BookPDF Available

Redes Arawa. Ensaios de etnologia do Médio Purus

Authors:
A preview of the PDF is not available
Article
Full-text available
In light of the recent ethnographic production on the indigenous Arawá peoples and the research in historical ecology dedicated to the lands of the Juruá-Purus interfluve, this article proposes a reflection on plant poisons, hunting and fishing, based on the sociality, shamanism and body-making practices of the indigenous peoples of this region. We start from the self-poisoning of the Suruwaha to consider it as a starting point for the analysis of the language of the physiology of Arawá affections that expresses the ambivalence or categorical instability of certain plants. Our hypothesis is that the use and importance of plants in the Arawá context is inseparable from their anti-alimentary value, i.e., their food and practical aspects do not obliterate their shamanic potential as poisons. In the first part of the text, we present a reflection on Casimirella ampla, a tuberous plant, which offers a productive perspective on the use of cassava in this region and will serve as an analytical model to test the hypothesis on the practical and categorical ambivalence of certain plants. In the second part, we develop our argument by highlighting the anti-alimentary potential of these plants, in favor of an alternative conceptual image of Arawá sociability in which poisons are featured as body transforming substances.
Article
Full-text available
Em 1987, o governo brasileiro oficializou a política do "não contato", destinada aos povos indígenas isolados, com a intenção de garantir o direito originário aos seus territórios e ao princípio da autodeterminação, ou seja, o direito político de recusar o contato. Essa política, cuja responsabilidade cabe à Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato, tem como objetivo central produzir informações acerca da localização, territorialidade e modo de vida de tais povos, investigados a partir dos vestígios materiais identificados em seus territórios. Nesse contexto, a análise da cultura material dos povos isolados, que consiste em artefatos, ecofatos e marcas de sua interação na e com as matas, pode ser vista, segundo nossa proposta, como uma prática arqueológica. Assim, buscamos aprimorar métodos e técnicas empregados no trabalho indigenista e arqueológico, de maneira complementar e transversal, visando a ampliar a compreensão acerca desses povos, de modo a configurar uma arqueologia do não-contato. Essa abordagem também objetiva contribuir para a proteção dos territórios ameaçados da Amazônia, muitos dos quais habitados por populações em isolamento, e tem potencial para acrescentar uma nova camada estratigráfica à história de longa duração dos povos indígenas.
Article
Full-text available
La zona interfluvial situada entre las cuencas de los ríos Purús y Juruá, en la Amazonia occidental brasileña, se ha caracterizado por la baja densidad de investigaciones históricas, arqueológicas y lingüísticas. En ella se concentra un circuito de pueblos indígenas que integran la familia lingüística Arawá y que, durante los últimos 15 años, han constituido el centro de atención de nuevas etnografías. Este artículo desarrolla un cruzamiento entre los análisis de investigaciones antropológicas recientes en esta región y los resultados del trabajo etnográfico de campo junto a dos grupos del conjunto Arawá: los Banawá y los Suruwaha, con foco especial en los procesos de constitución de colectivos. Sus formas de socialidad manifiestan una especie de inconformidad con las fronteras étnicas, con movimientos de resistencia a morfologías sociales o delimitaciones sociológicas estables. Los Arawá desarrollan un cromatismo en sus relaciones que nos conduce a reconocer en ellos una antisociología de las relaciones-entre-si más que un conjunto de grupos étnicos sólidamente constituidos.
ResearchGate has not been able to resolve any references for this publication.