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Estudos dos fundamentos de jovens jogadores de voleibol feminino

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A análise do jogo de voleibol atualmente é muito pesquisada na literatura. Porém, a maioria dos estudos se concentra no voleibol de alto nível. Isso pode comprometer o trabalho do técnico de voleibol da iniciação do Brasil e de outros países do mundo. Atualmente nenhum livro ou artigo de revisão ou de revisão sistemática proporciona informações sobre análise do jogo de voleibol da iniciação do sexo feminino. O objetivo do artigo de revisão foi de apresentar os estudos de análise do jogo dos fundamentos de jovens jogadoras do voleibol feminino. A revisão foi dividida em quatro partes e explicou sobre cada fundamento. Em conclusão, o estudo do fundamento do voleibol auxilia orientar e prescrever o treino. ABSTRACT Studies of the skills of young female volleyball players The match analysis in volleyball actually is extensively researched in the literature. However, most studies are about the high level volleyball. This can compromise the job of the volleyball coach of young volleyball of the Brazil and of others countries. Actually there is no information in the book, review article and of systematic review about match analysis of young female volleyball players. The objective of the review article was to present the studies of match analysis of the skills of young female volleyball players. The review was divided into four parts and explained about each skill. In conclusion, a study of the volleyball skill assists guide and prescribe the training.
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ESTUDOS DOS FUNDAMENTOS DE JOVENS JOGADORAS DO VOLEIBOL FEMININO
Danilo Arruda1
Nelson Kautzner Marques Junior2
RESUMO
A análise do jogo de voleibol atualmente é
muito pesquisada na literatura. Porém, a
maioria dos estudos se concentra no voleibol
de alto nível. Isso pode comprometer o
trabalho do técnico de voleibol da iniciação do
Brasil e de outros países do mundo.
Atualmente nenhum livro ou artigo de revisão
ou de revisão sistemática proporciona
informações sobre análise do jogo de voleibol
da iniciação do sexo feminino. O objetivo do
artigo de revisão foi de apresentar os estudos
de análise do jogo dos fundamentos de jovens
jogadoras do voleibol feminino. A revisão foi
dividida em quatro partes e explicou sobre
cada fundamento. Em conclusão, o estudo do
fundamento do voleibol auxilia orientar e
prescrever o treino.
Palavras-chave: Esportes. Habilidades
Motoras. Prescrição.
1-Bacharelado em Educação Física pela
PUCPR, Brasil; Técnico de Voleibol Feminino
da Equipe Santa Mônica Clube de Campo,
Curitiba, Paraná, Brasil
2-Mestre em Ciência da Motricidade Humana
pela Universidade Castelo Branco, RJ, Brasil.
ABSTRACT
Studies of the skills of young female volleyball
players
The match analysis in volleyball actually is
extensively researched in the literature.
However, most studies are about the high level
volleyball. This can compromise the job of the
volleyball coach of young volleyball of the
Brazil and of others countries. Actually there is
no information in the book, review article and
of systematic review about match analysis of
young female volleyball players. The objective
of the review article was to present the studies
of match analysis of the skills of young female
volleyball players. The review was divided into
four parts and explained about each skill. In
conclusion, a study of the volleyball skill
assists guide and prescribe the training.
Key Words: Sports. Motor Skills. Prescription.
E-mails dos autores:
daniloarruda13@hotmail.com
kautznerjunior@gmail.com
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INTRODUÇÃO
A análise do jogo de voleibol
atualmente é muito pesquisada na literatura
(Costa e colaboradores, 2014; Palao e López-
Martínez, 2012; Vélez, González e Ibáñez,
2013; Ugrinowitsch e colaboradores, 2014).
Porém, a maioria dos estudos se
concentra no voleibol de alto nível (Campos e
colaboradores, 2014, 2015; Costa e
colaboradores, 2013; 2014b; Kumar, 2014;
Marques Junior, 2014). Enquanto que o
voleibol de competição da iniciação é muito
pouco investigado (García-Alcaraz, Palao e
Ortega, 2014; Ureña e colaboradores;
Zadraznik, Marelic e Resetar, 2009).
Isso pode comprometer o trabalho do
técnico de voleibol da iniciação do Brasil e de
outros países do mundo.
Logo, o técnico de voleibol da
iniciação precisa trabalhar baseado na sua
percepção e experiência referente ao treino
que merece ministrar na sua categoria e como
deve orientar seus atletas durante os jogos e
nas sessões.
Afinal, as pesquisas de análise do jogo
de voleibol são na sua maioria do voleibol de
alto nível (Marcelino e colaboradores, 2009,
2010; Peeri, Sharif e Matinhomaee, 2013).
Atualmente nenhum livro (Arruda e
Hespanhol, 2008, 2008b; Mesquita e
colaboradores, 2013) ou artigo de revisão
(Marques Junior, 2013) ou de revisão
sistemática (Medeiros e colaboradores, 2014)
proporciona informações sobre análise do jogo
de voleibol da iniciação do sexo feminino.
Quantos ataques efetua uma jogadora
de ponta da iniciação? É mais eficaz as
jogadoras sacarem forte ou flutuante? Qual
levantamento ocasiona mais sucesso do
ataque no voleibol feminino da iniciação, no
solo ou em suspensão?
A literatura do voleibol não possui
essas informações (Castro e colaboradores,
2014; Costa e colaboradores, 2010; Marques
Junior, 2001), então, o objetivo do artigo de
revisão foi de apresentar os estudos de
análise do jogo dos fundamentos de jovens
jogadoras do voleibol feminino.
Análise do jogo de voleibol: estudo dos
fundamentos
O jogo de voleibol torna-se mais
previsível do que os demais esportes coletivos
com bola porque é sem invasão da quadra e
não existe tempo de partida (Mesquita, 1996).
Apesar disso, a análise do jogo de
voleibol é uma tarefa imprescindível para
nortear o trabalho do técnico durante a partida
e após o jogo com o intuito de estabelecer os
erros e acertos da sua equipe e do adversário,
com a meta de melhorar as falhas e
aperfeiçoar as qualidades para jogar cada vez
melhor (American Volleyball Coaches
Association, 1997; González, 2014).
Para isso ocorrer, uma adequada
análise do jogo de voleibol, durante e após a
partida, é necessária uma tecnologia
sofisticada ou utilizar um scout notacional com
lápis e papel, para o treinador orientar melhor
seus atletas no jogo e ocasionar uma
adequada estruturação e prescrição do treino
com bola baseada nas informações oriundas
da partida (González e colaboradores, 2013;
Moutinho, 1991).
Qual panorama atual dos estudos da
análise do jogo de voleibol da iniciação do
sexo feminino?
Ao longo dessa revisão, o leitor vai ter
essas informações sobre os fundamentos do
voleibol feminino da iniciação durante o jogo,
sendo uma revisão relevante para os
envolvidos com esse esporte.
Estudos sobre saque
A investigação de Castro e
colaboradores (2013) teve o objetivo de
determinar a eficácia do saque do voleibol
feminino da categoria mirim (até 12 anos),
infantil (até 14 anos, sub 15) e infanto (até 16
anos) durante o campeonato mineiro.
Os jogos das respectivas categorias
foram filmados (mirim 3 jogos, infantil 3 jogos e
infanto 5 jogos) e posteriormente foram
analisados com o scout de Haiachi e
colaboradores (2008).
Os resultados demonstraram que as
três categorias possuem baixa eficácia no
saque, a figura 1 apresenta os resultados.
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Figura 1 - Eficácia do saque do voleibol feminino da iniciação do estado de Minas Gerais.
Em conclusão, as categorias do
voleibol feminino tiveram baixa eficácia no
saque, merecendo mais atenção nesse
fundamento.
Em outro estudo similar sobre o
saque, Arias colaboradores (2011)
investigaram o desempenho do tipo de saque
das equipes femininas da iniciação do
campeonato espanhol de 2005.
Os jogos foram filmados e
posteriormente o tipo de saque (saque tipo
tênis flutuante, saque tipo tênis forte, saque
em suspensão flutuante e saque em
suspensão forte) foi classificado conforme a
qualidade da sua execução.
Porém, Arias e colaboradores (2011)
não apresentaram em um único valor o
desempenho do saque das jogadoras da
iniciação. Então, os autores desse trabalho
simplificaram os resultados desse artigo,
calcularam o coeficiente de performance (CP)
do saque pela equação proposta por Coleman
(2005), sendo o seguinte:
CP do Saque = [(4 x ponto) + (2 x continuidade) +
(0 x erro)] : total de ações (ponto, continuidade e
erro) = ?
A figura 2 apresenta o coeficiente de
performance conforme o tipo de saque.
Figura 2 - Coeficiente de performance conforme o tipo de saque do voleibol feminino da iniciação da
Espanha.
3,23% 4,45%
16,10%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
18,00%
mirim infanto infantil
Eficácia do Saque
1,96
2,08
2,13 2,14
1,85
1,9
1,95
2
2,05
2,1
2,15
2,2
Saque Tipo
Tênis Forte Saque em
Suspensão Forte Saque Tipo
Tênis Flutuante Saque em
Suspensão
Flutuante
Coeficiente de Peformance do Saque
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Em conclusão, as atletas da iniciação
da Espanha merecem melhorar o saque, os
resultados mais expressivos foram do saque
flutuante (tipo tênis e em suspensão), tipo de
serviço que possui menos chance de erro e
costuma ocasionar menos ponto, caso esses
jogadores atinjam ao voleibol adulto de alto
rendimento.
O mesmo grupo de pesquisa da
Espanha do estudo anterior efetuou similar
pesquisa no campeonato de seleções
femininas da Espanha na categoria cadetes no
ano de 2005 (Arias e colaboradores, 2011b).
Os jogos foram filmados e
posteriormente conforme a posição da atleta
(levantador, central, ponta e oposta) foi
classificada a qualidade da execução do
serviço.
Porém, Arias e colaboradores (2011b)
não apresentaram em um único valor o
desempenho do saque das jogadoras da
iniciação das seleções dos estados da
Espanha conforme a posição.
Então, os autores desse trabalho
simplificaram os resultados desse artigo,
calcularam o percentual de eficiência com a
fórmula de Baacke e Matsudaire (1983), sendo
o seguinte:
Percentual de Eficiência = (pontos . 100) : total de
fundamentos = ?%
A figura 3 apresenta os resultados do
percentual de eficiência do saque conforme a
posição da jogadora.
Figura 3 - Eficiência do saque conforme a posição do voleibol feminino das seleções da iniciação da
Espanha.
Nas duas posições que as jogadoras
costumam ter maior estatura (Arruda e
Hespanhol, 2008; Marques Junior, 2010),
central e oposta, o percentual de eficiência do
saque foi superior. Talvez esse ocorrido esteja
relacionado ao que Luhtanen (1988)
evidenciou, a maior envergadura da
voleibolista tende proporcionar um melhor
saque. García-Tormo e colaboradores (2006)
verificaram o desempenho do tipo de saque de
8 equipes femininas da iniciação do
campeonato espanhol de 2003 da categoria
juvenil e cadete com idade entre 14 e 18 anos.
Os jogos foram filmados e
posteriormente o tipo de saque (saque tipo
tênis flutuante, saque tipo tênis forte, saque
em suspensão flutuante e saque em
suspensão forte) foi classificado conforme a
qualidade da sua execução.
Porém, García-Tormo e colaboradores
(2006) não apresentaram em um único valor o
desempenho do saque das jogadoras da
iniciação.
Então, os autores desse trabalho
simplificaram os resultados desse artigo,
calcularam o coeficiente de performance do
saque pela equação proposta por Coleman
(2005) - ver anteriormente.
A figura 4 apresenta os resultados do
coeficiente de performance do saque conforme
o tipo de serviço.
45% 46,76%
57,17% 61,81%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Levantadora Ponta Central Oposta
Eficiência do Saque
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Figura 4 - Coeficiente de performance conforme o tipo de saque do voleibol feminino da iniciação da
Espanha.
Figura 5 - Locais onde as jogadoras praticam saque.
Os resultados desse estudo foram
similares ao estudo anterior de Arias e
colaboradores (2011), os melhores resultados
foram do saque flutuante (tipo tênis e em
suspensão), tipo de serviço que possui menos
chance de erro.
García-Tormo e colaboradores (2011)
ainda identificaram as zonas da quadra onde
as jogadoras mais efetuam saque e que fazem
menos. A figura 5 apresenta esses valores.
A explicação porque a zona 6 (fica no
meio da quadra) e 1 (local onde o levantador
faz infiltração) ocorreram mais saques o
estudo não informou. E também, não foi
entendido porque a zona 5 as jogadoras
praticaram menos saque.
O último estudo encontrado sobre
saque, Inkinen, Häyrinen e Linnamo (2013)
verificaram a quantidade de saques por set do
campeonato europeu junior de 2010. Os jogos
foram filmados e analisados durante a partida
com auxílio do software Data Volley 3.4.2. Os
resultados foram os seguintes em 1 set e
também os autores baseados nesses dados,
ofereceram valores de saques em 5 sets, ou
seja, multiplicando por 5.
1,91
1,96
1,98
1,86
1,88
1,9
1,92
1,94
1,96
1,98
2
Saque em
Suspensão Forte Saque em
Suspensão
Flutuante
Saque Tipo Tênis
Flutuante
Coeficiente de Peformance do Saque
18,90%
40,20% 40,90%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
Zona 5 Zona 6 Zona 1
Saque Efetuado na Zona da Quadra
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Figura 6 - Quantidade de saque em um set e em cinco sets.
Esses dados são importantes para o
técnico utilizar como volume no treino técnico
e no treino situacional, caso queira trabalhar
esse volume em três sets, basta multiplicar por
três e efetuar esse procedimento conforme a
necessidade da sessão (Marques Junior,
2014b; Stanganelli e colaboradores, 2006).
Os cinco estudos sobre o saque do
voleibol feminino da iniciação são de diversas
categorias e faixas etárias, mas foi possível
observar que o saque flutuante (tipo tênis e em
suspensão) obteve melhor desempenho em
dois estudos por causa do maior coeficiente de
performance (Arias e colaboradores, 2011;
García-Tormo e colaboradores, 2006) e
parece que a maior envergadura conforme as
posições das atletas com maior estatura
(central e oposta), foi um dos responsáveis
pelo maior incremento do saque.
Em relação as zonas da quadra, a
zona 6 e 1 é onde as jovens jogadoras
praticaram mais saque (García-Tormo e
colaboradores, 2006), talvez isso ocorra na
zona 6 porque é no meio da quadra, isso gera
menos chance de erro no serviço e torna mais
fácil a atleta se deslocar para qualquer região
defensiva.
Outra hipótese, sobre a zona 1, é a
região da quadra convencional para o saque,
porém pode ter relação com a área de defesa
de cada jogadora, se o atleta irá defender na 6
ou na 1 provavelmente sacará da 1 ou na 6,
pode ter relação também com fato da maioria
dos jogadores serem destros, implicando que
a capacidade de gerar força para o lado
esquerdo é mais “forte”, como por exemplo
atacar na paralela na saída de rede é mais
difícil do que na entrada para os destros
(Bizzocchi, 2008; Bojikian e Bojikian, 2008).
Estudos sobre o passe e a defesa
Arias e colaboradores (2011b)
verificaram as recepções efetuadas pelos
estados que disputaram o campeonato de
seleções femininas da Espanha da categoria
cadetes no ano de 2005. Os jogos foram
filmados e posteriormente conforme a posição
da atleta (levantador, central, ponta e oposto)
foi estabelecida um percentual de recepções
efetuadas no jogo.
Porém, Arias e colaboradores (2011b)
não apresentaram o percentual de eficiência
da recepção das jogadoras, então os autores
desse trabalho calcularam o percentual de
eficiência com a fórmula de Baacke e
Matsudaire (1983), mesma utilizada
anteriormente ver nos estudos sobre saque.
A figura 7 apresenta os resultados do
percentual de eficiência da recepção conforme
a posição da jogadora.
Os resultados da recepção do estudo
de Arias e colaboradores (2011b) foram
contrários ao da literatura (Kumar, 2014;
Marques Junior, 2014), o líbero obteve pior
passe e posições que os atletas não
costumam passar tão bem, como a central e a
Levantadora Central Ponta Oposta
1 set de jogo 3,8 3,55 4,2 3,2
5 sets 19 17,75 21 16
0
5
10
15
20
25 Quantidade de Saque
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oposta, conseguiram o melhor percentual de
eficiência.
A explicação para isso a metodologia
da pesquisa de Arias e colaboradores (2011b)
não informou, mas pode ser que a central e a
oposta efetuaram passes mais fáceis do que a
ponteira e a líbero.
Costa e colaboradores (2010c)
investigaram o efeito da recepção no ataque e
o efeito da defesa no contra-ataque durante o
Campeonato Mundial Juvenil (17 a 19 anos)
Feminino de 2007. Foram filmados 8 jogos que
posteriormente foram analisados. A tabela 1
apresenta esses resultados.
Figura 7 - Eficiência da recepção conforme a posição do voleibol feminino das seleções da iniciação
da Espanha.
Tabela 1 - Efeito da recepção no ataque e o efeito da defesa no contra-ataque.
Ponto de Ataque
Continuidade após o Ataque
Erro de Ataque
31,6%
57,97%
10,5%
46,7%
40,9%
12,4%
Ponto de Contra-
Ataque
Continuidade após o Contra-
Ataque
Erro de Contra-
Ataque
27,2%
60,5%
12,3%
46,4%
38%
15,6%
O leitor observou na tabela 1 que a
recepção boa ocasionou muito mais ponto de
ataque e menos continuidade de uma jogada
após o ataque, ou seja, ocasionou menos
chance de defesa. Esses resultados foram
similares aos achados sobre o efeito da defesa
boa no contra-ataque.
Embora o número de erros de ataque
e de contra-ataque foi muito próximo entre a
recepção boa e ruim ou entre a defesa boa e
ruim. Então, pode-se concluir que a recepção
e a defesa são fundamentos determinantes
para proporcionar adequada finalização da
jogada.
O último estudo encontrado sobre
passe e sobre defesa, Inkinen, Häyrinen e
Linnamo (2013) verificaram a quantidade
desses dois fundamentos por set do
campeonato europeu junior de 2010. Os jogos
foram filmados e analisados durante a partida
com auxílio do software Data Volley 3.4.2. Os
resultados foram os seguintes em 1 set e
também os autores baseados nesses dados,
ofereceram valores desses fundamentos em 5
sets, ou seja, multiplicando por 5.
Repetindo o que foi escrito
anteriormente na seção sobre saque, esses
dados são importantes para o técnico utilizar
como volume no treino técnico e no treino
situacional.
Apesar dos poucos estudos achados,
pode-se concluir que o passe e a defesa
quando bem realizados são fundamentos
essenciais para uma adequada atividade
ofensiva no voleibol feminino da iniciação.
35,62% 35,71%
53,12% 59,77%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
Líbero Levantadora Ponta Outras Atacantes
(central e oposta)
Eficiência do Passe
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Figura 8 - Quantidade de passe e de defesa em um set e em cinco sets.
Estudos sobre o levantamento
Inkinen, Häyrinen e Linnamo (2013)
verificaram a quantidade de levantamentos por
set do campeonato europeu junior de 2010. Os
jogos foram filmados e analisados durante a
partida com auxílio do software Data Volley
3.4.2. Os resultados foram os seguintes em 1
set e também os autores baseados nesses
dados, ofereceram valores de levantamentos
em 5 sets, ou seja, multiplicando por 5.
Esses dados são importantes para
prescrever o volume de treino porque a
literatura só fornece dados sobre o voleibol
adulto de alto rendimento (Iglesias, 1994;
Marques Junior, 2014c).
Cezarano e Rocha (2006) filmaram 11
jogos do campeonato paulista infanto juvenil
(idade até 17 anos) de 2004. Após essa tarefa
os jogos foram analisados com scout para
saber os locais da quadra que os levantadores
direcionam a distribuição das bolas para os
atacantes. A figura 10 apresenta os
resultados.
Figura 9 - Quantidade de levantamento em um set e em cinco sets.
1 set (passe) 5 sets (passe) 1 set (defesa) 5 sets (defesa)
Levantadora 0,1 0,5 2,8 14
Central 0,1 0,5 1,25 6,25
Ponta 6,6 33 315
Oposta 0,5 2,5 2,3 11,5
Líbero 6,2 31 630
0
5
10
15
20
25
30
35
Quantidade de Passe e de Defesa
Levantadora Central Ponta Oposta Líbero
1 set de jogo 24,3 0,9 0,8 0,4 1,1
5 sets 121,5 4,5 4 2 5,5
0
20
40
60
80
100
120
140
Quantidade de Levantamento
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Total em preto / Percentual em cinza
Figura 10 - Locais da quadra para onde são feitos os levantamentos.
Total em preto / Percentual em cinza
Figura 11 - Locais da quadra para onde são feitos os levantamentos.
Os dados foram bem parecidos com o
voleibol adulto de alto rendimento (Marques
Junior, 2013), a maior incidência de
levantadas na rede, com maior percentual
para a zona 4. Na zona dos 3 metros, a zona 1
teve maior quantidade de levantamentos,
também idêntico ao voleibol adulto de alto
rendimento.
Gouvêa e Lopes (2007) efetuaram
estudo similar ao anterior na categoria infanto
juvenil (16 e 17 anos). Foram filmados 16
jogos que posteriormente foram analisados por
scout. Os pesquisadores estabeleceram as
zonas da quadra que receberam mais e
menos levantamento, sendo apresentada na
figura 11.
Os resultados do estudo de Gouvêa e
Lopes (2007) foram idênticos ao da pesquisa
anterior de Cezarano e Rocha (2006).
Palao e Jiménez (2008) filmaram os
jogos de duas levantadoras juvenis
classificadas em e lugar no campeonato
espanhol de 2001/2002 e posteriormente
analisaram com scout. Os resultados
apresentaram um total de levantamentos em
duas situações da partida, sendo apresentado
na tabela 2.
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Tabela 2 - Quantidade dos tipos de levantamento conforme a situação da partida.
Tipo de Levantamento
Levantamento após o
saque do adversário
Levantamento após a defesa
que ocasionou o contra-ataque
no solo
81
117
em suspensão (com salto)
36
88
Os mesmos autores (2008)
mensuraram a relação entre o tipo de
levantamento (no solo e em suspensão) e a
eficácia do ataque.
Os resultados detectaram maior
eficácia do ataque quando o levantamento é
em suspensão (Eficácia do ataque de 2,53)
quando comparado ao ataque após o
levantamento no solo (Eficácia do ataque de
2,10).
Continuando a apresentar os
resultados do estudo de Palao e Jiménez
(2008), esses autores verificaram a relação
entre o tipo de levantamento (no solo e em
suspensão) e o número de bloqueadores. É
possível verificar na figura 12 que o
levantamento em suspensão proporciona
menos bloqueio simples e duplo. Esse é um
dos motivos que esse levantamento aumenta
a eficácia do ataque.
Figura 12 - Relação entre levantamento e número de jogadores no bloqueio.
Figura 13 - Relação entre levantamento e tipo de ataque.
Bloqueio Simples Bloqueio Duplo Bloqueio Triplo
no solo 16% 54% 2%
em suspensão 9% 19% 0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Percentual da Quantidade de Atletas no Bloqueio
Bola Rápida Meia Bola Bola Alta
no solo 4% 1% 60%
em suspensão 16% 6% 13%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Percentual da Quantidade de Ataque
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Palao e Jiménez (2008) ainda
detectaram a relação entre o tipo de
levantamento (no solo e em suspensão) e o
tipo de ataque efetuado (bola rápida, meia
bola e bola alta). É sabido que levantar em
suspensão gera maior velocidade da jogada
(Bizzocchi, 2008; Ramos e colaboradores,
2004), então o leitor pode observar na figura
13 que a levantadora preferiu utilizar o
levantamento com salto quando era bola
rápida. Enquanto que levantar no solo
ocasiona uma jogada mais lenta, as
levantadoras usaram mais essa técnica nas
bolas altas, quando a velocidade da jogada é
menor. A última análise de Palao e Jiménez
(2008) foi verificar a relação entre o tipo de
levantamento (no solo e em suspensão) e o
resultado da partida, não sendo verificada
diferença significativa (p>0,05). A figura 14
apresenta esse resultado em percentual.
Figura 14 - Relação entre levantamento e resultado da partida.
Figura 15 - Efeito do local do levantamento no ataque do voleibol feminino da iniciação dos Estados
Unidos.
Vencer Perder
no solo 38% 34%
em suspensão 18% 10%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Percentual do Resultado da Partida
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Figura 16 - Efeito do levantamento na rede conforme o tipo de ataque do voleibol feminino da
iniciação dos Estados Unidos.
Figura 17 - Efeito do levantamento no fundo da quadra conforme o tipo de ataque do voleibol
feminino da iniciação dos Estados Unidos.
Em conclusão, para a levantadora
utilizar mais levantamento em suspensão
necessita de um bom passe para efetuar
jogadas de velocidade que tornam o ataque
mais eficaz. O uso de levantamento em
suspensão não proporcionou maior
desempenho na partida, a vitória.
Palao e Ahrabi-Fard (2011) estudaram
o desempenho de jovens jogadoras do
campeonato norte-americano da divisão.
Foram filmados 48 sets e depois foram
analisados por scout. Esses autores
compararam o local que a levantadora praticou
o levantamento e seu efeito no ataque. Os
resultados evidenciaram que as levantadoras
vencedoras do set durante a sua distribuição
proporcionaram mais ponto de ataque quando
efetuaram levantamento na rede (zona 2, 3 e
4) e no fundo da quadra (zona 1, 5 e 6)
quando comparada com as levantadoras
perdedoras do set (p≤0,001). A figura 15
apresenta esses resultados.
Os mesmos autores (2011) verificaram
o efeito do local do levantamento conforme o
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ponto do tipo de ataque (bola rápida, meia
bola e bola alta). As levantadoras vencedoras
no set proporcionaram mais ataque de bola
rápida do que as levantadoras perdedoras,
isso aconteceu na rede (p≤0,02) e no fundo da
quadra (p≤0,001). A figura 16 e 17 mostra
esse e outros resultados.
O último resultado desse estudo de
Palao e Ahrabi-Fard (2011) identificou o efeito
do local do levantamento com o tipo de
execução da distribuição (no solo e em
suspensão) na realização do ponto de ataque.
Nessa pesquisa as levantadoras
vencedoras no set praticaram mais
levantamento em suspensão na rede
(p≤0,013) e no fundo da quadra (p≤0,012) com
mais pontos de ataque do que as levantadoras
perdedoras. A figura 18 e 19 apresenta os
resultados.
Figura 18 - Efeito do local do levantamento em suspensão no ataque do voleibol feminino da
iniciação dos Estados Unidos.
Figura 19 - Efeito do local do levantamento no solo no ataque do voleibol feminino da iniciação dos
Estados Unidos.
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Em conclusão, o conhecimento sobre
as jovens levantadoras permite ao técnico
trabalhar para elas atingirem o voleibol adulto
de alto rendimento, sendo evidenciado que o
levantamento em suspensão e com bola
rápida é vantajoso na execução do ponto de
ataque. Esses resultados foram similares ao
do voleibol adulto de alto rendimento (Marques
Junior, 2013).
Em outro estudo sobre o levantamento
do voleibol feminino da iniciação, Palao e
Ahrabi-Fard (2014) filmaram 16 jogadoras
(19,8 ± 1,2 anos, 1,77 ± 0,02 metros de
estatura) durante 48 jogos do campeonato
norte-americano da divisão de 2008,
posteriormente os jogos foram analisados por
scout. Esses autores evidenciaram que o
levantamento em suspensão proporciona
maior eficácia no ataque e as equipes
vencedoras utilizam mais esse levantamento,
porém, é necessário que o passe seja bom
para a levantadora praticar mais essa técnica.
Após a leitura dos seis artigos, embora
algumas investigações não tenham
apresentada a faixa etária - total de 3 estudos,
a idade das levantadoras ficou entre 16 a 19
anos, com resultados similares ao do voleibol
adulto de alto rendimento (Marques Junior,
2013). Sendo encontrado maior incidência do
levantamento na rede, com maior distribuição
para zona 4 (entrada da rede) e 2 (saída da
rede) (Cezarano e Rocha, 2006; Gouvêa e
Lopes, 2007).
Enquanto que no fundo da quadra o
levantamento ocorreu mais para a zona 1
(local onde a oposta costuma atacar do fundo
da quadra) e 6 (meio da quadra). A zona 5 que
fica no fundo da quadra, foi onde aconteceu
menos levantamento, merecendo ser mais
utilizada com o intuito de surpreender o
adversário no ataque dos 3 metros.
Também foi identificado que o
levantamento em suspensão com distribuição
de bolas de velocidade proporciona melhor
ataque da equipe feminina da iniciação e as
equipes vencedoras utilizam mais essa técnica
(Palao e Ahrabi-Fard, 2011, 2014).
Outro benefício do levantamento em
suspensão é que essa técnica diminui a
quantidade de bloqueio simples e duplo, sendo
esse um dos fatores do aumento da eficácia
do ataque (Palao e Jiménez, 2008)
Estudos sobre o ataque e o bloqueio
Inkinen, Häyrinen e Linnamo (2013)
identificaram a quantidade de ataques e de
bloqueios por set do campeonato europeu
junior de 2010.
Os jogos foram filmados e analisados
durante a partida com auxílio do software Data
Volley 3.4.2. Os resultados foram os seguintes
em 1 set e também os autores baseados
nesses dados, ofereceram valores de ataques
e de bloqueios em 5 sets, ou seja,
multiplicando por 5.
Figura 20 - Quantidade de ataque e de bloqueio em um set e em cinco sets.
1 set (ataque) 5 sets 1 set (bloqueio) 5 sets
Levantadora 1 5 7,5 37,5
Central 2,25 11,25 13,25 66,25
Ponta 7,2 36 5,9 29,5
Oposta 9,7 48,5 8,1 40,5
0
10
20
30
40
50
60
70
Quantidade de Ataque e de Bloqueio
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Ataque em preto / Contra-Ataque em cinza
Figura 21 - Percentual de ataque e contra-ataque conforme a zona da quadra.
Ainda Inkinen, Häyrinen e Linnamo
(2013) verificaram as zonas da quadra onde
aconteceram mais e menos ataque e contra-
ataque, sendo exposto o resultado na figura
21. Outro estudo sobre quantidade de
fundamentos, mas apresentado os resultados
em percentual foi a investigação de Costa e
colaboradores (2012). Os autores filmaram
oito jogos do Campeonato Mundial de Jovens
de 2007 e posteriormente analisaram o tipo de
ataque conforme os procedimentos de Costa e
colaboradores (2011). Os resultados foram os
seguintes:
Figura 22 - Percentual do tipo de ataque praticado em oito jogos do Campeonato Mundial de Jovens
de 2007.
O terceiro estudo sobre quantidade de
fundamentos foi conduzido por Dávila-Romero,
García-Hermoso e Saavedra (2012). Esses
pesquisadores filmaram 139 jogos da
categoria infantil (12 a 14 anos) e 155 jogos da
categoria cadete (14 a 16 anos) do
campeonato espanhol. Posteriormente esses
jogos foram analisados com o software
Volleyball Information System ou pelo Data
Volley System. A média e o desvio padrão do
ataque e do bloqueio da equipe vencedora e
perdedora é exposta na figura 23.
16,4%
35,2%
48,3%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
Bola Rápida Meia Bola Bola Alta
Quantidade de Tipo de Ataque
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Legenda: Infantil - *p≤0,001, Xp≤0,02 e +p≤0,001.
Cadete - *p≤0,001, Xp≤0,001 e +p≤0,001
Figura 23 - Média e desvio padrão dos fundamentos positivos e negativos das jogadoras da iniciação
da Espanha.
Total em preto / Percentual em cinza
Figura 24 - Locais da quadra onde são feitos os ataques (n = 16 jogos).
Após o leitor observar a figura 23, é
possível identificar que ocorreu diferença
significativa (p≤0,05) em todas as
comparações da categoria infantil e cadete,
sendo evidenciada superioridade das equipes
vencedoras em relação às perdedoras.
Gouvêa e Lopes (2008) efetuaram um
estudo na categoria infanto juvenil (16 e 17
anos). Foram filmados 16 jogos que
posteriormente foram analisados por scout. Os
pesquisadores estabeleceram as zonas da
quadra que foram desferidos mais e menos
ataque, sendo apresentada na figura 24.
A maior incidência de ataques
aconteceu nas pontas, zona 2 e 4, sendo que
na zona 4 o número de ataque foi muito maior.
No fundo da quadra, a zona 1 e 6 foram onde
ocorreram mais ataques. Enquanto que a zona
5, foi onde quase não foi efetuado cortada,
merecendo o uso dessa região no ataque dos
3 metros como fator “surpresa” durante os
jogos. O número de ataques da jogadora da
ponta foi muito maior do que os demais,
seguido da oposta e por último a central
(Gouvêa e Lopes, 2008). A figura 25 apresenta
esses valores.
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Figura 25 - Quantidade de ataque por posição (n = 16 jogos).
Figura 26 - Coeficiente de performance conforme o tipo de ataque das jogadoras do Campeonato
Mundial Juvenil de 2007.
O quinto artigo foi sobre ataque, Costa
e colaboradores (2010b) filmaram 8 partidas
do Campeonato Mundial Juvenil (17 a 19
anos) Feminino de 2007.
Os resultados do ataque foram
apresentados através de vários valores, para
simplificar os resultados os autores desse
trabalho aplicaram o coeficiente de
performance de Coleman (2005) ver em
saque essa equação.
A figura 26 apresenta os resultados do
coeficiente de performance do tipo de ataque.
Costa e colaboradores (2010b) ainda
forneceram vários resultados conforme a
execução da cortada, simplificando os seus
dados, foi aplicado novamente o coeficiente de
performance de Coleman (2005). A figura 27
mostra o coeficiente de performance conforme
a execução do ataque.
Esses resultados de Costa e
colaboradores (2010b) são importantes,
principalmente a execução do ataque porque o
técnico pode orientar as jogadoras nas opções
de ataque que ocasionam maior desempenho
no voleibol juvenil.
Em outro estudo, Costa e
colaboradores (2010c) investigaram os tipos
de ataque mais produtivos após a recepção e
os tipos contra-ataques mais produtivos após
a defesa durante o Campeonato Mundial
Juvenil (17 a 19 anos) Feminino de 2007.
Foram filmados 8 jogos que posteriormente
foram analisados. A tabela 3 apresenta esses
resultados.
6
323 333
770
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Levantadora Central Oposta Ponta
2,12
2,48 2,50
1,9
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
Bola Alta Bola Rápida Meia Bola
Coeficiente de Performance do Tipo de Ataque
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Figura 27 - Coeficiente de performance conforme a execução do ataque das jogadoras do
Campeonato Mundial Juvenil de 2007.
Tabela 3 - Aproveitamento do tipo de ataque e de contra-ataque.
Tipo de Ataque
Ponto de Ataque
Continuidade após o Ataque
Erro de Ataque
Bola Rápida
47,9%
39,1%
13%
Meia Bola
48,5%
39,8%
11,7%
Bola Alta
34,7%
53,1%
12,2%
Tipo de Contra-
Ataque
Ponto de Contra-
Ataque
Continuidade após o Contra-
Ataque
Erro de
Contra-Ataque
Bola Rápida
55,3%
34,2%
10,5%
Meia Bola
50%
35,3%
14,7%
Bola Alta
27,3%
58%
14,7%
O leitor observou na tabela 3 que o
tipo de cortada que ocasionou mais ponto de
ataque e de contra-ataque foi o de bola rápida
e de meia bola, essas tarefas ofensivas
tiveram diferença significativa (p≤0,05) quando
foi comparado ao ataque de bola alta e ao
contra-ataque da mesma bola.
O mesmo aconteceu com a
continuidade, os ataques de bola rápida e de
meia bola geraram menos esse ocorrido, ou
seja, proporcionaram menos chance de defesa
do oponente do que o ataque de bola alta e o
contra-ataque da mesma bola (p≤0,05).
O percentual de erros de ataque e de
contra-ataque foi similar nos três tipos de bola
(p>0,05). Conclui-se que, o ataque de
velocidade (bola rápida e meia bola)
proporciona vantagem na tarefa ofensiva
porque dificulta a ação do bloqueio e da
defesa. Os estudos são de diversas categorias
e de faixa etárias diferentes. Porém, na rede, o
local que mais ocorreu ataque e contra-ataque
foi similar ao voleibol adulto de alto
rendimento, a maioria dessas tarefas foi nas
pontas (zona 2 e 4) (Inkinen, Häyrinen e
Linnamo, 2013; Gouvêa e Lopes, 2008).
Enquanto que no fundo da quadra, o
ataque e o contra-ataque foi mais praticado na
zona 1 (onde a levantadora faz infiltração) e na
6 (meio da quadra). Isso também ocorre mais
no voleibol adulto de alto rendimento.
O ataque de bola rápida e meia bola
foi o de melhor desempenho no voleibol
feminino da iniciação durante o ataque e no
contra-ataque, merecendo ênfase nesse tipo
1,99 2,06 2,3 2,73
3,96 4
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
Ataque Forte
para Frente
(meio da rede)
Ataque Forte na
Paralela Largada Ataque Forte na
Diagonal Ataque
Explorando o
Bloqueio
Ataque
Colocado
Coeficiente de Performance conforme a Execução do Ataque
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de cortada durante o jogo e no treinamento
(Costa e colaboradores, 2010b, 2010c).
A maneira de execução do ataque que
obteve os maiores coeficientes de
performance foi o ataque forte na diagonal, o
ataque explorando o bloqueio e o ataque
colocado, sendo recomendado maior uso
dessas tarefas.
CONCLUSÃO
O estudo de revisão evidenciou que
conforme a categoria feminina da iniciação se
aproxima do voleibol adulto de alto nível, os
resultados sobre os fundamentos são similares
ao jogado pelas atletas adultas.
Em conclusão, o estudo do
fundamento do voleibol auxilia orientar e
prescrever o treino.
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w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b p f e x . c o m . b r
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Recebido para publicação 10/04/2015
Aceito em 27/05/2015
... The performance of the volleyball skills were much researched in volleyball literature (Palao and collaborators, 2016; Silva and collaborators, 2016). But the volleyball studies were about the professional volleyball (Marques Junior, 2013) and the young volleyball (Arruda and Marques Junior, 2015). ...
... However, volleyball literature did not determine the performance coefficient of the male master volleyball of the category 35 years or more during the sets (Marcelino and collaborators, 2009, 2010; Marques Junior and Arruda, 2015). Only a study about the male master volleyball studied the performance coefficient of a volleyball team during the 2nd shift of the Carioca Championship of 2016 (Marques Junior, 2017). ...
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Performance coefficient (PC) has the objective of determine the performance of the volleyball skills. What is the value of the PC of the master volleyball skills? The volleyball research did not have information. The objective of the study was to determine the PC of the master volleyball skills. The study was composed by 15 matches of the male master volleyball of the category 35 years or more. The data were collected with the camera in gymnasium. After the data collect, the researcher practiced the match analysis with a scout prepared in the Excel®. Kruskal Wallis Anova and new statistic did not identify statistical difference of the PC of all skills during each set (serve, reception, set, attack, block and defense). Spearman correlation detected only a statistical difference (serve x block, R = 0,18, p = 0,003). Kruskal Wallis Anova and new statistic did not identify statistical difference of the PC of each court zone of the serve, of the block and of the reception. But the same statistic identified statistical difference of the PC of each court zone of the defense, of the set and of the attack. In conclusion, match analysis is an important “tool” for the master volleyball. RESUMEN Coeficiente de rendimiento de las acciones de juego del voleibol master El coeficiente de rendimiento (CR) tiene el objetivo de determinar el desempeño de las habilidades del voleibol. ¿Cuál es el valor del CR de las acciones de juego del voleibol master? La investigación de voleibol no tenía información. El objetivo del estudio fue determinar el CR de las acciones de juego del voleibol master. El estudio fue compuesto por 15 partidos del voleibol master masculino de la categoría de 35 años o más. Los datos fueron recogidos con la cámara en el gimnasio. Después de la recolección de datos, el investigador practicó el match analysis con un scout elaborado en el Excel®. Anova de Kruskal Wallis y nueva estadística no identificaron diferencia estadística del CR de todas las acciones del juego durante cada set (servicio, recepción, distribución, ataque, bloqueo y defensa). Correlación de Spearman detectó sólo una diferencia estadística (servicio x bloqueo, R = 0,18, p = 0,003). Anova de Kruskal Wallis y nueva estadística no identificaron diferencia estadística del CR de cada zona del servicio, del bloqueo y de la recepción. Pero la misma estadística identificó diferencia estadística del CR de cada zona de la defensa, de la distribución y del ataque. En conclusión, el análisis de partidos es una "herramienta" importante para el voleibol master.
... No voleibol, a análise do jogo obteve destaque após a vitória nos Jogos Olímpicos de 1984 da seleção masculina norteamericana (Marques Junior, 2015). A partir desse momento, todas as equipes do mundo do voleibol adulto de alto rendimento passaram utilizar os softwares para a análise do jogo durante e após a partida (Matias e Greco, 2009). ...
... Caso o estudante desse artigo queira consultar alguma referência com os mesmos tratamentos dos dados indicados nessa revisão, recomenda-se a leitura do trabalho de Marques Junior e Arruda (2015). ...
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A análise do jogo de voleibol é considerada na literatura desse esporte como um instrumento útil para auxiliar durante e após a partida, ela é essencial para o técnico estruturar e prescrever o treino com bola dos atletas. O objetivo da revisão foi ensinar a fazer a análise do jogo de voleibol com um novo scout elaborado no Excel®. O artigo foi dividido em três partes que ensina em detalhes como utilizar o scout elaborado no Excel®. O estudo oferece esse scout caso o treinador queira aplicar na sua equipe. Em conclusão, a análise do jogo com scout elaborado no Excel® é uma tarefa imprescindível para as equipes que não possuem muitos recursos financeiros. ABSTRACT Match analysis in volleyball with new scout elaborate in the Excel® The match analysis in volleyball is considered in the volleyball literature as a useful tool to assist during and after the match, it is essential for the coach structure and prescribes the ball training of the athletes. The objective was to teach to perform the match analysis in volleyball with a new scout elaborate in the Excel®. The article was divided into three parts that teaches in details how to use the scout prepared in the Excel®. The study offers this scout if coaches want to apply in your team. In conclusion, the match analysis with scout prepared in the Excel® is an essential task for the teams that do not have much money.
... Portanto, cada fundamento do voleibol possui uma contribuição para o desempenho do jogo da equipe da iniciação 6 , por esse motivo que pesquisadores continuam produzindo investigações com o intuito de otimizar a performance dos times e seleções dessa faixa etária. ...
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The objective of the study was of determine the skills practiced by a female team under 15 of volleyball during the competition. The subjects of the competed in the Paraná state in the year of 2015. The team competed in a total of 19 games with participation in 63 sets that occurred in four disputes. Subsequently were analyzed with a scout prepared in Excel® 2013. The correlations of the 4x2 system and of the 5x1 system were predominantly very low and low. The 4x2 system had only moderate r of the pass (r = 0,78, p = 0,0001*) and a high r of the set (r = 0,84, p = 0,0001*). In conclusion, the correlation of the skills is important for detected the sports techniques more decisive in the performance of the young volleyball. But in this study, it was not possible to detect the most important skills in the victory of a female team under 15 in accordance with the game system.
... Portanto, cada fundamento do voleibol possui uma contribuição para o desempenho do jogo da equipe da iniciação 6 , por esse motivo que pesquisadores continuam produzindo investigações com o intuito de otimizar a performance dos times e seleções dessa faixa etária. ...
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The objective of the study was of determine the skills practiced by a female team under 15 of volleyball during the competition. The subjects of the competed in the Paraná state in the year of 2015. The team competed in a total of 19 games with participation in 63 sets that occurred in four disputes. Subsequently were analyzed with a scout prepared in Excel® 2013. The correlations of the 4x2 system and of the 5x1 system were predominantly very low and low. The 4x2 system had only moderate r of the pass (r = 0,78, p = 0,0001*) and a high r of the set (r = 0,84, p = 0,0001*). In conclusion, the correlation of the skills is important for detected the sports techniques more decisive in the performance of the young volleyball. But in this study, it was not possible to d
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Objective: The review article was to present the performance of the skills, the physical profile of the match (rally and pause, duration of the game, skills practiced, attack ball time, serve ball time and setter time) and the performance of some conditioning motor capacities (block reach, attack reach and the percentage of the jump fatigue) of the male master volleyball in Rio de Janeiro of the category 35 years old or more of the years 2016 and 2017. Method: The study about the of the male master volleyball of the category 35 years old or more of the 2016 and 2017 are of 15 matches during the Carioca Championship of 2016 and 2017. All the matches were filmed behind of the court at a distance and height of two meters. The data were collected with the camera Sony® Handycam model DCR-SX20 on the tripod Mirage®. Skills performance analysis of chapter 1 was with the performance coefficient and the data were collected with a scout prepared in the Excel®. Physical profile analysis of chapter 2 and the physical performance of chapter 3 was with the Kinovea® software. Results: Performance coefficient was used to measure the performance of the skills. The skills with the best performances were the attack (1st set: 2.37, 2nd set: 2.24 and 3rd set: 2.13) and the reception (1st set: 2.29, 2nd set: 2.39 and 3rd set: 2.65). The 1st and 2nd place teams in the Carioca Championship had better performance in the three most decisive volleyball skills in the victory (2.73 of the attack, 1.86 of the block and 1.85 of the serve) than the teams 3rd to the last place (2.19 of the attack, 1.68 of the block and 1.82 of the serve). The physical profile was measured, being of 1 to 10 seconds of the rally and the pause of 11 to 29 seconds (ratio effort and pause of 1:2.2 to 1:2.6). The physical performance during the game was detected a decrease of the block (1st set: 2.77 meters, 2nd set: 2.74 m and 3rd set: 2.74 m) and the attack (1st set: 2.83 meters, 2nd set: 2.82 m and 3rd set: 2.77 m). Conclusion: The review presented the results of the first studies on male master volleyball in Rio de Janeiro of the category 35 years old or more. This information is important for the trainer to structure and prescribe the training. The analysis of the master volleyball is an important task for the evolution of this category of the volleyball.
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The objective of the study was to determine the performance coefficient (PC) of the skills and of the championships of a female team under 15 during the championship realized in the Paraná state in the year 2015. The material and method of the study was the same of the Marques Junior e Arruda (2015) research. Kruskal Wallis Anova detected significant difference (p≤0,05) of the PC in the following comparisons between the games of each championship: of the pass, of the set, of the attack and of the defense. Kruskal Wallis Anova detected significant difference (p≤0,05) of the PC in the following comparisons between each championship – Curitiba Cup, 1st and 2nd Phase of the Paraná Championship: of the pass, of the set, of the attack, of the block and of the defense. Kruskal Wallis Anova detected significant difference (p≤0,05) of the PC of the championship, H (2) = 24,25, p = 0,0001. Dunn post hoc detected significant difference (p≤0,05), the team`s performance in the Curitiba Cup (2,36±1,02) was higher than the 1st (2,22±0,61) and 2nd (2,17±0,63) Phase of the Paraná Championship. In conclusion, the match analysis with scout elaborated in Excel 2013 allows the coach to detect the performance of each skill after the competition.
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The objective of the review was to identify the researchers that deserve to be practiced about the sitting volleyball. The article was divided into two chapters and showed the small number of studies on this modality. In conclusion, sitting volleyball is an excellent field of research for volleyball researchers because of the small number of scientific articles on this theme.
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The objective of the research was to check the reliability of the faces scale of the subjective perception effort adapted Foster in a men`s team master volleyball. The research was composed by a men`s team master volleyball that competed the Carioca Master Championship of 2016. The reliability of the faces scale of the subjective perception effort adapted Foster by intraclass correlation has a r good (r = 0,75, r = 0,84, r = 0,89 e r = 0,85) and a r medium (r = 0,70) (p≤0,05). The Kappa test showed no significant difference (p>0,05) and the Bland and Altman method the predominant agreement was lower. In conclusion, the scale this study deserves others studies to check the reliability of this instrument for the master volleyball.
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The objective of the study was of check the performance coefficient of the skills and the physical performance of the men`s master volleyball Street Volley/Barra Music during the 2nd shift of the Carioca Championship of 2016 of the category 35 years or more. The study identified the performance of the skills and of the physical performance of the team 3rd place in the Carioca Championship of 2016. In conclusion, the match analysis permit a volleyball team understand the positives and negatives of the skills and of the physical performance, and is important for structure the training and prescribe the session based in the study of the game according to the technical and tactical aspect and of the physical conditioning.
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The objective of the point of view was to suggest a different defensive positioning of the traditional. The point of view evidenced that the zone 2 and 4 that is located in the net occurs few attacks for this region. But the volleyball is “scientific”, through of the match analysis was established several moments that few attacks are for the zone 2 and 4. While other areas of the court, especially in the backcourt (zone 1, 5 and 6), receive more attacks and the possibility of defense is small of the volleyball players because the attack is at high speed. Then, the volleyball teams need of more attention in the backcourt zones (zone 1, 5 and 6) and should defend with four athletes or practice the triple block with the objective of improve the defensive system. In conclusion, the defensive positioning recommended at this point of view deserves study to check its effectiveness.
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Volleyball presents diversified competitive demands according to age group and sex, namely concerning the efficacy of game actions, but few studies have compared male and female volleyball. Also, a great body of research has been conducted with adult teams, but only a few studies have been conducted with younger age groups. Hence, it is the purpose of this paper to analyze the differences between male and female youth volleyball, considering game complex, serve type, attack tempo, attack type, and attack effectiveness, as literature has suggested the existence of differences in these parameters. Nineteen volleyball matches of the Youth World Championships of 2007 were analyzed (11 male, 8 female), totaling 1,816 serve actions and 1,914 attack actions. Multinomial logistic regression was applied to analyze the game actions that could differentiate male and female game profiles. Three variables showed significant differences between male and female volleyball: serve type, attack tempo, and attack type. There was a predominance of ground serves, placed attacks and slower attack plays in women's volleyball, therefore promoting a higher occurrence of counterattacks. Future research should consider additional variables, such as match status and the opponents' level, both possibly influencing the attack tactics used by the teams, as well as their performance.
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ARTIGO ORIGINAL | ORIGINAL ARTICLE RESUMO O estudo buscou identificar em situação de Complexo I possíveis fatores preditores da vitória/derrota no voleibol. Foram analisados dezoito jogos, sendo três de cada equipa participante da Superliga Femi-nina 2011/2012 (Brasil). Aplicou-se a regressão logística multinomial, com o intuito de medir o grau de associação entre o efeito da receção, tipo de levantamento, tempo de ataque, tipo de ataque, tipo de oposição e efeito do ataque com o resultado final do set (vitória ou derrota). Os resultados demostram que as chances de derrota no set são aumentadas com os erros de receção, com as receções moderadas, com os erros de ataque e com os ataques que promovem a continuidade do jogo. O estudo indica a relevância da receção para a obtenção da vitória, em conjunto com a eficácia ofensiva, por meio da limi-tação do contra-ataque oponente ou pela própria aquisição do ponto. Palavras-chave: voleibol feminino, análise de jogo, desempenho no set ABSTRACT The study aimed to identify in a situation of side-out possible predictors of winning/losing in volleyball. Eighteen games were analyzed, three of each team participating in the Women Super league 2011/2012 (Brazil). The multinomial logistic regression was calculates to measure the level of association between Reception Effect, Setting's Type, Attack Time, Attacking Conditions, Opposition Type and Attack Effect and the Outcome Set (win or lose).The results showed that the probability off a loss was increased with receiving errors, moderate receiving, attacking errors and with attacks that promote the game's continuity. This study suggests that both offensive effectiveness, characterized by limiting the opponent's counterattack or even winning the point, and reception are important to obtain the victory .
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This study assessed the effect of the jump set on the side-out phase in women's college volleyball. Sixteen setters from NCAA Division I women´s college volleyball in the United States were analyzed in forty-eight games (2435 rallies). The variables studied were: game phase, setter position on the court, set type, reception efficacy, number of players in the block, opponent's collective block, attack efficacy, phase efficacy, and game result. Descriptive and inferential analyses (Chi-Square Test and likelihood ratio) were carried out to analyze the differences according to the type of set used and the game result (win or loss). The jump set was used more by winning teams, and they were more efficient using it. When teams used the jump set, a higher side-out success and more attack points were found. The jump set was used by setters of winning teams as a way to balance teams´ offense when they were in the front row. The use of the jump set involved a higher proportion of attacks against one blocker and against an open collective block. In conclusion, the jump set was used by setters caused the best performance of winning teams.
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The purpose of this study was to analyse the influence of the quality of reception, attack tempo, and block type on attack efficacy and attack type in high-level women’s volleyball. Eighteen matches from the Brazilian Women’s Superleague 2011/2012 were analysed (n=2,348 attack actions). Multinomial logistic regression was applied to construct models predicting the influence of explanatory variables on the attack efficacy and attack type. The results showed that attack errors were associated to double block (OR=1.48), while attacks resulting in action continuity were associated with double block (OR=1.40) and triple block (OR=1.97). Receptions affording all attack options (OR=0.54) and powerful attacks (OR=0.34) reduced game continuity. In conclusion, attack tempo was negatively correlated with the quality of settings, suggesting that slower attack tempos afford the attacker more time to prepare and to create momentum for performing the action.
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The periodization used in volleyball is usually coming from individual sports and the coach has difficult to elaborate a periodization for this modality. The aim of the review was to update the contents of the Specific Periodization for the Volleyball (SPV). The training load of the SPV is the duration of the match (is the time of the training) added to the physical training (velocity, heart rate and others) and/or to the training with ball (technical training, situational training and game). The training load of the training with ball has the following contents: subjective intensity of the skill, probability of injury of the skill, quantity of skills and subjective intensity of the type of practice of the motor learning. The load training in macrocycle is the sum of the time of training with the physical training and/or the training with ball. The microcycle of the SPV are composed by the strong, the medium, the low, the stabilizer, the competitive and the test microcycle. This periodization has the mesocycle to organize the macrocycle. The periods of the SPV are the training period, the competitive period and the recuperative period. The activities of the training with ball (technical training, situational training and game) require accompaniment of the match analysis and of tests of the motor learning. The physical training of the SPV strength training, metabolic training and flexibility training, the physiological adaptations of these sessions should be accompanied by tests. In conclusion, the SPV deserves studies to verify its efficacy.
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This study aimed to analyze the discrimination skills according to the setter position in the defence zone (Zones 1, 6 , and 5) in forty nine matches (n = 49) played during the semi-finals of men's senior volleyball competitions during the biennium 2010–2012 (World Championship; European League; World Cup; European Championship; World League; Olympic Games). For data analysis using Data Volley Software, the discriminating function identified the discriminating variables with the canonical structuring coefficient |SC| ≥ 0.30. Results revealed that the reception error, counter attack point, set error, and attack point were discriminating variables that can identify the final outcome (i.e., win or loss) of the match when the setter was in the defence zone. In effect, this study helps to explain why volleyball teams win; success with the match skills of attack point and counter attack point often predict a winning outcome. As such, the study provides substantial contributions for volleyball training and competition.
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This study aimed to analyze the discrimination skills according to the setter position in the defence zone (Zones 1, 6 , and 5) in forty nine matches (n = 49) played during the semi-finals of men's senior volleyball competitions during the biennium 2010–2012 (World Championship; European League; World Cup; European Championship; World League; Olympic Games). For data analysis using Data Volley Software, the discriminating function identified the discriminating variables with the canonical structuring coefficient |SC| ≥ 0.30. Results revealed that the reception error, counter attack point, set error, and attack point were discriminating variables that can identify the final outcome (i.e., win or loss) of the match when the setter was in the defence zone. In effect, this study helps to explain why volleyball teams win; success with the match skills of attack point and counter attack point often predict a winning outcome. As such, the study provides substantial contributions for volleyball training and competition.
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Traditionally, an athlete´s physical training has been developed independently of the playing style or manner in which the team performs from a motor point of view. In the present study, the need to structure training of physical qualities simultaneously and in synch with the technical and tactical training is justified, depending on the specific needs of our players and in relation to the playing style. These needs are obtained through systematic observation of spatial, temporal, and motor skills variables that affect performance of the players in the team style. The aim is to consider the observation of athletic performance as the backbone of the training process. This process is properly adjusted to phases of the sport planning process where all members of the coaching staff should participate. At the end of article, we provide a brief example of how to establish the loads to be used and the design of the exercises from data obtained from the use of Match Analysis.
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Research in performance analysis in volleyball arose systematically in the literature in the 1990s. This chapter present the different conceptual perspectives used to study indoor volleyball and beach volleyball performance from notational analysis, while taking into account technical and tactical indicators. In this field, chronological analyses have evolved from studies applying descriptive designs to ones with an emphasis on correlation analysis. Recent research in the field of notational analysis tends to follow Thelen’s (2005) recommendations, and instead of establishing simple cause-and-effect relationships, it embraces the possibility of profuse non-linear interactions. This supports the need for an ecological approach, considering the match as a complex dynamical system. Studies in indoor volleyball have been progressing in this direction and assessing the sequence of events and their timeline as well as the context of their use. However, beach volleyball is still in the initial stages that indoor volleyball has already gone through. Likewise, studies are becoming more sophisticated in order to contribute to performance modelling, attending to the dynamics and complexity of the game. Moreover, a synthetic description of the characteristics, advantages, and limitations of some available systems that have been specifically designed for performance analysis in indoor volleyball and beach volleyball will be presented as well as trends for future research in this field.