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Camila Dias de OLIVEIRA, Daniel MILL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 11, n. 3, p.1169-1183, 2016. E-ISSN: 1982-5587
DOI: https://dx.doi.org/10.21723/riaee.v11.n3.8194 1169
ACESSIBILIDADE, INCLUSÃO E TECNOLOGIA ASSISTIVA: UM ESTUDO
BIBLIOMÉTRICO
ACCESIBILIDAD, INCLUSIÓN Y TECNOLOGÍA ASISTIVA: UN ESTUDIO
BIBLIOMÉTRICO
ACCESSIBILITY, INCLUSION AND ASSISTIVE TECHNOLOGY: A
BIBLIOMETRIC STUDY
Camila Dias de OLIVEIRA
1
Daniel MILL
2
RESUMO: Este estudo busca investigar como a temática acessibilidade, inclusão e
tecnologia assistiva vem sendo trabalhada nas pesquisas científicas da área de educação.
Com o objetivo de responder a seguinte questão: quão representativa é a produção
científica realizada sobre essa temática? Consideramos a pesquisa bibliométrica uma
metodologia adequada para o estudo e utilizamos a base de teses da área de Educação,
estruturada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Inovação em Educação,
Tecnologias e Linguagens (Grupo Horizonte). Ao final foi possível concluir que, apesar
de os temas serem essenciais ao campo de conhecimento educacional, poucos são os
pesquisadores que tratam do assunto, principalmente no que diz respeito ao uso de
recursos de tecnologia assistiva nas escolas ou na perspectiva da acessibilidade.
PALAVRAS-CHAVE: Acessibilidade. Tecnologia assistiva. Inclusão. Educação.
Pessoas com deficiência.
RESUMEN: Este estudio investiga como la temática accesibilidad, inclusión y
tecnología asistiva ha sido trabajada en las investigaciones científicas del área de la
educación. Con el objetivo de responder a la siguiente cuestión: ¿cuánto es
representativa la producción científica realizada sobre esa temática? Consideramos la
investigación bibliométrica una metodología adecuada para el estudio y utilizamos la
base de tesis del área de la Educación, estructurada por el Grupo de Estudios e
Investigación de la Innovación en Educación, Lenguajes y Tecnologías (Grupo
Horizonte). Así, fue posible concluir que, aunque los temas sean esenciales al campo de
conocimiento educacional, poco son los investigadores que tratan del tema,
principalmente en lo que se refiere al uso de recursos de tecnología asistiva en las
escuelas o en la perspectiva de la accesibilidad.
PALABRAS CLAVE: Accesibilidad. Tecnología asistiva. Inclusión. Educación.
Personas discapacitadas.
1
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). E-mail: oliveiracamiladias@gmail.com
2
Professor do Departamento de Educação da UFSCar, gestor em Educação a Distância e líder do Grupo
Horizonte (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Inovação em Educação, Tecnologias e Linguagens). E-
mail: mill.ufscar@gmail.com
Acessibilidade, inclusão e tecnologia assistiva: um estudo bibliométrico
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 11, n. 3, p.1169-1183, 2016 E-ISSN: 1982-5587
DOI: https://dx.doi.org/10.21723/riaee.v11.n3.8194 1170
ABSTRACT: This paper aims to investigate how the issue accessibility, inclusion and
assistive technology have been worked in scientific researches of the education area.
With goal to answer the question: how representative is the scientific production
carried out on this subject? We consider the bibliometric research an appropriate
methodology for the study and we used a group of thesis based on the area of education,
structured by Group of Studies and Research on Innovation in Education, Languages
and Technologies (Grupo Horizonte). At the end it was concluded that, although the
themes are essential to the educational field of knowledge, few researchers deal with
the subject, especially regarding to the use of assistive technologies in schools or in the
perspective of accessibility.
KEYWORDS: Accessibility. Assistive technology. Inclusion. Education. Persons with
disabilities.
Introdução
O compromisso de melhorar a qualidade de vida das pessoas tornou o conceito
de acessibilidade muito mais presente nos dias de hoje. Em relação à educação, a
preocupação passa a ser ainda maior, visto que as orientações indicam que todos devem
ter acesso à informação e ao conhecimento, sem obstáculos que impeçam a participação
de pessoas com deficiência em qualquer atividade escolar. Nesse cenário, as temáticas
acessibilidade e inclusão ganham terreno e importância, merecendo ser estudadas com
atenção e profundidade. Esse posicionamento instigou nosso interesse em investigar
como essa temática (acessibilidade, inclusão e tecnologia assistiva) vem sendo
trabalhada nas pesquisas científicas da área de educação: quão representativa é a
produção científica realizada sobre essa temática? Temos por hipótese que, apesar de
ser um assunto atual e necessário, esse é (ainda) pouco trabalhado em investigações da
área educacional.
Diante dessas premissas, desenvolvemos o trabalho a seguir que trata
primeiramente sobre uma breve conceituação em relação à temática. Na sequência, uma
contextualização sobre nosso objeto de pesquisa, bem como os aspectos metodológicos,
a quantificação e análise dos resultados.
Problematizando e contextualizando o estudo
Temas que englobam acessibilidade ou inclusão de pessoas com algum tipo de
deficiência vêm recebendo, no decorrer dos anos, cada vez mais atenção na sociedade
brasileira. Disposições legais que conferem direitos específicos a essas pessoas foram
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criadas para que elas sejam menos excluídas do âmbito social e possam exercer melhor
suas atividades diárias (BRASIL, 2013).
Um dos principais direitos da pessoa com deficiência refere-se ao direito a
educação. A partir dele, este cidadão pode participar de maneira mais ativa no contexto
social, já que é na escola que ocorre a disseminação do conhecimento. Dessa concepção,
emerge a noção de acessibilidade e inclusão.
A palavra acessibilidade pode ser utilizada em diversos contextos. O termo é
normalmente classificado como “qualidade de acesso”, seja essa relacionada ao meio
social, tecnológico ou internet. Ela pode estar associada também com pessoas com
deficiência, idosos ou excluídos (podendo ser por religião, raça, etc.). Alguns autores
buscam definir a acessibilidade, tal como se segue:
[a acessibilidade] é um processo dinâmico, associado não só ao
desenvolvimento tecnológico, mas principalmente ao
desenvolvimento da sociedade. Apresenta-se em estágios distintos,
variando de uma sociedade para a outra, conforme seja a atenção
dispensada à diversidade humana, por essa sociedade, à época
(TORRES; MAZZONI; ALVES, 2002, p. 83).
Na maioria das definições, percebe-se que a acessibilidade é sustentada pela
busca de igualdade para todos e está intimamente relacionada ao termo de inclusão. Isto
é, para que uma pessoa tenha “qualidade de acesso” aos diversos meios (que podem ser
escolar, social, digital, cultural) a que está exposta é necessário que ela seja,
anteriormente, incluída nesses meios. De acordo com Amarilian (2009, p. 23), a questão
de inclusão, não se refere especificamente as pessoas com deficiência, mas trata-se de
um conceito que diz respeito a todos, já que cabe a cada um aceitar os demais e a ele
mesmo, de acordo com suas condições específicas e especiais, seu modo de pensar e de
viver.
Observamos que, na base dessa luta pela acessibilidade e inclusão, nos dias
atuais, está a exploração das potencialidades das Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC). Como nota Ramirez e Masutti (2009, p.9), “é importante
destacar que a tecnologia aliada as necessidades que emergem dos contextos sociais se
torna produtiva no processo de transformação das relações sociais de exclusão”. Diante
disso, cabe discussão sobre o uso de recursos de Tecnologia Assistiva (TA) na
educação.
Acessibilidade, inclusão e tecnologia assistiva: um estudo bibliométrico
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 11, n. 3, p.1169-1183, 2016 E-ISSN: 1982-5587
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Os recursos de Tecnologia Assistiva estão presentes no dia a dia de todos nós e,
para a pessoa com deficiência ela pode ser grande aliada por facilitar o acesso, a
comunicação, troca de informações ou, ainda, as atividades diárias.
Segundo García e Galvão Filho (2012, p. 12), “Tecnologia Assistiva é uma
expressão nova, que se refere a um conceito ainda em pleno processo de construção e
sistematização”. Como surge pela primeira vez em 1988, sua definição encontra-se em
plena fase de construção e assim, é possível encontrarmos diferentes conceitos em
relação ao termo.
Diante disso, optamos por utilizar a definição apresentada por Cook e Hussey
(2002, p. 5), que é baseada no ADA (American With Disabilities Act), lei americana que
proíbe a discriminação e garante que as pessoas com deficiências tenham oportunidades
iguais às demais pessoas. Sendo assim, Tecnologia Assistiva, nesta pesquisa, pode ser
interpretada como “uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas
concebidas e aplicadas para melhorar os problemas funcionais encontrados pelos
indivíduos com deficiência” (COOK e HUSSEY, 2002, p. 5).
Visto que os recursos de Tecnologia Assistiva podem ser utilizados em diversos
contextos, e auxiliam a pessoa com deficiência em questões do cotidiano, nada melhor
do que explorar seu potencial na área da educação.
Como indica o Instituto de Tecnologia Social (BRASIL, 2008, p. 28), algumas
vezes as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação podem ser consideradas
recursos de Tecnologia Assistiva, isto quando a tecnologia é a própria ajuda técnica para
que a pessoa com deficiência atinja um objetivo. Diversas Tecnologias Assistivas estão
sendo estudadas e criadas por instituições, organizações, centros especializados,
empresas, universidades, etc. Também existem vários especialistas e educadores em
busca de melhores formas de atendimento as pessoas com deficiência, por meio das
TDIC. A ideia e os anseios dessas instituições e profissionais são de uma base bem
simples: o uso das tecnologias digitais torna possível que as pessoas com deficiência
tenham maior inclusão social.
Neste estudo, o foco volta-se, particularmente, para as pessoas com deficiência
visual e auditiva. A escolha por essas deficiências ocorreu devido ao índice apresentado
pelo Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), segundo o qual 45 milhões de brasileiros (23,9% da população brasileira)
declararam ter algum tipo de deficiência. Enquanto 18,8% da população brasileira (mais
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de 8 milhões de pessoas) declararam ter a deficiência visual, 5,1%, (mais de 2 milhões
de pessoas) indicam ter deficiência auditiva.
Sendo assim, a questão que motivou o nosso estudo foi: como as temáticas de
acessibilidade, inclusão e tecnologia assistiva estão sendo trabalhadas em pesquisas da
área da educação? Esta questão considera a relação entre estes três termos e, mais
precisamente, o uso de recursos de tecnologia assistiva no âmbito escolar.
Procedimentos metodológicos
Para responder à questão norteadora proposta anteriormente, consideramos a
pesquisa bibliométrica uma metodologia adequada. Ikpaahindi (1985 apud
ALVARADO, 2007, p. 185) traz a definição mais adequada para este estudo,
apresentando a bibliometria como:
um termo genérico que descreve uma série de técnicas que buscam
quantificar o processo de comunicação escrita. Essas técnicas têm sido
usadas na identificação dos autores mais produtivos, na identificação
de paradigmas na ciência, na fusão e fissão de disciplinas científicas e
na identificação dos periódicos mais produtivos em diferentes campos,
etc. (Ikpaahindi, 1985 apud Alvarado, 2007, p. 185).
Assim, por essa metodologia, pudemos quantificar as produções científicas
relacionadas à acessibilidade, inclusão e tecnologia assistiva. Em nosso estudo,
utilizamos uma base de teses da área de Educação, estruturada pelo Grupo de Estudos e
Pesquisas sobre Inovação em Educação, Tecnologias e Linguagens (Grupo Horizonte).
Nessa base de teses foram catalogadas 3.468 teses de doutorado, defendidas em oito
importantes Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGE) brasileiros. Para
composição da referida base, foram catalogadas as seguintes informações de cada tese:
título, autor, ano da defesa, instituição, resumo e palavras chave. Essas informações
foram reunidas num banco de dados relacional (Access®), que possibilitou
agrupamentos, quantificações, filtros, etc.
Assim, de posse desses dados, realizamos o estudo bibliométrico seguindo as
seguintes estratégias:
a) relacionamos subtemáticas correlatas às palavras pesquisadas, seguindo indicações da
literatura (Tabela 1);
b) buscamos e quantificamos na base de teses do Grupo Grupo de Estudos e Pesquisas
sobre Inovação em Educação, Tecnologias e Linguagens (Grupo Horizonte) as
Acessibilidade, inclusão e tecnologia assistiva: um estudo bibliométrico
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produções relacionadas às temáticas e subtemáticas. Essa busca pelos assuntos foi feita
tanto nos títulos quanto nos termos chave (Tabela 1);
c) categorizamos, limpamos e analisamos as teses identificas sobre o assunto (primeiro
filtro), selecionando aquelas com foco mais voltado à relação acessibilidade, inclusão e
tecnologia e com atenção voltada às deficiências visual e auditiva (filtro final – Quadro
1). Essa seleção final foi feita a partir da leitura criteriosa dos títulos e resumos, em
conjunto com os demais metadados de cada tese;
d) de posse dessa relação final de trabalhos mais diretamente voltados para o foco da
nossa análise, procedemos à análise mais detalhada das mesmas à luz da literatura.
A palavra tecnologia foi pesquisada no sentido mais amplo e não somente
aquelas que especificaram em seu título ou termos chave a expressão tecnologia
assistiva. A ideia era identificar um maior número de pesquisas, de forma a articular
com os outros dois focos (acessibilidade e inclusão). Assim, organizamos a busca dos
termos em três blocos independentes, mas com interseções: Bloco A (Acessibilidade),
Bloco B (Inclusão) e Bloco C (Tecnologia).
Alguns dados bibliométricos: como a temática tem sido trabalhada na educação?
Partindo do procedimento metodológico descrito anteriormente, as palavras de
cada bloco foram contabilizadas na base de teses para, num passo seguinte,
identificarmos as interseções entre as palavras foco desta investigação. A Tabela 1
apresenta a síntese do trabalho realizado, indicando a quantidade de termos localizada
nos títulos das teses e nos seus termos chave.
Tabela 1. Quantificação dos termos sobre Acessibilidade, Inclusão e Tecnologia na
base de teses analisada
Termo e Título
Base de Teses (3.468 trabalhos)
Termos Chave
Títulos
Bloco A
Acessibilidade
2
0
Acesso
7
9
Acessível
0
1
Pessoas com deficiência
3
7
Portadores de deficiência
0
0
Portadores de necessidades especiais
0
0
Deficientes
3
1
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Necessidades especiais
2
3
Pessoas com deficiência visual
0
0
Deficientes visuais
1
1
Cego
1
3
Cegueira
5
1
Pessoas com deficiência auditiva
0
0
Deficientes auditivos
0
0
Surdo
21
23
Surdez
6
2
Deficiência sensorial
0
0
Bloco B
Inclusão
100
67
Inclusão Digital
4
3
Inclusão Social
16
4
Inclusão Escolar
35
14
Educação Especial
49
13
Educação Inclusiva
37
19
Democratização
15
8
Socialização
17
5
Bloco C
Tecnologia
93
48
Tecnologia Assistiva
5
3
Mídia
28
23
Digital
18
16
Total de teses (Bruto):
468 (13,49%)
274 (7,9%)
Total de Teses (Líquido):
314 (9,05%)
231 (6,66%)
Total de teses (Efetivo):
166 (4,79%)
Fonte: Compilação própria, a partir da base de teses do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre
Inovação em Educação, Tecnologias e Linguagens (Grupo Horizonte).
É importante esclarecer que, nesta Tabela 1, é possível que um mesmo trabalho
tenha dois ou mais termos/subtermos relacionados. Por exemplo, a palavra “tecnologia”
está presente nos termos quantificados para “tecnologia assistiva” – assim, uma mesma
tese pode estar tanto entre os 93 do item “tecnologia”, quanto entre os cinco (5) do item
“tecnologia assistiva”. Por isso, apresentamos ao final o somatório bruto, líquido e
efetivo das teses mapeadas. Observa-se que, ao final, identificamos 166 teses, sem
duplicações.
Acessibilidade, inclusão e tecnologia assistiva: um estudo bibliométrico
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Análise e interpretação dos dados
A partir da quantificação das teses (Tabela 1), filtramos aquelas que possuíam pelo
menos um dos termos apresentados, tanto nas palavras-chave como no título, chegando
a um total de 166 teses. Na sequência verificamos, a partir desta última quantificação,
aquelas que possuíam relação entre dois dos termos, como por exemplo, Tecnologia e
Acessibilidade, Acessibilidade e Inclusão, Inclusão e Tecnologia; chegando a um total
de 29 teses. Assim foi possível identificar que:
Apenas um trabalho apresentou a relação entre os três termos em suas palavras-
chave e dois outros apresentaram os três termos entre títulos e palavras chaves. Essa
primeira observação já mostra a pouca importância que a relação entre as três
temáticas tem recebido por parte dos pesquisadores da área de educação.
Individualmente, as teses que apresentaram o termo Tecnologia Assistiva
mereceram tratamento especial em nosso estudo, mas observamos que nenhum
desses trabalhos trata especificamente de pessoas com deficiência visual e/ou
auditiva.
Apesar de a cegueira ser considerada uma doença mais “invasiva” em relação à
surdez (GIL, 2000, p. 7), existe um maior número de teses relacionadas a pessoas
surdas.
A partir das 29 teses selecionadas, passamos a analisar cada uma delas por meio
do título e palavras-chave, para que pudéssemos escolher aquelas que se encaixavam
melhor na temática de interesse do nosso estudo. Ao final, descartamos 11 teses que
tinham discussões mais distantes do nosso interesse, sobrando então um total de 18
teses (0,52% das teses da base). O Quadro 1 apresenta as teses selecionadas, que foram
analisadas mais detalhadamente (análise pelo seu título, resumo e conteúdo da tese).
Quadro 1. Teses selecionadas para análise por apresentarem mais proximidade com a
temática do estudo bibliomético
Título da Tese
Autor da Tese
Instituição
1
Mesmidade ouvinte & alteridade surda: invenções do outro surdo no
Curso de Educação Especial da Universidade Federal de Santa Maria
Rampelotto
(2004)
UFRGS
2
O ensino de física no contexto da deficiência visual: elaboração e
condução de atividades de ensino de física para alunos cegos e com
baixa visão
Camargo
(2005)
UNICAMP
3
Educação escolar de pessoa com surdez: uma proposta inclusiva
Damázio
(2005)
UNICAMP
4
Formação de leitores surdos e a educação inclusiva
Martins (2005)
UNESP
Marília
5
Deficiências, educação e o debate sobre avanços tecnológicos
Moura (2006)
UNIMEP
6
Linguagem e subjetividade do cego na escolaridade inclusiva
Santos (2007)
UFRGS
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7
Inclusão e tecnologia assistiva
Pelosi (2008)
UERJ
8
Estratégias de ensino e recursos pedagógicos para o ensino do aluno
com deficiência visual na atividade física adaptada
Seabra Junior
(2008)
UNESP
Marília
9
Ensinando música ao aluno surdo: perspectivas para ação pedagógica
inclusiva
Finck (2009)
UFRGS
10
Tecnologia assistiva para uma escola inclusiva: apropriação, demanda
e perspectivas
Galvão Filho
(2009)
UFBA
11
A escrita do aluno surdo: interface entre a libras e a língua portuguesa
Oliveira (2009)
UFBA
12
A informática como uma ferramenta de apoio a inclusão do deficiente
visual
Rodrigues
(2009)
UFRN
14
A comunicação do aluno surdocego no cotidiano da escola inclusiva
Galvão (2010)
UFBA
13
Software em Língua Portuguesa/Libras com Tecnologia de Realidade
Aumentada: Ensinando Palavras para Alunos com Surdez
Carvalho
(2011)
UNESP
Marília
15
Políticas públicas educacionais, direitos sociais e democratização do
acesso à escola: uma visão a partir da implantação da Ação TECNEP
na Rede Federal de Educação Tecnológica
Rosa (2011)
UNESP
Marília
16
Avaliação de competências profissionais de aprendizes com
deficiência: um estudo de caso
Zanote (2011)
UNESP
Marília
17
Formação de professores de salas de recursos multifuncionais para o
uso de tecnologia assistiva
Hummel
(2012)
UNESP
Marília
18
Saberes e conhecimentos docentes na implementação de programas
de inclusão digital em escolas de educação básica em Garanhuns
Silva (2012)
UERJ
Fonte: Compilação própria, a partir da base de teses do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre
Inovação em Educação, Tecnologias e Linguagens (Grupo Horizonte).
Observamos que todas as teses selecionadas apresentaram, mesmo que
parcialmente, alguma relação com os termos. De algum modo, elas contribuíram para
demonstrar como a temática está sendo trabalhada na área de educação além de
fundamentarem a nossa hipótese: há relativamente poucas pesquisas sobre
acessibilidade, inclusão e tecnologia na área educacional.
Para que pudéssemos analisar de maneira mais organizada, agrupamos as teses
pela temática (título e palavras-chave). Observamos que as teses tratam,
costumeiramente, de acessibilidade e inclusão ao mesmo tempo. Sendo assim, teses
relacionadas aos Blocos A e B (acessibilidade e inclusão) foram agrupadas para análise;
ao passo que o Bloco C (tecnologia) ficou com tratamento em separado, por hora.
No bloco de acessibilidade e inclusão, categorizamos as teses dos autores:
Rampelotto (2004), Camargo (2005), Damázio (2005), Martins (2005), Santos (2007),
Seabra Junior (2008), Oliveira (2009), Finck (2009), Galvão (2010), Rosa (2011) e
Zanote (2011). Nestas teses, encontramos discussões comuns, como a proximidade dos
assuntos em relação a pessoas com deficiência, preocupação com o ensino-
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aprendizagem da pessoa com deficiência, educação inclusiva, recursos pedagógicos,
dentre outros assuntos.
Em relação à deficiência auditiva, vale destacar ainda a preocupação dos autores
das teses com a comunicação dessas pessoas e as diversas maneiras de ensinar e
aprender. A escolha por uma das formas de comunicação é normalmente a preocupação
dos pesquisadores.
Quanto à educação de pessoas com deficiência auditiva, segundo Goldfeld
(2002, p. 28), até o século XV acreditava-se que o surdo era uma pessoa primitiva, que
não tinha condições de ser educada. Com o passar do tempo, os educadores passaram a
criar algumas soluções para a inserção dessas pessoas na sociedade e assim foram
criadas diversas formas de educar este cidadão. Além da utilização da Língua Brasileira
de sinais (LIBRAS), ou seja, da educação por meio de sinais, outros conceitos e
maneiras de ensinar foram criados e utilizados durante os anos, tais como:
Bilinguismo – utiliza a linguagem de sinais e a língua oficial do seu país;
Oralismo – proposta que dá preferência à linguagem oral.
Comunicação total – utiliza qualquer recurso linguístico para se comunicação,
seja a língua de sinais, oral ou códigos manuais.
Sendo assim, é possível perceber que a escolha por uma melhor maneira de
educar a pessoa com deficiência auditiva é uma preocupação recorrente e que vem
desde o século XV. Entretanto, no Brasil, atualmente, diversas abordagens educacionais
são utilizadas, priorizando-se nas instituições, principalmente, a utilização da LIBRAS e
do bilinguísmo.
Já em relação ao aluno com deficiência visual, percebemos que a preocupação
volta-se às estratégias e práticas pedagógicas, bem como no relacionamento do aluno
cego com o vidente. De acordo com Masini (2007, p. 21), o processo de
desenvolvimento sem um dos sentidos é vivenciado diferentemente por cada pessoa, de
maneira que cada uma percebe e constrói o mundo com características próprias.
Além disso, as teses tratavam costumeiramente da utilização do Braille e
recursos táteis. O Braille é considerado um “sistema de pontos em relevo dispostos
regularmente em espaços de letras ou células quadrangulares que são lidos pelo tato”
(NIELSEN, 1999, p. 54). Segundo Machado e Merino (2009, p. 57), o Braille chegou ao
Brasil com José Alvares de Azevedo e ao contrário de alguns países foi muito bem
recebido para a educação de cegos.
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Já no bloco de Tecnologia, incluímos sete teses: Moura (2007), Pelosi (2008),
Galvão Filho (2009), Rodrigues (2009), Carvalho (2011), Hummel (2011) e Silva
(2012). Aqui, as teses voltam-se mais para a utilização das tecnologias como recurso
pedagógico. Por isso, são teses mais relacionadas com cultura digital, Tecnologia
Assistiva e incorporação das TDIC na educação.
Pela análise das teses deste segundo bloco, observamos que algumas
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) podem ser utilizadas como
sendo TA; Particularmente quando o software ou dispositivo digital tem o objetivo de
facilitar a vida da pessoa com deficiência, construindo conhecimento.
Esta ideia é defendida pelo Instituto de Tecnologia Social (BRASIL, 2008, p.
28), que apresenta casos em que as TDIC podem ser utilizadas como TA,
principalmente no que se refere à utilização de softwares para o ambiente
computacional. A tese de Carvalho (2011) exemplifica bem esta perspectiva:
desenvolvimento do software para pessoas com deficiência auditiva em realidade
aumentada. Nesta perspectiva, as tecnologias digitais podem ser facilitadoras do acesso
ao conhecimento, já que segundo Lévy (1999, p. 172), elas criam uma troca
generalizada dos saberes.
Mais uma vez, a formação de professores é um assunto abordado entre as teses,
mesmo com certa timidez. Algumas teses mostram a importância dos professores
utilizarem as TDIC em sala de aula, principalmente quando se trata de pessoas com
deficiência.
Ao final, todas as teses, assim como as da categoria acessibilidade e inclusão,
utilizam uma perspectiva voltada para a Educação Inclusiva, tema abordado por autores
tais como: Mittler (2003), Carvalho (2004) e Mantoan (2006).
Considerações finais
A pesquisa bibliométrica se mostrou uma metodologia eficaz para o tipo de
estudo proposto. Através dela, foi possível quantificar e qualificar os dados em busca de
resultados. Ressalta-se a importância do apoio dado pelos softwares Access e Excel no
processo de catalogação, organização, filtro e análise dos dados. Apesar de existirem
outros programas computacionais mais específicos para estudos bibliométricos, a nossa
Acessibilidade, inclusão e tecnologia assistiva: um estudo bibliométrico
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estratégia mostrou-se eficiente e adequada para a proposta de pesquisa. Geralmente,
softwares específicos têm custo elevado.
Em relação ao conteúdo dos dados, apesar de os temas tratados por este artigo
serem de total interesse da área educacional, nossa pesquisa indicou que poucos são os
pesquisadores que tratam do assunto, principalmente no que diz respeito ao uso de
tecnologias assistivas nas escolas. A falta de intersecção em relação aos três termos por
nós tratados (acessibilidade, inclusão e tecnologia assistiva) comprova a nossa hipótese
de que, apesar da temática ser atual e necessária no ambiente educacional, ainda resta
muito a ser abordado.
Enfim, o estudo mostrou que muito ainda deve ser pesquisado e pensado nessa
seara. Temos por hipótese que essa carência de atenção ao processo de inclusão,
associado à acessibilidade e à tecnologia assistiva, não é apenas por parte de
pesquisadores, mas também da sociedade e ambientes escolares. Essa hipótese não pode
ser verificada pela metodologia bibliométrica, mas merece estudos adicionais. Afinal, a
participação de pessoas com deficiência em atividades diversas é indispensável e sua
inclusão no ambiente educacional é elementar. Fica o convite!
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Como referenciar este artigo
OLIVEIRA, Camila Dias de.; MILL, Daniel. Acessibilidade, inclusão e tecnologia
assistiva: um estudo bibliométrico. Revista Ibero-Americana de Estudos em
Educação, Araraquara/SP, v. 11, n. 3, p.1169-1183, 2016. Disponível em:
<https://dx.doi.org/10.21723/riaee.v11.n3.8194>. E-ISSN: 1982-5587.
Submetido em: 29/10/2015
Aprovação Final em: 25/07/2016