ArticlePDF Available

A EXPOSIÇÃO AO MERCÚRIO E OS EFEITOS DA EXPOSIÇÃO EM SERES HUMANOS NA PAN-AMAZÔNIA

Authors:

Figures

Content may be subject to copyright.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1347
A EXPOSIÇÃO AO MERCÚRIO E OS EFEITOS DA EXPOSIÇÃO EM SERES
HUMANOS NA PAN-AMAZÔNIA
Eloise de Sousa Cordeiro
1
, Altem Nascimento Pontes
2
,
Veracilda Ribeiro Alves
3
, Cléa
Nazaré Carneiro Bichara
4
1
Licenciada em Química. Aluna especial do Programa de Pós-Graduação em Ciências
Ambientais da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA. Brasil. email:
eloise.ufpa@hotmail.com
2
Doutor em Ciências, na modalidade Física. Professor e Pesquisador do Programa de
Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará (UEPA),
Belém, PA. Brasil.
3
Doutora em Ciências Biológicas (Entomologia). Bolsista de Pós-doutorado do
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do
Pará (UEPA), Belém, PA. Brasil.
4
Graduada em Medicina. Doutorado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários.
Professora e Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da
Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA. Brasil.
Recebido em: 03/10/2016 – Aprovado em: 21/11/2016 – Publicado em: 05/12/2016
DOI: 10.18677/EnciBio_2016B_125
RESUMO
O mercúrio tem sido foco de preocupação global por causa da facilidade de ser
transportado através da atmosfera, pela contaminação do meio ambiente e pela
capacidade de bioacumulação nos ecossistemas, tendo impactos negativos sobre a
saúde do meio ambiente e principalmente a saúde humana. Por este motivo, essa
pesquisa teve como objetivo revisar artigos sobre o mercúrio na Pan-Amazônia,
verificando os níveis de exposição e os efeitos da contaminação do mercúrio nas
comunidades. O cabelo foi o biomarcador mais utilizado para as análises e as
comunidades indígenas foram as mais estudadas. Foram investigados
40 artigos,
sendo 30 divididos entre os países da Pan-Amazônia e 10 de Portarias de meio
ambiente e vigilância ambiental. Foi feito um estudo de tendências de distribuição
espacial, o qual confirmou que os níveis mais altos de exposição ao Hgº são
encontrados principalmente nas regiões indígenas e áreas de garimpos onde têm
populações que consomem muito peixe. A análise de dados baseou-se em estudos de
exposição e os efeitos comparados com os níveis de Hgº conhecidos em diferentes
países da Pan-Amazônia. O Brasil foi o país com maior número de artigos e Colômbia
com a menor quantidade de trabalhos publicados nesse período. Os países da Pan-
Amazônia têm dificuldade em detectar quais os países mais atingidos com
contaminação por falta de divulgação das pesquisas, e a carência dessas informações
dificulta a intervenção da vigilância em saúde para atuar junto às comunidades.
PALAVRAS-CHAVE: Contaminação. População. Peixe.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1348
EXPOSURE TO MERCURY AND THE EFFECTS OF EXPOSURE IN HUMANS IN THE
PAN AMAZON
ABSTRACT
The mercury has been the focus of global concern because of the ease of being
transported through the atmosphere, the environmental contamination and the
bioaccumulation capacity in ecosystems, having negative impacts on the health of the
environment and especially to human health. For this reason, this research aimed to
review articles on the mercury in the Pan-Amazon, checking the exposure levels and the
effects of mercury contamination in communities. The hair was the most widely used
biomarker for analysis and indigenous communities have been the most studied. The
were investigated 40 articles, 30 divided between the Pan-Amazonian countries and 10
environmental ordinances and environmental monitoring. Was made study of trends
spatial distribution, which confirmed that the highest levels of exposure to Hgº are found
mostly in indigenous regions and areas where mines have populations that consume a
lot of fish. The Analysis data was based on studies exposure and effects compared to
Hgº levels known in different countries of the Pan-Amazon. The Brazil was the country
with the largest number of articles and Colombia with the least amount of papers
published in this period. Pan-Amazonian countries have difficulty detecting which
countries most affected by contamination by lack of dissemination of research, and the
lack of this information makes it difficult to health surveillance intervention to work with
the communities.
KEYWORDS: Contamination. Population. Fish.
INTRODUÇÃO
O mercúrio é um metal pesado, prata, ubíquo e líquido à temperatura ambiente
(MARRERO et al., 2011). Na sua forma pura, é conhecido como mercúrio elementar
(Hg). Ele se volatiza facilmente formando vapores incolores e inodoros (GAIOLI et al.,
2012). É um dos metais mais tóxicos existentes, podendo ser encontrado no ambiente
tanto como consequência antropogênica resultante da atividade de mineração para
extração de ouro, queima de combustíveis fósseis, indústrias siderúrgicas, incineração
de produtos químicos, como advindos de fontes naturais do meio ambiente
(VISNJEVEC et al., 2014).
Espécies de mercúrio existem também no ar ambiente, tanto na forma de vapor
como nas fases de partículas associadas com os aerossóis e as nuvens, sendo que a
principal espécie de mercúrio atmosférico é o mercúrio elementar (Hg) (TELMER et al.,
2009). Especula-se quecerca de 6000 toneladas de mercúrio na atmosfera (ARIYA
et al., 2015). Atualmente os níveis de mercúrio na atmosfera são entre três a seis vezes
superiores aos níveis anteriores à industrialização (CHACON, 2002).
O mercúrio pode chegar até o ser humano através de exposição ocupacional
e/ou ambiental (BUENO et al., 2011). O mercúrio metálico (Hg) pode formar vapores
inodoros e incolores, com facilidade de penetração por vias respiratórias
(GRIGOLETTO et al., 2008). Os garimpeiros artesanais podem ser considerados o
grupo populacional que está diretamente exposto ao Hg, devido o manuseio manual ou
pela inalação dos vapores do mercúrio gerados no processo de queima do amálgama
de mercúrio-ouro que pode ocorrer no interior de suas residências, gerando risco
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1349
também para os familiares próximos (SILVA, 2011). É importante destacar a situação
das mulheres que muitas vezes trabalham em tempo parcial na mineração informal,
ocupam funções de cozinheiras e prestadoras de serviços, para muitas mulheres, a
mineração artesanal significa uma oportunidade para tentar reduzir a pobreza (HINTON
et al., 2003).
A exposição ambiental ocorre pela dieta alimentar, ao respirar ar contaminado,
por ingestão de água e durante tratamentos dentários (CLARKSON et al., 2003;
TRASANDE et al., 2010). As populações que vivem em regiões com contaminação por
mercúrio especialmente as ribeirinhas e indígenas têm o pescado como fonte principal
de proteínas e sofrem a exposição ambiental pela dieta alimentar (LEMIRE et al., 2006).
Independente da fonte, o mercúrio ao entrar em contato com ecossistemas
aquáticos pode ser convertido em metilmercúrio (MeHg) por bactérias anaeróbicas, sob
certas condições ambientais (TINÔCO et al., 2010). O MeHg se infiltra nos organismos
aquáticos e acumula-se alcançando a maior concentração possível no topo da cadeia
trófica (ROJAS et al., 2010). Os peixes agem como bioacumuladores e dessa forma
concentram e transferem resíduos da água para os humanos (DOREA, 2008).
É bom destacar que as gestantes, as lactantes e as crianças apresentam
determinadas particularidades que aliadas às características do mercúrio tornam-se
vulneráveis e são consideradas grupos de risco (DUTRA et al., 2012). Os compostos
orgânicos de mercúrio podem ter efeitos adversos nesses grupos populacionais, uma
vez que o metilmercúrio da mãe é transportado rapidamente pela barreira placentária
até o feto, causando sérios danos, principalmente a nível neurológico (GUZZI &
PIGATTO, 2007).
Os alvos primários de toxicidade de mercúrio e seus compostos são o sistema
nervoso, rins, sistema cardiovascular; os sistemas respiratórios, gastrointestinal,
hematológico, imunológico, reprodutivo; sistemas de órgãos em desenvolvimento, como
o sistema nervoso do feto, que são mais sensíveis aos efeitos tóxicos do mercúrio
(UNEP, 2010). O mercúrio é uma preocupação global (DRISCOLL et al., 2013). O
Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) avaliou a carga de mercúrio
global e estima que a mineração artesanal de pequena escala tem lançado
aproximadamente 727 t (toneladas métricas) de Hg para o ambiente por ano (UNEP,
2013). Isso é 37% do global de 1960 t de Hg libertado anualmente por fontes
antropogênicas para o meio ambiente (UNEP, 2013). Tais números o corroborados
por vários estudos especificamente sobre mineração artesanal e de pequena escala de
ouro (CORDY et al., 2011).
A Pan-Amazônia é composta por nove países que são Colômbia, Peru,
Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e o Brasil, e todos
têm em seu território a floresta amazônica, que é a maior floresta tropical e a bacia
hidrográfica (PENNA FILHO, 2013;). O fato de os países da Pan-Amazônia serem ricos
em biodiversidade e ter um vasto campo de recursos naturais faz com que se faça
necessária a ampliação de estudos nesses países para que dessa forma a floresta
amazônica seja preservada (RAVENA & CAÑETE, 2007).
Devido suas características coletivas, o mercúrio é uma questão prioritária para
diversos países da Pan-Amazônia, incluindo o Brasil, que assinaram um acordo gerado
pela Convenção de Minamata em direção a um ambiente livre de mercúrio
antropogênico (BRASIL, 2013). Apesar dos esforços, esse tipo de poluição continua a
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1350
ser uma ameaça significativa nos países (BOSE-O'REILLY et al., 2010). Na Pan-
Amazônia essa preocupação também tem crescido expressivamente e, por isso, a
maior parte dos países desta região assinaram a Convenção de Minamata, a qual
representa um importante avanço da comunidade internacional na implementação de
medidas voltadas a proteger a saúde e o ambiente das emissões e liberações de
mercúrio, dentre os países da Pan-Amazônia o único que não assinou a Convenção de
Minamata foi o Suriname, porém dentre os países que assinaram somente a Bolívia,
Guiana, Peru, e recentemente em julho de 2016 o Equador ratificaram (ROCHA NETO,
2013).
E isso é um problema para a sociedade, pois a ratificação é indispensável para
que os países cumpram suas obrigações de direitos humanos, por que sem ela o meio
ambiente e a população continuam sofrendo a exposição e contaminação por mercúrio
(UNEP, 2014). Em países pertencentes à Pan-Amazônia, o processo de extração de
ouro através da formação de amálgamas com o mercúrio é comumente utilizado, e isso
é preocupante, e faz que se tenha uma atenção maior na questão de contaminação por
mercúrio para estes países (CREMERS et al., 2013). Portanto, o objetivo deste trabalho
foi fazer a revisão dos estudos atuais de exposição Hgº na Pan-Amazônia, verificando
quais as potenciais vias de exposição de Hg, os biomarcadores e os efeitos do mercúrio
para os moradores da Pan-Amazônia.
MATERIAL E MÉTODOS
Esse estudo baseou-se em pesquisa bibliográfica, exploratória e quali-
quantitativa (GERHARDT & SILVEIRA, 2009). Para realização deste trabalho foram
utilizadas as bases de dados científicos e bibliotecas online, como Portal de Periódicos
da Capes, ScienceDirect, SpringerLink, PubMed, SciELO e Biblioteca Virtual da Saúde.
Também os sites de instituições públicas internacionais, como a Agência de
Proteção Ambiental (EPA), Sistemas de Vigilância Sanitária e de Vigilância em Saúde
na América do Sul e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para a seleção de
artigos, as palavras-chave foram: "Exposure Mercury, South American, Hair, Blood,
Exposure Human, Fish”.
A pesquisa foi realizada no período de julho de 2014 a junho de 2015. Foram
excluídos os estudos que não definiram concentrações de Hg no cabelo, sangue, ou
urina; não relataram informações críticas, como as áreas de estudo, número de
amostras e tipos de população. Os artigos utilizados fazem estudos com ribeirinhos,
homens, mulheres, crianças, indígenas e trabalhadores expostos com diferentes
biomarcadores de exposição (Hg no sangue, urina, ar e cabelo). A análise de dados foi
baseada em estudos de exposição e os efeitos foram comparados com os níveis de Hgº
conhecidos em diferentes Países da Pan-Amazônia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram investigados 40 artigos divididos entre os países: Bolívia: 4; Brasil: 9;
Colômbia: 1; Equador: 3; Guiana Francesa: 2; Guiana: 0; Peru: 5; Suriname: 2;
Venezuela: 4, 10 artigos de Portarias. A Figura 1 apresenta os resultados do
levantamento bibliográfico de artigos sobre contaminação por mercúrio em cada país da
Pan-Amazônia, nota-se que na Guiana não foram encontrados artigos sobre o assunto
no período em que o levantamento foi feito.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1351
FIGURA 1
Levantamento bibliográfico de artigos no período entre julho de
2014 a junho de 2015 sobre contaminação em seres humanos
por mercúrio na Pan-Amazônia. Fonte: Autores, 2016.
Na Figura 2, foram mostradas as bases de dados utilizadas para fazer o
levantamento bibliográfico dos artigos sobre contaminação por mercúrio em seres
humanos, em países da Pan-Amazônia. Nota-se que o PubMed sendo um recurso livre
que é desenvolvido e mantido pelo National Center for Center for Biotechnology
Information (NCBI), é o que possui maior quantidade de artigos de acesso livre com
relação ao mercúrio. Os demais, como pode ser observado na Figura 2, possuem
menos artigos livres, sendo que na base SpringerLink a maior parte dos artigos
encontrados são de acesso restrito, fato que dificultou a pesquisa teórica.
FIGURA 2
Portais de periódicos utilizados no levantamento
bibliográfico de artigos sobre contaminação por mercúrio
no período de entre julho de 2014 a junho de 2015.
Fonte: Autores, 2016.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1352
As bases de dados como Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de
Populações Expostas a Solo Contaminado (SISSOLO) e Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN) fazem o levantamento sobre o cadastramento de
contaminação por mercúrio que são encontradas no Brasil e tem o intuito de proteger a
saúde das pessoas afetadas e informar as pessoas expostas ao mercúrio.
Existem decretos para o controle da produção e comercialização de substâncias
que contenham o mercúrio, isso é feito para proteger o meio ambiente e a saúde
humana. Porém, muitos países ainda têm altos níveis de contaminação como é o caso
do Brasil e Colômbia, no Brasil isso pode ser verificado através dos sistemas nacionais
de informação existentes como o Sistema Nacional de Agravos de Notificações (SINAN)
seguido pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SISNAC), o Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM) e pelo Centro de Informações Estratégias em
Vigilância em Saúde (CIEVS), na Colômbia a notificação efetiva é feita através de
protocolos de monitoramentos e controle de intoxicação aguda que é desenvolvido no
Instituto Nacional de Saúde, que faz o acompanhamento continuo dos casos
encontrados no país (LEMOS et al., 2011).
A Venezuela, apesar de obter muitas legislações de proteção ao meio ambiente,
ainda se tem verificado vários problemas em relação ao meio ambiente que até hoje
não foram resolvidos (MARRERO et al., 2011). No quadro 1, pode se verificar essas
questões. Existe a ausência de atitudes translacionais como o SISSOLO e SINAN que
acarreta a falta de unidade entre os países da Pan-Amazônia. O SISSOLO é um
sistema de informação que serve de instrumento para subsidiar as ações da Vigilância
em Saúde, no qual é feito um cadastro onde estão localizadas as áreas com
populações expostas ou potencialmente expostas a contaminantes químicos, e o
SINAN que é um sistema de informação alimentado pela notificação e investigação de
casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação
compulsória (Portaria GM/MS Nº 2325 de 8 de dezembro de 2003).
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1353
QUADRO 1 – Descrição dos artigos sobre exposição dos seres humanos ao mercúrio na Pan-Amazônia
Artigo
Biomarcador
Pessoas
analisadas
Fonte de contaminação
População
Bolívia
A nutritional dilemma: fish
consumption, mercury
exposure and growth of
children in Amazonian Bolivia
(BENEFICE et al., 2008).
Cabelo Mulheres e
Crianças
O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Urbana
Fishing activity, health
characteristics and mercury
exposure of Amerindian
women living alongside the
Beni River (Amazonian
Bolivia) (BENEFICE et al.,
2010).
Cabelo Mulheres O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Mercury exposure in a high
fish eating Bolivian
Amazonian population with
intense small-scale gold-
mining activities (BARBIERE
et al., 2009).
Cabelo Ambos gênero O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Lifestyle and mercury
contamination of Amerindian
populations along the Beni
river (lowland Bolivia)
(MONRROY et al., 2008).
Cabelo Mulheres e
filhos adultos O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Brasil
Fish consumption and
bioindicators of inorganic
mercury exposure (PASSOS
et al., 2007).
Sangue e urina Ambos gênero
O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Total hair mercury in children
from a coastal population in
Cananéia, São Paulo State,
Brazil (FARIAS et al., 2008).
Cabelo
Crianças
(Ambos
gênero)
O peixe, pois a população tem
como principal fonte de proteína. Indígena
Exposure to organic mercury
in riparian populations on the
Upper Madeira river,
Rondonia, Brazil, 1991:
preliminary results
(BOISCHIO e BARBOSA,
1993).
Cabelo Crianças e
adultos O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Hair mercury levels in
Amazonian populations:
spatial distribution and trends Cabelo Ambos gênero O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1354
(BARBIERE e GARDON,
2009).
Hearing thresholds in children
exposed to mercury in the
prenatal period (DUTRA et al.,
2012).
Cordão
Umbilical
Crianças
(Ambos
gênero)
O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Urbana
Mercury exposure among
Pakaanóva Indians, Amazon
Region, Brazil (SANTOS et
al., 2003).
Cabelo Crianças e
adultos
O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Mercury levels in fish
consumed by the Sai Cinza
indigenous community,
Munduruku Reservation,
Jacareacanga County, State
of Pará, Brazil (BRABO et al.,
1999).
Músculo de
peixe Ambos gênero O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Maternal mercury exposure
and neuro-motor development
in breastfed infants from Porto
Velho (Amazon), Brazil
(MARQUES et al., 2007).
Cabelo, Cordão
Umbilical e
sangue
Mulheres e
recém-
nascidos
O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Urbana
Methylmercury human
exposure in riverine villages of
Tapajos basin, Pará State,
Brazil (PINHEIRO et al.,
2000).
Cabelo Ambos gênero
O peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Urbana
Colômbia Mercury contamination from
artisanal gold mining in
Antioquia, Colombia: The
world's highest per capita
mercury pollution (CORDY et
al., 2011).
Cabelo Ambos gênero
Mineração, a população esta
exposta através da queima de
amálgama. Urbana
Equador
Air Mercury Contamination in
the Gold Mining Town of
Portovelo, Ecuador
(GONZÁLEZ-CARRASCO et
al., 2011).
Ar - Mineração artesanal de ouro, a
população esta exposta através
da queima de amálgama. Urbana
Exposure and toxic effects of
elemental mercury in gold-
mining activities in Ecuador
(HARARI et al., 2012).
Sangue e Urina Homens
Mineração artesanal de ouro, a
população esta exposta através da
queima de amálgama. Indígena
Neurocognitive Screening of
Mercury-exposed Children of Cabelo e
Sangue Crianças Mineração, a população esta
exposta através da queima de Indígena
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1355
Andean Gold Miners
(COUNTER et al., 2006). amálgama.
Guiana Francesa
Gold-Mining Activities and
Mercury Contamination of
Native Amerindian
Communities in French
Guiana: Key Role of Fish in
Dietary Uptake (FRÉRY et
al.,2001).
Cabelo e
Músculo de
peixe
Ambos gênero Peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Mercury Contamination in
Humans in Upper Maroni,
French Guiana Between 2004
and 2009 (FUJIMURA et al.,
2012).
Cabelo e
Músculo de
peixe Ambos gênero
Peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Peru
Elevated Mercury
Concentrations in Humans of
Madre de Dios, Peru (ASHE,
2012).
Cabelo Ambos gênero
Mineração, a população esta
exposta através da queima de
amálgama. Indígena
Enfermedades transmisibles,
salud mental y exposición a
contaminantes ambientales
en población aledaña al
proyecto minero las bambas
antes de la fase de
explotación, Perú 2006
(STETE et al., 2010).
Urina Crianças e
adultos
Mineração, a população esta
exposta através da queima de
amálgama. Indígena
Mercury Exposure Among
Artisanal Gold Miners in
Madre de Dios, Peru: A
Cross-sectional Study (YARD
et al., 2012).
Urina e Sangue Ambos gênero
Mineração, a população esta
exposta através da queima de
amálgama. Urbana
Mercury Exposure in Informal
Gold Miners and Relatives in
Southern Peru (HURTADO et
al., 2013).
Urina e Ar Ambos gênero Mineração informal, fusão e
fundição de amálgama.
Urbana
Residential Mercury
Contamination in Adobe Brick
Homes in Huancavelica, Peru
(HAGAN et al., 2013).
- -
Mineração artesanal de ouro, a
população esta exposta através
da queima, fusão e fundição da
amálgama.
Urbana
Suriname
Community-directed risk
assessment of mercury
exposure from gold mining in
Suriname (PEPLOW e
AUGUSTINE, 2007).
Cabelo Ambos gênero
Peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1356
Community-Led Assessment
of Risk from Exposure to
Mercury by Native Amerindian
Wayana in Southeast
Suriname (PEPLOW e
AUGUSTINE, 2012).
Cabelo Ambos gênero Peixe, a população tem como
principal fonte de proteína. Indígena
Venezuela
Biological monitoring of
mercury exposure in
individuals referred to a
toxicological center in
Venezuela (ROJAS et al.,
2006).
Urina
Crianças e
adultos
Mineração artesanal de ouro, a
população esta exposta através da
queima de amálgama. Indígena
Exposición ambiental al
mercurio y valores en orina de
los habitantes de la
comunidad Boca de Yaracuy,
ubicada en la costa centro-
norte de Venezuela
(MARRERO et al., 2011).
Urina Ambos gênero
Alto nível de Hgº na urina, mas
ainda não se sabe qual o fator
ambiental relacionado com este
metal.
Indígena
Exposición ambiental y
humana al mercurio en
Venezuela: 2004-2008
(ROJAS, 2010).
Cabelo, Urina e
Sangue Ambos gênero O consumo de peixe e mineração
artesanal de ouro. Urbana
Occupational exposure to
airborne mercury during gold
mining operations near El
Callao, Venezuela (DRAKE et
al., 2011).
Urina Ambos gênero
Mineração, queima da amálgama
de mercúrio de ouro, refino de ouro
e fundição. Urbana
Presencia de mercurio total
en habitantes de los
asentamientos Indígenas el
casabe, municipio autónomo
raúl leoni y el plomo,
Municipio autónomo MANUEL
CARLOS PIAR ESTADO
Bolívar (ÁLVAREZ e ROJAS,
2006).
Cabelo, Urina Ambos gênero O consumo de peixe e mineração
artesanal de ouro. Indígena
Fonte: Autores, (2016).
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1357
Apesar da mineração de ouro ser artesanal e de pequena escala ser a principal
fonte de poluição por Hg, essa atividade também é a mais importante para a população
de baixa renda (GONZÁLEZ-CARRASCO et al., 2011) e na maioria das vezes é a única
fonte de renda para muitas pessoas que vivem nos países da Pan-Amazônia que fazem
mineração artesanal de pequena escala.
A Bolívia faz um levantamento em relação à população urbana e principalmente
indígena, os estudos levaram em consideração todos os gêneros e a idade, o cabelo foi
biomarcador utilizado para as análises de indicadores de contaminação relacionadas ao
consumo de peixe e exposição a áreas de mineração (PASSOS & MERGLER, 2008).
Observou-se em todos os artigos pesquisados que essas comunidades
indígenas se alimentam quase que exclusivamente por peixe. Atualmente sabe-se que
o consumo de peixe e uma via de contaminação por Hgº. A questão que gera
preocupação é a importância do consumo de peixe na alimentação por causa dos
nutrientes que ele contém (BARBIERE et al., 2009).
Entre as mulheres pesquisadas as mais afetadas pelo Hgº foram as que vivem
as margens do rio. Muitas relataram um alto índice de abortos espontâneos e questões
relacionadas à saúde dos bebês que conseguiram sobreviver, além de bebês que
nasceram e morrem logo após o parto ou até mesmo tiveram fetos natimortos
(MONRROY et al., 2008).
Na Colômbia o estudo encontrado mostra o problema em relação a migração da
mineração para os centros urbanos, estes centros atualmente são os locais onde
ocorrem a amalgamação de todo o minério, onde o minério é queimado sem qualquer
sistema de filtração. Porém, o que torna uma questão preocupante é o modo que é feito
a extração, sem nenhuma assistência técnica ocorre de forma rudimentar e isso gera
impactos ambientais e de saúde para as pessoas que fazem a manipulação e também
para as que convivem por perto de onde ocorre a extração (CORDY et al., 2011).
O Suriname tem a pesquisa bem semelhante a da Bolívia e Colômbia, pois
ambos utilizaram o mesmo biomarcador, a população de estudo foi de ambos os
gêneros, indígenas e tem um alto índice de consumo de peixe. E a dificuldade
encontrada na coleta foi à questão cultural desses povos, por isso achou-se melhor e
mais prático fazer análise do cabelo (PEPLOW & AUGUSTINE, 2007).
Deste país analisaram-se dois artigos que tecem críticas sobre a questão de
saúde pública nos países da Pan-Amazônia, uma problemática que muito tempo se
tenta solucionar, é a questão da contaminação por mercúrio em comunidades expostas.
Nesta pesquisa os autores fizeram estudos com comunidades indígenas, e
desenvolveu o processo da pesquisa para que as próprias comunidades com ajuda de
líderes comunitários pudessem verificar uma possível contaminação por Hgº (BOVEN,
2006; PEPLOW & AUGUSTINE, 2012).
O Suriname tem poucos artigos publicados em relação à avaliação de risco e os
efeitos da poluição do Hg, fato este que dificulta o mapeamento com a localização de
exposição dessas comunidades. Na Venezuela a urina foi o biomarcador utilizado em
todos os artigos, mas também se utilizou o cabelo e sangue, nota-se que as pesquisas
se concentraram em adultos de ambos os gêneros e que pouco se aborda em relação
às crianças versus contaminação por mercúrio (ÁLVAREZ & ROJAS, 2006; ROJAS et
al., 2006; ROJAS, 2010; DRAKE et al., 2011; MARRERO et al., 2011).
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1358
Esse país tem um Centro de Investigações Toxicológicas da Universidade de
Carabobo (CITUC) que é o local onde são feitas a maioria das pesquisas toxicológicas.
Eles têm uma base científica onde estão localizados os dados que contribuem para a
prevenção e controle dos efeitos químicos. O apoio técnico aos programas profissionais
ou da comunidade relacionada à exposição, são essas ações efetivas que este país
tem e que faltam nos demais países para solucionar a questão de contaminação e
exposição ao mercúrio (BARREQARD, 2010).
Apesar de muitos avanços ainda é necessário um estudo mais aporfundado para
obter uma melhor caracterização dos riscos de exposição mercurial no país, pois os
resultados mostraram dados importantes para futuros estudos sobre o impacto do Hgº.
No Equador os biomarcadores utilizados foram o ar, cabelo, sangue e urina.
Artigos fizeram estudos com homens e chegaram à conclusão de que pessoas que
comercializam ouro têm uma exposição muito maior de riscos do que os mineiros, nos
quais a exposição varia ao longo do tempo. As crianças pesquisadas têm o risco de
neurocognitivo adverso, por causa do nível de contaminação que também deve esta
relacionada à dieta alimentar dessa população urbana (COUNTER et al., 2006).
Foram avaliadas concentrações do mercúrio no ar de Portovelo local onde tem
uma das mais antigas minas de ouro e que ainda utiliza o processo de mineração
artesanal para a recuperação de ouro. E encontrados altos níveis de mercúrio em El
Pache, através desses estudos se verificou que na área urbana foram detectados níveis
mais baixos, o que mostra que possivelmente na região rural do Equador é onde tem o
maior índice de mineração irregular e rudimentar (GONZÁLEZ-CARRASCO et al.,
2011). A Guiana Francesa faz um levantamento em relação à população indígena, onde
os estudos levaram em consideração ambos os gêneros, e o cabelo e músculo de peixe
foram os biomarcadores utilizados para as análises de indicadores de contaminação.
Os resultados mostram que o mercúrio alimentar assim como em todos os países da
Pan-Amazônia é a principal fonte de contaminação (FUJIMURA et al, 2011).
O Peru é a parte da Amazônia que tem um foco crescente de mineração
artesanal, por este motivo existe uma grande preocupação com a contaminação por
mercúrio ambiental que vem ocorrendo principalmente em Madre Dios, local onde
assim como no Equador ainda tem muitos mineiros artesanais (ASHE, 2012).
Neste país foi difícil obter um resultado concreto das análises, pois Madre Dios
não tem laboratórios avançados para as análises e um diagnóstico efetivo. Essa
comunidade foi uma das primeiras investigadas para medir a concentração de mercúrio
de mineração de ouro artesanal, utilizando tanto urina e sangue como biomarcadores.
No Brasil sete artigos utilizados na revisão estudam comunidades indígenas e os
biomarcadores usados foram cabelo, sangue, urina e tiveram as pesquisas voltadas
para adultos e crianças de ambos os gêneros. O Brasil é o país da Pan-Amazônia que
tem mais estudos voltados para a problemática da questão de exposição e
contaminação por mercúrio, principalmente em regiões de garimpos e áreas indígenas,
porém, poucos estudos têm-se centrado na descoberta de biomarcadores de mercúrio
na população da região. Foram encontrados estudos realizados em pessoas de sete
comunidades ribeirinhas do Rio Tapajós, sem história de exposição de mercúrio
inorgânico da ocupação ou amálgamas dentárias (PINHEIRO et al., 2000). Aplicou-se
um questionário para saber a rotina dessa população e depois de analisadas as
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1359
amostras de sangue e urina por espectrometria de absorção atômica, os resultados
indicaram evidências para a relação entre o consumo de peixe e a contaminação nas
pessoas que se alimentam do mesmo, pois as comunidades ribeirinhas são maiores
consumidoras de peixe (PASSOS & MERGLER, 2008).
CONCLUSÃO
Esta pesquisa mostrou a ausência de um sistema de notificação que produza um
elo unificando os países da Pan-Amazônia, através do compartilhamento de dados
sobre os estudos de exposição humana ao mercúrio, para que todos tenham acesso à
informação em relação aos níveis de exposição.
Verificou-se a necessidade da criação de programas de intercalibração entre as
unidades de referência credenciadas, a padronização de metodologias analíticas de
quantificação de mercúrio e a elaboração de uma lista de países com casos de
contaminação especificando cidades e áreas afetadas, compartilhando as técnicas e
metodologias analíticas para a obtenção do controle preciso e de qualidade.
Esses países necessitam de mais investimento em pesquisa e divulgação sobre
a exposição e a contaminação ao mercúrio. A carência dessas informações dificulta a
intervenção da vigilância em saúde na atuação junto às comunidades para o
diagnóstico consolidado de contaminação.
AGRADECIMENTOS
Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, em nível de Mestrado
Acadêmico, ofertado pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), na cidade de
Belém-PA. Agradeço pela oportunidade, incentivo e o apoio nesta pesquisa.
REFERÊNCIAS
ÁLVAREZ, L.; ROJAS, L. Presencia de mercurio total en habitantes de los
asentamientos Indígenas el casabe, municipio autónomo raúl leoni y el plomo,
Municipio autónomo MANUEL CARLOS PIAR – ESTADO Bolívar. Saber, Universidad
de Oriente, Venezuela, v.18. n.2: p. 161-167, 2006. Disponível em: <
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=427739430008>.
ASHE, K. Elevated Mercury Concentrations in Humans of Madre de Dios, Peru. PLoS
ONE. v. 7, ISSUE 3, 2012. Disponível em: <
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3306380/pdf/pone.0033305.pdf >.
BARBIERE, F. L.; COURNIL, A.; GARDON, J. Mercury exposure in a high fish eating
Bolivian Amazonian population with intense small-scale gold-mining activities.
International Journal of Environmental Health Research, v. 19, n. 4, p. 267-277,
2009. Disponível em:< http://dx.doi.org/10.1080/09603120802559342>.
BARBIERE, F. L.; GARDON, J. Hair mercury levels in Amazonian populations: spatial
distribution and trends. International Journal of Health Geographics, v. 19, n. 4, p.
267-277, 2009. Disponível em: < DOI: 10.1186/1476-072X-8-71>.
BARREQARD, L. Biological monitoring of exposure to mercury vapor . by Barregard L
Affiliation: Department of Occupational Medicine, Sahlgren’s Biological monitoring of
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1360
exposure to mercury vapor. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v.
36, n. 3, p. 45–49, 2010.
BENEFICE, E.; LUNA-MONRROY, S.; LOPEZ-RODRIGUEZ, R. Fishing activity, health
characteristics and mercury exposure of Amerindian women living alongside the Beni
River (Amazonian Bolivia). International Journal of Hygiene and Environmental
Health, v. 213, n. 6, p. 458–464, 2010. Elsevier GmbH. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.ijheh.2010.08.010>.
BENEFICE, E.; MONRROY, S.J.; RODRIGUEZ, R.W. A nutritional dilemma: fish
consumption, mercury exposure and growth of children in Amazonian Bolivia.
International Journal of Environmental Health Research. v. 18, n. 6, p. 415–427,
2008. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1080/09603120802272235>.
BOSE-O'REILLY, S.; MCCARTY, K.; STECKLING, N.; LETTMEIER, B. Mercury
exposure and children’s health. Current Problems in Pediatric and Adolescent
Health Care, v. 40, n. 8, p. 186–215, 2010.
BOISCHIO, A. A. P.; BARBOSA, A. Exposição ao mercúrio orgânico em populações
ribeirinhas do Alto Madeira, Rondônia, 1991: resultados preliminares. Caderno de
Saúde Pública, v. 9, n. 2, p. 155-160, 1993. Disponível em:<
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1993000200006>.
BOVEN, K. Overlaven no en Grengsebied: Veranderingsprocessen Bij de Wayana
no Suriname en Frans-Guyana. Amsterdam, the Netherlands: IBS Publishers; 2006.
BRABO, E. S.; SANTOS, E. C.; JESUS, I. M.; MASCARENHAS, A.F.; FAIAL, K.F.
Mercury levels in fish consumed by the Sai Cinza indigenous community, Munduruku
Reservation, Jacareacanga County, State of Pará, Brazil. Caderno de Saúde Pública,
v. 15, n. 2, p. 325-332, 1999. Disponível em:< http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
311X1999000200017>.
BUENO, P. C.; RODRIGUES, J. C.; LEMOS, A. F.; MALASPINA, F.G.; MATSUI, C.T.;
ROHLFS, D.B. Exposição humana a mercúrio: subsídios para o fortalecimento das
ações de vigilância em saúde. Caderno de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 4, n. 19,
p. 433-447, 2011. Disponível em:
<http://www.iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2011_4/artigos/csc_v19n4_443-447.pdf>.
CORDY, P.; VEIGA, M. M.; SALIH, I.; AL-SAADI, S.; CONSOLE, S.; GARCIA, O.;
MESA, L.A.; VELÁSQUEZ-LÓPEZ, P.C.; ROESER, M. Mercury contamination from
artisanal gold mining in Antioquia, Colombia: The world’s highest per capita mercury
pollution. Science of the Total Environment, v. 410-411, p. 154–160, 2011. Elsevier
B.V. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.scitotenv.2011.09.006>.
COUNTER, S. A.; BUCHANAN, L. H.; ORTEGA, F. Neurocognitive Screening of
Mercury-exposed Children of Andean Gold Miners, International Journal of
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1361
Occupational and Environmental Health, v. 12, n. 3, p. 209-214, 2006. Disponível em:
< DOI: 10.1179/ oeh.2006.12.3.209>.
CLARKSON, T.W.; MAGOS, L.; GARY J. MYERS, M. D. The toxicology of Mercury
current exposures and clinical manifestations, The New England Journal of Medicine,
v. 349, p. 1731-1737, 2003.
CHACON, E. A. Proyecto: Tipo de Informe: Número de Serie: UTF / COL / 024
Informe Técnico INF_ IB. Programa De Desarrollo Sostenible De La Region De La
Mojana ” Infraestructura Basica Organización de las Naciones Unidas para la
Agricultura y la Alimentación , San . , p. 1–141, 2002.
CREMERS, L.; KOLEN, J.; THEIJE, M. CEDLA, Centre for Latin American Studies and
Documentation. Small-scale gold mining in the Amazon: the cases of Bolivia,
Brazil, Colombia, Peru and Suriname. Cuadernos del CEDLA No. 26. Amsterdam.
2013.
DRAKE, P. L.; ROJAS, M.; REH, C. M.; MUELLER, C. A.; JENKINS, F. M. Occupational
exposure to airborne mercury during gold mining operations near El Callao, Venezuela.
Int Arch Occup Environ Health. v. 74, n. 3, p. 206-212, 2001. Disponível em: <
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11355295>.
DRISCOLL, C. T.; MASON, R. P.; CHAN, H, M.; JACOB, D. J.; PIRRONE, N. Mercury
as a Global Pollutant: Sources, Pathways, and Effects. Environmental Science &
Technology, v. 47, n.10, p.4967- 4983, 21 Maio 2013. American Chemical Society
(ACS). http://dx.doi.org/10.1021/es305071v.
DUTRA, M. D. S.; JESUS, I. M.; SANTOS, E. C. O.; LIMA, M. D. O.; MEDEIROS, R. L.
F.; CAVADAS, M.; LUIZ, R. R.; CÂMARA, V. M. Longitudinal assessment of mercury
exposure in schoolchildren in an urban area of the Brazilian Amazon. Cadernos de
Saúde Pública, [s.l.], v. 28, n. 8, p.1539-1545, ago. 2012. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0102-311x2012000800012.
DUTRA, M. D. S.; CAVADAS, M.; JESUS, I. M.; SANTOS, E. O.; SILVA, E. A.;
CÂMARA, V. M. Hearing thresholds in children exposed to mercury in the prenatal
period. Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. [online]. 2012, vol.24,
n.4, pp.322-326. ISSN 2179-6491. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.1590/S2179-
64912012000400006>.
FARIAS, L. A.; SANTOS, N. R. S.; FAVARO, D. I. T.; BRAGA, E. S. Total hair mercury
in children from a coastal population in Cananéia, São Paulo State, Brazil. Cadernos
de Saúde Pública [online]. v.24, n.10, p.2249-2256 2008. ISSN 1678-4464. Disponível
em:< http://dx.doi.org/10.1590/S010211X2008001000006 >.
FUJIMURA, M.; MATSUYAMA, A.; HARVARD, J.P.; BOURDINEAUD, J.P.;
NAKAMURA, K. Mercury contamination in Humans in Upper Maroni, French Guiana
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1362
Between 2004 and 2009. Bull Environ Contam Toxicol (2012) 88:135–139, LLC 2011.
Disponível em:< DOI 10.1007/s00128-011-0497-3>.
FRÉRY, N.; MAURY-BRACHET, R.; MAILLOT, E.; DEHEEGER, M.; MÉRONA, B.;
BOUDOU, A. Gold-mining activities and mercury contamination of native Amerindian
communities in French Guiana: Key role of fish in dietary uptake. Environmental Health
Perspectives, v. 109, n. 5, p. 449–456, 2001.
GAIOLI, M.; AMOEDO, D.; GONZÁLEZ, D. Impacto del mercurio sobre la salud humana
y el ambiente. Arch Argent Pediatr, v. 110, n. 3, p. 259–264, 2012. Disponível em: <
http://dx.doi.org/10.5546/aap.2012.259>.
GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. (Orgs). Métodos de pesquisa. Porto Alegre:
Editora da UFRGS, 120 p., 2009.
GONZÁLEZ-CARRASCO, V.; VELASQUEZ-LOPEZ, P. C.; OLIVERO-VERBEL, J.;
PÁJARO-CASTRO, N. Air mercury contamination in the gold mining town of Portovelo,
Ecuador. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, v. 87, n. 3, p.
250–253, 2011. Disponivel: < DOI: 10.1007/s00128-011-0345-5>.
GRIGOLETTO, J. C.; OLIVEIRA, A. D. S.; MUÑOZ, S. I. S.; ALBERGUINI, L. B. A.;
TAKAYANAGUI, A. M. M. Exposição ocupacional por uso de mercúrio em odontologia:
uma revisão bibliográfica. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, n. 2, p. 533–542, 2008.
GUZZI, G.; PIGATTO, P. D. Occupational exposure to mercury from amalgams during
pregnancy. Occupational and environmental medicine, v. 64, n. 10, p. 715–716;
discussion 715–716, 2007.
HAGAN, N.; ROBINS, N.; HSU-KIM, H.; HALABI, S.; GONZALES, R. D. E.; RICHTER,
D.; VANDENBERG, J. (2013). Residential mercury contamination in adobe brick
homes in Huancavelica. Peru. PLoS One, 8, e75719. Disponível em:
<10.1371/journal.pone.0075179>.
HARARI, R.; HARARI, F.; GERHARDSSON, L.; LUNDH, T.; SKERFVING, S.;
STRÖMBERG, U.; BROBERG, K. Exposure and toxic effects of elemental mercury in
gold-mining activities in Ecuador. Toxicology Letters, v. 213, n. 1, p. 75–82, 2012.
Elsevier Ireland Ltd. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.toxlet.2011.09.006>.
HINTON, J. J.; VEIGA, M. M.; BEINHOFF, C.; Women and Artisanal Mining: Gender
Roles and the Road Ahead. Chapter 11 book: The Socio-Economic Impacts of
Artisanal and Small-Scale Mining in Developing Countries Ed. G. Hilson, Pub. A.A.
Balkema, Swets Publishers, Netherlands, 2003. p. 739. Disponível em:<
http://siteresources.worldbank.org/INTOGMC/Resources/3360991163605893612/hinton
rolereview.pdf>.
HURTADO, J.; GONZALES, G. F.;STEENLAND, K. Mercury Exposures in Informal Gold
Miners and Relatives in Southern Peru. International Journal of Occupational and
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1363
Environmental Health, 12:4, 340-345 (2013). Disponível em:<
http://dx.doi.org/10.1179/oeh.2006.12.4.340 >.
LEMIRE, M.; MERGLER, D.; FILLION, M.; PASSOS, C. J. S.; GUIMARÃES, J. R. D.;
DAVIDSON, R.; LUCOTTE, M. Elevated blood selenium levels in the Brazilian Amazon.
Science of the Total Environment, v. 366, n. 1, p. 101–111, 2006. Disponível em: <
DOI: 10.1016/j.scitotenv.2005.08.057>.
LEMOS, A.; MALASPINA, F.G.; SALLAS, J.; URIBE, M. V.; GUTIÉRREZ, S. A.
Cooperação técnica entre Brasil, Bolívia e Colômbia para o fortalecimento da vigilância
em saúde de populações expostas ao mercúrio. Cap 8: Sistemas de informação para
notificação de intoxicação e exposição humana a substâncias químicas. Brasília:
Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
MARRERO, P. S.; RICHANI, J.; ROJAS, G.; QUERALES, M.; GONZÁLEZ, S.
Exposición ambiental al mercurio y valores en orina de los habitantes de la comunidad
Boca de Yaracuy , ubicada en la costa centro-norte de Venezuela. Gac Méd Caracas,
v. 119, n. 4, p. 315–320, 2011.
MARQUES, R.C.; DÓREA, J. G.; BASTOS, W.R.; REBELO, M.F.; FONSECA, M.F.;
MALM. O. Maternal mercury exposure and neuro-motor development in breastfed
infants from Porto Velho (Amazon), Brazil. Science of The Total Environment, v. 210,
p. 51–60, 2007. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1016/j.ijheh.2006.08.001>.
MONRROY, S.J.; RODRIGUEZ, R.W.; ROULET, M.; BENEFICE, E . Lifestyle and
mercury contamination of Amerindian populations along the Beni river (lowland Bolivia).
Journal of Environmental Health, n. 71 (4), p. 44-50, 2008.Disponível em:<
http://hal.ird.fr/ird-00339132 >.
PASSOS C. J. S.; MERGLER, D. Human mercury exposure and adverse health effects
in the Amazon: a review. Caderno de Saúde Pública [online]. 2008, v.24, suppl.4, p
503-520. ISSN 1678-4464. Disponível em:< http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
311X2008001600004>.
PASSOS, C. J .S.; MERGLER, D.; LEMIRE, M.; FILLION, M.; RÉMY, J.; GUIMARÃES,
D. Lifestyle and mercury contamination of Amerindian populations along the Beni river
(lowland Bolivia). Journal of Environmental Health, v. 373, ISSUE 1, p. 68-76, 2007.
Disponível em:< http://dx.doi.org/10.1016/j.scitotenv.2006.11.015 >.
PENNA FILHO, P. Reflexões sobre o Brasil e os desafios Pan-Amazônicos. Revista
Brasileira de Política Internacional [s.i.], v. 56, n. 2, p.94-111, dez. 2013.
FapUNIFESP (SciELO). Disponível em:<http://dx.doi.org/10.1590/s0034-
73292013000200006>.
PEPLOW, D.; AUGUSTINE, S. Community-directed risk assessment of mercury
exposure from gold mining in Suriname. Revista Panamericana de Salud
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1364
Publica [online]. 2007, v.22, n.3, pp.202-210. ISSN 1680-5348. Disponível em:<
http://dx.doi.org/10.1590/S1020-49892007000800007>.
PEPLOW, D; AUGUSTINE, S. Community led assessment of risk from exposure to
mercury by native Amerindian Wayana in southeast Suriname. Journal of
Environmental and Public Health, 2012. Disponível
em:<http://dx.doi.org/10.1155/2012/674596>.
PINHEIRO, M. C. N.; NAKANISHI, J.; OIKAWA, T.; GUIMARÃES, G.; QUARESMA, M.;
CARDOSO, B.; AMORAS, W.W.; HARADA, MASAZUME.; MAGNO, C.; VIEIRA, J. L F.;
XAVIER, M. B.; BACELAR, D. R. Methylmercury human exposure in riverine villages of
Tapajos basin, Pará State, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical [online]. 2000, v.33, n.3, p.265-269. ISSN 0037-8682. Disponível em: <
http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822000000300005>.
RAVENA, N.; CAÑETE, V. R. Reflexões sobre a integração Pan-Amazônica: o papel da
Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) na regulação da
água. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, Belém, v. 9, n. 7, p.131-
144, maio 2007. Disponível em:
<http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeur/index.php/rbeur/article/viewFile/175/159>.
ROCHA NETO, A. D. Convenção de Minamata: Seminário de atualização sobre o
mercúrio. 2013. Disponível em:
<http://www.fundacentro.gov.br/Arquivos/sis/EventoPortal/AnexoPalestraEvento/Semina
rioMercurio_Fundacentro_ConvencaoMinamata_6e7 08 13.pdf>.
ROJAS, J.; SEIJAS, D.; AGREDA, O.; RODRÍGUEZ, M. Biological monitoring of
mercury exposure in individuals referred to a toxicological center in Venezuela. Science
of The Total Environment, 2006, v.354, n.4, p. 278–285. ISSN 2-3. Disponível em: <
http://dx.doi.org/10.1179/oeh.2006.12.4.340>.
ROJAS, M. Exposición ambiental y humana al mercurio en Venezuela: 2004-2008. Red
de Revistas Científicas de América Latina y El Caribe, España y Portugal:
Salus, Venezuela, v. 14, n. 2, p.33-40, ago. 2010. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=375939014009>.
SANTANA, V.; MEDINA, G.; TORRE, A. El Convenio de minamata sobre el mercurio
y su implementación en la región de América Latina y el Caribe. 2014.
SANTOS, E. C.; CÂMARA, V. M.; BRABO, E. S.; LOUREIRO, E. C.B.; JESUS, I. M.; F.;
FAYAL, K.; SAGICA, F. Mercury exposure among Pakaanóva Indians, Amazon Region,
Brazil. Cad. Saúde Pública [online]. 2003, v..19, n.1, p.199-206. ISSN 1678-
4464. Disponível em:< http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2003000100022>.
SILVA, A. S. D. Organização pan-americana da saúde. 2011.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.24; p. 2016
1365
STETE, J.; GASTAÑAGA, M. C.; FIESTAS, V.; OBLITAS, T.; SABASTIZAGAL, I.;
LUCERO, M.; ABADIE, J. M.; MUNÕZ, M.E.; VALVERDE, A.; SUAREZ, M.
Enfermedades transmisibles, salud mental y exposición a contaminantes ambientales
en población aledaña al proyecto minero Las Bambas antes de la fase de explotación,
Perú 2006. Rev. perú. med. exp. salud publica [online]. 2010, v.27, n.4, pp. 512-519.
ISSN 1726-4634.
TELMER, K.H.; VEIGA, M.M. World emissions of mercury from artisanal and small scale
gold mining. in: mercury fate and transport in the global atmosphere: emissions,
measurements and models (Pirrone N, Mason R, eds.). New York, NY: Springer (2009).
TINÔCO, A. A .P.; AZEVEDO, I. C. D. D.; MARQUES, E. A. G.; MOUNTEER, A. H.;
MARTINS, C. D. P.; NASCENTES. R.; REIS, E. R.; NATALINO, R. Avaliação de
contaminação por mercúrio em Descoberto, MG, Engenharia Sanitária e
Ambiental, 15 (4), 305–314, 2010.
TRASANDE, L.; CORTES, J. E.; LANDRIGAN, P. J.; ABERCROMBIE, M. I.; BOPP, R.
F.; CIFUENTES, E. Methylmercury exposure in a subsistence fishing community in Lake
Chapala, Mexico: an ecological approach. Environmental Health, 9 (1), 2010.
Disponível em: <DOI: 10.1186/1476-069X-9-1>.
WASSERMAN, E. Environment, health, and gender in Latin America: trends and
research issues. Environmental research, v. 80, n. 3, p. 253–273, 1999. Disponível
em: < DOI:10.1006/enrs.1998.3943>.
YARD, E. E.; HORTON, J.; SCHIER, J. G.; CALDEWELL, K.; SANCHEZ, C.; LEWIS, L.;
GASTANAGA, C. Mercury Exposure Among Artisanal Gold Miners in Madre de Dios,
Peru: A Cross-sectional Study. Journal of Medical Toxicology, v. 8, n. 4, p. 441–448,
2012. Disponível em:< DOI: 10.1007/s13181-012-0252-0>.
VISNJEVEC, A. M.; KOCMAN, D.; HORVAT, M. Human mercury exposure and effects
in Europe.Environmental Toxicology And Chemistry, [s.l.], v. 33, n. 6, p.1259-1270,
abr/2014. Wiley-Blackwell. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1002/etc.2482>.
ResearchGate has not been able to resolve any citations for this publication.
Article
Full-text available
O mercúrio, elemento químico considerado não essencial a qualquer processo metabólico, é facilmente acumulado na maioria dos organismos. Ocorre naturalmente em formas orgânicas e inorgânicas, nos estados sólido, dissolvido e gasoso. Seu ciclo biogeoquímico envolve processos que ocorrem no solo, na água e na atmosfera. Em 2002, descobriu-se mercúrio elementar na zona rural do município de Descoberto, Minas Gerais, onde moram cerca de 70 famílias, e sua origem parece estar associada à exploração de ouro, que existiu na região no século 19. Neste trabalho, foram escolhidas três áreas para identificar possível contaminação da água, solo, sedimento e peixes por mercúrio, bem como para estabelecer valores de referência local e contraprova de resultados obtidos anteriormente. Verificaram-se elevadas concentrações no solo (0,26 a 0,55 mg.kg-1), sedimentos (0,13 a 0,61 mg.kg-1) e água (< 0,2 a 2,10 µg.L-1).
Article
Full-text available
The effects of human exposure to mercury (Hg) and its compounds in Europe have been the focus of numerous studies that differed in their design, including recruiting different population groups at different levels of exposure and by using different protocols and recruitment strategies. The objective of this work was to review current studies of Hg exposure in Europe, taking into account the potential routes of Hg exposure, actual Hg exposure levels assessed by different biomarkers and the effects of Hg to Europeans. All published studies from 2000 onwards were reviewed and exposure and effects studies were compared to known Hg levels in environmental compartments by mapping the various population groups studied and taking into account known sources of Hg. A study of the spatial distribution trends confirmed that the highest exposure levels to Hg, mostly as methyl mercury (MeHg), are found in coastal populations who consume more fish in their diet compared to inland populations. Fewer studies addressed exposure to elemental Hg through inhalation of Hg in air and inorganic Hg in food, particularly in highly contaminated areas. Overall, at the currently low exposure levels of Hg prevalently found in Europe, further studies are needed to confirm the risk to European populations taking into consideration exposure to various Hg compounds and mixtures of stressors with similar end-points, nutritional status, as well as a detailed understanding of Hg in fish present on European markets. Environ Toxicol Chem © 2013 SETAC.
Article
Full-text available
This is the first study of adobe brick contamination anywhere in the world. Huancavelica, Peru is the site of historic cinnabar refining and one of the most mercury (Hg) contaminated urban areas in the world. Over 80% of homes in Huancavelica are constructed with adobe bricks made from Hg contaminated soil. In this study we measured total Hg concentrations in adobe brick, dirt floor, surface dust, and air samples from the interior of 60 adobe brick houses located in four neighborhoods. Concentrations of total Hg in adobe bricks, dirt floors, and surface dust ranged from 8.00 to 1070 µg/g, 3.06 to 926 µg/g, and 0.02 to 9.69 µg/wipe, respectively, with statistically significant differences between the four neighborhoods. Concentrations of Hg in adobe brick and dirt floor samples in Huancavelica were orders of magnitude higher than in Ayacucho, a non-mining town in Peru. A strong correlation exists between total Hg concentrations in adobe bricks and dirt floors which confirms that adobe bricks were being made on-site and not purchased from an off-site source. A strong correlation between surface dust and adobe bricks and dirt floors indicates that walls and floors serve as indoor sources of Hg contamination. Elemental Hg vapor concentrations were below detection (<0.5 µg/m(3)) in most homes; however in homes with detectable levels, concentrations up to 5.1 µg/m(3) were observed. No statistically significant differences in Hg vapor measurements were observed between neighborhoods. This study demonstrates that building materials used widely in developing communities, such as adobe bricks, may be a substantial source of residential Hg exposure in silver or gold refining communities where Hg is produced or used for amalgamation in artisanal gold production.
Article
Full-text available
Este trabalho visa apresentar dados referentes ao gerenciamento de resíduos perigosos na área da saúde, com ênfase no uso de mercúrio em odontologia. Foi elaborado com base numa revisão bibliográfica sobre o uso do mercúrio em amálgama dentário e seus potenciais riscos toxicológicos ligados à exposição, tanto de profissionais quanto de pacientes. Os estudos levantados baseiam-se também em recomendações de alguns organismos internacionais e nacionais em relação ao uso do mercúrio e seus limites de exposição ocupacional. Os dados da literatura revelam o potencial tóxico do mercúrio, tanto para o ambiente quanto para a saúde humana. Tendo em vista que o amálgama ainda é muito utilizado na odontologia, considera-se necessário uma tomada de decisão político-administrativa que vise minimizar os riscos relacionados ao uso de amálgama em procedimentos odontológicos, voltados para a segurança ocupacional, dos indivíduos e do ambiente, baseada em diretrizes e orientações técnicas sobre seu uso, descarte e disposição final.
Article
Full-text available
O presente trabalho discute os resultados da concentração de mercúrio total em amostras de cabelo da população ribeirinha do Alto Madeira, Rondônia. Dentre as 311 amostras de cabelo analisadas, 51% (n=158) apresentam concentrações de mercúrio acima de 10 ppm. A variabilidade nas exposições ao mercúrio é ilustrada por uma família onde cinco indivíduos apresentam as concentracões de mercúrio mais elevadas (entre 90,6 e 303,1 ppm), enquanto em outros cinco indivíduos da mesma unidade familiar tais concentrações variam entre 7,0 e 13,3 ppm. Especial atenção deve ser dirigida à população feminina em idade reprodutiva, dado que o feto apresenta maior vulnerabilidade a menores exposições ao mercúrio orgânico. Neste estudo, 53% (n=37) da população feminina em idade reprodutiva (grupo etário 4) apresentam concentração de mercúrio superior a 10 ppm.This study analyzes mercury concentration in hair samples obtained from the population living in the Upper Madeira River basin, Rondonia. Out of 311 hair samples analyzed, 51% (n=158) had a mercury concentration of over 10 ppm. The wide variability of mercury concentration is well-illustrated by a family in which there were 5 cases with the highest mercury concentrations (90.6 to 303.1 ppm), while in another 5 household members, the concentration ranged from 7.0 to 13.3 ppm. Special atention must be paid to women in the childbearing age, since the fetus is more vulnerable to lower mercury concentrations. 53% (n=37) females in the reproductive age bracket (age group 4) displayed a mercury concentration above 10 ppm.