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Os geoparques como estratégias de desenvolvimento turístico de base territorial

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Abstract

RESUMO. O conceito de geoparque surgiu no final do século XX na Europa, com a constituição da Rede Europeia de Geoparques. Um geoparque é um território, bem delimitado geograficamente, com uma estratégia de desenvolvimento sustentado, baseada na conservação do património geológico e geomorfológico, em associação com os restantes elementos do património natural e cultural, com vista à melhoria das condições de vida das populações que habitam no seu interior, promovendo os valores endógenos de modo integrado e a sua apropriação turística. A filosofia de base na criação de geoparques centra-se no desenvolvimento de redes que permitam uma troca de experiências e uma promoção conjunta do conceito e de cada um dos membros da rede. A criação de geoparques veio revolucionar o modo como se divulga as Geociências e as relaciona com outras dinâmicas, nomeadamente o turismo. A estratégia de gestão de um geoparque não é só o património geológico, como também a biodiversidade, a arqueologia e outros aspetos da herança cultural, e desta forma as Geociências ganharam visibilidade pública e dimensão patrimonial e turísti-ca. O cidadão comum, normalmente com um baixo conhecimento sobre o que são as Geociências e qual a sua importância para a sociedade, tem agora a possibilidade de se aperceber do modo como a geodiversidade condiciona todo o desenvolvimento natural e humano. Uma paisagem, por exemplo, deixa apenas de ser apreciada pelo seu valor estético, mas também por aquilo que ela representa em termos de evolução dos processos geológicos, biológicos e humanos. Por outro lado, emerge também uma nova tendência turística, o " Geoturismo " enquanto estratégia de valorização territorial em contex-tos da educação ambiental, entendida na perspetiva de um turismo sustentável que tem como objetivo principal experienciar e conhecer os aspetos geológicos de forma a promover a sua compreensão, valorização ambiental e cultural, sendo o principal beneficiário a comunidade local. Os vértice de ação destes espaços são a conservação do património geológico, a educação para uma sustentabilidade e consequentemente um desenvolvimento turístico das áreas onde se inserem. Torna-se relevante salientar que a montante de uma estratégia turística está toda uma estratégia territorial com base na valorização dos recursos endógenos, a jusante deverá estar os produtos turísticos criados a partir das potencialidades e dos recursos que estas áreas possuem.
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Os geoparques como estratégias de
desenvolvimento turístico de
base territorial
Emanuel de Castro (emanuelcastro@ipg.pt)
Instituto Politécnico da Guarda
Gonçalo Poeta Fernandes (goncalopoeta@ipg.pt)
Instituto Politécnico da Guarda
Gisela Firmino (giselamarilda@hotmail.com)
OTSE/IPG -Observatório de Turismo da Serra da Estrela
RESUMO. O conceito de geoparque surgiu no nal do século XX na Europa, com a constituição da
Rede Europeia de Geoparques. Um geoparque é um território, bem delimitado geogracamente, com
uma estratégia de desenvolvimento sustentado, baseada na conservação do património geológico
e geomorfológico, em associação com os restantes elementos do património natural e cultural, com
vista à melhoria das condições de vida das populações que habitam no seu interior, promovendo os
valores endógenos de modo integrado e a sua apropriação turística.
A losoa de base na criação de geoparques centra-se no desenvolvimento de redes que permitam
uma troca de experiências e uma promoção conjunta do conceito e de cada um dos membros da rede.
A criação de geoparques veio revolucionar o modo como se divulga as Geociências e as relaciona
com outras dinâmicas, nomeadamente o turismo. A estratégia de gestão de um geoparque não é só
o património geológico, como também a biodiversidade, a arqueologia e outros aspetos da herança
cultural, e desta forma as Geociências ganharam visibilidade pública e dimensão patrimonial e turísti-
ca. O cidadão comum, normalmente com um baixo conhecimento sobre o que são as Geociências e
qual a sua importância para a sociedade, tem agora a possibilidade de se aperceber do modo como
a geodiversidade condiciona todo o desenvolvimento natural e humano. Uma paisagem, por exemplo,
deixa apenas de ser apreciada pelo seu valor estético, mas também por aquilo que ela representa em
termos de evolução dos processos geológicos, biológicos e humanos. Por outro lado, emerge também
uma nova tendência turística, o “Geoturismo” enquanto estratégia de valorização territorial em contex-
tos da educação ambiental, entendida na perspetiva de um turismo sustentável que tem como objetivo
principal experienciar e conhecer os aspetos geológicos de forma a promover a sua compreensão,
valorização ambiental e cultural, sendo o principal beneciário a comunidade local. Os vértice de ação
destes espaços são a conservação do património geológico, a educação para uma sustentabilidade
e consequentemente um desenvolvimento turístico das áreas onde se inserem. Torna-se relevante
salientar que a montante de uma estratégia turística está toda uma estratégia territorial com base na
valorização dos recursos endógenos, a jusante deverá estar os produtos turísticos criados a partir das
potencialidades e dos recursos que estas áreas possuem.
PALAVRAS-CHAVE: Geopark, desenvolvimento territorial, turismo sustentável, comunidades.
Emanuel de Castro, Gonçalo Poeta Fernandes, Gisela Firmino
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Inovação, Gestão e Educação em Turismo e Hotelaria Innovation, Management and Education in Tourism and Hospitality
Introdução
A ideia de desenvolvimento tem estado, ao longo dos tempos, ancorada à imagem de progresso e este, por sua
vez, associado a uma dinâmica histórica que visa atingir uma melhor qualidade de vida para a população humana
(FERNANDES, 2003). Porém, assistimos, hoje, a uma descrença na efetividade da dinâmica de desenvolvimento
baseada apenas no crescimento económico, uma vez que nem sempre o melhor para hoje será o melhor para
amanhã. Esta dinâmica é desigual entre os povos, é-o a escalas diferentes, mesmo se pensarmos num único
território. Por outro lado, as necessidades das populações urbanas não são as mesmas que as populações rurais,
o seu condicionalismo espacial difere na sua essência. Torna-se necessário, cada vez mais, compreender o
espaço onde o Homem se encontra, de modo a ajustar as políticas territoriais aos seus verdadeiros intervenientes,
as populações.
Na atualidade é amplamente reconhecida importância e enorme diversicação da atividade turística que
tem um impacte relevante em muitos territórios, sendo tida em conta em praticamente todas as políticas de
desenvolvimento a nível local, regional ou nacional (CUNHA, 2006). Neste contexto, o desenvolvimento do turismo
sustentável pressupõe a utilização do território, atendendo às suas potencialidades, fragilidades e limitações,
sem que tal comprometa a paisagem ou simplesmente o seu carácter, ponto fundamental na sua atratividade.
Paralelamente à ideia expressa anteriormente, os Geoparques têm como missão valorizar, preservar e promover
a biodiversidade, o património cultural, a gastronomia e sobretudo a investigação cientíca.
O conceito de geoparque surgiu no nal do século XX na Europa. Um geoparque é um território, bem delimitado
geogracamente, com uma estratégia de desenvolvimento sustentado, baseada na conservação do património
geológico, em associação com os restantes elementos do património natural e cultural, com vista à melhoria das
condições de vida das populações que habitam no seu interior, promovendo os valores endógenos de modo
integrado.
A losoa de base na criação de geoparques centra-se no desenvolvimento de redes que permitam uma troca
de experiências e uma promoção conjunta do conceito e de cada um dos membros da rede. Assim, em 2000, é
criada a Rede Europeia de Geoparques, atualmente composta por 49 geoparques em 18 países diferentes. A
criação de geoparques veio revolucionar o modo como se divulga as Geociências, a estratégia de gestão de um
geoparque não é só o património geológico, como também a biodiversidade, a arqueologia e outros aspetos da
herança cultural, e desta forma as Geociências ganharam visibilidade pública e dimensão patrimonial. O cidadão
comum, normalmente com um baixo conhecimento sobre o que são as Geociências e qual a sua importância
para a sociedade (Brilha, 2004) tem agora a possibilidade de se aperceber do modo como a geodiversidade
condiciona todo o desenvolvimento natural e humano.
Uma paisagem, por exemplo, deixa apenas de ser apreciada pelo seu valor estético, mas também por aquilo
que ela representa em termos de evolução dos processos geológicos, biológicos e humanos. De facto, a palavra
paisagem, mais do que um conceito e objeto de estudo de várias ciências, surge como o território, físico e
imaterial, no qual se desenvolvem e interagem um conjunto complexo de fenómenos, contribuindo para a
identicação e diferenciação de diferentes territórios. Neste sentido, a paisagem emerge como um elemento
fundamental no desenvolvimento local dos territórios, acima de tudo porque esta é o próprio território, mesmo
que dele se distingam diferentes “paisagens” e sejam vários os pressupostos que concorrem para a denição do
carácter e da identidade (unicidade) desta ou daquela paisagem.
Por outro lado, emerge também uma nova tendência turística, o “Geoturismo” enquanto estratégia de valorização
territorial em contextos da educação ambiental, entendida na perspetiva de um turismo sustentável que tem
como objetivo principal experienciar e conhecer os aspetos geológicos de forma a promover a sua compreensão,
valorização ambiental e cultural, sendo o principal beneciário a comunidade local. Paralelamente à valorização
turística desenvolvem-se contextos educativos/pedagógicos, os quais nem sempre entendidos de forma
integrada.
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Assim, na base de uma estratégia de geoturismo tem de estar o valor didático de um geossítios, numa lógica
participativa e inclusiva, aliada a processos conducentes ao desenvolvimento turístico.
As suas valências na promoção da Geologia são fundamentais para que se desenvolva um trabalho de valorização
e divulgação. Mas a educação não passa apenas pelos estudantes. A educação é a base do geoturismo. Ao
receber a informação o geoturista está a aprender mediante os instrumentos interpretativos didáticos que lhe são
facultados. Quanto mais explícitos forem os fenómenos e mais apelativa for a interpretação mais ecaz se torna
a divulgação da Geologia. Por outro lado, um cidadão que tenha tido a possibilidade de ter estudado Geologia,
mais consciente e interessado está para a prática do geoturismo.
A geodiversidade será, então, um meio através do qual se constrói a identidade de um lugar, surgindo tanto como
uma representação (um ideal que revela sentido) como uma existência material (a realidade das condições de
vida); (HARNER, 2001). Aqui reside um outro problema das paisagens raianas, as condições de vida das suas
populações e a ausência de outros recursos que permitam o seu desenvolvimento. Com o declínio demográco, o
despovoamento e abandono de um conjunto de práticas tradicionais, restam alguns nichos ou retratos daquilo que
a paisagem havia sido. As políticas de valorização devem começar precisamente pela xação das populações e a
melhoria das suas condições de vida, uma vez que a ideia de indução de atividades como o turismo não resulta
da mesma forma em todos os territórios (Figura 1).
Figura 1 - Relações conceptuais entre a paisagem e a sua identidade
2. O Geoturismo e a valorização territorial
O Geoturismo é um segmento emergente do turismo de Natureza, com notável expansão por todo o mundo, que
tem vindo a captar o interesse de um número cada vez maior de turistas e agentes turísticos. Tem, assim, como
público-alvo, pessoas mais exigentes e informadas, que procuram, acima de tudo, experimentar, aprender e
desfrutar do património geológico, cultural e natural. Encontra-se em fase de crescimento, tendo, ainda, um longo
caminho a percorrer no que respeita aos seus atributos e caraterísticas, aos seus impactos, às suas práticas, à
sua ideologia e, acima de tudo, à sua própria denição, constituindo ainda matéria de profícua discussão (Figura
2).
Em 1995, Thomas Hose deniu pela primeira vez o conceito de Geoturismo, onde este se assumia como «um
conjunto de serviços e facilidades interpretativas que possibilitam aos turistas a compreensão e aquisição de
conhecimentos de um sítio geológico e morfológico, além da sua mera apreciação estética». (HOSE, T.A.,1995).
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Mais tarde, em 2000, o mesmo autor reformulou esta denição, passando o Geoturismo a ser considerado como
a «disponibilização de serviços e meios interpretativos que promovam o valor e os benefícios sociais de sítios
com interesse geológico e geomorfológico, assegurando a sua conservação, para o uso de estudantes, turistas
e outras pessoas com interesse recreativo ou de lazer» (HOSE, T.A., 2000).
Figura 2 - Conceito de Geoturismo
Fonte: Adaptado de Vieira e Cunha, 2004
Em 2002, a National Geographic Society, em conjunto com a Travel Industry Association, deniu o Geoturismo
como «modalidade de turismo que sustenta, potencia e valoriza o carácter geográco de um local e, suas
componentes ambiental, cultural, estética e patrimonial, e também o bem-estar dos seus residentes» (STUEVE,
A.M.; Cooks, S.. D; Drew, D. 2002). Em 2011, de 9 a 13 de novembro, a AGA – Associação Geoparque Arouca,
entidade gestora do Arouca Geopark, juntamente com Câmara Municipal de Arouca, organizou o Congresso
Internacional de Geoturismo – AROUCA 2011, com o objetivo de esclarecer o conceito de Geoturismo,
apontar tendências de desenvolvimento futuro e partilhar boas práticas, através de uma sessão plenária com
diferentes investigadores internacionais, comunicações orais e posters integrados nas temáticas denidas. Com
este evento, o primeiro do género a ser organizado no Arouca Geopark, pretendeu-se envolver e sensibilizar
operadores turísticos, entidades públicas e privadas com interesses na área do turismo e outros especialistas na
identicação discussão das problemáticas relacionadas como o Geoturismo, enquanto estratégia de promoção
de desenvolvimento sustentável. Pretendeu-se, igualmente, identicar áreas de interesse, conhecer a visão
dos agentes turísticos sobre esta temática, sensibilizar as entidades locais, nacionais e internacionais para a
importância do desenvolvimento de destinos e produtos turísticos que promovam a sustentabilidade, partilhando
boas práticas e experiências de sucesso em Geoturismo e fomentando o estabelecimento de redes e parcerias
nesta área especíca.
Em resultado das discussões ocorridas durante este Congresso a Comissão Organizadora, de acordo com os
princípios estabelecidos pelo Center for Sustainable Destinations – National Geoghraphic Society, apresentou
«Declaração de Arouca», que estabelece o seguinte:
1. Reconhece-se a necessidade de claricar o conceito de geoturismo. Deste modo entendemos que geoturismo
deve ser denido como o turismo que sustenta e incrementa a identidade de um território, considerando a sua
geologia, ambiente, cultura, valores estéticos, património e o bem-estar dos seus residentes. O turismo geológico
assume-se como uma das diversas componentes do geoturismo;
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2. O turismo geológico é uma ferramenta fundamental para a conservação, divulgação e valorização do passado
da Terra e da Vida, incluindo a sua dinâmica e os seus mecanismos, e permitindo ao visitante entender um
passado de 4600 milhões de anos para analisar o presente com outra perspetiva e projetar os possíveis cenários
futuros comuns para a Terra e a Humanidade;
3. A valorização do património geológico deve procurar ser inovadora e privilegiar a utilização de novas tecnologias
de informação, de preferência para melhorar o conteúdo veiculado pelos clássicos painéis de informação;
4. Recorrentemente as experiências de valorização e informação do património geológico não são inteligíveis
pelo público em geral. Normalmente deparamo-nos com autênticos tratados cientícos que, ao usarem uma
linguagem altamente especializada, implicam a incompreensão dos visitantes e limitam a sua utilidade turística.
A disponibilização de informação deverá ser acessível e inteligível para o público em geral, vertida em poucos
conceitos básicos e apresentados de forma clara, em resultado da conjugação dos esforços de cientistas,
especialistas de interpretação e técnicos de design.
5. Entendemos assim ser tempo de relembrar os princípios básicos de interpretação propostos em 1957 por
Freeman Tilden e de aplicá-los ao património geológico (Figura 3):
Figura 3 - Conceito de interpretação patrimonial
Fonte: Adaptado de Estrada, 2004
 Toda a valorização do património geológico que não se adeqúe, de uma forma ou de outra, à personalidade
ou à experiência de vida de um visitante é estéril;
 A informação não é interpretação. A interpretação é uma revelação baseada na informação. As duas coisas
são totalmente diferentes, mas toda a interpretação apresenta informação;
 A interpretação de um espaço natural deve provocar e despertar a curiosidade e a emoção muito mais do
que ensinar.
6. Encorajamos os territórios a desenvolver o geoturismo, focado não apenas no ambiente e no património
geológico, mas também nos valores culturais, históricos e cénicos. Neste sentido, incentivamos o envolvimento
efetivo entre cidadãos locais e visitantes, para que estes não se restrinjam ao papel de turistas espectadores,
ajudando assim a construir uma identidade local, promovendo aquilo que é autêntico e único no território. Desta
forma, conseguiremos que o território e os seus habitantes obtenham integridade ambiental, justiça social e
desenvolvimento económico sustentado.
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Neste sentido, os Geoparques introduzem uma grande responsabilidade na criação de valor económico,
turístico e social. Isto é, as suas potencialidades podem ser transversais na ajuda à criação de valor territorial de
determinada área geográca, mas por outro lado as suas potencialidades podem ser apropriadas ao turismo com
base na construção de estratégias de desenvolvimento para o bem da comunidade.
A imagem dos territórios está, intrinsecamente, relacionada com as suas marcas paisagísticas, não apenas com
aquilo que a nossa visão alcança, mas todos os elementos que a compõem e que dão “vida”, cheiro e cor à
sua dimensão espacial. Estas imagens que se constroem dando forma e conteúdo aos lugares estão, muitas
vezes, associadas à qualidade ambiental de inúmeros sectores da raia, à diversidade e heterogeneidade das
suas paisagens, à sucessão de elementos patrimoniais, tanto histórico-culturais como naturais, aos modos de
vida ligados às práticas tradicionais, materializadas em alguns produtos regionais, tradições e outros “usos”, aos
recursos naturais de valor estratégico, alguns com potencial energético, e à história da história das gentes de
cada lugar. Todos estes fatores, de ordem natural, social, cultural e histórica podem e devem ser aproveitados, em
primeiro lugar pela xação da população, condição sine qua non para o tão almejado dinamismo dos territórios
e para a sua valorização.
3. A Rede Global de Geoparques: a construção de novos lugares turísticos
A Rede Global de Geoparques (RGG) foi criada em 2004, com o apoio da Unesco, incorporando a denição
já trabalhada pela Rede Europeia de Geoparques, abarcou 8 geoparques chineses, 17 geoparques europeus
existentes na altura. Atualmente, a Rede Global de Geoparques conta já com 87 geoparques em 27 países no
Mundo.
Tal como já zemos referência, um Geoparque é um território bem delimitado, detentor de um notável Património
Geológico aliado a toda uma estratégia de desenvolvimento sustentável, que tem como pilares principais a
Geoconservação, a Educação para o Desenvolvimento Sustentável e o Turismo. Entre os seus objetivos contam-
se a construção de novas infraestruturas que promovam a conservação do património geológico, a educação e o
turismo; o desenvolvimento de novos produtos locais e serviços; o encorajamento do artesanato e o crescimento
económico local e, assim, a criação de novas oportunidades de emprego.
A necessidade de preservar, valorizar e divulgar o património geológico fez com que, em junho de 2000, fosse
criada a Rede Europeia de Geoparques (EGN). Esta rede foi fundada por quatro membros: (Figura 4)
 Réserve Géologique de Haute-Provence (França)
 The Petried Forest of Lesvos (Grécia)
 Geopark Gerolstein/ Vulkaneifel (Alemanhã)
 Maestrazgo Cultural Park (Espanha)
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Figura 4 - Rede Europeia de Geoparques
Fonte: europeangeoparks.org
Mais tarde, em fevereiro de 2004, foi criada a Rede Global de Geoparques da UNESCO (GGN), inicialmente
formada por oito geoparques chineses e pelos dezassete europeus que, na altura já constituíam a EGN.
Atualmente, a GGN integra 92 geoparques, 54 deles pertencentes à EGN, e os restantes distribuídos pela
Austrália, Brasil, Canadá, China, Irão, Japão, Coreia, Malásia e Roménia. Tanto a Rede Europeia como a Rede
Global de Geoparks encontram-se em crescimento contínuo, com o aparecimento de novas propostas de
candidatura vindas de todo o mundo (Figura 5).
Figura 5 - Rede Global de Geoparques
Fonte: globalgeopark.org
Em Portugal existem quatro geoparque reconhecidos pelas Redes Europeia e Global de Geoparque. O ano de
2006 cou marcado pela adesão do primeiro Geoparque Português às redes, o Geopark Naturtejo da Meseta
Meridional. Em 2009, foi a vez do Arouca Geopark e em 2013 foi reconhecido o Geoparque Açores.
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Recentemente, em 2014, o projeto Geoparque Terras de Cavaleiros, localizado em Macedo de Cavaleiros, foi
reconhecido pela Rede Europeia de Geoparques como membro, constituindo o quarto geoparque português.
Anualmente, a EGN promove uma conferência - a Conferência Europeia de Geoparques, que todos os anos
decorre num geoparque distinto. Em 2012, a décima primeira conferência da rede europeia decorreu no Arouca
Geopark, Portugal. De 19 a 21 de setembro de 2012, o Arouca Geopark acolheu cerca de 350 pessoas, de 45
países, neste evento que pretendeu demonstrar o contributo dos territórios geoparques para um crescimento
inteligente, inclusivo e sustentável, partilhando os objetivos da «Estratégia Europa 2020», focando-se em áreas-
chave como: o conhecimento e a inovação, o incremento de uma economia sustentável, do emprego e da
inclusão social, indo ao encontro dos princípios metodológicos das práticas de desenvolvimento bottom-up.
As três principais áreas de atuação de um Geopark são: Conservação do Património Geológico, a educação para
a Sustentabilidade e o Turismo e o Desenvolvimento Local. De acordo com a Rede Global de Geoparques, um
geoparque deve ainda valorizar, promover e preservar a Biodiversidade, o Património Cultural, a Gastronomia e
a Investigação Cientíca.
Todavia, não podemos negligenciar que muitos dos territórios classicados são claramente marcados pela
ruralidade, que atualmente constitui um processo de desenvolvimento com m á valorização e dinamização do
território e dos seus recursos. Como sabemos os territórios de baixa densidade vivenciaram nos últimos tempos
uma contínua perda de identidade, não só pela ausência de importância que lhe foi atribuída mas também pela
fraca iniciativa económica decorrente das especicidades deste território. Neste sentido, a atividade turística
esteve durante muito tempo ausente desta região, não só pela inexistência de equipamentos e infraestruturas,
mas sobretudo pela incapacidade em se transformar num lugar turístico e dele se apropriar.
Contudo importa salientar que os recursos que estão associados a este território, sejam eles naturais,
paisagísticos, culturais e ou turísticos são a alavanca para o surgimento de novos lugares com interesse turístico.
O território da Serra da Estrela é o exemplo claro da importância das redes territoriais no desenvolvimento de
determinado território, pois as sinergias existentes entre os vários agentes de todo o processo de desenvolvimento
deste lugar tornam-se fulcrais para a valorização dos recursos endógenos, podendo desta forma Refuncionalizar
os territórios tornando-os em novos lugares turísticos.
Neste contexto, entendemos como lugar turístico um aglomerado de lugares que produz experiências para as
diferentes tipologias de turistas. Assim sendo, os lugares são o ponto de encontro para as experiências em
turismo, o contexto para a interação social e psicológica, e o fenómeno pelo qual este comportamento pode ser
descrito, explicado e previsto (SNEPENGER et al., 2007).
4. O Geoturismo como fator de desenvolvimento
Sendo os geoparques locais eminentemente territoriais, estes têm por base abordagens territoriais tais como
a valorização, preservação e promoção da biodiversidade, do património cultural, geológico, da gastronomia
e da investigação cientíca. Os vértice de ação destes espaços são a conservação do património geológico,
a educação para uma sustentabilidade e consequentemente um desenvolvimento turístico das áreas onde se
integram. Torna-se relevante salientar que a montante de uma estratégia turística está toda uma estratégia
territorial com base na valorização dos recursos endógenos, a jusante deverá estar os produtos turísticos criados
a partir das potencialidades e dos recursos que estas áreas possuem (Figura 6).
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Figura 6 - Os cinco eixos prioritários do produto turístico Geopark
Na base de uma estratégia de geoturismo tem de estar o valor didático de um geossítio. As suas valências na
promoção da Geologia são fundamentais para que se desenvolva um trabalho de valorização e divulgação. Duas
das responsabilidades de um Geoparque são a conservação do património geológico para as gerações futuras
e a educação do público em geral, em temáticas geológicas e ambientais. É essencial educar e sensibilizar as
crianças e os jovens para a conservação e respeito pena Natureza. E neste sentido há que fomentar o contacto
com o Património Geológico para que se reconheça a importância da sua conservação, por serem locais chave
que permitem compreender a história e evolução da vida e do próprio Planeta Terra (Catana, 2008a,b; Catana &
Caetano Alves, 2008).
Mas a educação não passa apenas pelos estudantes. A educação é a base do geoturismo, ao receber a informação
o geoturista está a aprender mediante os instrumentos interpretativos didáticos que lhe são facultados. Quanto
mais explícitos forem os fenómenos e mais apelativa for a interpretação mais ecaz se torna a divulgação da
Geologia. Por outro lado, um cidadão que tenha tido a possibilidade de ter estudado Geologia, mais consciente e
interessado está para a prática do geoturismo.
Por outro lado, o geoturismo permite promover o património geológico através da sensibilização e da promoção
da geologia, que se torna essencial para uma geoconservação concertada, para que isso aconteça é importante
que haja uma consciencialização. Desta forma o geoturismo assume um papel fulcral no desenvolvimento local
sustentável podendo as atividades de animação envolver a educação ambiental.
A conservação do património geológico é uma das atividades mais importantes num geoparque, de forma a
proteger, conservar e valorizar os sítios de interesse geológico, designados por geossítios. No contexto do
desenvolvimento sustentável do território e assente no princípio da conservação do seu património natural e
cultural, os Geoparks pretendem implementar projetos de vigilância e manutenção dos espaços naturais.
O Geoturismo é uma das principais áreas dinamizadas neste geoparque, com destaque para o Turismo de
Natureza e o Turismo Cultural. A organização de diversas ações, com ênfase no património natural e cultural,
pretende estimular a atividade socioeconómica, através da criação e fomento de empresas ligadas ao setor do
turismo, divulgar e promover visitas e roteiros turísticos ao território.
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A geoeducação e o geoturismo têm ganho relevo nos projetos de desenvolvimento turístico, sobretudo em
territórios de baixa densidade. Este novo paradigma de «olhar» o território tem permitido construir uma nova
narrativa sobre a valorização dos recursos endógenos, a paisagem e as próprias políticas de desenvolvimento
turístico de base territorial (Figura 7)
Figura 7 - Síntese conceptual da relação entre o geoturismo e o desenvolvimento turístico
5. O Estrela Geopark: do território à marca turística
Tal como já zemos referência, as três principais áreas de atuação de um Geopark são: Conservação do
Património Geológico, a educação para a Sustentabilidade e o Turismo e o Desenvolvimento Local. De acordo
com a Rede Global de Geoparques, um geoparque deve ainda valorizar, promover e preservar a Biodiversidade,
o Património Cultural, a Gastronomia e a Investigação Cientíca.
Sendo os geoparques locais eminentemente territoriais, estes têm por base abordagens territoriais tais como
a valorização, preservação e promoção da biodiversidade, do património cultural, geológico, da gastronomia
e da investigação cientíca. Os vértice de ação destes espaços são a conservação do património geológico,
a educação para uma sustentabilidade e consequentemente um desenvolvimento turístico das áreas onde
se inserem. Torna-se relevante salientar que a montante de uma estratégia turística está toda uma estratégia
territorial com base na valorização dos recursos endógenos, a jusante deverá estar os produtos turísticos criados
a partir das potencialidades e dos recursos que estas áreas possuem.
A este propósito, a Serra da Estrela congura um território, geogracamente denido, com recursos de interesse
geológico e geomorfológico, nem sempre devidamente valorizados. Assim, a criação do Estrela Geopark permitirá
demostrar a diversidade de recursos capazes de sustentar esta classicação, assim como a sua importância
para o desenvolvimento da região de modo holístico, promovendo sítios através de redes geopatrimoniais. A
diversidade das marcas glaciárias, a riqueza do seu património e o carácter da sua paisagem fazem da Serra
da Estrela uma geograa única, cuja sua abordagem estruturada permitirá a criação de uma marca forte, com
potencial turístico, patrimonial e cultural. Deste modo, fariam parte da área do Estrela Geopark os municípios
da Guarda, Seia, Gouveia, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Manteigas, Belmonte, Covilhã e Oliveira do
Hospital. Para além dos municípios, pretende-se que a rede do Estrela Geopark possa ser composta por outros
agentes locais como instituições de ensino, associações locais, operadores turísticos, assim com os diferentes
stakeholders da Serra da Estrela.
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Pretende-se que o Estrela Geopark seja visto também enquanto marca turística, pois criar uma marca é construir
mentalmente um espaço, e o território da Serra da Estrela cria imagens mentais da sua geograa de forma a ser
reconhecido enquanto destino trístico e como marca turística, traduzindo-se não raras vezes no próprio produto
turístico.
Na verdade, é inquestionável a importância da constituição de uma estrutura como esta para o território da Serra
da Estrela. A classicação do Estrela Geopark por parte da Rede Europeia de Geoparks e da UNESCO traria
uma nova visão sobre o turismo deste território e da sua sustentabilidade. Neste contexto, o Instituto Politécnico
da Guarda pode desempenha um papel de promotor desta rede que introduzirá uma visão holística ao espaço,
assente na sua geograa, nas suas referências culturais e na sua marca (Figura 8).
Figura 8 - Identidade visual do Estrela Geopark
Pretende-se que o Estrela Geopark seja visto também enquanto marca turística, pois criar uma marca é construir
mentalmente um espaço, e o território da Serra da Estrela cria imagens mentais do seu território de forma a ser
reconhecido enquanto destino trístico e como marca turística, traduzindo-se não raras vezes no próprio produto
turístico. (Figura 9).
Figura 9 - Síntese conceptual da marca turística
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Inovação, Gestão e Educação em Turismo e Hotelaria Innovation, Management and Education in Tourism and Hospitality
6. Síntese
Um Geoparque é um território bem delimitado, detentor de um notável Património Geológico aliado a toda uma
estratégia de desenvolvimento sustentável, que tem como pilares principais a Geoconservação, a Educação
para o Desenvolvimento Sustentável e o Turismo. Entre os seus objetivos contam-se a construção de novas
infraestruturas que promovam a conservação do património geológico, a educação e o turismo; o desenvolvimento
de novos produtos locais e serviços; o encorajamento do artesanato e o crescimento económico local e, assim,
a criação de novas oportunidades de emprego. Atendendo às três principais áreas de atuação de um Geopark
são: Conservação do Património Geológico, a educação para a Sustentabilidade, o Turismo e o Desenvolvimento
Local, a Rede Global de Geoparques, defende que um geoparque deve ainda valorizar, promover e preservar a
Biodiversidade, o Património Cultural, a Gastronomia e a Investigação Cientíca.
Sendo os geoparques locais eminentemente territoriais, estes têm por base abordagens territoriais tais como
a valorização, preservação e promoção da biodiversidade, do património cultural, geológico, da gastronomia
e da investigação cientíca. Os vértice de ação destes espaços são a conservação do património geológico,
a educação para uma sustentabilidade e consequentemente um desenvolvimento turístico das áreas onde se
inserem. Torna-se relevante salientar que a montante de uma estratégia turística está uma estratégia territorial
com base na valorização dos recursos endógenos, a jusante deverá estar os produtos turísticos criados a partir
das potencialidades e dos recursos que estas áreas possuem.
A este propósito, a Serra da Estrela congura um território, geogracamente denido, com recursos de interesse
geológico e geomorfológico, nem sempre devidamente valorizados. Assim, a criação do Estrela Geopark permitirá
demostrar a diversidade de recursos capazes de sustentar esta classicação, assim como a sua importância
para o desenvolvimento da região de modo holístico, promovendo sítios através de redes geopatrimoniais. A
diversidade das marcas glaciárias, a riqueza do seu património e o carácter da sua paisagem fazem da Serra
da Estrela uma geograa única, cuja sua abordagem estruturada permitirá a criação de uma marca forte, com
potencial turístico, patrimonial e cultural.
Pretende-se que o Estrela Geopark seja visto também enquanto marca territorial, pois criar uma marca é construir
mentalmente um espaço, e o território da Serra da Estrela cria imagens mentais da sua geograa de forma a ser
reconhecido enquanto destino trístico e como marca turística, traduzindo-se, não raras vezes, no próprio produto
turístico.
Na verdade, é inquestionável a importância da constituição de uma estrutura como esta para o território da Serra
da Estrela. A classicação do Estrela Geopark por parte da Rede Europeia e Global de Geoparks traria uma
nova visão sobre o turismo deste território e da sua sustentabilidade, introduzindo uma visão holística ao espaço,
assente na sua geograa, nas suas referências culturais e na sua marca.
Referências
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Emanuel de Castro, Gonçalo Poeta Fernandes, Gisela Firmino
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Article
Full-text available
The creation of geoparks, at fi rst in Europe but nowadays in the whole world, allowed the establishment of new strategies for the teaching and interpretation of the geosciences. Geoparks promote not only the interpretation of geological knowledge but also the values of responsible citizenship, based on a sustainable use of well-protected geological heritage. In order to achieve these aims, geopark staff must include experts in geosciences education, and must maintain a close relationship with the local community. This paper develops these topics, and discusses several examples of geological education and interpretation in European geoparks.
Article
A tourism destination can be viewed as an amalgamation of places generating experiences. From a cultural perspective, places serve as storehouses of meanings that capture value in use and frame expectations for experiences. This article explores how community residents define a broad range of places shared with tourists at an alpine destination. The 19 places under investigation included attractions, dining and lodging establishments, retail offerings, transportation settings, and support services. The places were monitored in terms of their normative meanings using hedonic, utilitarian, novelty, and social variables. In addition, three consumption characteristics provided information on the nature of the experiences at the places. Conclusions are drawn as to the nature of each place and the array of experiences provided by the destination.
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