Apesar de os programas de reeducação para crianças disléxicas estarem cada vez mais sofisticados e capazes de prover uma melhora significativa não só na habilidade de leitura mas também na qualidade de vida dessas crianças, é desejável que a atenção seja direcionada para programas de treinamento de professores, para capacitá-los a identificar crianças em risco de se tornarem disléxicas e a tomar as devidas ações. Um fato importante a se considerar é que, em termos de comportamento, encontram-se poucas diferenças entre os disléxicos – cujos problemas de leitura resultam de um deficit cognitivo específico – e outras crianças, com fraca leitura, que não apresentam esse deficit. O que é difícil para um grupo é também difícil para o outro, mesmo que as razões para a dificuldade sejam diferentes. Portanto, todo o conhecimento que as professoras adquirem sobre dislexia é também muito útil para o entendimento das outras formas de problemas de aprendizagem de leitura, que representam a maioria dos casos em nossas escolas.