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ATIVIDADE INIBITÓRIA DE Handroanthus serratifolius (Bignoniaceae)
SOBRE Candida albicans
INHIBITORY ACTIVITY OF Handroanthus serratifolius (OLMSTEAD E
GROSE) ABOUT Candida albicans
Kélita Laine de Almeida
Faculdade de Farmácia, FACER – Unidade de Ceres, Ceres, Goiás, Brasil.
kelitalaine@gmail.com
Leidyanny Priscila da Silva
Faculdade de Farmácia, FACER – Unidade de Ceres, Ceres, Goiás, Brasil.
leidyanny_silva@hotmail.com
Gilmar Aires da Silva
Faculdade de Farmácia, FACER – Unidade de Ceres, Ceres, Goiás, Brasil.
gilmaraires@hotmail.com
Carlos de Melo Silva Neto
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil.
carloskoa@gmail.com
Renata Silva do Prado
Faculdade de Farmácia, FACER – Unidade de Ceres, Ceres, Goiás, Brasil.
renata.ufg@hotmail.com
Endereço para correspondência:
Av. Brasil, S/N, Qd. 13, Setor Morada Verde Ceres – Go. CEP: 763000-000
Fone: (62) 3323-1040
renata.ufg@hotmail.com
RESUMO: Introdução: Candidíases ou candidoses são infeções oportunistas causadas por
leveduras do gênero Candida, sendo Candida albicans o principal agente causador dessas
infecções. O Brasil é um país com ampla diversidade genética de plantas e inserida nessa grande
riqueza vegetal, encontra-se uma espécie arbórea denominada Handroanthus serratifolius,
conhecida popularmente como ipê-amarelo. Desse modo, devido ao surgimento de isolados
resistentes, o presente estudo se propôs a identificar através de métodos padronizados, a
atividade antifúngica de H. serratifolius sobre C. albicans, na busca por novos compostos com
atividade antifúngica. Metodologia: Foram avaliados os extratos de folha, tronco e raiz de H.
serratifolius. A atividade antifúngica dos mesmos foi verificada pelo teste de microdiluição
seriada através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM), pela técnica do disco
de difusão em ágar e pelo teste de sensibilidade em placas, que também avaliou a atividade
sinérgica dos extratos somados à antifúngicos tradicionalmente utilizados. Os testes foram
realizados em triplicata, o que permitiu análises estatísticas. Resultados: Os resultados obtidos
através do teste de sensibilidade em placas demonstraram uma CIM no valor de 500 ppm para
tronco e 500 ppm para raiz. No teste realizado em meio liquido os valores foram de 250 ppm e
125 ppm, na mesma ordem. Foi observada atividade antagônica do extrato de tronco e sinérgica
do extrato da raiz frente ao fungo C. albicans. Conclusão: De acordo com os parâmetros deste
estudo, H. serratifolius foi efetivo na inibição do crescimento do fungo C. albicans.
Palavra Chave: Ipê amarelo. Candidíase. Antifúngica. Lapachol.
ABSTRAT: Introduction: Candidiasis or candidiasis (selves-seeker) are infections caused by
Candida yeasts, therefore, Candida albicans are the main causative agent of these infections.
Brazil is a country with wide genetic plant diversity and inside of this (rich) nature an arboreal
species called Handroanthus serratifolius is found, popularly known as ipe-amarelo. Thus, due
to the emergence of resistant isolates, this work aimed to identify, through standard methods,
the antifungal activity of H. serratifolius on C. albicans and search for new compounds with
antifungal activity. Methods: The leaf extracts, trunk and root H serratifolius were appraised.
Their antifungal activity was measured by a series of tests: the serial microdilution test, the
minimum inhibitory concentration (MIC), the diffusion disco technique on agar and the
sensitivity test plates, which also analysed the synergistic extracts activity added to the
antifungal traditionally used. These tests were performed in triplicate, which allowed for
statistical analysis. Results: The results found from the sensitivity test plates showed a CIM
equal to 500 ppm for trunk and 500 ppm for root. Testing conducted in liquid medium, the
values were 250 ppm and 125 ppm, in the same order. Antagonistic activity of the rood and
synergistic activity of the root extract against C. albicans was observed. The diffusion disk test
showed no significant result, a fact previously described in the literature. Conclusion:
According to the parameters of this work, H. serratifolius was effective in inhibiting the growth
of the fungus C. albicans.
Keywords: H. serratifolius. Candidiasis. C. albicans. Lapachol.
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INTRODUÇÃO
Candidíases ou candidoses são caracterizadas como infecções causadas por fungos
leveduriformes do gênero Candida (BARBEDO; SGARBI, 2010). De acordo com o Ministério
da Saúde (2010), a infecção causada por fungos do gênero Candida pode se manifestar como
candidíase oral, candidíase vaginal, intertrigo, oníquia, infecção mucocutânea crônica,
paroniquía e candidíase hematogênica. Os fatores que predispõem ao aparecimento dessas
infecções estão relacionados com a síndrome da imunodeficiência adquirida, gravidez,
antibioticoterapia, diabetes mellitus, procedimentos médicos invasivos, uso de
imunossupressores, uso de contraceptivos orais, dentre outros. Assim, por se tratar de um tipo
de infecção oportunista, o equilíbrio entre hospedeiro e micro-organismo é fundamental
(ALVARES; SVIDZINSKI; CONSOLARO, 2007).
Dentre as várias cepas de importância clínica, pertencentes ao gênero Candida, estudos
revelam que a espécie Candida albicans, é a mais encontrada em isolados clínicos e o principal
agente causador de candidoses (CAMARGO et al., 2008). C. albicans, é um fungo diplóide e
dimórfico. Pode se apresentar sob a forma leveduriforme no estado saprofítico, estando
associado à colonização assintomática do fungo, ou sob a forma filamentosa (pseudo-hifas e
hifas verdadeira), encontradas em processos patológicos (CHAFFIN et al., 1998; ÁLVARES;
SVIDZINSKI; CONSOLARO, 2007; COSTA, 2009). A capacidade de C. albicans em transitar
da fase leveduriforme para a forma miceliana é denomidada de dimorfismo, e este fenômeno é
conduzido por uma variedade de fatores ambientais e nutricionais, como: temperatura, pH,
concentração de CO2 e presença de fontes de carbono (SILVA, 2011).
Atualmente, para o tratamento de infecções causadas por C. albicans, existe um número
limitado de agentes antifúngicos disponíveis no mercado (SCORZONI, 2008). No entanto, as
principais classes de medicamentos empregados no tratamento da candidíase compreendem os
poliênicos, os azóis (triazóis), e as equinocadinas (PAPPAS et al., 2009). Entretanto, diante dos
obstáculos impostos pelo surgimento de isolados resistentes, estudos de novos compostos com
atividade antifúngica a partir de extratos vegetais, vêm se intensificando, a fim de se descobrir
novas terapias (MADERGAN, 2006).
O Brasil é um país com ampla diversidade genética de plantas. Sendo assim, possui um
amplo potencial para estudos de plantas com propriedades medicinais. Inserida nessa grande
riqueza vegetal, se encontra uma espécie arbórea denominada Handroanthus serratifolius
(Olmstead e Grose, 2007) conhecida popularmente como ipê-amarelo, ipê-do-cerrado, ipê-
pardo e pau-d’arco-amarelo (OLMSTEAD; GROSE, 2007). H. serratifolius é uma espécie
vegetal pertencente à família das Bignoniaceae. Esta espécie possui como representantes
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árvores de natureza decídua, sua folhagem é renovada anualmente, as folhas caem no inverno
e reaparecem logo após a florescência, seus frutos são deiscentes e as sementes aladas. É uma
espécie florida, com troncos densos (FERREIRA; CHALUB; MUXFELDT, 2004; SOUZA et
al., 2005). Ocorre principalmente em florestas pluviais e florestas semidecíduas (CARRERO
et al., 2014).
H. serratifolius é uma espécie florestal nativa de grande importância em função de suas
utilidades econômicas. Apresenta interesse financeiro madeireiro, ornamental, e terapêutico
(DOSSEAU et al., 2008; GONÇALVES, 2013). Em relação à atividade terapêutica, por
pertencer à família Bignoniaceae, possui vários compostos químicos, porém a classe de
constituintes químicos mais prevalentes é a classe das naftoquinonas, cujo composto
majoritário é o lapachol (2-hidroxi-3-(3-metil-2-butenil)-1,4 naftalenodiona), (COSTA, 2012).
O lapachol apresenta atividade anticancerígena (BARBOSA; PEREIRA NETO, 2013),
antimalárica, moluscicida, tripanocida, leishmanicida, antipsoriática, antiulcerogênica,
analgésica (COSTA, 2012), bactericida, fungicida, antiofídica (DOSSEAU et al., 2008) e anti-
inflamatória (OLIVEIRA et al., 1990). “Este fato ocorre devido ao sinergismo dos metabólitos
e detalhes químico-estruturais das naftoquinonas, por isso o extrato bruto apresenta uma maior
atividade farmacológica, porém com maior grau de toxicidade.” (TAVARES et al., 2013).
Dessa forma, devido ao aparecimento de cepas resistentes à antifúngicos existentes na
atualidade, surge o interesse e a necessidade de se buscar através de estudos aprimorados, novos
compostos a partir de plantas em busca de novas terapias. Diante de tal fato, o presente estudo
se propôs a identificar através de métodos padronizados, a atividade antifúngica de H.
serratifolius sobre C. albicans, na busca por novos compostos com atividade antifúngica.
METODOLOGIA
Foi realizado um estudo de abordagem indutiva, com procedimento comparativo
estatístico e técnica de documentação direta em laboratório.
Coleta do material vegetal
A coleta de folhas, tronco e raízes de H. serratifolius foi feita na cidade de São Patrício –
GO (Coordenadas geográficas S 15º, 20', 791" e W 49º, 48', 744"), situada na região do Vale
do São Patrício. As amostras foram identificadas e reconhecidas pelo Profº. e Mestre em
Botânica, Carlos de Melo Silva Neto da Universidade Federal de Goiás (UFG). Foi realizada
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exsicata botânica do material para depósito em herbário. Os farmacógenos foram coletados com
facão e tesoura de poda. As amostras foram acondicionadas em sacolas plásticas. As amostras
de folha foram secas em temperatura ambiente (25°C) sob bancada do laboratório de
Microbiologia Multiuso da Facer - Unidade Ceres. As amostras de raiz e tronco foram secos
em estufa térmica a 37°C. (WIGGERS; STANGES, 2008).
Obtenção dos extratos de H. serratifolius
As amostras de H. serratifolius foram trituradas, e após esse processo, armazenadas em
erlemmeyer contendo etanol (95%) sob refrigeração, por sete dias. Posteriormente, essa amostra
foi filtrada e colocada em rota evaporador para a evaporação do solvente. O extrato resultante
foi armazenado em um frasco âmbar ao abrigo da luz, à 4º C (COSTA, 2013). Após esse
processo, foi adicionado éter etílico. Em seguida, os extratos secos em rota evaporador, foram
transferidos para placas de Petri e levados à estufa a 30º C para a completa secagem do solvente
(TAVARES et al., 2013).
Cultivo e manutenção do fungo
A cepa de C. albicans ATCC 90028 (American Type Culture Collection) foi
gentilmente cedida pela Profª. e Doutora Lilian Cristiane Baeza da Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho, Maringá. A cepa foi reativada e mantida em meio Ágar
Sabouraud Dextrose (Peptona 10g/L; Dextrose 40g/L; Ágar 15g/L), meio recomendado para o
cultivo de leveduras e fungos patogênicos, e acondicionada em estufa à 37ºC por sete dias,
quando foi submetida à experimentação ou novo repique (MENEZES et al., 2012).
Determinação da concentração inibitória mínima (CIM)
Os ensaios de inibição foram realizados pelo método de macrodiluição de acordo com
a diretriz NCCLS M27-A2 (2002). Células leveduriformes de C. albicans foram mantidas em
meio ágar nutriente (Digestão Péptica de Tecido Animal 5.00 g/L; Cloreto de Sódio 5.00 g/L;
Extrato de Carne 1.50 g/L; Extrato de Levedura 1.50 g/L) suplementado com glicose por sete
dias à 37ºC e inoculados na concentração de 1,5x106 céls./mL em meio nutriente líquido
(Digestão Péptica de Tecido Animal 5.00 g/L; Cloreto de Sódio 5.00 g/L; Extrato de Carne 1.50
g/L; Extrato de Levedura 1.50 g/L) suplementado com glicose por sete dias à 37ºC. Em seguida,
foram adicionados os extratos obtidos de H. serratifolius (ANTUNES, et al., 2006). A solução
estéril estoque dos compostos de H. serratifolius foi preparada em solução salina 0,9%.
Diluições seriadas das soluções estoque foram preparadas em meio nutriente líquido como
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diluente, para se obter concentrações finais diferentes dos extratos em estudo. O crescimento
do fungo foi avaliado espectrofotometricamente à 520 nm, previamente calibrado com as
soluções controles de meio de cultura e extratos, nas diferentes concentrações estudadas, sem a
presença do fungo, quando foi possível determinar a CIM (PRADO et al., 2014).
Teste de sensibilidade em placas
Para o teste de sensibilidade em placas, células leveduriformes de C. albicans com sete
dias de crescimento em ágar nutriente, suplementado com glicose, foram utilizadas para
inóculo. Amostras contendo concentração de células a 1,5x104 céls./mL foram inoculadas em
meio ágar nutriente suplementado com glicose, com os extratos obtidos da planta em diferentes
concentrações. As placas foram incubadas por sete dias à 37°C e posteriormente fotografadas
(PRADO et al., 2014).
Teste de sensibilidade em placas para avaliação do sinergismo e antagonismo
Para o teste de sensibilidade em placas para avaliação do sinergismo, células
leveduriformes com sete dias de crescimento em ágar nutriente, suplementado com glicose,
foram utilizadas para inóculo. Foram montadas placas com extratos e drogas conhecidas para
avaliação do sinergismo. As drogas foram utilizadas nas seguintes concentrações: Anfotericina
B (0,0625 µg/mL) e Sulfa (10 µg/mL). Posteriormente, amostras contendo concentração de
células a 1,5x104 céls./mL foram inoculadas em meio ágar nutriente suplementado com glicose.
Em seguida, foram adicionados os extratos obtidos da planta em diferentes concentrações.
Placas controle com a Anfotericina B e Sulfonamida foram incluídas. As placas foram
incubadas por sete dias à 37°C e posteriormente fotografadas (PRADO et al., 2014).
Análise Estatística
Todos os ensaios foram realizados em triplicata, e os resultados apresentados com
análises de média e desvio padrão. Foi aplicado teste de ANOVA para comparar os valores
obtidos do MIC. As comparações estatísticas foram realizadas utilizando software Estatística
versão 8.0. Os valores foram considerados significativos quando p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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A tabela 1 mostra as massas e os rendimentos obtidos dos extratos etanólicos para a
espécie, tomadas em relação às folhas, tronco e raiz secos.
Tabela 1: Massa total e rendimentos dos extratos etanólicos de H. serratifolius.
Espécie Extratos Massa (g) EE Rendimento %
H. serratifolius Folha 7,2491 g 0,183 g 18,30 %
Tronco 3,6492 g 0,279 g 27,90 %
Raiz 3,6112 g 0,252 g 25,20%
*EE = Extrato Etanólico
A título de comparação, os rendimentos obtidos para os extratos etanólicos de H.
serratifolius, foram satisfatórios, quando confrontados com o estudo de Tavares e
colaboradores (2013), que testaram diferentes soluções extrativas para a espécie Tabebuia
impetiginosa (Ipê roxo, Mart. ex. DC.). Ainda, segundo os autores, os extratos de T.
impetiginosa foram obtidos a partir do éter, acetona e água destilada, correspondendo a um
rendimento total de 14,83%, 5,6%, e 3,6% respectivamente. Sendo assim, os resultados
demonstrados na tabela acima não só corroboram significativamente com o presente estudo,
como evidenciam que a extração a partir da solução etanólica determina um considerável grau
de rendimento para os extratos de H. serratifolius.
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Figura 1. Crescimento de C. albicans em meio aos extratos de folha (A) raiz (B) tronco (C) de H. serratifolius
nas concentrações de 1000 ppm, 500 ppm, 250 ppm e 125 ppm.
Os extratos de H. serratifolius apresentaram inibição sobre o crescimento do fungo C.
albicans. Na figura acima (fig. 1B e 1C) observa-se uma redução do crescimento do fungo, de
maneira dose-dependente quando exposto aos extratos do tronco e da raiz da planta testada. Os
resultados encontrados mostram, qualitativamente, valores de concentração inibitória mínima
(CIM) de 500 ppm para tronco e raiz. Dessa forma, nota-se que, esses extratos conseguiram
ocasionar algum tipo de estresse para o fungo, interferindo diretamente no seu
desenvolvimento. Possivelmente, a atividade inibitória da planta estudada, esteja associada à
presença de compostos ativos comumente encontrados nas espécies da família Bignoniaceae,
conforme o estudo de Glhein e Rodrigues, (2012). Segundo os autores, os principais
componentes com atividade biológica pertencente a esta família são as naftoquinonas,
representadas pelo Lapachol e a Lapachona.
Os resultados acima retratados corroboram, com o estudo de Barbosa Filho e
colaboradores (2004), em que foi analisada a atividade antimicrobiana da espécie T. áurea (Ipê
amarelo, Manso S. Moore) sobre diversos micro-organismos como Monilia sitophila,
Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis e também sobre C. albicans. De acordo com o estudo,
o extrato da casca do caule de Tabebuia áurea exibiu uma forte atividade inibitória sobre o
fungo C. albicans.
Já segundo um estudo realizado por Arruda (2009), os extratos hexânicos e metanólicos
de Jacaranda cuspidifolia (Mart.), representante da família Bignoniaceae, não apresentaram
atividade inibitória sobre o fungo C. albicans. Neste estudo, foi avaliada a atividade antifúngica
dos extratos etanólicos da folha, do caule e da casca. Desse modo, estes achados demonstram a
importância do solvente utilizado na obtenção dos extratos, fato observado no teste de
sensibilidade em placas para o extrato etanólico da raiz de H. serratifolius representado na
figura acima, demonstrando a atividade inibitória do extrato testado sobre o fungo em questão.
De acordo com Hofling e colaboradores (2010), foi verificada a atividade antifúngica
dos extratos de Tabebuia avellanedae (Ipê roxo, Lor ex. Griseb) sobre diversas cepas de fungos,
tais como C. tropicalis, C. parapsilosis, C. lusitaniae, compreendendo também o fungo C.
albicans. Em uma pesquisa realizada por Silva (2012), foi identificada a atividade antifúngica
de algumas plantas, tais como Cravo da Índia e Romã sobre a espécie C. albicans. Portanto, os
resultados apresentados na figura 1 comprovam que representantes da família Bignoniaceae
apresentam atividade antimicrobiana, podendo ainda, ser amplamente estudados.
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No que diz respeito ao extrato da folha (figura 1A), observou-se que não houve atividade
inibitória sobre o crescimento do fungo. Este dado corrobora com os resultados apresentados
no estudo da espécie vegetal Zeyheria tuberculosa (Vell. Bur), que pertence à família das
Bignoniaceae, (RAMOS et al., 2012). De acordo com os autores, o extrato hexânico e etanólico
da folha da espécie Z. tuberculosa não exibiu nenhuma atividade antifúngica sobre diversas
cepas de Candida, compreendendo C. tropicalis, C. parapsilosis, C. brasiliensis e C. albicans.
A figura 2 permite uma análise quantitativa da influência dos extratos de H.
serratifolius, sobre o crescimento do fungo, a partir do cálculo da CIM. O extrato etanólico do
tronco apresentou uma CIM de 250 ppm enquanto a CIM do extrato etanólico da raiz foi de 125
ppm, já para o extrato etanólico da folha não foi verificada nenhuma atividade inibitória. Os
efeitos encontrados por este teste confirmam com os resultados do teste de sensibilidade em
placas, no qual o fungo C. albicans apresentou sensibilidade aos extratos de raiz e tronco de H.
serratifolius.
Figura 2: Determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) para os diferentes extratos de H. serratifolius
frente a C. albicans.
Análises biológicas com diferentes espécies da família Bignoniaceae têm evidenciado
um potencial para atividade antimicrobiana. Sendo assim, intensa investigação vem sendo
realizado com espécies pertencentes à esta família, para a avaliação das múltiplas atividades
biológicas (SILVA, 2012). Supõe-se que as atividades identificadas em seus representantes,
como T. áurea, T. impetiginosa, T. rósea e algumas outras espécies da família Bignoniaceae,
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seja devido à presença de um composto chamado lapachol (HUSSAIN et al., 2007). Fato esse
observado no estudo de Gonzáles e colaboradores (2013), onde os extratos metanólicos obtidos
a partir da espécie Tabebuia Avellanedae (Lor ex. Griseb) exerceram uma atividade inibitória
contra diversas cepas de Candida, como C. tropicalis, C. utilis, C. krusei, e C. parapsilosis,
incluindo também a espécie C. albicans. Estes achados corroboram diretamente com os
resultados apresentados na figura 2.
Sabe-se que o sinergismo é uma interação benéfica, onde o efeito associado dos
antimicrobianos é consideravelmente maior que seus efeitos independentes quando
administrados de maneira separada, além disso, o efeito sinérgico entre os antimicrobianos
favorece o tratamento, uma vez que, a dose pode ser reduzida significativamente bem como
redução do efeito tóxico relacionado à dose. Já o antagonismo é uma interação negativa, no
qual o efeito associado dos antimicrobianos é consideravelmente menor que seus efeitos
independentes quando testados individualmente (MEDEIROS, 2012).
Para a avaliação do sinergismo entre os extratos de H. serratifolius e antifúngicos
tradicionalmente utilizados para o tratamento de infecções oportunistas, placas teste contendo
extrato de raiz a 500 ppm e de tronco a 250 ppm foram preparadas, além de placas controle
contendo sulfonamida (IC 50 = 10 µg/mL) e anfotericina B (IC 50 = 0,0625 µg/mL) Os
resultados podem ser observados na Figura 3.
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Figura 3. Teste de sensibilidade em placas para avaliação do sinergismo entre extratos de tronco e raiz de H.
serratifolius em combinação com anfotericina B e sulfonamida. A1) controle C. albicans, A2) controle tronco,
A3) controle anfotericina e A4) tronco e anfotericina B1) controle C. albicans, B2) controle tronco, B3) controle
sulfonamida e B4) tronco e sulfonamida, C1) controle C. albicans, C2) controle raiz, C3) controle anfotericina,
C4) raiz e anfotericina D1) controle de C. albicans, D2) controle raiz, D3) controle sulfonamida e D4) raiz e
sulfonamida.
Quando se compara o controle do fungo crescido sem nenhum inibidor (A1), com a
placa contendo fungo e anfotericina B (A3), observa-se inibição do crescimento de C. albicans,
conforme já descrito na literatura por Júnior (2013), que relatou excelente atividade in vitro de
anfotericina B e caspofungina frente às espécies de Candida, ratificando os dados obtidos nesse
artigo. O extrato obtido do tronco (A2), inibe o crescimento do fungo C. albicans, assim como
observado na placa fungo e anfotericina B (A3). Não foi observada atividade sinérgica, nem
antagônica, quando o extrato do tronco e anfotericina B (A4) foram testados associadamente.
Analisando a placa contendo fungo e sulfonamida (B3), quando comparada com o
controle do fungo sem nenhum inibidor (B1), há inibição do crescimento do fungo, fato já
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descrito na literatura conforme estudos de Oliveira (2010), que descreve o mecanismo de ação
da sulfonamida. A placa contendo extrato do tronco (B2) apresentou inibição do crescimento
do fungo. Pode-se observar também leve efeito antagônico do extrato de tronco (B2) sobre a
sulfonamida (B3) uma vez que, o fungo C. albicans recuperou um pouco a sua capacidade de
crescimento na placa contendo extrato do tronco e sulfonamida (B4). Vale ressaltar que na placa
contendo apenas sulfonamida (B3) a inibição do crescimento do fungo C. albicans é melhor
observada.
Quando se observa a placa contendo extrato obtido da raiz (C2) e compara com o
controle do fungo sem nenhum inibidor (C1), nota-se inibição significativa do crescimento do
fungo. Foi observada ainda, atividade sinérgica do extrato da raiz e anfotericina B (C4), ou seja,
a associação do extrato da raiz com o antifúngico exerceu melhor atividade de inibição sobre o
crescimento do fungo C. albicans. Observando a coluna D e comparando o controle do fungo
C. albicans sem nenhum inibidor (D1) com a placa contendo sulfonamida e raiz (D4), nota-se
um crescimento maior do fungo quando comparados com as placas contendo raiz (D2) e
sulfonamida (D3). Este fato caracteriza efeito antagônico sobre o antifúngico sulfonamida, ou
seja, o efeito associado do antimicrobiano e do candidato é consideravelmente menor que seus
efeitos independentes quando testados individualmente.
Vários estudos relatam o sinergismo entre compostos naturais de plantas e antifúngicos
tradicionalmente utilizados. No estudo de Leite (2010), a planta Pterogyne nitens, conhecida
como amemdoim bravo, cuja substância ativa pedalitina possui atividade antifúngica
significativa entre isolados de C. neoformans, ficou demonstrado que combinações de
pedalitina com fluconazol e com anfotericina B apresentaram efeito sinérgico. Rozzato (2012)
em estudo com a planta Arrabidaea brachypoda popularmente conhecida como cervejinha do
campo, demonstrou que o extrato hidro alcóolico da raiz associado à amoxicilina apresentou
efeito sinérgico para S. aureus. Tintino e colaboradores (2012) revelou através do estudo de
extratos etanolicos e hexanico da raiz de Costus cf. arabicus,conhecida como cana do brejo, o
efeito sinérgico de ambos os extratos combinados com aminoglicosideos e antifúngicos tais
como anfotericina B, nistatina, mebendazol entre outros. Lins (2011) também observou
sinergismo entre extratos de folhas e inflorescências de Dictyoloma vandellianum,
popularmente conhecida com Tingui preto, com fluconazol frente a isolados de Candida spp.
Não obstante, a associação entre extratos de plantas e antimicrobianos tradicionalmente
utilizados também pode gerar antagonismo. Tal situação foi obtida por Castro (2010), a partir
da associação entre o óleo essencial de C. zeylanicum popularmente conhecida como canela e
o antifúngico miconazol frente a cepas de C. albicans. Antagonismo também foi obtido entre a
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combinação de extratos de Phyllanthus muellerianus, conhecida como quebra pedra, e o
antibacteriano ciprofloxacino contra Pseudomonas aeruginosa por Ofokansie colaboradores
(2013). Na pesquisa de Rocha (2014), com extrato etanolico de Piper montelegreanum
(Yuncker), as interações realizadas com antimicrobianos demonstraram um possível
antagonismo na maioria das combinações.
CONCLUSÃO
De acordo com os parâmetros deste estudo, H. serratifolius foi efetivo na inibição do
crescimento do fungo C. albicans. Os resultados obtidos mostram que os extratos do tronco e
da raiz da planta em questão foram eficazes ao apresentar atividade inibitória sobre o fungo.
Estes resultados reforçam achados já descritos pela literatura, demonstrando que espécies da
família Bignoniaceae possuem um grande potencial para atividades biológicas, indicando H.
serratifolius como excelente candidato na inibição do fungo C. albicans.
AGRADECIMENTOS
A Profª. e Doutª. Renata Silva do Prado pela realização das orientações deste estudo. Ao
Prof.º e Mestre Carlos de Melo Silva Neto pela realização da identificação botânica. A Profª.
Lílian Cristiane Baeza por ter nos cedido o fungo, e ao Profº. e Mestre Gilmar Aires pela
contribuição na obtenção dos extratos brutos da planta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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fatores predisponentes do hospedeiro e virulência das leveduras. J. Bras. Pat. Med. Lab., v.
43, n. 5, p. 319-327, outubro, 2007.
ANTUNES, R.M.P.; LIMA, E.O.; PEREIRA, M.S.V.; CAMARA, C.A.; ARRUDA, T.A.;
CATÃO, R.M.R.; BARBOSA, T.P.; NUNES, X.P.; DIAS, C.S.; SILVA, T.M.S. Atividade
antimicrobiana “in vitro” e determinação da concentração inibitória mínima (CIM) de
fitoconstituintes e produtos sintéticos sobre bactérias e fungos leveduriformes. Rev. Bras. de
Farmacognosia, v. 16, n. 4, p. 517-524, out.-dez., 2006.
ARRUDA, A.L.A. Contribuição ao estudo de atividade biológica de Jacaranda
cuspidifolia Mart. (Bignoniaceae). 2009. 136 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) –
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