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Abstract

Recent studies have pointed the labor gymnastics as an important tool to alleviate some caused by the working in the modern life. Therefore, the present study aimed to analyze the influence of a labor gymnastics program (LGP) in reduction the amount of certificates of industrial in the city of Chapecó-SC. The sample consisted of 31 subjects, 22 males and 9 females with an average age of 32.48 ± 8.28. All data were collected from the medical records of employees. The LGP was developed two times a week for 12 months continuous. The results show a decrease in the total amount of certificates (51.52%), for systemic diseases (43.48%) and musculoskeletal diseases (55.56%) in the period of development on the LGP. In conclusion, with the decrease in the number of certificates, there was also improvement in health and quality of life of its practitioners.
Artículo Original
130 130/133 | www.cienciaytrabajo.cl | AÑO 18 | NÚMERO 56 | MAYO / AGOSTO 2016 | Ciencia & Trabajo
Programa de Ginástica Laboral e a Redução de Atestados Médicos
LABOR GYMNASTICS PROGRAM AND REDUCTION OF MEDICAL CERTIFICATES
Rafael Cunha Laux1, Paulo Pagliari2, João Viannei Effting Junior3, Sara Teresinha Corazza4
1. Mestrando do Curso de Pós-Graduação em Educação Física (UFSM) Santa Maria/RS, Bolsista Capes, Especialista em Personal Training (UNOESC) Chapecó/SC.
2. Mestre em Educação - área de concentração Educação Física e Saúde pelo Centro Universitário Diocesano do Sudoeste do Paraná, Coordenador do
curso de Educação Física da UNOESC – Campus de Chapecó.
3. Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes. Graduando em Medicina pela UNOCHAPECÓ.
4. Doutora em Ciência do Movimento Humano pela Universidade Federal de Santa Maria, Professora do CEFD/UFSM.
RESUMO
Estudos recentes têm apontado a ginástica laboral como uma
importante ferramenta para amenizar alguns malefícios ocasiona-
dos pelo ritmo de trabalho da vida moderna. Portanto, o presente
estudo objetivou analisar a influência de um programa de ginástica
laboral (PGL) na redução da quantidade de atestados de uma empre-
sa de tratamento de resíduos industriais da cidade de Chapecó-SC.
A amostra foi composta por 31 sujeitos, sendo 22 do sexo masculi-
no e 9 do sexo feminino com idade média de 32,48±8,28. Todos os
dados foram coletados a partir dos prontuários dos funcionários. O
PGL foi desenvolvido duas vezes na semana durante 12 meses con-
tínuos. Os resultados apontam uma diminuição na quantidade total
de atestados (51,52%), por doenças sistêmicas (43,48%) e por doen-
ças osteomusculares (55,56%) no período de desenvolvimento do
PGL. Conclui-se portanto, que com a diminuição no número de
atestados, houve também melhoria na saúde e qualidade de vida de
seus praticantes.
(Laux R, Pagliari P, Viannei J, Corazza S, 2016. Programa de Ginás-
tica Laboral e a Redução de Atestados Médicos. Cienc Trab. May-
Ago; 18 [56]: 130-133).
Palavras chaves: SAÚDE DO TRABALHADOR, ATESTADO DE SAÚDE,
QUALIDADE DE VIDA, TRABALHADORES.
ABSTRACT
Recent studies have pointed the labor gymnastics as an important
tool to alleviate some caused by the working in the modern life.
Therefore, the present study aimed to analyze the influence of a
labor gymnastics program (LGP) in reduction the amount of certifi-
cates of industrial in the city of Chapecó-SC. The sample consisted
of 31 subjects, 22 males and 9 females with an average age of 32.48
± 8.28. All data were collected from the medical records of employ-
ees. The LGP was developed two times a week for 12 months con-
tinuous. The results show a decrease in the total amount of certifi-
cates (51.52%), for systemic diseases (43.48%) and musculoskeletal
diseases (55.56%) in the period of development on the LGP. In con-
clusion, with the decrease in the number of certificates, there was
also improvement in health and quality of life of its practitioners.
Keywords: OCCUPATIONAL HEALTH, HEALTH CERTIFICATE, QUALITY
OF LIFE, WORKERS.
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), mas as doenças
de origem psicológica, frutos do stress.3
As doenças osteomusculares e as mentais são dois grupos de pato-
logias que trazem maior incapacidade e afastamento do trabalho.4
Os gastos originários de doenças ocupacionais são raramente
contabilizados, mesmo em países que investem na prevenção.
Esses valores são estimados em 4% do produto interno bruto (PIB)
para os países desenvolvidos e 10% do PIB para países em desen-
volvimento, como é o caso do Brasil.5
Percebendo a necessidade de diminuir ou prevenir as doenças
ocupacionais, as empresas estão investindo na prática de exercí-
cios físicos no próprio local de trabalho.1,2,6 Com o intuito de
promover a saúde do trabalhador com a prática de exercícios
físicos surge o Programa de Ginástica Laboral (PGL), também
conhecido internacionalmente como Intervenções de Exercício
Físico no Ambiente de Trabalho (Workplace Physical Activity
Intervention), que conta com programa de exercícios físicos espe-
cíficos para compensar os grupos musculares mais exigidos
durante as atividades laborais6, um exercício físico-motor que
pode compensar desgastes e auxiliar em prevenções. O programa
INTRODUÇÃO
A modernidade vem transformando o dia-a-dia das pessoas,
aumentando as horas de trabalho e diminuindo o tempo de ócio e
lazer, fazendo com que esse excesso de trabalho muitas vezes se
transforme em doenças físicas e/ou mentais.1,2 Essa mudança no
cenário do trabalho ocasionou o aumento das doenças ocupacio-
nais, não somente a lesão por esforço repetitivo (LER) e o distúrbio
Correspondencia / Correspondence:
Rafael Cunha Laux
Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC, Campus de Chapecó
Av. Nereu Ramos, 3777-D - Bairro Seminário, Chapecó-SC, Brasil
CEP:898113-000.
Tel.: (049) 33192643
e-mail: rafael-laux@hotmail.com
Recibido: 06 de Marzo de 2016 / Aceptado: 28 de Mayo de 2016
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pode ter amplos objetivos, como a promoção do autoconheci-
mento, da autoestima, e possíveis melhorias do convívio social na
empresa.2,7
Os principais benefícios para a empresas que contratam profissio-
nais para a realização do PGL são o aumento da produtividade,
diminuição da incidência das doenças ocupacionais e a diminuição
das despesas médicas. Para os funcionários podemos destacar
como benefícios a melhora na autoestima, melhora no relaciona-
mento interpessoal, a redução de dores, redução de stress, dimi-
nuição da fadiga e melhora na saúde física, metal e emocional.8
Além dos benefícios tradicionalmente conhecidos na literatura, a
ginástica laboral influencia positivamente outras variáveis que
podem interferir na saúde do trabalhador, como é o caso da coor-
denação motora global e tempo de reação.9
Para que a empresa e o funcionário obtenham todos os benefícios
do PGL, é necessário uma avaliação, planejamento e aplicação por
profissional habilitado2,6, incidindo positivamente nas adesões dos
funcionários.10 Outro fato relatado sobre a prática orientada de
exercícios físicos no ambiente de trabalho é a predisposição desses
funcionários em praticar exercícios fora do ambiente de trabalho,
contribuindo positivamente para sua saúde.11
Nessa perspectiva o objetivo desse estudo foi analisar se um
programa de ginástica laboral (PGL) influenciou na redução da
quantidade de atestados de uma empresa de tratamento de resí-
duos industriais da cidade de Chapecó-SC.
MATERIAL E MÉTODO
Esta pesquisa classificou-se quanto aos objetivos como descritivo-
comparativo12, e com base nos procedimentos técnicos a pesquisa se
enquadra como documental.13 Nessa pesquisa documental foram utili-
zados documentos de “primeira mão”, segundo Gil13 esses documentos
não recebem nenhum tipo de tratamento analítico, como documentos
conservados em arquivos de empresas ou órgãos públicos. O projeto
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do
Oeste de Santa Catarina pelo CAAE nº 42803815.5.0000.5367, e
dispensa Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme prevê
a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
A população deste estudo envolveu 113 funcionários entre 17 e 53
anos de uma empresa de tratamento de resíduos industriais da cidade
de Chapecó-SC. Os funcionários eram oriundos dos setores adminis-
trativo ou de produção. No setor administrativo os sujeitos passavam
a maior parte do tempo sentados e em frente a computadores. Já na
produção os funcionários apresentam atividades mais braçais, predo-
minantemente em pé, com pequenos deslocamentos e movimentos
de agachamento levantando diferentes cargas.
Para participar do estudo os sujeitos precisavam atender aos
seguintes critérios: 1) estar contratado pela empresa no período do
estudo (julho 2012 a junho 2014); e 2) ter frequência mínima de
75% nas aulas de Ginástica Laboral ministradas entre julho de
2013 e junho de 2014.
O instrumento utilizado foi o prontuário do funcionário, neles foram
coletados os seguintes dados: a) dados que caracterizem a amostra;
b) quantidade, motivo e tempo dos afastamentos por atestado
médico; c) frequência e características técnicas do programa de
ginástica laboral, entre os meses de julho de 2013 e junho de 2014.
Os dados utilizados para caracterizar a amostra foram a idade e o
sexo. No arquivo foi verificado se a data de admissão do funcionário
ocorreu antes de julho de 2012. Para a análise dos atestados médicos
foi selecionado apenas os relacionados a doença do funcionário, a
tratamento médico e a tratamento cirúrgico. E excluído os atestados
médicos relacionados ao acompanhamento de familiar em consulta
ou similar; consultas médicas agendadas; consulta e tratamento
odontológico; exames médicos e similares; gravidez; atestados sem o
motivo do afastamento ou data; cirurgias plásticas; e acidentes de
trabalho. Nesse período a empresa não desenvolveu nenhuma
campanha ou intervenção para melhorar a qualidade de vida, para
não interferir nos resultados do PGL.
O PGL disponibilizado na empresa foi realizado por profissional
capacitado (formado em Educação Física e registrado no Conselho
Regional de Educação Física – CREF/SC), e desenvolveu-se com
aulas de 10 minutos, 2 vezes por semana durante 12 meses. Cada
aula incluiu parte inicial (4 min), parte principal (4 min) e parte
final (2 min). A parte inicial teve ênfase no aumento dos bati-
mentos cardíacos com atividades globais de pequenos desloca-
mentos e de coordenação de multimembros. A segunda parte
(principal) foi composta por exercícios de flexionamento para os
membros superiores e inferiores, e/ou reforço muscular com exer-
cícios isométricos e dinâmicos, específicos para função dos traba-
lhadores, considerando os setores já mencionados. A parte final
teve atividades de descontração, alongamento e de volta à calma
(QUADRO 1). As aulas foram elaboradas após análise dos postos
de trabalho e funções profissionais específicas. A ginástica laboral
teve como característica a ginástica compensatória.2
Para o tratamento dos dados, por contarmos com um reduzido
número de sujeitos, foi somente utilizado estatística descritiva,
através da média, desvio padrão, mínimo, máximo e frequência.
RESULTADOS
A amostra foi composta por 31 sujeitos, sendo 22 do sexo masculino
e 9 do sexo feminino com idade média de 32,48±8,28 em junho de
2014, conforme a tabela 1. Entre os sujeitos 14 do sexo masculino e
4 do sexo feminino não houve nenhum registro de afastamento por
atestado médico no período do estudo.
Quadro 1.
Atividades do Programa de Ginástica Laboral.
Parte Inicial Parte Principal Parte Final
(4minutos) (4minutos) (2 minutos)
ATIVIDADES Atividades recreativas, Exercícios de flexionamento Exercícios de
utilizando ritmo, e de fortalecimento respiração,
coordenação státicos e dinâmicos dinâmicas de grupo,
motora fina, atenção, para todos grupos alongamento e
rapidez de musculares, enfatizando exercícios de
raciocínio. os mais utilizados na concentração.
jornada de trabalho.
MATERIAIS Bolinhas de borracha, Colchonetes, bastões, Músicas calmas,
UTILIZADOS bastões, arcos, jornal, arcos, bolinhas de borrachas, colchonetes.
bola de vôlei, músicas. músicas.
Tabela 1.
Características da amostra.
Média da Desvio Padrão Mínimo da Máximo da
Idade da Idade Idade Idade
(Jun/2014) (Jun/2014) (Jun/2014) (Jun/2014)
Masculino (n=22) 32,36 8,20 19 51
Feminino (n=9) 32,78 9,23 20 50
Total (n=31) 32,48 8,28 19 51
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Cunha Laux Rafael, et al.
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A figura 1 apresenta a comparação entre a quantidade de afasta-
mento por atestados médicos no período sem ginástica laboral (junho
de 2012 a julho de 2013), e o período com ginástica laboral (junho
de 2013 a julho de 2014). Os afastamentos por atestados médicos
foram separados em dois grupos, os relacionados as doenças sistê-
micas (excluindo-se as doenças sexualmente transmissíveis), e as
relacionadas a doenças osteomusculares. As doenças sistêmicas rela-
tadas nos atestados médicos foram varizes nos membros inferiores,
reumatismo não especificado, dores não especificadas no abdômen e
hipertensão arterial. Já nas doenças osteomusculares os atestados
foram por causa de hérnia inguinal e lombalgias.
Observa-se que no período sem ginástica laboral os afastamentos por
atestados médicos representaram 33 atestados, sendo que no período
com ginástica laboral foram 16, uma redução de 51,52%. Nas doenças
sistêmicas observa-se uma diminuição de 43,48% dos atestados após a
implantação do PGL. Ao analisar as doenças osteomusculares verifi-
camos que o primeiro período apresentou 9 atestados, e no segundo
houve uma redução de 55,56%, passando para 4 atestados.
DISCUSSÃO
A busca pelo aumento da produtividade e a diminuição dos afasta-
mentos por atestados médicos faz da ginástica laboral uma aliada.2,14
Entretanto, são poucas pesquisas que exploram as causas da quanti-
dade de afastamento por atestados médicos.15
Os resultados encontrados nesse estudo corroboram com os eviden-
ciados por Silveira16, onde teve uma diminuição da quantidade de
absenteísmo em ambos os sexos durante a aplicação do PGL. Essa
tendência de diminuição de absenteísmo também ocorreu na
pesquisa de Reis17 onde evidenciou-se uma queda de 6 afastamentos
durante o período da intervenção com exercícios de aquecimento e
alongamento. No estudo de Martinez e Matiello Júnior18 os indiví-
duos relatam uma melhora na sua condição de saúde física, o que
pode resultar numa menor quantidade de afastamento por doenças.
Coelho e Burini19 relatam inúmeros estudos epidemiológicos que rela-
cionam o nível de prática de exercício físico com a diminuição das
doenças, porém os mecanismos relacionados a esse fato não está
totalmente compreendido, não existindo um consenso sobre a quanti-
dade necessária de exercício para esse benefício. Bielemann, Knuth e
Hallal20 ressaltam o exercício físico como meio de prevenção de
doenças, afirmando que sua prática diminui doenças crônicas, gerando
uma economia nos gastos públicos da saúde. Observa-se que como nos
estudos de Coelho e Burini19 e Bielemann, Knuth e Hallal20 os resul-
tados apresentados na presente pesquisa apontam uma diminuição das
doenças sistêmicas, mesmo com número e tempo de aula reduzido.
Reis, Moro e Contijo21 em seu estudo observaram uma diminuição
dos atestados médicos, que tratavam especificamente sobre lombal-
gias, após a implantação do programa de ginástica laboral. Fato que
corrobora com os resultados encontrados nesse estudo, onde
verificou-se a queda de cerca de 55,56% na quantidade de atestados
por doenças osteomusculares.
Outro fator que pode, talvez, explicar a diminuição dos atestados por
doenças osteomusculares está evidenciado na pesquisa de Candotti,
Stroschein e Noll22 quando relatam a diminuição da intensidade e
frequência das dores nos grupos musculares envolvidos no trabalho
diário, após três meses de intervenção com o PGL. A diminuição das
dores lombares foi apontada no estudo de Reis, Moro, Contijo21,
sendo que essas tiveram um decréscimo de 90% dos casos durante a
após a aplicação do PGL.
A importância de prevenir as doenças osteomusculares como a LER/
DORT vai muito além de aspectos físicos, podendo causar repercus-
sões na saúde mental do funcionário e desencadear transtornos
mentais.23 Picoloto e Silveira24, e Szeto e Lam25 destacam a grande
prevalência de sintomas osteomusculares em trabalhadores e sua
relação com idade, sexo, ocupação e escolaridade.
Os cofres públicos e privados também detectam os prejuízos causados
pelos afastamentos dos funcionários por causa de atestados médicos.
Segundo Brasil3 não existe pesquisa com os gastos totais resultantes
das doenças e acidentes de trabalhos, mas estima-se que esses valores
chegam a R$ 12,5 bilhões anuais para as empresas e em mais de R$
20 bilhões anuais para os contribuintes. Santana et al5 identificaram
257.645 benefícios concedidos pelo INSS para trabalhadores no
estado da Bahia no ano 2000, onde 11,7% referiam-se a problemas
de saúde ocupacional, enquanto 7,3% aos acidentes ocupacionais
(causas externas, lesões e envenenamentos).
Ao analisar a importância de um programa de ginástica laboral
influenciar na redução da quantidade de atestados médicos e conse-
quentes afastamentos em uma empresa de tratamento de resíduos
industrias da cidade de Chapecó-SC, observou-se uma redução em
números absolutos de 51,52% nesses atestados, tanto por doenças
sistêmicas, quanto por doenças osteomusculares.
Fato que corrobora com a literatura, em que enfatiza a importância
da ginástica laboral como meio de prevenção de doenças, diminuição
de absenteísmo, melhora da relação interpessoal, e consequente-
mente uma diminuição de custos relacionados ao afastamento do
funcionário de sua função.
Agradecimentos
Agradecimento especial ao Curso de Pós-graduação lato sensu em
Personal Training da Universidade do Oeste de Santa Catarina –
Campus de Chapecó, que possibilitou a produção desse trabalho,
tendo em vista que esse artigo é fruto da pesquisa desenvolvida como
requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Personal
Training.
Figura 1.
Comparação entre os afastamentos por atestados médios no período com
e sem ginástica laboral.
33
23
9
16
13
4
40
30
20
10
0
2. Período: com ginástica laboral
(2013-2014)
1. Período: sem ginástica laboral
(2012-2013)
QUANTIDADES DE ATESTADOS MÉDICOS
Total de atestados médicos
Doenças sistémicas
Doenças osteomusculares
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REFERÊNCIAS
... Sendo assim, estudos encontrados na literatura reafirmam a necessidade de as organizações, principalmente as de saúde, dedicarem maior atenção às suas políticas de gestão de pessoas, enfatizando a promoção da saúde do trabalhador e a ambiência no trabalho, utilizando-se de estratégias como: ginástica laboral, escalda-pés, yoga, massagens, dinâmicas de grupo, entre outras, que possam proporcionar, aos trabalhadores, momentos de descanso e reflexão durante a jornada de trabalho. (16)(17)(18) As justificativas relacionadas às faltas às atividades realizadas também podem estar atreladas a outras questões que fazem parte de uma cultura organizacional e de um ambiente em que o trabalho ainda é fragmentado, focalizado na tarefa, na centralização das decisões e do poder. O que leva alguns trabalhadores a não se sentirem como parte integrante do seu processo de trabalho, assim, deixam de participar de ações coletivas voltadas para a integração da equipe. ...
... O intuito da criação de momentos de sensibilização da equipe é convidar os trabalhadores a pensarem sobre o conceito de ambiência e as ações micropolíticas que podem ser desenvolvidas nos setores de trabalho, principalmente, quando há o envolvimento de todos da equipe. Entretanto, sem esquecer a necessidade de os gestores também intervirem na macropolítica institucional, (6,17) aprimorando cada vez mais as condições de trabalho. ...
... Além de aumentar a tolerância ao estresse, diminuir o índice de absenteísmo, colaborar para a melhor integração e relacionamento interpessoal entre os trabalhadores, contribuindo para a qualidade da assistência prestada aos usuários. (16)(17)(18)(19)(20) Nessa perspectiva, ressalta-se um estudo que mostra a importância de, desde a universidade, encorajar os futuros profissionais a adotarem estratégias promotoras de qualidade de vida, com o intuito de proporcionar melhores condições de enfrentamento das incertezas e inseguranças que são vivenciadas antes e após ingressarem no mercado de trabalho. (21) Essa recomendação não é importante somente para se obter qualidade de vida durante a graduação, mas contribui ainda para um processo precoce de sensibilização para adoção de estratégias de qualidade de vida também no ambiente laboral. ...
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Os objetivos deste estudo são: relatar a experiência do desenvolvimento das atividades de sensibilização dos trabalhadores relacionadas à promoção da saúde no ambiente laboral e à humanização no trabalho realizadas em dois serviços de saúde de um município do estado de Minas Gerais e avaliar junto à equipe a realização dessas atividades. As atividades de alongamento, massagens, escalda-pés, dinâmica de grupo e oficina da beleza foram realizadas na atenção primária e secundária. Utilizou-se um questionário e as respostas foram apresentadas por estatística simples. Os trabalhadores avaliaram as atividades como “excelentes”; referiram melhorar o dia de trabalho; sentiram-se valorizados e mais dispostos para o trabalho, além de solicitarem a continuidade de ações de promoção da saúde e humanização no trabalho. Por mais simples que sejam, essas atividades proporcionaram momentos de reflexões e a pausa laboral, tendo em vista a saúde do trabalhador e melhor qualidade de vida no trabalho.
... Esse cenário favorece ao aumento do estresse, resultante dos longos expedientes de trabalho, do esgotamento psicológico, de problemas músculo esqueléticos, assim como, exacerba os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas que estão atreladas diretamente a maiores custos em saúde pública e privada, bem como diminuição da produtividade no local de trabalho (Candotti, Stroschein, & Noll, 2011;Laux, Pagliari, Viannei, & Corazza, 2016;Proper & van Oostrom, 2019). Em especial, os técnicos administrativos de universidades apresentam um nível de atividade física extremamente baixo, faltando a prática de atividade física no seu dia a dia (Grande et al., 2011;Medeiros, Tomaz, Carvalho, Santos, & Almeida, 2019). ...
... Esse método, PEFAT, traz benefícios aos técnicos administrativos de universidades, prevenindo lesões e doenças osteomusculares, reduzindo os atestados médicos e os acidentes de trabalho (Laux et al., , 2016, assim, garantindo o aumento da produtividade (Candotti et al., 2011), a melhora do tempo de reação (Laux & Corazza, 2019), do estado de humor (Laux, Andrade, Vilarino, & Corazza, 2021;Laux, Tabela, Antonio, & Zanini, 2020), dos níveis de ansiedade (Laux, Hoff, Antes, Cviatkovski, & Corazza, 2018), da força muscular e dos índices de flexibilidade . Além disso, estudos apontam que o exercício físico melhora a saúde mental de diferentes populações, favorecendo o relacionamento social, o trabalho em equipe, valorizando e incentivando a prática de atividades físicas como instrumento de promoção da saúde e da performance profissional (Laux et al., 2021;Zanette & Honorato, 2010). ...
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O objetivo deste estudo foi verificar o efeito de um Programa de Exercício Físico no Ambiente de Trabalho sobre a motivação para a prática de atividade física de funcionários técnicos administrativos de uma universidade. Participaram da pesquisa 18 participantes insuficientemente ativos de ambos os sexos, com idade média de 30,69 (dp 5,86) anos. A intervenção constituiu de 36 sessões, de dez minutos de exercícios físicos no ambiente de trabalho, divididos em três sessões semanais durante 12 semanas. A avaliação da motivação foi feita por meio do Behavioral Regulation in Exercise Questionnaire (BREQ 3), aplicado no período pré e pós-intervenção. Os dados foram analisados utilizando o SPSS® para Windows® versão 21.0. Os participantes foram divididos em número iguais entre grupo controle e grupo experimental. Verificou-se no grupo experimental aumento no domínio da Motivação de Regulação Introjetada (p=0,0047) e da Motivação Intrínseca (p=0,0263) entre os momentos pré e pós-intervenção. E no grupo controle não ocorreu nenhuma mudança no perfil motivacional. Assim, conclui-se que o programa foi efetivo para a modificação da motivação dos seus praticantes nas variáveis de motivação de regulação introjetada e motivação intrínseca, comportamento que não foi observado no grupo controle.
... In this regard, studies addressing work-based physical exercise programmes, also called labour gymnastics or labour kinesiotherapy, found direct and indirect benefits for workers 6 . Scientists argue that physical exercise at work is associated with reduced musculoskeletal pain, functional limitations 7 , stress and mental fatigue 8 . ...
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This systematic review describes the benefits of physical exercise on pain and functioning in workers with work-related musculoskeletal disorders. Bibliographic search was conducted on the Cochrane Library, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS) database, and Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Eligibility criteria consisted of randomized clinical trials, published between 2015 and 2020 in English, involving workers with work-related musculoskeletal disorders experiencing pain and functioning limitations at work, and exploring exercise-based interventions. Of the 852 studies identified, ten were selected for analysis. Results indicated that stretching and postural exercises reduced musculoskeletal pain in the shoulders, upper limbs, neck, and lower back, while increasing functioning. In conclusion, physical exercise reduces musculoskeletal pain and enhances functioning of workers with work-related musculoskeletal disorders. Keywords Cumulative Trauma Disorders; Physical Exercise; Workers Health; Pain; Physical Functional Performance
... O reconhecimento desses fatores é relevante, porque traz benefícios as empregadores e empregados, sendo capaz de embasar dados científicos que vão auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas visando diminuir a prevalência e a incidência desses problemas. Além disso, podem também minimizar os custos relacionados à saúde dos funcionários (MÉNDEZ-HERNANDEZ et al., 2012), reduzindo os atestados para licenças e gastos com a previdência social (LAUX et al., 2016) e melhorando significativamente as condições de trabalho (BISPO et al., 2020). ...
... O reconhecimento desses fatores é relevante, porque traz benefícios as empregadores e empregados, sendo capaz de embasar dados científicos que vão auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas visando diminuir a prevalência e a incidência desses problemas. Além disso, podem também minimizar os custos relacionados à saúde dos funcionários (MÉNDEZ-HERNANDEZ et al., 2012), reduzindo os atestados para licenças e gastos com a previdência social (LAUX et al., 2016) e melhorando significativamente as condições de trabalho (BISPO et al., 2020). ...
... O reconhecimento desses fatores é relevante, porque traz benefícios as empregadores e empregados, sendo capaz de embasar dados científicos que vão auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas visando diminuir a prevalência e a incidência desses problemas. Além disso, podem também minimizar os custos relacionados à saúde dos funcionários (MÉNDEZ-HERNANDEZ et al., 2012), reduzindo os atestados para licenças e gastos com a previdência social (LAUX et al., 2016) e melhorando significativamente as condições de trabalho (BISPO et al., 2020). ...
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Muitas intervenções ergonômicas procuraram solucionar os chamados Distúrbios Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT). Posturas inadequadas, forças excessivas, manuseio de materiais, movimentos repetitivos têm sido responsáveis por um número elevado de casos, principalmente nos membros superiores. O presente trabalho tem por finalidade identificar e avaliar os fatores de risco que influenciam no desenvolvimento de DORT na região das mãos de trabalhadores sertanejos dos setores da saúde, educação, indústria e comércio em empreendimentos do sertão alagoano. Trata-se de um estudo corte de características exploratórias, buscando entender os fatores de risco e os sintomas osteomusculares nas mãos destes trabalhadores. Os dados foram coletados através de questionários e realizada modelagem de regressão logística ordinal para avaliar suas relações. Os resultados demonstraram que os sintomas têm origem multifatorial. Alguns fatores podem afetar apenas uma das mãos ou ambas. A utilização de ferramentas vibratórias, por mais de 6 horas por dia, elevou a chance de sintomas em seis vezes e três vezes para os dimídios direito e esquerdo das mãos, respectivamente. Por outro lado, trabalhos que exigem a utilização das mãos e dedos, por mais de uma hora, têm até quatro vezes mais chance de relatar sintomas apenas na mão direita. Conclui-se que os fatores variam de intensidade de acordo com o dimídio analisado, o tempo de exposição ao risco e a presença de fatores de ação indireta, como os fatores psicossociais.
... Gestão e Secretariado -GeSec, V. 15, N. 3, P. 01-17, 2024 São José dos Pinhais, Paraná, Brasil.and with better results in the resolution and prevention of symptoms(Eurofound, 2019;Goetzel & Ozminkowski, 2008;Moreira-Silva et al., 2016). These programs have been demonstrating an increase in muscle strength, a reduction in pain level and a decrease in fatigue(Cunha Laux et al., 2018;Machado-Matos & Arezes, 2016;Moreira-Silva et al., 2016). ...
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In industrialization sector, musculoskeletal disorders are very frequent and can be considered as one of the main problems. They are associated with pain, discomfort, and functional limitations. Exercise programs can improve the symptomatology and daily life activities. Aims: Evaluate the impact of a 21-month exercise program on musculoskeletal symptoms reports of warehouse workers. Methods and Materials: This study was a randomized controlled trial based on CONSORT guidelines. Sample was 249 male workers, randomized in two groups (96 intervention and 124 control group). The Portuguese version of Nordic Musculoskeletal Questionnaire was used to evaluate the musculoskeletal symptomatology at baseline (M0), after 11 months (M1) and after 21 months (M2). The flexibility, mobility and strengthening exercises were executed at the beginning of the working time, once a day, lasting eight minutes. The data were analyzed in SPSS® 25.0 for Windows® (p<0.05). Results: We verify a higher prevalence of problems in different body regions at both groups. The most common symptom, with higher proportion across all variables, was the low back region, followed by the neck, in both groups Most symptomatology was low back region in both groups before intervention. In the intervention group, was verify decrease of symptoms, “problems in the last 12 months”, at M0/M1 (p=0.005) and M0/M2 (p=0.021); “limitations in the last 12 months”, at M0/M1 (p=0.004) and M0/M2 (p<0.001); and “problems in the last 7 days”, at M0/M1 (p=0.017) and M0/M2 (p=0.02). In the control group was verified an increased symptoms at M0/M2 (p=0.038) in “problems in the last 12 months”. Conclusions: It can be concluded that the implementation of a 21-month workplace exercise program contributes to decrease the report of low back symptoms of warehouse workers.
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This systematic review describes the benefits of physical exercise on pain and functioning in workers with work-related musculoskeletal disorders. Bibliographic search was conducted on the Cochrane Library, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS) database, and Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Eligibility criteria consisted of randomized clinical trials, published between 2015 and 2020 in English, involving workers with work-related musculoskeletal disorders experiencing pain and functioning limitations at work, and exploring exercise-based interventions. Of the 852 studies identified, ten were selected for analysis. Results indicated that stretching and postural exercises reduced musculoskeletal pain in the shoulders, upper limbs, neck, and lower back, while increasing functioning. In conclusion, physical exercise reduces musculoskeletal pain and enhances functioning of workers with work-related musculoskeletal disorders. Keywords Cumulative Trauma Disorders; Physical Exercise; Workers Health; Pain; Physical Functional Performance
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Objectives. Work-related musculoskeletal disorders (WMSDs) are recurrent in the footwear industry, resulting in absenteeism. This study aimed to quantitatively analyze the influence of overtime work and physical recovery time on the occurrence of WMSD-related absenteeism using a system dynamics model. As ergonomic methods have limitations in quantitatively simulating the behavior of these relationships, the integration of computational modeling techniques has emerged as a methodological alternative to bridge this gap. Methods. An ergonomic work analysis (EWA) was developed in a production cell of a large company. A model of causal relationships (causal loop diagram) and a simulation model (flow and stock diagram) were then developed, where three scenarios for overtime and physical recovery time were analyzed. Results. Working an additional hour resulted in a 42% increase in physical overload, leading to 7.62 leave requests per year and 78.7 days of employee absenteeism. Increasing the physical recovery time by 15 min reduced the overload to 36.5%, resulting in 6.8 leave requests per year and 71.1 days of employee absenteeism. Conclusions. Properly managing excess workload and providing adequate physical recovery for professionals is necessary to mitigate the productivity impacts of absenteeism in the footwear industry.
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RESUMO O objetivo deste estudo foi verificar o efeito da Ginástica Laboral (GL) sobre a dor nas costas e sobre os hábitos posturais de trabalhadores que ficam por longos períodos na posição sentada. Participaram 30 trabalhadores do setor administrativo, divididos em grupo controle (n=15) e grupo experimental (n=15), sendo este submetido a sessões de GL durante três meses. Ambos os grupos foram avaliados por um questionário de dor e postura, sendo as respostas codificadas, tabuladas e submetidas ao teste de Wilcoxon para verificar as diferenças entre pré e pós-experimento (α=0,05). Os resultados demonstraram que a GL proporcionou dimi-nuição da intensidade e frequência da dor referida aos trabalhadores do grupo experimental, e mudança do hábito postural durante o trabalho, melhorando a postura sentada. PALAVRAS-CHAVE: Ginástica laboral; lombalgia; postura, trabalhadores.
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Título: A influência da ginástica laboral para a saúde dos trabalhadores e sua relação com os profissionais que a orientam Autor: Militão, Angeliete Garcez Resumo: O presente estudo teve como objetivo verificar, se existe diferença nos resultados da ginástica laboral quando orientada por facilitadores e professores de educação física e se esta contribui para sua saúde. Para isto foram selecionadas quatro empresas do Estado de Santa Catarina que aplicam programa de ginástica laboral a mais de um ano. Destas, duas utilizam monitores e as outras duas professores de educação física. Aplicou-se questionários com perguntas abertas e fechadas, relacionadas à saúde, estilo de vida, efeitos da ginástica percebido pelos funcionários e o que eles gostariam que mudasse. As respostas fechadas foram analisadas estatisticamente através da técnica de amostras emparelhadas em distribuição estatística de student (n = 27) com nível de significância de 5% e as abertas foram agrupadas em categorias conforme Minayo (2000). Os resultados mostraram que a ginástica laboral quando orientada diretamente pelo professor de educação física reduz significativamente problemas relacionados a dores, desanimo, falta de disposição, insônia, irritabilidade, promovendo uma melhor qualidade de vida. Os resultados das perguntas abertas mostraram que 55.5% dos funcionários orientados por professor de educação física, ficaram mais motivados a fazerem exercícios e 37% tiveram mudanças nos hábitos relacionados ao lazer, passando estes a caminhar e praticar esportes nos finais de semana. Constatou-se, com os resultados deste estudo, que as empresas e os funcionários onde a ginástica laboral é orientada por facilitador, estão perdendo ou deixando de ganhar muitos outros benefícios que poderiam ter se esta fosse orientada diretamente pelo profissional de educação física. Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/81438
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OBJETIVO: Estimar a contribuição de benefícios concedidos por acidentes de trabalho dentre o total de benefícios relacionados com a saúde da Previdência Social, focalizando os custos conforme o tipo de benefício, e o impacto sobre a produtividade relativa a dias perdidos de trabalho. MÉTODOS: Utilizam-se registros dos despachos de benefícios do Sistema Único de Benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social da Bahia, em 2000. Acidentes de trabalho foram definidos com o diagnóstico clínico para Causas Externas, Lesões e Envenenamentos (SS-00 a T99) da Classificação Internacional de Doenças 10ª Revisão, e o tipo de benefício que distingue problemas de saúde ocupacionais e não ocupacionais. RESULTADOS: Foram estudados 31.096 benefícios concedidos por doenças ou agravos à saúde, dos quais 2.857 (7,3%) eram devidos a acidentes de trabalho. Maiores proporções foram estimadas entre os trabalhadores da indústria da transformação e construção/eletricidade/gás, 18% do total dos benefícios. Os custos com os benefícios para acidentes de trabalho foram estimados em R$8,5 milhões, com aproximadamente meio milhão de dias perdidos de trabalho no ano. CONCLUSÕES: Apesar do conhecimento de que esses dados são sub-enumerados, e restritos aos trabalhadores que conseguiram receber benefícios relacionados com a saúde, os achados revelam o grande impacto sobre a produtividade e o orçamento do Instituto Nacional de Previdência Social de agravos reconhecidos como evitáveis, reforçando a necessidade de sua prevenção.
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A saúde do trabalhador é um campo da saúde coletiva que vem criando espaços para a identificação e prevenção de doenças relacionadas ao trabalho, em especial as osteomusculares, em função da sua abrangência e magnitude. Desta forma, foi realizado um estudo objetivando conhecer os sintomas osteomusculares apresentados pelos trabalhadores de uma indústria metalúrgica do município de Canoas–RS e a associação destes com variáveis sociodemográficas e ocupacionais. Trata-se de um estudo transversal, realizado na maior indústria metalúrgica de Canoas–RS, com a utilização de dois questionários para coleta de dados, o primeiro para obtenção das variáveis demográficas, ocupacionais e hábitos de vida e o segundo para identificar a prevalência de sintomas osteomusculares (Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares). Como resultado, encontrou-se que 75,2% dos trabalhadores relataram algum tipo de sintoma osteomuscular nos últimos doze meses, 53,3% nos últimos sete dias e 38,5% já tiveram afastamento devido ao problema. Observou-se, também, associação entre sintoma osteomuscular e as variáveis sexo, faixa etária, ocupação e escolaridade. Por conseguinte, constata-se que a prevalência de sintomas osteomusculares em trabalhadores é alta, necessitando de ações de prevenção e promoção à saúde nos ambientes de trabalho.
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A atividade física pode ser efetivar tanto na atenção primária quanto secundária e terciária da saúde. Os objetivos do artigo são analisar a associação entre atividade física e prevenção ou tratamento das doenças crônicas não-transmissíveis e incapacidade funcional e rever os principais mecanismos biológicos responsáveis por essa associação e as recomendações atuais para a prática de exercícios nessas situações. Diversos estudos epidemiológicos mostram associação entre aumento dos níveis de atividade física e redução da mortalidade geral e por doenças cardiovasculares em indivíduos adultos e idosos. Embora ainda não estejam totalmente compreendidos, os mecanismos que ligam a atividade física à prevenção e ao tratamento de doenças e incapacidade funcional envolvem principalmente a redução da adiposidade corporal, a queda da pressão arterial, a melhora do perfil lipídico e da sensibilidade à insulina, o aumento do gasto energético, da massa e força muscular, da capacidade cardiorrespiratória, da flexibilidade e do equilíbrio. No entanto, a quantidade e qualidade dos exercícios necessários para a prevenção de agravos à saúde podem ser diferentes daquelas para melhorar o condicionamento físico. De forma geral, os consensos para a prática de exercícios preventivos ou terapêuticos contemplam atividades aeróbias e resistidas, preferencialmente somadas às atividades físicas do cotidiano. Particularmente para os idosos ou adultos, com co-morbidades ou limitações que afetem a capacidade de realizar atividades físicas, os consensos preconizam, além dessas atividades, a inclusão de exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade e do equilíbrio.
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Os processos de modernização tecnológicos, o conhecimento e a produção exigem esforços de mais funcionários. Baseado segundo este princípio, este estudo aspira a contribuir para modificar o estilo de vida de empregados, que estiveram fazendo o intervalo de exercício durante os 6 meses ou mais. O objetivo foi identificar empregados que tinham aderido a exercícios físicos fora de horas de serviço, sob o efeito do intervalo de exercício. Um questionário foi distribuído para 52 empregados, fêmeas e machos, que participaram de programas de intervalo de exercício regularmente, 3 vezes por semana, durante 12 meses ou mais. Um total de 28.8 % dos empregados considera o intervalo de exercício como um exercício (regularidade, orientação e objetivo), porque eles declararam que eles estão na fase de manutenção do processo de aderência. Os empregados acreditam que uma prática regular do intervalo de exercício traz benefícios da saúde, por isso 51.9 % deles praticarão exercícios regularmente, durante os 6 próximos meses
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O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos da ginástica laboral (GL) nas variáveis (peso, estatura e porcentagem de gordura corporal - %G), funcionais (força, resistência muscular localizada e flexibilidade), estilo de vida e absenteísmo entre trabalhadores praticantes e não praticantes do programa de GL de uma indústria. Participaram 100 pessoas, divididas em dois grupos: 50 homens (33,12±9,36 anos), e 50 mulheres (28±6,57 anos). O grupo masculino foi subdivido em dois, o primeiro (GML: n=25) participava da GL; o segundo (GMC: n=25) não participava. O grupo feminino foi subdividido da mesma forma, participantes da GL (GFL: n=25) e não participantes (GFC: n=25). Para as variáveis que apresentaram normalidade, utilizou-se o Teste �T� e as que não apresentaram distribuição normal, p < 0,05 (teste Shapiro-Wilk), o teste não paramétrico Mann-Whitney. Através da análise estatística constatou-se que: o GML obteve índices significativamente melhores (p<0,05) que o GMC nas variáveis: %G, flexibilidade da coluna lombar, resistência abdominal e estilo de vida. O GML ainda obteve resultados melhores na força da mão (direita e esquerda), flexibilidade de ombro e joelho, mas não foram significativos. O GFL obteve resultados significativamente melhores que o GFC nas variáveis: %G, flexibilidade de ombro e joelho. O GFL ainda obteve médias melhores na força da mão esquerda, flexibilidade da coluna lombar, resistência abdominal e estilo de vida, mas não foram significativos. Os resultados apontam que a GL é uma ferramenta importante na melhoria da saúde do trabalhador, contudo, devem ser adotados outros programas que estimulem um estilo de vida mais ativo, vinculando necessidades dos funcionários e realidade de cada empresa.
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Why do lumbar pains, as they are called, attack more those who work in a sitting position? Researchers suspect that this ailment has a narrow relationship with the gradual shortening of the thigh’s front muscles – ischiatic tibial, which ends on immobilizing the hip’s articulation and, as consequence, inclines the lumbar segment of the spine forward, due to the excessive use of the chair. In that sense, this work intends to evaluate the influence of a specific program of gymnastics class at work, that could soften the problem caused by posture.This study counted with the participation of 10 dressmakers of a textile industry located on Dois Vizinhos – PR. Flexibility tests, such as sitting and reaching, were realized before the beginning of the referred program and 6 months after it. The results, which were compared statistically (test t), showed a significant improvement on the hip’s flexibility. This fact was reinforced by the expressive decrease of complaints about lumbar pains, which lowered from 100% to 10%. It was also verified that after the introduction of the gymnastics program, the number of medical certificates on sick-leaves dropped from 6 to 2 among the participants.
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Work-related musculoskeletal disorders (WMSD) affect workers in many occupations including drivers of large vehicles. Urban bus drivers have been found to have high prevalence rates of back problems in overseas studies. Hong Kong is a densely populated city and has a large number of double-deck buses that constitute a major means of public transportation. The present study aimed at investigating the prevalence and characteristics of WMSD in male and female bus drivers who operate double-deck buses in Hong Kong. Altogether 481 bus drivers (404 males, 77 females) participated in the study that consisted of a questionnaire survey as well as physical assessment. The questionnaire included questions on work, musculoskeletal complaints and perceived occupational risk factors associated with each discomfort. Physical assessment consisted of measurement of lumbar spine mobility, hand grip strength, sit-and-reach test, and observation of standing and sitting postures. The results showed generally the male drivers had longer years of work experience but their daily workloads were similar to the females. On the average drivers worked 9-10 h per day, with 5 days on and 1 day off. Neck, back, shoulder and knee/thigh areas had the highest 12-month prevalence rates ranging from 35% to 60%, and about 90% of the discomfort was related to bus-driving. Occupational factors of prolonged sitting and anthropometric mismatch were perceived to be most related to musculoskeletal discomfort. On physical examination, grip strength was significantly related to neck and shoulder discomfort. The present results showed high prevalence rates of WMSD among bus drivers in Hong Kong which warrants further investigation.