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MICROCONTEÚDOS NA FORMA DE EXPLAINER VIDEOS PARA A EDUCAÇÃO. UMA REVISÃO INTEGRATIVA

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Abstract and Figures

The world has been undergoing constant changes, pedagogical projects involving new technology, aim to meet this new demand and it's up to the teacher uses them towards a quality education. As it is a relatively new field there are few studies that address the explainer videos, it was decided to carry out an integrative review research. Thus, the study considered recent articles published in the last five years, the bases Web of Science, Scopus and Science Direct, related to the topic. The results showed content converging to define requirements and guidelines for production of these educational resources. RESUMO O mundo vem passando por constantes mudanças, gerando a necessidade de projetos pedagógicos que envolvam novas tecnologias focadas nas demandas emergentes. Neste sentido, o presente trabalho aborda um campo relativamente recente, ainda com poucos estudos acadêmicos: os explainer vídeos. Apresenta-se, neste artigo, uma revisão integrativa, baseada em artigos recentes, publicados nos últimos cinco anos, disponíveis nas bases Web of Science, Scopus e Science Direct, bem como em livros e dissertações sobre o tema. Os resultados mostram o conteúdo convergindo para a definição de requisitos e orientações visando uma produção de qualidade deste recurso educacional. Palavras Chave: explainer vídeos, microconteúdos, educação.
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EGraFIA 2015
XII CONGRESO NACIONAL DE PROFESORES DE EXPRESIÓN GRÁFICA
EN INGENIERÍA, ARQUITECTURA Y ÁREAS AFINES
EGraFIA 2015
Río Cuarto, Córdoba, ARGENTINA
8 y 9 de octubre de 2015
SILVA, Marcelo da
VIEIRA, Milton Luiz Horn
PEREIRA, Alice Theresinha Cybis
BRAVIANO, Gilson
Universidade Federal de Santa Catarina
Programa de Pós Graduação em Design
Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima
CEP:88040-900 Telefone: (48) 3721-6405
Florianópolis Brasil.
MICROCONTEÚDOS NA FORMA DE EXPLAINER VIDEOS PARA A EDUCAÇÃO. UMA
REVISÃO INTEGRATIVA.
Disciplina: Diseño
Investigación: Gráfica analógica y gráfica digital - Nuevas Herramientas
ABSTRACT
The world has been undergoing constant changes, pedagogical projects involving new technology, aim to meet this new
demand and it's up to the teacher uses them towards a quality education. As it is a relatively new field there are few studies
that address the explainer videos, it was decided to carry out an integrative review research. Thus, the study considered
recent articles published in the last five years, the bases Web of Science, Scopus and Science Direct, related to the topic.
The results showed content converging to define requirements and guidelines for production of these educational
resources.
Keywords: Explainer videos; education; microcontent
RESUMO
O mundo vem passando por constantes mudanças, gerando a necessidade de projetos pedagógicos que envolvam
novas tecnologias focadas nas demandas emergentes. Neste sentido, o presente trabalho aborda um campo
relativamente recente, ainda com poucos estudos acadêmicos: os explainer vídeos. Apresenta-se, neste artigo, uma
revisão integrativa, baseada em artigos recentes, publicados nos últimos cinco anos, disponíveis nas bases Web of
Science, Scopus e Science Direct, bem como em livros e dissertações sobre o tema. Os resultados mostram o
conteúdo convergindo para a definição de requisitos e orientações visando uma produção de qualidade deste recurso
educacional.
Palavras Chave: explainer vídeos, microconteúdos, educação.
1 - INTRODUÇÂO
O modo com o qual nos relacionamos com o
mundo e com as pessoas ao nosso redor vem
passando por mudanças constantes, graças ao
acelerado desenvolvimento das tecnologias de
informação e comunicação. A internet e a televisão
estão disponíveis a um número cada vez maior de
pessoas, e, por meio de aparelhos, vemos o mundo
representado por imagens, destacando-se o enorme
potencial em lidar com estímulos visuais, sonoros,
estáticos e dinámicos [12]. Tais estímulos são
capazes de atrair nossa atenção e influenciar
econômica, política, social e culturalmente,
principalmente, a população mais jovem [1].
As influências das tecnologias de informação
e comunicação podem ser sentidas no sistema
educacional, uma vez que o mesmo vem se
apropriando dessas tecnologias como forma de
inserção no contexto social atual. Neste sentido,
projetos pedagógicos que envolvam livros, revistas,
jornais, animações, brinquedos, jogos, softwares, sites
e meios de comunicação, cinema, computadores e
Internet, conforme cita Sant’anna e Sant’anna [13],
visam atender essa nova demanda. Cabe ao educador
se apropriar dessas tecnologias em prol de um ensino
de qualidade (PEREIRA et al., 2013).
Nesse sentido, os microconteúdos na forma
de explainer videos podem se tornar uma importante
ferramenta de apoio para a educação. Os explainer
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videos são capazes de explicar uma grande
quantidade de informações em pouco tempo. Os
mesmos vêm sendo usados em larga escala para fins
comerciais, como forma de apresentar empresas,
produtos, serviços etc. Por sua versatilidade e
dinâmica, são uma excelente maneira de despertar a
atenção e o interesse dos alunos a respeito do tema a
ser abordado na sala de aula, como também como
ferramenta do ensino a distância.
Os explainer videos podem ser considerados
uma evolução do powerpoint, onde as imagens são
combinadas com texto para explicar um assunto. Com
o avanço da tecnologia, este tipo de informação
evoluiu agregando gráficos em movimento,
personagens e áudio com narração, utilizando
linguagem simples e clara, por meio de
microconteúdo.
No entanto, o desconhecimento das
possibilidades que esse novo meio oferece pode
tornar redundantes as informações, e a transposição
do estático para o animado pode vir a ser apenas uma
digitalização do material impresso. Essa situação pode
empobrecer o material e proporcionar um uso
questionável do recurso, não atingindo os objetivos
aos quais se destina.
Deste modo, de acordo com Spinillo [16], para
a produção de materiais instrucionais como os
explainer videos, os designers devem levar em
consideração, além das necessidades de
representação da informação, as necessidades
informacionais dos usuários.
Nessa perspectiva, emerge a pergunta de
pesquisa deste estudo: Quais os conhecimentos
necessários para a definição de requisitos e
orientações para a produção de explainer videos na
educação? Neste contexto, o objetivo deste artigo é
apresentar uma revisão integrativa com a finalidade de
reunir e sintetizar resultados de pesquisas, de maneira
sistemática e ordenada, contribuindo para o
aprofundamento do conhecimento do tema
“microconteúdos na forma de explainer videos para a
educação”. Para isso, selecionou-se um portfólio
bibliográfico relevante sobre explainer videos e
microconteúdos, na perspectiva da da educação;
realizou-se uma análise de conteúdo dos artigos deste
portfólio; identificaram-se os termos recorrentes
alinhados ao assunto e produziu-se um texto que
amplia a compreensão a respeito dos explainer videos
e seu uso na educação.
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Siemens et al. (2011) afirmam que a próxima
geração já tem o meio eletrônico como principal fonte
de informação e, assim, a evolução dos produtos para
o meio digital é um processo real e inevitável. Isso traz
consequências benéficas quanto à produção, difusão
e recepção de informações, além do impacto em toda
sociedade baseada no conhecimento. Contudo, são
necessários estudos específicos sobre as novas
mídias, no sentido de substituírem a impressão para
melhorá-la e integrá-la de forma interativa e eficaz,
sobretudo na educação.
As técnicas de animação vêm caminhando
através da história juntamente com o desenvolvimento
tecnológico, sendo este o responsável pela sua
popularização e aprimoramento. Atualmente o uso de
animações no ensino pode ser encontrado no âmbito
instrucional, com as simulações de atividades de
montagem de peças e de treinamentos, sendo muito
popular na Internet. Animações são usadas para
explicar conceitos; simular fatos; narrar
acontecimentos; demonstrar atividades que envolvam
movimento, ação, tempo; e facilitar a compreensão de
fatos complexos.
O uso do computador oferece inúmeras
possibilidades para o professor, dentre elas o uso de
recursos de computação gráfica, como, por exemplo,
a geração de conteúdos animados ou animações
como os microconteúdos na forma de explainer
videos. Microconteúdo é um tema que aos poucos
está sendo introduzido na educação, particularmente
por intermédio das duas novas modalidades de
aprendizagem: aprendizagem com mobilidade e a
microaprendizagem. Ambas as modalidades se
apoiam na ideia de fragmentar o conteúdo
educacional para torná-lo mais adequado aos
dispositivos e artefatos tecnológicos de características
móveis. Nesse contexto, os microconteúdos surgem
como elementos inovadores de práticas pedagógicas
dessas novas modalidades de aprendizagem, que se
voltam ao atendimento das exigências do ritmo de
vida dinâmico e veloz e do entrelaçamento de
aspectos multiplataforma e multitarefa dos dispositivos
móveis, como o celular, o smartphone e o tablet. Tais
características referem-se a foco, autossuficiência,
estrutura, indivisibilidade e endereçamento.
Na opinião de Sánchez-Alonso [11],
microconteúdo de finalidade educacional, ou seja,
micro-objeto de aprendizagem, pode ser considerado
como um objeto regular de aprendizagem, portanto,
passível de ser utilizado em atividade de
microaprendizagem e de aprendizagem com
mobilidade. Objetos de aprendizagem, também
definidos como recursos educacionais, permitem e
facilitam o uso/reuso de conteúdos educacionais,
desde que descritos por metadados, o que tornam
desnecessárias descrições repetitivas de um mesmo
objeto, visando à sua recuperação [7].
O microconteúdo educacional, assim, pode ser
constituído por um texto, um vídeo, um áudio, uma
figura, um gráfico, um desenho, uma foto etc.
Também, esses recursos poderão aparecer reunidos
em um único item microconteúdo, como um explainer
vídeo por exemplo. Em ambos os casos, deverão ser
observadas as restrições referentes aos aspectos de
usabilidade (tamanho de tela e teclado) e de conexão
vel (tarifas, velocidade etc.).
Entretanto, microconteúdo educacional não se
restringe a uma ideia de medida, ou de tamanho, mas
sim, a uma unidade, a um módulo, e como tal, é
dependente do contexto ao qual está inserido.
Acredita-se que o microconteúdo, assim concebido,
possa favorecer a construção de conhecimentos e o
surgimento de novas inter-relações entre conceitos,
com possibilidade de ampliar o leque de entendimento
dos alunos acerca de determinado tema colocado pelo
professor. Entretanto, uma proposta de elaboração de
microconteúdo deve perpassar, necessariamente, por
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uma concepção epistemológica interacionista-
construtivista de aprendizagem, considerando: que o
sujeito e o objeto de conhecimento são organismos
vivos, ativos, abertos, que estão em constante troca
com o meio ambiente através das relações, a partir
das quais os sujeitos em relação modificam entre si,
compreendendo o conhecimento como um processo
em permanente construção [14].
Os explainer videos são usados para
apresentar de maneira fácil e direta produtos e
serviços de empresas, tanto em reuniões e
apresentações ao vivo quanto na web. Em geral, são
utilizados formatos bem resumidos que seguem o
padrão de apresentar uma história (storytelling). Sua
versatilidade, clareza nas informações e visual atrativo
fazem dos explainer videos um recurso educacional
muito interessante na busca de motivar e engajar os
alunos.
3 - METODOLOGÍA
Como forma de aprofundar os conhecimentos
sobre os microconteúdos na forma de explainer videos
para a educação, foi realizada uma revisão integrativa.
Esse método inclui a análise de pesquisas relevantes
que dão suporte para a tomada de decisão,
possibilitando a síntese do estado do conhecimento de
um determinado assunto, além de apontar lacunas
que precisam ser preenchidas com a realização de
novos estudos [10]. Este método de pesquisa permite
a síntese de múltiplos estudos publicados e possibilita
conclusões gerais a respeito de uma particular área de
estudo. De acordo com Souza, Silva e Carvalho [15],
com vistas à elaboração de uma revisão integrativa
relevante que possa auxiliar na geração de uma lista
de requisitos e orientações para a produção de
microconteúdos na forma de explainer videos para a
educação, é necessário que as etapas a serem
seguidas estejam claramente descritas. O processo de
elaboração da revisão integrativa encontra-se bem
definido na literatura; entretanto, diferentes autores
adotam formas distintas de subdivisão de tal processo,
com pequenas modificações [8]. Geralmente, para a
construção da revisão integrativa é preciso percorrer
quatro etapas distintas, similares aos estágios de
desenvolvimento de pesquisa convencional, que estão
descritas a seguir.
Primeira etapa: identificação do tema e
questão de pesquisa para a elaboração da revisão
integrativa. Como tema para essa pesquisa foi
escolhido "os microconteúdos na forma de explainer
videos para a educação", tema ainda pouco estudado
academicamente, mas que pode ser de grande
relevância como ferramenta de auxílio ao ensino.
Nesse contexto, foi formulada a questão de pesquisa
dessa revisão integrativa: Quais os conhecimentos
necessários para a definição de requisitos e
orientações para a produção de explainer videos na
educação? Com tema e questão de pesquisa
definidos, passa-se a segunda etapa.
Segunda etapa: Nessa etapa, foi elaborada
uma revisão sistemática onde foram definidas
primeiramente as palavras-chave "explainer videos",
"microconteúdos" e "educação", conforme o tema
proposto na pesquisa. Na sequência, foram
selecionadas as bases de dados de maior
consistência com o tema "microconteúdos na forma de
explainer videos para a educação" a fim de efetuar o
processo de busca. As bases selecionadas foram
Scopus, Web of Science e Science Direct. Foram
definidos, inicialmente, para a pesquisa de artigos
nestas bases, os buscadores: ("explainer videos" or
"microconte*" or "motion graphics" or "animation" or
"animação" and "educa*") e foram encontrados um
total de 2448 artigos publicados nos últimos cinco
anos. Foram então definidos os seguintes critérios de
inclusão ou exclusão: alinhamento do título do artigo
com o tema proposto, artigos completos e existência
de informação de autores e ano. Destes, 74 estavam
previamente alinhados com o tema proposto.
Posteriormente, foram lidos os resumos, gerando
descarte de mais 42 artigos. Os 32 artigos restantes
foram lidos na íntegra e, então, selecionou-se nove,
identificados no quadro 1, os quais apresentaram
linhas de investigação correlatas e fundamentais para
organizar um corpo de conhecimentos que possa
contribuir com a produção de explainer videos, de
acordo com os critérios deste estudo.
Quadro 1: Artigos selecionados.
Quadro 1: Desenvolvido pelos autores.
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Terceira etapa: Nesta etapa, são avaliados os
artigos do portifólio bibliográfico resultante da revisão
sistemática.
O artigo 1 "A systematic characterisation of
expository animations", de Ploetzner, R., Lowe, R.
(2012), fornece um relato sistemático das principais
características de animações explicativas que foram
alvo de pesquisa em educação até à data [9]. Tal
caracterização não só oferece uma base de princípios
para a comparação de investigação sobre
aprendizagem a partir animações expositivas, mas
também sugere elaborações que merecem atenção da
pesquisa no futuro.
No segundo artigo "Verbal redundancy in
multimedia learning environments: A meta-analysis"
(2012), Adesope, O.O., Nesbit, J.C. discutem a
redundância verbal que surge da apresentação
simultânea de texto e discurso na íntegra [1]. Para
informar teorias da aprendizagem multimídia que
orientem a concepção de materiais educativos, uma
meta-análise foi conduzida, onde os dados de 57
estudos independentes foram extraídos.
No artigo 3 "Animated agents and learning:
Does the type of verbal feedback they provide
matter?", de Lin, L., Atkinson, R.K., Christopherson,
R.M., Joseph, S.S., Harrison, C.J. (2013), investiga os
efeitos da presença e diferentes tipos de um agente
animado de feedback sobre a aprendizagem,
motivação e carga cognitiva em um ambiente de
aprendizagem de multimídia projetado para ensinar
conteúdos científicos [5].
O artigo 4, "Slowmation: Preservice
elementary teachers representing science knowledge
through creating multimodal digital animations", de
Hoban, G., Lougran, J. Nielsen, W. (2011), identificou
o valor dos alunos que utilizam a tecnologia para
construir as suas próprias representações de
conceitos científicos [4].
no artigo 5, "Assessing the effects of
different multimedia materials on emotions and
learning performance for visual and verbal style
learners", de Chen, C. M., Sun, Y. C. (2012), o
estudo é aplicado para avaliar variações nos estados
emocionais para verbalizadores e visualizadores
durante os processos de aprendizagem [3]. Três
diferentes materiais multimídia: texto estático e
material multimídia baseada em imagem, material
multimídia baseado em vídeo e material multimídia
interativo animado, foram apresentados aos
verbalizadores e visualizadores para investigar como
diferentes materiais multimídia afetam o desempenho
individual de aprendizagem e emoção, e identificando
relações entre aprendizado, desempenho e emoção.
No artigo 6, Spangers, I. A. E., Van Gog, T.,
Wouters, P., Van Merriëber, J. J. G. na publicação
"Explaining the segmentation effect in learning from
animations: The role of pausing and temporal cueing"
(2012), tratam da segmentação de animações, que é
apresentá-las em pedaços e não como uma corrente
contínua de informações, que tem demonstrado ter um
efeito benéfico sobre a aprendizagem e a carga
cognitiva para principiantes. Duas diferentes
explicações deste efeito positivo da segmentação têm
sido propostas. Em primeiro lugar, as pausas são
geralmente inseridas entre os segmentos, o que pode
dar aos alunos tempo extra para executar os
processos cognitivos necessários. Em segundo lugar,
porque a segmentação divide animações em pedaços
significativos, ela fornece uma forma de andamento
temporal que pode apoiar os alunos em perceber a
estrutura subjacente do processo ou procedimento
descrito na animação. Este estudo investiga qual
destas explicações é a mais plausível.
O artigo 7, "Identifying representational
competence with multi-representational displays", de
Stieff, M., Hegarty, M., Deslongchamps, G. [17],
examina o uso de um tipo de vídeo e uma animação
mecânica molecular multi-representacional, por alunos
de graduação de química orgânica em uma entrevista
de resolução de problemas. Usando os dois dados de
análise de protocolo e de fixação dos olhos, essa
pesquisa indica que os estudantes se baseiam
principalmente em duas representações visuais-
espaciais no monitor e não fazem uso de duas
representações matemáticas de acompanhamento.
No oitavo artigo, de título "Cognitive load
theory, the transient information effect and e-learning"
(2012), os autores Wong, A., Leahy,W., Marcus, N.,
Sweller, J.postulam que a informação transitória
apresentada em seções curtas, microconteúdos
animados, seria superior a repassada via gráficos
estáticos, devido à nossa capacidade inata para
aprender observando [18]. Para obter informações
transitórias em longas seções, animações perdem a
sua superioridade sobre gráficos estáticos, devido à
sobrecarga de memória de trabalho associada com
grandes quantidades de informação transitória. Da
mesma forma, o efeito modalidade em que as
informações de um áudio-visual são superiores a uma
única informação visual deve ser obtida usando
segmentos curtos, devido às consequências de
memória de trabalho.
No artigo 9, "Learning science via animated
movies: Its effect on students' thinking and motivation",
de Barak, M, Ashkar,T, Dori,Y. J. (2011), tem-se a
finalidade de examinar as afirmações de alguns
pesquisadores indicando que as animações podem
dificultar a aprendizagem significativa dos alunos ou
evocar mal-entendidos esse estudo [2]. O trabalho
investigou o efeito de filmes de animação nos
resultados da aprendizagem dos alunos e a motivação
para aprender.
Quarta etapa: Nesta etapa, são interpretados
os resultados da pesquisa sistemática, que
apresentaram dados relevantes e que corroboram
com o tema deste projeto de pesquisa que é
“microconteúdos na forma de explainer videos para a
educação”. Foram encontrados estudos na área de
cognição que serão importantes na tomada de decisão
sobre quais conteúdos devem ser utilizados, e de que
forma, nos explainer videos. Além disso, uma revisão
sistemática muito detalhada sobre animações
explicativas e suas particularidades foi realizada.
Foram encontrados também estudos sobre
segmentação de animações, que fundamentam o uso
dos microconteúdos animados.
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Por ser este estudo uma revisão integrativa,
foram ainda inseridos mais algumas publicações,
como o livro Multimedia learning, [6], que resume dez
anos de pesquisa na área da aprendizagem
multimídia, sendo um importante instrumento para a
fundamentação dos microconteúdos na forma de
explainer videos para a educação. Além deste, a
dissertação de mestrado de Marcia Maria Alves,
“Design de animações educacionais: Recomendação
de conteúdo, apresentação gráfica e motivação para a
aprendizagem” (2012), integrou a análise, contribuindo
de forma significativa com a presente pesquisa por se
tratar de um estudo detalhado e aprofundado do uso
das animações no campo da educação.
COCLUSÕES
A pesquisa realizada por meio da revisão
integrativa se mostrou criteriosa, objetiva, eficiente e
clara quanto aos procedimentos e resultados,
possibilitando a aplicação em outros estudos.
Os resultados da pesquisa mostraram-se
alinhados com a pergunta de pesquisa “Quais os
conhecimentos necessários para a definição de
requisitos e orientações para a produção de explainer
videos na educação?”, contribuindo dessa forma para
a amplicação dos conhecimentos acerca desse tema.
O estudos dos microconteúdos educacionais
na forma de explainer videos se justificam pela
necessidade de conhecimento envolvendo esta
recente técnica e as tecnologias aderentes, que, se
empregadas de forma adequada, podem contribuir de
forma signficativa para uma educação de qualidade.
Com este estudo, tem-se o intuito de contribuir
para pesquisas futuras na construção de requisitos o
orientações para a produção de microconteúdos na
forma de explainer videos para a educação.
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Article
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Nos últimos anos, assistimos a uma explosão de Tecnologias de Informação e Comunicação Digital (TDICs) em várias áreas. Este período pandêmico da COVID-19 acelerou ainda mais a utilização das TDICs pelos docentes e discentes, com o uso crescente de diversas abordagens tecnológicas, como a adoção de novos aplicativos, plataformas, além de diferentes metodologias. Uma dessas abordagens tecnológicas / metodológicas é o microlearning, que surge como uma nova forma de partilhar o conhecimento através de aulas mais objetivas e curtas. Este estudo, que até o momento é o primeiro trabalho de revisão de literatura publicado em português abordando este assunto como tema principal, buscou como principal objetivo, realizar uma revisão de literatura abordando diversos aspectos sobre o microlearning, introduzindo a motivação, apresentando os seus principais conceitos, seu relacionamento com outros conceitos da aprendizagem eletrônica, terminologias adotadas, relação entre curva de esquecimento e retenção de conteúdo, como tem sido adotado integrando outras tecnologias e metodologias e esforços de pesquisa realizados. Para a pesquisa dos artigos sobre microlearning, foram adotadas as bases de dados Web of Science e Scopus, além do Google Acadêmico. Os resultados mostraram que ainda há muito a ser investigado sobre o assunto, especialmente na educação formal incluindo ensino fundamental, médio e superior.
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The use of digital educational resources has expanded considerably, including in the context of the COVID-19 pandemic. In the educational materials used in these resources, the Microcontent (MC) format predominates, with its fragmented and small information units. So, we ask: can the LongForm (LF) format, which allows the presentation of dense and extensive content, be a viable alternative to MC, when applied to complex educational content, specific to undergraduate courses? The LF, hypothetically, can offer better support for higher distance education courses. To answer the question, an educational activity, elaborated in both formats, was applied to 67 students from a university of Minas Gerais state, in Brazil. The observation of student activity revealed their preferences: MC has shown to be good for building learning with smaller materials in both size and content complexity, but LF was more appropriated when dealing with complex, dense, multimedia-requiring contents to facilitate understanding. It was confirmed that the LF presents itself as a viable alternative for online studying because it is constituted by a single virtual space where larger texts and varied multimedia resources can be inserted to enrich the educational material and to offer the full content for students. Resumen El uso de recursos educativos digitales se ha expandido considerablemente, incluso en el contexto de la pandemia COVID-19. En los materiales didácticos utilizados en estos recursos predomina el formato de Microcontenido (MC), con sus unidades de información fragmentadas y pequeñas. Entonces, nos preguntamos: ¿puede el formato LongForm (LF), que permite la presentación de contenido denso y extenso, ser una alternativa viable al MC, cuando se aplica a contenidos educativos complejos, específicos de la educación superior? El LF, hipotéticamente, puede ofrecer un mejor apoyo para los cursos de educación superior a distancia. Para responder a la pregunta, se aplicó una actividad en ambos formatos a 67 estudiantes de una Universidad de Minas Gerais, que reveló las preferencias de los participantes: el MC demostró ser bueno para la construcción de materiales didácticos de menor tamaño y baja densidad de contenido. El formato LF es apropiado para contenido complejo y se presenta como una alternativa viable para cursos en línea ya que está constituido por un único espacio virtual donde se pueden introducir textos más grandes y diversos recursos multimedia para facilitar la comprensión, enriquecer los materiales didácticos y ofrecer el contenido completo para los estudiantes.
Article
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Increasingly, multi-representational educational technologies are being deployed in science classrooms to support science learning and the development of representational competence. Several studies have indicated that students experience significant challenges working with these multi-representational displays and prefer to use only one representation while problem solving. Here, we examine the use of one such display, a multi-representational molecular mechanics animation, by organic chemistry undergraduates in a problem-solving interview. Using both protocol analysis and eye fixation data, our analysis indicates that students rely mainly on two visual–spatial representations in the display and do not make use of two accompanying mathematical representations. Moreover, we explore how eye fixation data complement verbal protocols by providing information about how students allocate their attention to different locations of a multi-representational display with and without concurrent verbal utterances. Our analysis indicates that verbal protocols and eye movement data are highly correlated, suggesting that eye fixations and verbalizations reflect similar cognitive processes in such studies.
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Verbal redundancy arises from the concurrent presentation of text and verbatim speech. To inform theories of multimedia learning that guide the design of educational materials, a meta-analysis was conducted to investigate the effects of spoken-only, written-only, and spoken–written presentations on learning retention and transfer. After an extensive search for experimental studies meeting specified inclusion criteria, data from 57 independent studies were extracted. Most of the research participants were postsecondary students. Overall, this meta-analysis revealed that outcomes comparing spoken–written and written-only presentations did not differ, but students who learned from spoken–written presentations outperformed those who learned from spoken-only presentations. This effect was dependent on learners' prior knowledge, pacing of presentation, and inclusion of animation or diagrams. Specifically, the advantages of spoken–written presentations over spoken-only presentations were found for low prior knowledge learners, system-paced learning materials, and picture-free materials. In comparison with verbatim, spoken–written presentations, presentations displaying key terms extracted from spoken narrations were associated with better learning outcomes and accounted for much of the advantage of spoken–written over spoken-only presentations. These findings have significant implications for the design of multimedia materials. (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)
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A prática baseada em evidências é uma abordagem que encoraja o desenvolvimento e/ ou utilização de resultados de pesquisas na prática clínica. Devido à quantidade e complexidade de informações na área da saúde, há necessidade de produção de métodos de revisão de literatura, dentre estes, destacamos a revisão integrativa. Assim, o objetivo do estudo foi apresentar os conceitos gerais e as etapas para a elaboração da revisão integrativa, bem como aspectos relevantes sobre a aplicabilidade deste método para a pesquisa na saúde e enfermagem. A revisão integrativa é um método de pesquisa que permite a busca, a avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis do tema investigado, sendo o seu produto final o estado atual do conhecimento do tema investigado, a implementação de intervenções efetivas na assistência à saúde e a redução de custos, bem como a identificação de lacunas que direcionam para o desenvolvimento de futuras pesquisas.
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Despite the rapid and widespread adoption of animations in education, there is still no systematic account of the main characteristics of expository animations that have been targeted by educational research. A literature search and analysis was conducted to address this deficiency. First, overviews, reviews, and meta-analyses were analysed to extract an initial set of dimensions to characterise expository animations. Next, a representative set of descriptions of expository animations used in past research on learning from animation was retrieved from the research literature. The animations employed in the 44 investigations analysed covered 30 different topics in 14 different domains. The characterisation developed distinguishes attributes that are inherent characteristics of animations from attributes that are external supplements to animations. The potential advantages of the characterisation developed as a framework for future research on learning from animation are discussed.
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Multimedia materials are now increasingly used in curricula. However, individual preferences for multimedia materials based on visual and verbal cognitive styles may affect learners' emotions and performance. Therefore, in-depth studies that investigate how different multimedia materials affect learning performance and the emotions of learners with visual and verbal cognitive styles are needed. Additionally, many education scholars have argued that emotions directly affect learning performance. Therefore, a further study that confirms the relationships between learners' emotions and performance for learners with visual and verbal cognitive styles will provide useful knowledge in terms of designing an emotion-based adaptive multimedia learning system for supporting personalized learning. To investigate these issues, the study applies the Style of Processing (SOP) scale to identify verbalizers and visualizers. Moreover, the emotion assessment instrument emWave, which was developed by HeartMath, is applied to assess variations in emotional states for verbalizers and visualizers during learning processes. Three different multimedia materials, static text and image-based multimedia material, video-based multimedia material, and animated interactive multimedia material, were presented to verbalizers and visualizers to investigate how different multimedia materials affect individual learning performance and emotion, and to identify relationships between learning performance and emotion. Experimental results show that video-based multimedia material generates the best learning performance and most positive emotion for verbalizers. Moreover, dynamic multimedia materials containing video and animation are more appropriate for visualizers than static multimedia materials containing text and image. Finally, a partial correlation exists between negative emotion and learning performance; that is, negative emotion and pretest scores considered together and negative emotion alone can predict learning performance of visualizers who use video-based multimedia material for learning.
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Microlearning has been considered as a specific pedagogical approach that focuses on the use of microcontents as a special, small and subjective account of the concept of "learning resource". In other direction, the learning object paradigm focuses on the reuse of learning resources by means of metadata. At first glance, both approaches may be considered as complementary. However, the micro approach to learning (arguably) emphasizes subjective views, quick creation of information and a degree of casualness. This entails that the creation of metadata should follow the same philosophy, which would eventually result in a specific style or idiom in the creation of learning objects. Further, the micro approach would result in a much larger cardinality of the set of available learning objects, which also poses chal- lenges to the current architecture of repositories and specifications. This paper provides an initial discus- sion on some of these issues, aimed at fostering further work in the intersection of both paradigms.
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Research has identified the value of learners using technology to construct their own representations of science concepts. In this study, we investigate how learners, such as preservice elementary teachers, design and make a narrated animation to represent their science knowledge. The type of animation exemplified is called a “Slowmation” (abbreviated from “Slow Animation”), which is a simplified way for preservice teachers to make an animation that integrates features from claymation, object animation, and digital storytelling. Drawing on semiotic theory, a case study of three preservice elementary teachers, who were audio and video recorded as they created a slowmation, illustrates how the construction process enabled them to engage with a science concept in multiple ways. Findings suggest that when preservice teachers create a slowmation, they design and make a sequence of five representations, each being a semiotic system with particular affordances that link as a semiotic progression: (i) research notes; (ii) storyboard; (iii) models; and (iv) digital photographs, which culminate in (v) a narrated animation. In this study, the authors present their theoretical framework, explain how the preservice teachers created a slowmation using a sequence of representations to show their science knowledge and discuss the implications of these findings for learners in universities and schools. © 2011 Wiley Periodicals, Inc. J Res Sci Teach 48: 985–1009, 2011