RESUMO O objetivo deste trabalho é analisar o perfil socioeconômico, político e ideológico das bases sociais da central sindical União Geral dos Trabalhadores, surgida no bojo da Lei de reconhecimento das centrais no segundo mandato do governo Lula. Trata-se de uma análise dos dados obtidos por meio de um survey realizado junto a 347 delegados, presentes na 1 a Plenária Nacional da UGT, ocorrida na cidade de Praia Grande em agosto de 2009. Estes dados fazem parte de uma pesquisa mais ampla sobre as bases sociais das centrais sindicais no Brasil contemporâneo. Concluímos, dentre outros aspectos, que a UGT representa, majoritariamente, trabalhadores do setor privado situados no setor de serviços e no comércio, que exercem funções predominantemente não manuais de média e baixa hierarquia. A maioria dos delegados revelou-se apegada à estrutura sindical, não tinha uma clara vinculação partidária e possuía longa experiência nas entidades sindicais que representava. Palavras-chave: Centrais Sindicais, UGT, bases sociais ABSTRACT This article analyzes the socioeconomic , political and ideological bases of UGT (General Workers' Union), confederation that emerged during the debates about the legal recognition of trade unions confederations in Lula's second term. This is an analysis of data obtained through a survey conducted with 347 delegates present at the first National Plenary of the UGT, which occurred in August 2009 in the city of Praia Grande (SP). These data are part of a broader research on the social bases of trade unions confederations in contemporary Brazil. Our findings show that the UGT represents, mostly, private sector workers located in the service and trade economic sectors, who work predominantly in white collar middle and lower hierarchy activities. Most delegates were attached to the state corporatism, didn't have a clear political party linkage and had a long experience in the unions they represented.