença
significativa do CP do passe em quatro comparações do HE versus o HD, sendo o
seguinte: C1 do HE (média = 2,89) x C2 do HD (média = 2,38, U = 1347, p = 0,003), C1 do
HE x C3 do HD (média = 2,33, U = 1416, p = 0,001), C2 do HE (média = 2,31) x C1 do HD
(média = 2,67, U = 1050, p = 0,04) e C3 do HE (média = 2,23) x C1 do HD (média = 2,31,
U = 1314, p = 0,01).
A figura 5 ilustra esses resultados do CP do passe das jogadoras de HE e HD.
Figura 5. CP do passe das voleibolistas de HE e HD.
A Anova de Kruskal Wallis detectou diferença significativa do CP do levantamento do HE,
H (2) = 34,88, p = 0,0001. O post hoc Dunn identificou diferença significativa (p≤0,05), C1
(média = 2,77) o CP do levantamento foi superior ao do C2 (média = 2,22) e ao do C3
(média = 2,12). A Anova de Kruskal Wallis detectou diferença significativa do CP do
levantamento do HD, H (2) = 36,85, p = 0,0001. O post hoc Dunn identificou diferença
significativa (p≤0,05), C1 (média = 2,83) o CP do levantamento foi superior ao do C2
(média = 2,24) e ao do C3 (média = 2,17).
O teste U de Mann Whitney não identificou diferença significativa em várias comparações
do CP do levantamento entre HE versus HD, sendo o seguinte: C1 do HE x C1 do HD (U =
1758, p = 0,69), C2 do HE x C2 do HD (U = 2738, p = 0,71), C2 do HE x C3 do HD (U =
2541, p = 0,52), C3 do HE x C2 do HD (U = 2674, p = 0,13) e C3 do HE x C3 do HD (U =
2713, p = 0,56). Porém, o teste U de Mann Whitney detectou diferença significativa do CP
do levantamento em quatro comparações do HE versus o HD, sendo o seguinte: C1 do HE
(média = 2,77) x C2 do HD (média = 2,24, U = 1373, p = 0,0001), C1 do HE x C3 do HD
(média = 2,17, U = 1198, p = 0,0001), C2 do HE (média = 2,22) x C1 do HD (média = 2,83,
U = 1286, p = 0,0001) e C3 do HE (média = 2,12) x C1 do HD (U = 1254, p = 0,0001).
A figura 6 ilustra esses resultados do CP do levantamento das jogadoras de HE e HD.
Figura 6. CP do levantamento das voleibolistas de HE e HD.
A Anova de Kruskal Wallis detectou diferença significativa do CP do ataque do HE, H (2) =
15,02, p = 0,0005. O post hoc Dunn identificou diferença significativa (p≤0,05), C1 (média
= 2,23) o CP do ataque foi inferior ao do C2 (média = 2,58) e ao do C3 (média = 2,46). A
Anova de Kruskal Wallis não detectou diferença significativa do CP do ataque do HD, H (2)
= 1,26, p = 0,53.
O teste U de Mann Whitney não identificou diferença significativa em várias comparações
do CP do ataque entre HE versus HD, sendo o seguinte: C1 do HE x C1 do HD (U = 2519,
p = 0,84), C1 do HE x C2 do HD (U = 3194, p = 0,10), C1 do HE x C3 do HD (U = 3488, p
= 0,27), C3 do HE x C1 do HD (U = 1922, p = 0,06), C3 do HE x C2 do HD (U = 3023, p =
0,29) e C3 do HE x C3 do HD (U = 3047, p = 0,15). Porém, o teste U de Mann Whitney
detectou diferença significativa do CP do ataque em três comparações do HE versus o HD,
sendo o seguinte: C2 do HE (média = 2,58) x C1 do HD (média = 2,27, U = 1447, p =
0,005), C2 do HE x C2 do HD (média = 2,36, U = 2301, p = 0,03), C2 do HE x C3 do HD
(média = 2,36, U = 2309, p = 0,01).
A figura 7 ilustra esses resultados do CP do ataque das jogadoras de HE e HD.
Figura 7. CP do ataque das voleibolistas de HE e HD.
A Anova de Kruskal Wallis não detectou diferença significativa do CP do bloqueio do HE, H
(2) = 0,27, p = 0,87. A Anova de Kruskal Wallis não detectou diferença significativa do CP
do bloqueio do HE, H (2) = 0,64, p = 0,72. O teste U de Mann Whitney não identificou
diferença significativa em todas as comparações do CP do bloqueio entre HE versus HD,
sendo o seguinte: C1 do HE x C1 do HD (U = 598, p = 0,48), C1 do HE x C2 do HD (U =
1223, p = 0,45), C1 do HE x C3 do HD (U = 2044, p = 0,91), C2 do HE x C1 do HD (U =
315, p = 0,54), C2 do HE x C2 do HD (U = 641,5, p = 0,54) e C2 do HE x C3 do HD (U =
1062, p = 0,99), C3 do HE x C1 do HD (U = 537,5, p = 0,29), C3 do HE x C2 do HD (U =
1048, p = 0,52) e C3 do HE x C3 do HD (U = 1815, p = 0,54).
A Anova de Kruskal Wallis detectou diferença significativa do CP da defesa do HE, H (2) =
36,21, p = 0,0001. O post hoc Dunn identificou diferença significativa (p≤0,05), C1 (média
= 2,79) o CP da defesa foi superior ao do C2 (média = 2,30) e ao do C3 (média = 2,07). A
Anova de Kruskal Wallis não detectou diferença significativa do CP da defesa do HD, H (2)
= 2,47, p = 0,29.
O teste U de Mann Whitney não identificou diferença significativa em várias comparações
do CP da defesa entre HE versus HD, sendo o seguinte: C1 do HE x C1 do HD (U = 1906,
p = 0,59), C2 do HE x C1 do HD (U = 1700, p = 0,19), C2 do HE x C2 do HD (U = 2981, p
= 0,92), C2 do HE x C3 do HD (U = 3341, p = 0,88) e C3 do HE x C3 do HD (U = 3394, p =
0,06). Porém, o teste U de Mann Whitney detectou diferença significativa do CP da defesa
em quatro comparações do HE versus o HD, sendo o seguinte: C1 do HE (média = 2,79) x
C2 do HD (média = 2,32, U = 2183, p = 0,001), C1 do HE x C3 do HD (média = 2,28, U =
2342, p = 0,0003), C3 do HE (2,07) x C1 do HD (média = 2,67, U = 1672, p = 0,005) e C3
do HE x C2 do HD (média = 2,32, U = 2867, p = 0,02).
A figura 8 ilustra esses resultados do CP da defesa das jogadoras de HE e HD.
Figura 8. CP da defesa das voleibolistas de HE e HD.
A Anova de Kruskal Wallis detectou diferença significativa do CP do desempenho no
campeonato do HE, H (2) = 27,92, p = 0,0001. O post hoc Dunn identificou diferença
significativa (p≤0,05), C3 (média = 2,20) o CP do desempenho no campeonato foi inferior
ao do C1 (média = 2,50) e ao do C2 (média = 2,34). A Anova de Kruskal Wallis detectou
diferença significativa do CP do desempenho no campeonato do HD, H (2) = 17,24, p =
0,0002. O post hoc Dunn identificou diferença significativa (p≤0,05), C1 (média = 2,56) o
CP do desempenho no campeonato foi superior ao do C2 (média = 2,32) e ao do C2
(média = 2,25).
O teste U de Mann Whitney não identificou diferença significativa em várias comparações
do CP do desempenho no campeonato entre HE versus HD, sendo o seguinte: C1 do HE x
C1 do HD (U = 53270, p = 0,39), C2 do HE x C2 do HD (U = 66000, p = 0,62) e C3 do HE
x C3 do HD (U = 88120, p = 0,20). Porém, o teste U de Mann Whitney detectou diferença
significativa do CP do desempenho no campeonato em seis comparações do HE versus o
HD, sendo o seguinte: C1 do HE (média = 2,50) x C2 do HD (média = 2,32, U = 70370, p =
0,03), C1 do HE x C3 do HD (média = 2,25, U = 73510, p = 0,0003), C2 do HE (2,34) x C1
do HD (média = 2,56, U = 42950, p = 0,008), C2 do HE x C3 do HD (média = 2,25, U =
68620, p = 0,03), C3 do HE (média = 2,20) x C1 do HD (média = 2,56, U = 47360, p =
0,0001) e C3 do HE x C2 do HD (média = 2,25, U = 90200, p = 0,0004).
A figura 9 ilustra esses resultados do CP do desempenho no campeonato das jogadoras
de HE e HD.
Figura 9. CP do desempenho no campeonato das voleibolistas de HE e HD.
DISCUSSÃO
O estudo teve um total de 8 jogadoras de bihemisfério (BH), correspondendo a 80%.
Esses dados estiveram de acordo com a literatura, geralmente o BH é em maior
quantidade na população (Marques Junior, 2014). Enquanto o monohemisfério é em
menor proporção, nessa pesquisa foi de 20%, sendo duas voleibolistas. O HE foi
composto por 4 jogadoras titulares, enquanto o HD era formado por duas voleibolistas
nessa condição. Apesar do HD geralmente obter maior performance nas tarefas motrizes
(Marques Junior, 2010b), talvez esse número maior de titulares possa influenciar em um
melhor resultados do CP do HE. Logo, isso é uma limitação da investigação, somada à
pequena amostra (n = 6 de HE e n = 4 de HD).
O desempenho no campeonato foi mensurado com os valores do CP de todos os
fundamentos de cada disputa. Esse resultado esteve relacionado com a colocação da
equipe, ou seja, o C1 o time obteve 3º lugar com maior CP do HE (2,50±0,85) e do HD
(2,56±0,95), o C2 a equipe ficou em 4º lugar com segundo maior CP (HE = 2,34±0,55, HD
= 2,32±0,55) e por último, o C3, onde a equipe feminina sub 15 conseguiu um 7º lugar (HE
= 2,20±0,64, HD = 2,25±0,57). Em várias comparações do CP no desempenho no
campeonato aconteceram diferença significativa (p≤0,05), em alguns momentos o HE foi
superior ao HD, ou ocorreu ao contrário.
Esses resultados foram contrários aos das referências sobre esse tema, em tarefas
motrizes o HD costuma ser superior, enquanto em atividades analíticas o HE é melhor
(Carneiro & Cardoso, 2009; Fairweather & Sidaway, 1994).
Então, o levantamento e o saque, onde existe um alto componente tático na sua execução
(American Volleyball Coaches Association, 1997; Bizzocchi, 2004), é esperado um melhor
desempenho do HE, onde são aptos para o pensamento intelectual, racional, verbal e
analítico (Marques et al., 2006). Porém, somente em duas comparações do saque, entre o
HE e o HD, aconteceu diferença significativa, mas o HD foi superior ao HE (C1 do HE de
2,04±0,45 x C1 do HD de 2,31±0,74, C1 do HE de 2,04±0,45 x C2 do HD de 2,34±0,55).
Enquanto o levantamento aconteceu um equilíbrio entre HE e HD, por duas vezes um tipo
de hemisfericidade foi superior nesse fundamento – detalhes veja nos resultados.
Portanto, esses achados foram contrários ao que era esperado pela literatura (Marques
Junior et al., 2012), merecendo mais investigação sobre o saque e o levantamento, com o
intuito de detectar qual hemisfericidade tem melhor desempenho nesses fundamentos.
O bloqueio o estudo não identificou diferença significativa (p≤0,05) entre HE versus HD,
mas os maiores valores do CP foram do HD (C1 com CP = 2,40±0,76 e C2 com CP =
2,34±0,69). Já o ataque, o HE foi superior (p≤0,05) em três comparações (C2 com CP =
2,58±0,67) quando comparado ao HD (C1 com CP = 2,27±0,66, C2 com CP = 2,36±0,58 e
C3 com CP = 2,36±0,65). O segundo melhor desempenho no ataque foi do HE (C3 com
CP = 2,46±0,73), merecendo mais pesquisa sobre o bloqueio e o ataque, porque esses
achados foram contrários ao da literatura, ou seja, em tarefas motrizes a melhor
performance tende ser do HD (Beckmann, Gröpel e Ehrlenspiel, 2013).
O passe e a defesa aconteceu um equilíbrio entre o HE e o HD, em duas ocasiões cada
tipo de hemisfericidade foi superior (p≤0,05) em um desses fundamentos – os detalhes
estão nos resultados.
Em conclusão, ocorreu um equilíbrio no desempenho dos fundamentos conforme a
hemisfericidade, foi evidenciado que o passe, o levantamento, o bloqueio e a defesa
aconteceu valores similares na performance do HE e do HD – em 4 fundamentos.
Somente em dois fundamentos, uma das hemisfericidades prevaleceu, o saque o HD foi
superior e no ataque o melhor desempenho foi do HE. Então, recomenda-se outros
estudos com uma amostra maior para identificar em quais fundamentos o HE e o HD
conseguem melhor CP.
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Cita
Cita en Gymnasium
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http://g-se.com/es/journals/gymnasium/articulos/desempenho-de-uma-equipe-feminina-de-
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performance-2231