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Horta Biológica na Escola Portuguesa de Macau

Authors:
  • Interdisciplinary Centre of Marine and Environmental Research (CIIMAR) University of Porto

Abstract

Macau é uma região administrativa especial pertencente à República Popular da China e apresenta a maior densidade populacional do Mundo, 0,01% da população mundial, significando que, 1 em cada 12453 habitantes vive em Macau. Assim sendo, o espaço disponível para espaços verdes é reduzido, tendo vindo a diminuir com o passar dos anos. Esta problemática é refletida nas crianças e jovens que têm pouco contacto com a natureza e com os processos naturais de crescimento do mundo vegetal assim como com a dinâmica dos ecossistemas. Assim sendo, a ideia da criação de uma horta biológica na nossa escola, tem como objetivo elucidar os alunos, não só para a importância dos espaços verdes nas cidades em termos ambientais e como promoção à manutenção de bem-estar físico e mental, como também todo o processo de crescimento e cuidados necessários para o desenvolvimento das plantas e reciclagem de resíduos orgânicos (associados à compostagem). A Escola Portuguesa de Macau tem 555 alunos de 23 nacionalidades diferentes, criando uma ótima oportunidade de partilha de experiências e conhecimentos de plantas dos diferentes países. Este projeto tem pois um cariz multidisciplinar sendo um desafio em termos pedagógicos e didáticos. Em termos de metodologia pretende-se que ao longo do ano letivo sejam levadas a cabo diversas ações de experimentação prática aplicada com posterior divulgação à comunidade, servindo como uma ferramenta de demonstração ligada à temática da “sustentabilidade ambiental”. A concretização deste projeto foi avaliada e estudada de modo a ser possível integrá-lo no contexto programático curricular. Para isso, foi delineada uma estratégia em que numa primeira fase, o projeto é iniciado pelos alunos do primeiro ciclo, no âmbito da disciplina de Ciências Experimentais, com a participação dos professores titulares assim como de todo o departamento de Ciências Naturais e Físicas. Numa segunda fase prevê-se o alargamento ao segundo ciclo. O projeto é composto por várias etapas sendo que a primeira compreendeu a auscultação junto dos alunos sobre a temática das hortas biológicas tendo sido também realizadas algumas ações informais de sensibilização neste sentido. Foi identificada a importância e relevância de se estabelecer trabalhos experimentais que potenciassem e alicerçassem o conceito das hortas biológicas em meio urbano. Posteriormente identificou-se o local para implementação da horta e juntamente com os alunos envolvidos, procedeu-se à definição dos materiais necessários e execução dos trabalhos. Em paralelo está também a ser dado enfase à reutilização e reciclagem de materiais orgânicos nomeadamente através de compostagem. Numa fase seguinte, correspondendo ao início do próximo ano letivo, irá definir-se em termos metodológicos os detalhes do desenvolvimento da horta em consonância com o ensino-aprendizagem das ciências. Este projeto intende ser abrangente no sentido de pretender que haja uma envolvência responsável por parte dos alunos em todos os estágios assim como acompanhamento de todos os processos e tomadas de decisão.
RESUMOS DIGITAIS DAS
COMUNICAÇÕES DO
II ENCONTRO EM ENSINO E
DIVULGAÇÃO DAS CIÊNCIAS
Organizadores
Carla Morais (UP)
Clara Vasconcelos (UP)
João Paiva (UP)
Maria Gabriela Chaves (UP)
Paulo Simeão Carvalho (UP)
Rosa Antónia Ferreira (UP)
Joana Torres (UP)
Marli Moreira (UP)
Emerich Sousa (UP)
II Encontro em Ensino e
Divulgação das Ciências
Resumos digitais das comunicações
Porto, 8 de julho de 2016
II EEDC II ENCONTRO EM ENSINO E DIVULGAÇÃO DAS CIÊNCIAS
FCUP 8 de julho de 2016
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FCUP 8 de julho de 2016
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II Encontro em Ensino e Divulgação das Ciências
Resumos digitais das comunicações
Porto, Portugal
8 de julho de 2016
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Créditos
Titulo:
Resumos digitais das comunicações do II Encontro em Ensino e Divulgação das Ciências
Porto, Portugal
8 de julho de 2016
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Edição e copyright:
© 2016, Unidade de Ensino das Ciências da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Website: http://eedc.fc.up.pt
Comissão Organizadora
Carla Morais (UP) (Presidente)
Clara Vasconcelos (UP)
João Paiva (UP)
Maria Gabriela Chaves (UP)
Paulo Simeão Carvalho (UP)
Rosa Antónia Ferreira (UP)
Joana Torres (UP)
Marli Moreira (UP)
Emerich Sousa (UP)
Comissão Científica
André Melo (UP)
Carla Morais (UP)
Clara Vasconcelos (UP)
Duarte Costa Pereira (UP)
Francislê Neri de Souza (UA)
Gabriela Ribeiro (UP)
Isilda Rodrigues (UTAD)
Rosa Antónia Ferreira (UP)
João Paiva (UP)
Joaquim Bernardino Lopes (UTAD)
Manuel Joaquim Marques (UP)
Maria Gabriela Chaves (UP)
Maria Helena Caldeira (UC)
Maria Helena Matos (UP)
Maria João Santos (UP)
Paulo Simeão Carvalho (UP)
II EEDC II ENCONTRO EM ENSINO E DIVULGAÇÃO DAS CIÊNCIAS
FCUP 8 de julho de 2016
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Apoios e patrocínios
Universidade do Porto
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Profitecla - Escola Professional
Quinta do Portal
Delta Cafés
Texto Editores
Porto Editora
Textas Instruments
Switch Digital Consulting
ISBN
978-989-746-089-0
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Horta Biológica na Escola Portuguesa de Macau
Andreia Ramos1, Mara Ribeiro2, Cristina Calheiros3, Paulo Sol4, Henrique Caetano5,
Paulo Guerra6
1
Departamento de Ciências Naturais e Físicas da Escola Portuguesa de Macau, Macau, China.Institute
of Science and Environment, University of Saint Joseph Macau,China, andreiamcramos@gmail.com
2
Departamento de Ciências Naturais e Físicas da Escola Portuguesa de Macau, Macau, China,
mara_ribeiro_@hotmail.com
3
Institute of Science and Environment, University of Saint Joseph,Macau,China. CIMAR/CIIMARCentro
Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Porto, Portugal,
cristina@calheiros.org
4
Departamento de Ciências Naturais e Físicas da Escola Portuguesa de Macau, Macau, China,
paulo.sol@gmail.com
5
Departamento de Ciências Naturais e Físicas da Escola Portuguesa de Macau, Macau, China,
hcaetano@hotmail.com
6
Departamento de Ciências Naturais e Físicas da Escola Portuguesa de Macau, Macau, China,
pfgnunes@gmail.com
Palavras-chave:
horta urbana, agricultura biológica, ciências naturais, compostagem
Tópico:
Trabalho experimental e laboratorial e ensino-aprendizagem das ciências
Resumo
Macau é uma região administrativa especial pertencente à República Popular da China e
apresenta a maior densidade populacional do Mundo, 0,01% da população mundial,
significando que, 1 em cada 12453 habitantes vive em Macau. Assim sendo, o espaço
disponível para espaços verdes é reduzido, tendo vindo a diminuir com o passar dos anos.
Esta problemática é refletida nas crianças e jovens que têm pouco contacto com a natureza e
com os processos naturais de crescimento do mundo vegetal assim como com a dinâmica dos
ecossistemas. Assim sendo, a ideia da criação de uma horta biológica na nossa escola, tem
como objetivo elucidar os alunos, não só para a importância dos espaços verdes nas cidades
em termos ambientais e como promoção à manutenção de bem-estar físico e mental, como
também todo o processo de crescimento e cuidados necessários para o desenvolvimento das
plantas e reciclagem de resíduos orgânicos (associados à compostagem).
A Escola Portuguesa de Macau tem 555 alunos de 23 nacionalidades diferentes, criando uma
ótima oportunidade de partilha de experiências e conhecimentos de plantas dos diferentes
países. Este projeto tem pois um cariz multidisciplinar sendo um desafio em termos
pedagógicos e didáticos. Em termos de metodologia pretende-se que ao longo do ano letivo
sejam levadas a cabo diversas ações de experimentação prática aplicada com posterior
divulgação à comunidade, servindo como uma ferramenta de demonstração ligada à temática
da “sustentabilidade ambiental”.
A concretização deste projeto foi avaliada e estudada de modo a ser possível integrá -lo no
contexto programático curricular. Para isso, foi delineada uma estratégia em que numa
primeira fase, o projeto é iniciado pelos alunos do primeiro ciclo, no âmbito da disciplina de
Ciências Experimentais, com a participação dos professores titulares assim como de todo o
departamento de Ciências Naturais e Físicas. Numa segunda fase prevê-se o alargamento ao
segundo ciclo.
O projeto é composto por várias etapas sendo que a primeira compreendeu a auscultação
junto dos alunos sobre a temática das hortas biológicas tendo sido também realizadas
II EEDC II ENCONTRO EM ENSINO E DIVULGAÇÃO DAS CIÊNCIAS
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algumas ações informais de sensibilização neste sentido. Foi identificada a importância e
relevância de se estabelecer trabalhos experimentais que potenciassem e alicerçassem o
conceito das hortas biológicas em meio urbano. Posteriormente identificou-se o local para
implementação da horta e juntamente com os alunos envolvidos, procedeu-se à definição dos
materiais necessários e execução dos trabalhos. Em paralelo está também a ser dado enfase à
reutilização e reciclagem de materiais orgânicos nomeadamente através de compostagem.
Numa fase seguinte, correspondendo ao início do próximo ano letivo, irá definir-se em termos
metodológicos os detalhes do desenvolvimento da horta em consonância com o ensino-
aprendizagem das ciências. Este projeto intende ser abrangente no sentido de pretender que
haja uma envolvência responsável por parte dos alunos em todos os estágios assim como
acompanhamento de todos os processos e tomadas de decisão.
Article
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As hortas urbanas comunitárias e pedagógicas são cada vez mais presentes nas cidades. São uma manifestação sociocultural de preservação de tradições de cultivo e, uma prática agrícola que contribui para o desenvolvimento sustentável, mas que devem seguir o princípio de uma postura biocêntrica. O presente trabalho propõe promover por meio da horta urbana o conceito de hortas comunitárias como um espaço de reflexão e interação sobre o desenvolvimento sustentável e educação ambiental. Perante isto, propusemo-nos a analisar horta urbana do Instituto Politécnico de Bragança. Esta análise teve como finalidade compreender a dinâmica deste projeto desenvolvido através de um inquérito e perceber por fim se os intervenientes se propunham a adotar uma agricultura de cariz biológico. Tentamos também perceber se as hortas urbanas podem funcionar como laboratórios de educação ambiental e ser entendidas como ferramentas de desenvolvimento comunitário indo de encontro à agenda 2030 dos objetivos do desenvolvimento sustentável.
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