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Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.9. n.56. p.730-751. Nov./Dez. 2015. ISSN 1981-9900.
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ESTUDOS DOS FUNDAMENTOS DE JOVENS JOGADORAS DO VOLEIBOL FEMININO
Danilo Arruda1
Nelson Kautzner Marques Junior2
RESUMO
A análise do jogo de voleibol atualmente é
muito pesquisada na literatura. Porém, a
maioria dos estudos se concentra no voleibol
de alto nível. Isso pode comprometer o
trabalho do técnico de voleibol da iniciação do
Brasil e de outros países do mundo.
Atualmente nenhum livro ou artigo de revisão
ou de revisão sistemática proporciona
informações sobre análise do jogo de voleibol
da iniciação do sexo feminino. O objetivo do
artigo de revisão foi de apresentar os estudos
de análise do jogo dos fundamentos de jovens
jogadoras do voleibol feminino. A revisão foi
dividida em quatro partes e explicou sobre
cada fundamento. Em conclusão, o estudo do
fundamento do voleibol auxilia orientar e
prescrever o treino.
Palavras-chave: Esportes. Habilidades
Motoras. Prescrição.
1-Bacharelado em Educação Física pela
PUCPR, Brasil; Técnico de Voleibol Feminino
da Equipe Santa Mônica Clube de Campo,
Curitiba, Paraná, Brasil
2-Mestre em Ciência da Motricidade Humana
pela Universidade Castelo Branco, RJ, Brasil.
ABSTRACT
Studies of the skills of young female volleyball
players
The match analysis in volleyball actually is
extensively researched in the literature.
However, most studies are about the high level
volleyball. This can compromise the job of the
volleyball coach of young volleyball of the
Brazil and of others countries. Actually there is
no information in the book, review article and
of systematic review about match analysis of
young female volleyball players. The objective
of the review article was to present the studies
of match analysis of the skills of young female
volleyball players. The review was divided into
four parts and explained about each skill. In
conclusion, a study of the volleyball skill
assists guide and prescribe the training.
Key Words: Sports. Motor Skills. Prescription.
E-mails dos autores:
daniloarruda13@hotmail.com
kautznerjunior@gmail.com
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INTRODUÇÃO
A análise do jogo de voleibol
atualmente é muito pesquisada na literatura
(Costa e colaboradores, 2014; Palao e López-
Martínez, 2012; Vélez, González e Ibáñez,
2013; Ugrinowitsch e colaboradores, 2014).
Porém, a maioria dos estudos se
concentra no voleibol de alto nível (Campos e
colaboradores, 2014, 2015; Costa e
colaboradores, 2013; 2014b; Kumar, 2014;
Marques Junior, 2014). Enquanto que o
voleibol de competição da iniciação é muito
pouco investigado (García-Alcaraz, Palao e
Ortega, 2014; Ureña e colaboradores;
Zadraznik, Marelic e Resetar, 2009).
Isso pode comprometer o trabalho do
técnico de voleibol da iniciação do Brasil e de
outros países do mundo.
Logo, o técnico de voleibol da
iniciação precisa trabalhar baseado na sua
percepção e experiência referente ao treino
que merece ministrar na sua categoria e como
deve orientar seus atletas durante os jogos e
nas sessões.
Afinal, as pesquisas de análise do jogo
de voleibol são na sua maioria do voleibol de
alto nível (Marcelino e colaboradores, 2009,
2010; Peeri, Sharif e Matinhomaee, 2013).
Atualmente nenhum livro (Arruda e
Hespanhol, 2008, 2008b; Mesquita e
colaboradores, 2013) ou artigo de revisão
(Marques Junior, 2013) ou de revisão
sistemática (Medeiros e colaboradores, 2014)
proporciona informações sobre análise do jogo
de voleibol da iniciação do sexo feminino.
Quantos ataques efetua uma jogadora
de ponta da iniciação? É mais eficaz as
jogadoras sacarem forte ou flutuante? Qual
levantamento ocasiona mais sucesso do
ataque no voleibol feminino da iniciação, no
solo ou em suspensão?
A literatura do voleibol não possui
essas informações (Castro e colaboradores,
2014; Costa e colaboradores, 2010; Marques
Junior, 2001), então, o objetivo do artigo de
revisão foi de apresentar os estudos de
análise do jogo dos fundamentos de jovens
jogadoras do voleibol feminino.
Análise do jogo de voleibol: estudo dos
fundamentos
O jogo de voleibol torna-se mais
previsível do que os demais esportes coletivos
com bola porque é sem invasão da quadra e
não existe tempo de partida (Mesquita, 1996).
Apesar disso, a análise do jogo de
voleibol é uma tarefa imprescindível para
nortear o trabalho do técnico durante a partida
e após o jogo com o intuito de estabelecer os
erros e acertos da sua equipe e do adversário,
com a meta de melhorar as falhas e
aperfeiçoar as qualidades para jogar cada vez
melhor (American Volleyball Coaches
Association, 1997; González, 2014).
Para isso ocorrer, uma adequada
análise do jogo de voleibol, durante e após a
partida, é necessária uma tecnologia
sofisticada ou utilizar um scout notacional com
lápis e papel, para o treinador orientar melhor
seus atletas no jogo e ocasionar uma
adequada estruturação e prescrição do treino
com bola baseada nas informações oriundas
da partida (González e colaboradores, 2013;
Moutinho, 1991).
Qual panorama atual dos estudos da
análise do jogo de voleibol da iniciação do
sexo feminino?
Ao longo dessa revisão, o leitor vai ter
essas informações sobre os fundamentos do
voleibol feminino da iniciação durante o jogo,
sendo uma revisão relevante para os
envolvidos com esse esporte.
Estudos sobre saque
A investigação de Castro e
colaboradores (2013) teve o objetivo de
determinar a eficácia do saque do voleibol
feminino da categoria mirim (até 12 anos),
infantil (até 14 anos, sub 15) e infanto (até 16
anos) durante o campeonato mineiro.
Os jogos das respectivas categorias
foram filmados (mirim 3 jogos, infantil 3 jogos e
infanto 5 jogos) e posteriormente foram
analisados com o scout de Haiachi e
colaboradores (2008).
Os resultados demonstraram que as
três categorias possuem baixa eficácia no
saque, a figura 1 apresenta os resultados.
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Figura 1 - Eficácia do saque do voleibol feminino da iniciação do estado de Minas Gerais.
Em conclusão, as categorias do
voleibol feminino tiveram baixa eficácia no
saque, merecendo mais atenção nesse
fundamento.
Em outro estudo similar sobre o
saque, Arias colaboradores (2011)
investigaram o desempenho do tipo de saque
das equipes femininas da iniciação do
campeonato espanhol de 2005.
Os jogos foram filmados e
posteriormente o tipo de saque (saque tipo
tênis flutuante, saque tipo tênis forte, saque
em suspensão flutuante e saque em
suspensão forte) foi classificado conforme a
qualidade da sua execução.
Porém, Arias e colaboradores (2011)
não apresentaram em um único valor o
desempenho do saque das jogadoras da
iniciação. Então, os autores desse trabalho
simplificaram os resultados desse artigo,
calcularam o coeficiente de performance (CP)
do saque pela equação proposta por Coleman
(2005), sendo o seguinte:
CP do Saque = [(4 x ponto) + (2 x continuidade) +
(0 x erro)] : total de ações (ponto, continuidade e
erro) = ?
A figura 2 apresenta o coeficiente de
performance conforme o tipo de saque.
Figura 2 - Coeficiente de performance conforme o tipo de saque do voleibol feminino da iniciação da
Espanha.
3,23% 4,45%
16,10%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
18,00%
mirim infanto infantil
Eficácia do Saque
1,96
2,08
2,13 2,14
1,85
1,9
1,95
2
2,05
2,1
2,15
2,2
Saque Tipo
Tênis Forte Saque em
Suspensão Forte Saque Tipo
Tênis Flutuante Saque em
Suspensão
Flutuante
Coeficiente de Peformance do Saque
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Em conclusão, as atletas da iniciação
da Espanha merecem melhorar o saque, os
resultados mais expressivos foram do saque
flutuante (tipo tênis e em suspensão), tipo de
serviço que possui menos chance de erro e
costuma ocasionar menos ponto, caso esses
jogadores atinjam ao voleibol adulto de alto
rendimento.
O mesmo grupo de pesquisa da
Espanha do estudo anterior efetuou similar
pesquisa no campeonato de seleções
femininas da Espanha na categoria cadetes no
ano de 2005 (Arias e colaboradores, 2011b).
Os jogos foram filmados e
posteriormente conforme a posição da atleta
(levantador, central, ponta e oposta) foi
classificada a qualidade da execução do
serviço.
Porém, Arias e colaboradores (2011b)
não apresentaram em um único valor o
desempenho do saque das jogadoras da
iniciação das seleções dos estados da
Espanha conforme a posição.
Então, os autores desse trabalho
simplificaram os resultados desse artigo,
calcularam o percentual de eficiência com a
fórmula de Baacke e Matsudaire (1983), sendo
o seguinte:
Percentual de Eficiência = (pontos . 100) : total de
fundamentos = ?%
A figura 3 apresenta os resultados do
percentual de eficiência do saque conforme a
posição da jogadora.
Figura 3 - Eficiência do saque conforme a posição do voleibol feminino das seleções da iniciação da
Espanha.
Nas duas posições que as jogadoras
costumam ter maior estatura (Arruda e
Hespanhol, 2008; Marques Junior, 2010),
central e oposta, o percentual de eficiência do
saque foi superior. Talvez esse ocorrido esteja
relacionado ao que Luhtanen (1988)
evidenciou, a maior envergadura da
voleibolista tende proporcionar um melhor
saque. García-Tormo e colaboradores (2006)
verificaram o desempenho do tipo de saque de
8 equipes femininas da iniciação do
campeonato espanhol de 2003 da categoria
juvenil e cadete com idade entre 14 e 18 anos.
Os jogos foram filmados e
posteriormente o tipo de saque (saque tipo
tênis flutuante, saque tipo tênis forte, saque
em suspensão flutuante e saque em
suspensão forte) foi classificado conforme a
qualidade da sua execução.
Porém, García-Tormo e colaboradores
(2006) não apresentaram em um único valor o
desempenho do saque das jogadoras da
iniciação.
Então, os autores desse trabalho
simplificaram os resultados desse artigo,
calcularam o coeficiente de performance do
saque pela equação proposta por Coleman
(2005) - ver anteriormente.
A figura 4 apresenta os resultados do
coeficiente de performance do saque conforme
o tipo de serviço.
45% 46,76%
57,17% 61,81%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Levantadora Ponta Central Oposta
Eficiência do Saque
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Figura 4 - Coeficiente de performance conforme o tipo de saque do voleibol feminino da iniciação da
Espanha.
Figura 5 - Locais onde as jogadoras praticam saque.
Os resultados desse estudo foram
similares ao estudo anterior de Arias e
colaboradores (2011), os melhores resultados
foram do saque flutuante (tipo tênis e em
suspensão), tipo de serviço que possui menos
chance de erro.
García-Tormo e colaboradores (2011)
ainda identificaram as zonas da quadra onde
as jogadoras mais efetuam saque e que fazem
menos. A figura 5 apresenta esses valores.
A explicação porque a zona 6 (fica no
meio da quadra) e 1 (local onde o levantador
faz infiltração) ocorreram mais saques o
estudo não informou. E também, não foi
entendido porque a zona 5 as jogadoras
praticaram menos saque.
O último estudo encontrado sobre
saque, Inkinen, Häyrinen e Linnamo (2013)
verificaram a quantidade de saques por set do
campeonato europeu junior de 2010. Os jogos
foram filmados e analisados durante a partida
com auxílio do software Data Volley 3.4.2. Os
resultados foram os seguintes em 1 set e
também os autores baseados nesses dados,
ofereceram valores de saques em 5 sets, ou
seja, multiplicando por 5.
1,91
1,96
1,98
1,86
1,88
1,9
1,92
1,94
1,96
1,98
2
Saque em
Suspensão Forte Saque em
Suspensão
Flutuante
Saque Tipo Tênis
Flutuante
Coeficiente de Peformance do Saque
18,90%
40,20% 40,90%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
Zona 5 Zona 6 Zona 1
Saque Efetuado na Zona da Quadra
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Figura 6 - Quantidade de saque em um set e em cinco sets.
Esses dados são importantes para o
técnico utilizar como volume no treino técnico
e no treino situacional, caso queira trabalhar
esse volume em três sets, basta multiplicar por
três e efetuar esse procedimento conforme a
necessidade da sessão (Marques Junior,
2014b; Stanganelli e colaboradores, 2006).
Os cinco estudos sobre o saque do
voleibol feminino da iniciação são de diversas
categorias e faixas etárias, mas foi possível
observar que o saque flutuante (tipo tênis e em
suspensão) obteve melhor desempenho em
dois estudos por causa do maior coeficiente de
performance (Arias e colaboradores, 2011;
García-Tormo e colaboradores, 2006) e
parece que a maior envergadura conforme as
posições das atletas com maior estatura
(central e oposta), foi um dos responsáveis
pelo maior incremento do saque.
Em relação as zonas da quadra, a
zona 6 e 1 é onde as jovens jogadoras
praticaram mais saque (García-Tormo e
colaboradores, 2006), talvez isso ocorra na
zona 6 porque é no meio da quadra, isso gera
menos chance de erro no serviço e torna mais
fácil a atleta se deslocar para qualquer região
defensiva.
Outra hipótese, sobre a zona 1, é a
região da quadra convencional para o saque,
porém pode ter relação com a área de defesa
de cada jogadora, se o atleta irá defender na 6
ou na 1 provavelmente sacará da 1 ou na 6,
pode ter relação também com fato da maioria
dos jogadores serem destros, implicando que
a capacidade de gerar força para o lado
esquerdo é mais “forte”, como por exemplo
atacar na paralela na saída de rede é mais
difícil do que na entrada para os destros
(Bizzocchi, 2008; Bojikian e Bojikian, 2008).
Estudos sobre o passe e a defesa
Arias e colaboradores (2011b)
verificaram as recepções efetuadas pelos
estados que disputaram o campeonato de
seleções femininas da Espanha da categoria
cadetes no ano de 2005. Os jogos foram
filmados e posteriormente conforme a posição
da atleta (levantador, central, ponta e oposto)
foi estabelecida um percentual de recepções
efetuadas no jogo.
Porém, Arias e colaboradores (2011b)
não apresentaram o percentual de eficiência
da recepção das jogadoras, então os autores
desse trabalho calcularam o percentual de
eficiência com a fórmula de Baacke e
Matsudaire (1983), mesma utilizada
anteriormente – ver nos estudos sobre saque.
A figura 7 apresenta os resultados do
percentual de eficiência da recepção conforme
a posição da jogadora.
Os resultados da recepção do estudo
de Arias e colaboradores (2011b) foram
contrários ao da literatura (Kumar, 2014;
Marques Junior, 2014), o líbero obteve pior
passe e posições que os atletas não
costumam passar tão bem, como a central e a
Levantadora Central Ponta Oposta
1 set de jogo 3,8 3,55 4,2 3,2
5 sets 19 17,75 21 16
0
5
10
15
20
25 Quantidade de Saque
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oposta, conseguiram o melhor percentual de
eficiência.
A explicação para isso a metodologia
da pesquisa de Arias e colaboradores (2011b)
não informou, mas pode ser que a central e a
oposta efetuaram passes mais fáceis do que a
ponteira e a líbero.
Costa e colaboradores (2010c)
investigaram o efeito da recepção no ataque e
o efeito da defesa no contra-ataque durante o
Campeonato Mundial Juvenil (17 a 19 anos)
Feminino de 2007. Foram filmados 8 jogos que
posteriormente foram analisados. A tabela 1
apresenta esses resultados.
Figura 7 - Eficiência da recepção conforme a posição do voleibol feminino das seleções da iniciação
da Espanha.
Tabela 1 - Efeito da recepção no ataque e o efeito da defesa no contra-ataque.
Recepção
Ponto de Ataque
Continuidade após o Ataque
Erro de Ataque
Ruim
31,6%
57,97%
10,5%
Boa
46,7%
40,9%
12,4%
Defesa
Ponto de Contra-
Ataque
Continuidade após o Contra-
Ataque
Erro de Contra-
Ataque
Ruim
27,2%
60,5%
12,3%
Boa
46,4%
38%
15,6%
O leitor observou na tabela 1 que a
recepção boa ocasionou muito mais ponto de
ataque e menos continuidade de uma jogada
após o ataque, ou seja, ocasionou menos
chance de defesa. Esses resultados foram
similares aos achados sobre o efeito da defesa
boa no contra-ataque.
Embora o número de erros de ataque
e de contra-ataque foi muito próximo entre a
recepção boa e ruim ou entre a defesa boa e
ruim. Então, pode-se concluir que a recepção
e a defesa são fundamentos determinantes
para proporcionar adequada finalização da
jogada.
O último estudo encontrado sobre
passe e sobre defesa, Inkinen, Häyrinen e
Linnamo (2013) verificaram a quantidade
desses dois fundamentos por set do
campeonato europeu junior de 2010. Os jogos
foram filmados e analisados durante a partida
com auxílio do software Data Volley 3.4.2. Os
resultados foram os seguintes em 1 set e
também os autores baseados nesses dados,
ofereceram valores desses fundamentos em 5
sets, ou seja, multiplicando por 5.
Repetindo o que foi escrito
anteriormente na seção sobre saque, esses
dados são importantes para o técnico utilizar
como volume no treino técnico e no treino
situacional.
Apesar dos poucos estudos achados,
pode-se concluir que o passe e a defesa
quando bem realizados são fundamentos
essenciais para uma adequada atividade
ofensiva no voleibol feminino da iniciação.
35,62% 35,71%
53,12% 59,77%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
Líbero Levantadora Ponta Outras Atacantes
(central e oposta)
Eficiência do Passe
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Figura 8 - Quantidade de passe e de defesa em um set e em cinco sets.
Estudos sobre o levantamento
Inkinen, Häyrinen e Linnamo (2013)
verificaram a quantidade de levantamentos por
set do campeonato europeu junior de 2010. Os
jogos foram filmados e analisados durante a
partida com auxílio do software Data Volley
3.4.2. Os resultados foram os seguintes em 1
set e também os autores baseados nesses
dados, ofereceram valores de levantamentos
em 5 sets, ou seja, multiplicando por 5.
Esses dados são importantes para
prescrever o volume de treino porque a
literatura só fornece dados sobre o voleibol
adulto de alto rendimento (Iglesias, 1994;
Marques Junior, 2014c).
Cezarano e Rocha (2006) filmaram 11
jogos do campeonato paulista infanto juvenil
(idade até 17 anos) de 2004. Após essa tarefa
os jogos foram analisados com scout para
saber os locais da quadra que os levantadores
direcionam a distribuição das bolas para os
atacantes. A figura 10 apresenta os
resultados.
Figura 9 - Quantidade de levantamento em um set e em cinco sets.
1 set (passe) 5 sets (passe) 1 set (defesa) 5 sets (defesa)
Levantadora 0,1 0,5 2,8 14
Central 0,1 0,5 1,25 6,25
Ponta 6,6 33 315
Oposta 0,5 2,5 2,3 11,5
Líbero 6,2 31 630
0
5
10
15
20
25
30
35
Quantidade de Passe e de Defesa
Levantadora Central Ponta Oposta Líbero
1 set de jogo 24,3 0,9 0,8 0,4 1,1
5 sets 121,5 4,5 4 2 5,5
0
20
40
60
80
100
120
140
Quantidade de Levantamento
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Total em preto / Percentual em cinza
Figura 10 - Locais da quadra para onde são feitos os levantamentos.
Total em preto / Percentual em cinza
Figura 11 - Locais da quadra para onde são feitos os levantamentos.
Os dados foram bem parecidos com o
voleibol adulto de alto rendimento (Marques
Junior, 2013), a maior incidência de
levantadas na rede, com maior percentual
para a zona 4. Na zona dos 3 metros, a zona 1
teve maior quantidade de levantamentos,
também idêntico ao voleibol adulto de alto
rendimento.
Gouvêa e Lopes (2007) efetuaram
estudo similar ao anterior na categoria infanto
juvenil (16 e 17 anos). Foram filmados 16
jogos que posteriormente foram analisados por
scout. Os pesquisadores estabeleceram as
zonas da quadra que receberam mais e
menos levantamento, sendo apresentada na
figura 11.
Os resultados do estudo de Gouvêa e
Lopes (2007) foram idênticos ao da pesquisa
anterior de Cezarano e Rocha (2006).
Palao e Jiménez (2008) filmaram os
jogos de duas levantadoras juvenis
classificadas em 1º e 2º lugar no campeonato
espanhol de 2001/2002 e posteriormente
analisaram com scout. Os resultados
apresentaram um total de levantamentos em
duas situações da partida, sendo apresentado
na tabela 2.
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Tabela 2 - Quantidade dos tipos de levantamento conforme a situação da partida.
Tipo de Levantamento
Levantamento após o
saque do adversário
Levantamento após a defesa
que ocasionou o contra-ataque
no solo
81
117
em suspensão (com salto)
36
88
Os mesmos autores (2008)
mensuraram a relação entre o tipo de
levantamento (no solo e em suspensão) e a
eficácia do ataque.
Os resultados detectaram maior
eficácia do ataque quando o levantamento é
em suspensão (Eficácia do ataque de 2,53)
quando comparado ao ataque após o
levantamento no solo (Eficácia do ataque de
2,10).
Continuando a apresentar os
resultados do estudo de Palao e Jiménez
(2008), esses autores verificaram a relação
entre o tipo de levantamento (no solo e em
suspensão) e o número de bloqueadores. É
possível verificar na figura 12 que o
levantamento em suspensão proporciona
menos bloqueio simples e duplo. Esse é um
dos motivos que esse levantamento aumenta
a eficácia do ataque.
Figura 12 - Relação entre levantamento e número de jogadores no bloqueio.
Figura 13 - Relação entre levantamento e tipo de ataque.
Bloqueio Simples Bloqueio Duplo Bloqueio Triplo
no solo 16% 54% 2%
em suspensão 9% 19% 0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Percentual da Quantidade de Atletas no Bloqueio
Bola Rápida Meia Bola Bola Alta
no solo 4% 1% 60%
em suspensão 16% 6% 13%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Percentual da Quantidade de Ataque
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Palao e Jiménez (2008) ainda
detectaram a relação entre o tipo de
levantamento (no solo e em suspensão) e o
tipo de ataque efetuado (bola rápida, meia
bola e bola alta). É sabido que levantar em
suspensão gera maior velocidade da jogada
(Bizzocchi, 2008; Ramos e colaboradores,
2004), então o leitor pode observar na figura
13 que a levantadora preferiu utilizar o
levantamento com salto quando era bola
rápida. Enquanto que levantar no solo
ocasiona uma jogada mais lenta, as
levantadoras usaram mais essa técnica nas
bolas altas, quando a velocidade da jogada é
menor. A última análise de Palao e Jiménez
(2008) foi verificar a relação entre o tipo de
levantamento (no solo e em suspensão) e o
resultado da partida, não sendo verificada
diferença significativa (p>0,05). A figura 14
apresenta esse resultado em percentual.
Figura 14 - Relação entre levantamento e resultado da partida.
Figura 15 - Efeito do local do levantamento no ataque do voleibol feminino da iniciação dos Estados
Unidos.
Vencer Perder
no solo 38% 34%
em suspensão 18% 10%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Percentual do Resultado da Partida
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Figura 16 - Efeito do levantamento na rede conforme o tipo de ataque do voleibol feminino da
iniciação dos Estados Unidos.
Figura 17 - Efeito do levantamento no fundo da quadra conforme o tipo de ataque do voleibol
feminino da iniciação dos Estados Unidos.
Em conclusão, para a levantadora
utilizar mais levantamento em suspensão
necessita de um bom passe para efetuar
jogadas de velocidade que tornam o ataque
mais eficaz. O uso de levantamento em
suspensão não proporcionou maior
desempenho na partida, a vitória.
Palao e Ahrabi-Fard (2011) estudaram
o desempenho de jovens jogadoras do
campeonato norte-americano da 1ª divisão.
Foram filmados 48 sets e depois foram
analisados por scout. Esses autores
compararam o local que a levantadora praticou
o levantamento e seu efeito no ataque. Os
resultados evidenciaram que as levantadoras
vencedoras do set durante a sua distribuição
proporcionaram mais ponto de ataque quando
efetuaram levantamento na rede (zona 2, 3 e
4) e no fundo da quadra (zona 1, 5 e 6)
quando comparada com as levantadoras
perdedoras do set (p≤0,001). A figura 15
apresenta esses resultados.
Os mesmos autores (2011) verificaram
o efeito do local do levantamento conforme o
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ponto do tipo de ataque (bola rápida, meia
bola e bola alta). As levantadoras vencedoras
no set proporcionaram mais ataque de bola
rápida do que as levantadoras perdedoras,
isso aconteceu na rede (p≤0,02) e no fundo da
quadra (p≤0,001). A figura 16 e 17 mostra
esse e outros resultados.
O último resultado desse estudo de
Palao e Ahrabi-Fard (2011) identificou o efeito
do local do levantamento com o tipo de
execução da distribuição (no solo e em
suspensão) na realização do ponto de ataque.
Nessa pesquisa as levantadoras
vencedoras no set praticaram mais
levantamento em suspensão na rede
(p≤0,013) e no fundo da quadra (p≤0,012) com
mais pontos de ataque do que as levantadoras
perdedoras. A figura 18 e 19 apresenta os
resultados.
Figura 18 - Efeito do local do levantamento em suspensão no ataque do voleibol feminino da
iniciação dos Estados Unidos.
Figura 19 - Efeito do local do levantamento no solo no ataque do voleibol feminino da iniciação dos
Estados Unidos.
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Em conclusão, o conhecimento sobre
as jovens levantadoras permite ao técnico
trabalhar para elas atingirem o voleibol adulto
de alto rendimento, sendo evidenciado que o
levantamento em suspensão e com bola
rápida é vantajoso na execução do ponto de
ataque. Esses resultados foram similares ao
do voleibol adulto de alto rendimento (Marques
Junior, 2013).
Em outro estudo sobre o levantamento
do voleibol feminino da iniciação, Palao e
Ahrabi-Fard (2014) filmaram 16 jogadoras
(19,8 ± 1,2 anos, 1,77 ± 0,02 metros de
estatura) durante 48 jogos do campeonato
norte-americano da 1ª divisão de 2008,
posteriormente os jogos foram analisados por
scout. Esses autores evidenciaram que o
levantamento em suspensão proporciona
maior eficácia no ataque e as equipes
vencedoras utilizam mais esse levantamento,
porém, é necessário que o passe seja bom
para a levantadora praticar mais essa técnica.
Após a leitura dos seis artigos, embora
algumas investigações não tenham
apresentada a faixa etária - total de 3 estudos,
a idade das levantadoras ficou entre 16 a 19
anos, com resultados similares ao do voleibol
adulto de alto rendimento (Marques Junior,
2013). Sendo encontrado maior incidência do
levantamento na rede, com maior distribuição
para zona 4 (entrada da rede) e 2 (saída da
rede) (Cezarano e Rocha, 2006; Gouvêa e
Lopes, 2007).
Enquanto que no fundo da quadra o
levantamento ocorreu mais para a zona 1
(local onde a oposta costuma atacar do fundo
da quadra) e 6 (meio da quadra). A zona 5 que
fica no fundo da quadra, foi onde aconteceu
menos levantamento, merecendo ser mais
utilizada com o intuito de surpreender o
adversário no ataque dos 3 metros.
Também foi identificado que o
levantamento em suspensão com distribuição
de bolas de velocidade proporciona melhor
ataque da equipe feminina da iniciação e as
equipes vencedoras utilizam mais essa técnica
(Palao e Ahrabi-Fard, 2011, 2014).
Outro benefício do levantamento em
suspensão é que essa técnica diminui a
quantidade de bloqueio simples e duplo, sendo
esse um dos fatores do aumento da eficácia
do ataque (Palao e Jiménez, 2008)
Estudos sobre o ataque e o bloqueio
Inkinen, Häyrinen e Linnamo (2013)
identificaram a quantidade de ataques e de
bloqueios por set do campeonato europeu
junior de 2010.
Os jogos foram filmados e analisados
durante a partida com auxílio do software Data
Volley 3.4.2. Os resultados foram os seguintes
em 1 set e também os autores baseados
nesses dados, ofereceram valores de ataques
e de bloqueios em 5 sets, ou seja,
multiplicando por 5.
Figura 20 - Quantidade de ataque e de bloqueio em um set e em cinco sets.
1 set (ataque) 5 sets 1 set (bloqueio) 5 sets
Levantadora 1 5 7,5 37,5
Central 2,25 11,25 13,25 66,25
Ponta 7,2 36 5,9 29,5
Oposta 9,7 48,5 8,1 40,5
0
10
20
30
40
50
60
70
Quantidade de Ataque e de Bloqueio
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Ataque em preto / Contra-Ataque em cinza
Figura 21 - Percentual de ataque e contra-ataque conforme a zona da quadra.
Ainda Inkinen, Häyrinen e Linnamo
(2013) verificaram as zonas da quadra onde
aconteceram mais e menos ataque e contra-
ataque, sendo exposto o resultado na figura
21. Outro estudo sobre quantidade de
fundamentos, mas apresentado os resultados
em percentual foi a investigação de Costa e
colaboradores (2012). Os autores filmaram
oito jogos do Campeonato Mundial de Jovens
de 2007 e posteriormente analisaram o tipo de
ataque conforme os procedimentos de Costa e
colaboradores (2011). Os resultados foram os
seguintes:
Figura 22 - Percentual do tipo de ataque praticado em oito jogos do Campeonato Mundial de Jovens
de 2007.
O terceiro estudo sobre quantidade de
fundamentos foi conduzido por Dávila-Romero,
García-Hermoso e Saavedra (2012). Esses
pesquisadores filmaram 139 jogos da
categoria infantil (12 a 14 anos) e 155 jogos da
categoria cadete (14 a 16 anos) do
campeonato espanhol. Posteriormente esses
jogos foram analisados com o software
Volleyball Information System ou pelo Data
Volley System. A média e o desvio padrão do
ataque e do bloqueio da equipe vencedora e
perdedora é exposta na figura 23.
16,4%
35,2%
48,3%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
Bola Rápida Meia Bola Bola Alta
Quantidade de Tipo de Ataque
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Legenda: Infantil - *p≤0,001, Xp≤0,02 e +p≤0,001.
Cadete - *p≤0,001, Xp≤0,001 e +p≤0,001
Figura 23 - Média e desvio padrão dos fundamentos positivos e negativos das jogadoras da iniciação
da Espanha.
Total em preto / Percentual em cinza
Figura 24 - Locais da quadra onde são feitos os ataques (n = 16 jogos).
Após o leitor observar a figura 23, é
possível identificar que ocorreu diferença
significativa (p≤0,05) em todas as
comparações da categoria infantil e cadete,
sendo evidenciada superioridade das equipes
vencedoras em relação às perdedoras.
Gouvêa e Lopes (2008) efetuaram um
estudo na categoria infanto juvenil (16 e 17
anos). Foram filmados 16 jogos que
posteriormente foram analisados por scout. Os
pesquisadores estabeleceram as zonas da
quadra que foram desferidos mais e menos
ataque, sendo apresentada na figura 24.
A maior incidência de ataques
aconteceu nas pontas, zona 2 e 4, sendo que
na zona 4 o número de ataque foi muito maior.
No fundo da quadra, a zona 1 e 6 foram onde
ocorreram mais ataques. Enquanto que a zona
5, foi onde quase não foi efetuado cortada,
merecendo o uso dessa região no ataque dos
3 metros como fator “surpresa” durante os
jogos. O número de ataques da jogadora da
ponta foi muito maior do que os demais,
seguido da oposta e por último a central
(Gouvêa e Lopes, 2008). A figura 25 apresenta
esses valores.
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Figura 25 - Quantidade de ataque por posição (n = 16 jogos).
Figura 26 - Coeficiente de performance conforme o tipo de ataque das jogadoras do Campeonato
Mundial Juvenil de 2007.
O quinto artigo foi sobre ataque, Costa
e colaboradores (2010b) filmaram 8 partidas
do Campeonato Mundial Juvenil (17 a 19
anos) Feminino de 2007.
Os resultados do ataque foram
apresentados através de vários valores, para
simplificar os resultados os autores desse
trabalho aplicaram o coeficiente de
performance de Coleman (2005) – ver em
saque essa equação.
A figura 26 apresenta os resultados do
coeficiente de performance do tipo de ataque.
Costa e colaboradores (2010b) ainda
forneceram vários resultados conforme a
execução da cortada, simplificando os seus
dados, foi aplicado novamente o coeficiente de
performance de Coleman (2005). A figura 27
mostra o coeficiente de performance conforme
a execução do ataque.
Esses resultados de Costa e
colaboradores (2010b) são importantes,
principalmente a execução do ataque porque o
técnico pode orientar as jogadoras nas opções
de ataque que ocasionam maior desempenho
no voleibol juvenil.
Em outro estudo, Costa e
colaboradores (2010c) investigaram os tipos
de ataque mais produtivos após a recepção e
os tipos contra-ataques mais produtivos após
a defesa durante o Campeonato Mundial
Juvenil (17 a 19 anos) Feminino de 2007.
Foram filmados 8 jogos que posteriormente
foram analisados. A tabela 3 apresenta esses
resultados.
6
323 333
770
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Levantadora Central Oposta Ponta
2,12
2,48 2,50
1,9
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
Bola Alta Bola Rápida Meia Bola
Coeficiente de Performance do Tipo de Ataque
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Figura 27 - Coeficiente de performance conforme a execução do ataque das jogadoras do
Campeonato Mundial Juvenil de 2007.
Tabela 3 - Aproveitamento do tipo de ataque e de contra-ataque.
Tipo de Ataque
Ponto de Ataque
Continuidade após o Ataque
Erro de Ataque
Bola Rápida
47,9%
39,1%
13%
Meia Bola
48,5%
39,8%
11,7%
Bola Alta
34,7%
53,1%
12,2%
Tipo de Contra-
Ataque
Ponto de Contra-
Ataque
Continuidade após o Contra-
Ataque
Erro de
Contra-Ataque
Bola Rápida
55,3%
34,2%
10,5%
Meia Bola
50%
35,3%
14,7%
Bola Alta
27,3%
58%
14,7%
O leitor observou na tabela 3 que o
tipo de cortada que ocasionou mais ponto de
ataque e de contra-ataque foi o de bola rápida
e de meia bola, essas tarefas ofensivas
tiveram diferença significativa (p≤0,05) quando
foi comparado ao ataque de bola alta e ao
contra-ataque da mesma bola.
O mesmo aconteceu com a
continuidade, os ataques de bola rápida e de
meia bola geraram menos esse ocorrido, ou
seja, proporcionaram menos chance de defesa
do oponente do que o ataque de bola alta e o
contra-ataque da mesma bola (p≤0,05).
O percentual de erros de ataque e de
contra-ataque foi similar nos três tipos de bola
(p>0,05). Conclui-se que, o ataque de
velocidade (bola rápida e meia bola)
proporciona vantagem na tarefa ofensiva
porque dificulta a ação do bloqueio e da
defesa. Os estudos são de diversas categorias
e de faixa etárias diferentes. Porém, na rede, o
local que mais ocorreu ataque e contra-ataque
foi similar ao voleibol adulto de alto
rendimento, a maioria dessas tarefas foi nas
pontas (zona 2 e 4) (Inkinen, Häyrinen e
Linnamo, 2013; Gouvêa e Lopes, 2008).
Enquanto que no fundo da quadra, o
ataque e o contra-ataque foi mais praticado na
zona 1 (onde a levantadora faz infiltração) e na
6 (meio da quadra). Isso também ocorre mais
no voleibol adulto de alto rendimento.
O ataque de bola rápida e meia bola
foi o de melhor desempenho no voleibol
feminino da iniciação durante o ataque e no
contra-ataque, merecendo ênfase nesse tipo
1,99 2,06 2,3 2,73
3,96 4
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
Ataque Forte
para Frente
(meio da rede)
Ataque Forte na
Paralela Largada Ataque Forte na
Diagonal Ataque
Explorando o
Bloqueio
Ataque
Colocado
Coeficiente de Performance conforme a Execução do Ataque
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de cortada durante o jogo e no treinamento
(Costa e colaboradores, 2010b, 2010c).
A maneira de execução do ataque que
obteve os maiores coeficientes de
performance foi o ataque forte na diagonal, o
ataque explorando o bloqueio e o ataque
colocado, sendo recomendado maior uso
dessas tarefas.
CONCLUSÃO
O estudo de revisão evidenciou que
conforme a categoria feminina da iniciação se
aproxima do voleibol adulto de alto nível, os
resultados sobre os fundamentos são similares
ao jogado pelas atletas adultas.
Em conclusão, o estudo do
fundamento do voleibol auxilia orientar e
prescrever o treino.
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Recebido para publicação 10/04/2015
Aceito em 27/05/2015