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EGraFIA 2015
XII CONGRESO NACIONAL DE PROFESORES DE EXPRESIÓN GRÁFICA
EN INGENIERÍA, ARQUITECTURA Y ÁREAS AFINES
EGraFIA 2015
Río Cuarto, Córdoba, ARGENTINA
8 y 9 de octubre de 2015
SILVA, Marcelo da
VIEIRA, Milton Luiz Horn
PEREIRA, Alice Theresinha Cybis
BRAVIANO, Gilson
Universidade Federal de Santa Catarina
Programa de Pós Graduação em Design
Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima
CEP:88040-900 Telefone: (48) 3721-6405
Florianópolis – Brasil.
MICROCONTEÚDOS NA FORMA DE EXPLAINER VIDEOS PARA A EDUCAÇÃO. UMA
REVISÃO INTEGRATIVA.
Disciplina: Diseño
Investigación: Gráfica analógica y gráfica digital - Nuevas Herramientas
ABSTRACT
The world has been undergoing constant changes, pedagogical projects involving new technology, aim to meet this new
demand and it's up to the teacher uses them towards a quality education. As it is a relatively new field there are few studies
that address the explainer videos, it was decided to carry out an integrative review research. Thus, the study considered
recent articles published in the last five years, the bases Web of Science, Scopus and Science Direct, related to the topic.
The results showed content converging to define requirements and guidelines for production of these educational
resources.
Keywords: Explainer videos; education; microcontent
RESUMO
O mundo vem passando por constantes mudanças, gerando a necessidade de projetos pedagógicos que envolvam
novas tecnologias focadas nas demandas emergentes. Neste sentido, o presente trabalho aborda um campo
relativamente recente, ainda com poucos estudos acadêmicos: os explainer vídeos. Apresenta-se, neste artigo, uma
revisão integrativa, baseada em artigos recentes, publicados nos últimos cinco anos, disponíveis nas bases Web of
Science, Scopus e Science Direct, bem como em livros e dissertações sobre o tema. Os resultados mostram o
conteúdo convergindo para a definição de requisitos e orientações visando uma produção de qualidade deste recurso
educacional.
Palavras Chave: explainer vídeos, microconteúdos, educação.
1 - INTRODUÇÂO
O modo com o qual nos relacionamos com o
mundo e com as pessoas ao nosso redor vem
passando por mudanças constantes, graças ao
acelerado desenvolvimento das tecnologias de
informação e comunicação. A internet e a televisão
estão disponíveis a um número cada vez maior de
pessoas, e, por meio de aparelhos, vemos o mundo
representado por imagens, destacando-se o enorme
potencial em lidar com estímulos visuais, sonoros,
estáticos e dinámicos [12]. Tais estímulos são
capazes de atrair nossa atenção e influenciar
econômica, política, social e culturalmente,
principalmente, a população mais jovem [1].
As influências das tecnologias de informação
e comunicação podem ser sentidas no sistema
educacional, uma vez que o mesmo vem se
apropriando dessas tecnologias como forma de
inserção no contexto social atual. Neste sentido,
projetos pedagógicos que envolvam livros, revistas,
jornais, animações, brinquedos, jogos, softwares, sites
e meios de comunicação, cinema, computadores e
Internet, conforme cita Sant’anna e Sant’anna [13],
visam atender essa nova demanda. Cabe ao educador
se apropriar dessas tecnologias em prol de um ensino
de qualidade (PEREIRA et al., 2013).
Nesse sentido, os microconteúdos na forma
de explainer videos podem se tornar uma importante
ferramenta de apoio para a educação. Os explainer
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videos são capazes de explicar uma grande
quantidade de informações em pouco tempo. Os
mesmos vêm sendo usados em larga escala para fins
comerciais, como forma de apresentar empresas,
produtos, serviços etc. Por sua versatilidade e
dinâmica, são uma excelente maneira de despertar a
atenção e o interesse dos alunos a respeito do tema a
ser abordado na sala de aula, como também como
ferramenta do ensino a distância.
Os explainer videos podem ser considerados
uma evolução do powerpoint, onde as imagens são
combinadas com texto para explicar um assunto. Com
o avanço da tecnologia, este tipo de informação
evoluiu agregando gráficos em movimento,
personagens e áudio com narração, utilizando
linguagem simples e clara, por meio de
microconteúdo.
No entanto, o desconhecimento das
possibilidades que esse novo meio oferece pode
tornar redundantes as informações, e a transposição
do estático para o animado pode vir a ser apenas uma
digitalização do material impresso. Essa situação pode
empobrecer o material e proporcionar um uso
questionável do recurso, não atingindo os objetivos
aos quais se destina.
Deste modo, de acordo com Spinillo [16], para
a produção de materiais instrucionais como os
explainer videos, os designers devem levar em
consideração, além das necessidades de
representação da informação, as necessidades
informacionais dos usuários.
Nessa perspectiva, emerge a pergunta de
pesquisa deste estudo: Quais os conhecimentos
necessários para a definição de requisitos e
orientações para a produção de explainer videos na
educação? Neste contexto, o objetivo deste artigo é
apresentar uma revisão integrativa com a finalidade de
reunir e sintetizar resultados de pesquisas, de maneira
sistemática e ordenada, contribuindo para o
aprofundamento do conhecimento do tema
“microconteúdos na forma de explainer videos para a
educação”. Para isso, selecionou-se um portfólio
bibliográfico relevante sobre explainer videos e
microconteúdos, na perspectiva da da educação;
realizou-se uma análise de conteúdo dos artigos deste
portfólio; identificaram-se os termos recorrentes
alinhados ao assunto e produziu-se um texto que
amplia a compreensão a respeito dos explainer videos
e seu uso na educação.
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Siemens et al. (2011) afirmam que a próxima
geração já tem o meio eletrônico como principal fonte
de informação e, assim, a evolução dos produtos para
o meio digital é um processo real e inevitável. Isso traz
consequências benéficas quanto à produção, difusão
e recepção de informações, além do impacto em toda
sociedade baseada no conhecimento. Contudo, são
necessários estudos específicos sobre as novas
mídias, no sentido de substituírem a impressão para
melhorá-la e integrá-la de forma interativa e eficaz,
sobretudo na educação.
As técnicas de animação vêm caminhando
através da história juntamente com o desenvolvimento
tecnológico, sendo este o responsável pela sua
popularização e aprimoramento. Atualmente o uso de
animações no ensino pode ser encontrado no âmbito
instrucional, com as simulações de atividades de
montagem de peças e de treinamentos, sendo muito
popular na Internet. Animações são usadas para
explicar conceitos; simular fatos; narrar
acontecimentos; demonstrar atividades que envolvam
movimento, ação, tempo; e facilitar a compreensão de
fatos complexos.
O uso do computador oferece inúmeras
possibilidades para o professor, dentre elas o uso de
recursos de computação gráfica, como, por exemplo,
a geração de conteúdos animados ou animações
como os microconteúdos na forma de explainer
videos. Microconteúdo é um tema que aos poucos
está sendo introduzido na educação, particularmente
por intermédio das duas novas modalidades de
aprendizagem: aprendizagem com mobilidade e a
microaprendizagem. Ambas as modalidades se
apoiam na ideia de fragmentar o conteúdo
educacional para torná-lo mais adequado aos
dispositivos e artefatos tecnológicos de características
móveis. Nesse contexto, os microconteúdos surgem
como elementos inovadores de práticas pedagógicas
dessas novas modalidades de aprendizagem, que se
voltam ao atendimento das exigências do ritmo de
vida dinâmico e veloz e do entrelaçamento de
aspectos multiplataforma e multitarefa dos dispositivos
móveis, como o celular, o smartphone e o tablet. Tais
características referem-se a foco, autossuficiência,
estrutura, indivisibilidade e endereçamento.
Na opinião de Sánchez-Alonso [11],
microconteúdo de finalidade educacional, ou seja,
micro-objeto de aprendizagem, pode ser considerado
como um objeto regular de aprendizagem, portanto,
passível de ser utilizado em atividade de
microaprendizagem e de aprendizagem com
mobilidade. Objetos de aprendizagem, também
definidos como recursos educacionais, permitem e
facilitam o uso/reuso de conteúdos educacionais,
desde que descritos por metadados, o que tornam
desnecessárias descrições repetitivas de um mesmo
objeto, visando à sua recuperação [7].
O microconteúdo educacional, assim, pode ser
constituído por um texto, um vídeo, um áudio, uma
figura, um gráfico, um desenho, uma foto etc.
Também, esses recursos poderão aparecer reunidos
em um único item microconteúdo, como um explainer
vídeo por exemplo. Em ambos os casos, deverão ser
observadas as restrições referentes aos aspectos de
usabilidade (tamanho de tela e teclado) e de conexão
móvel (tarifas, velocidade etc.).
Entretanto, microconteúdo educacional não se
restringe a uma ideia de medida, ou de tamanho, mas
sim, a uma unidade, a um módulo, e como tal, é
dependente do contexto ao qual está inserido.
Acredita-se que o microconteúdo, assim concebido,
possa favorecer a construção de conhecimentos e o
surgimento de novas inter-relações entre conceitos,
com possibilidade de ampliar o leque de entendimento
dos alunos acerca de determinado tema colocado pelo
professor. Entretanto, uma proposta de elaboração de
microconteúdo deve perpassar, necessariamente, por
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uma concepção epistemológica interacionista-
construtivista de aprendizagem, considerando: que o
sujeito e o objeto de conhecimento são organismos
vivos, ativos, abertos, que estão em constante troca
com o meio ambiente através das relações, a partir
das quais os sujeitos em relação modificam entre si,
compreendendo o conhecimento como um processo
em permanente construção [14].
Os explainer videos são usados para
apresentar de maneira fácil e direta produtos e
serviços de empresas, tanto em reuniões e
apresentações ao vivo quanto na web. Em geral, são
utilizados formatos bem resumidos que seguem o
padrão de apresentar uma história (storytelling). Sua
versatilidade, clareza nas informações e visual atrativo
fazem dos explainer videos um recurso educacional
muito interessante na busca de motivar e engajar os
alunos.
3 - METODOLOGÍA
Como forma de aprofundar os conhecimentos
sobre os microconteúdos na forma de explainer videos
para a educação, foi realizada uma revisão integrativa.
Esse método inclui a análise de pesquisas relevantes
que dão suporte para a tomada de decisão,
possibilitando a síntese do estado do conhecimento de
um determinado assunto, além de apontar lacunas
que precisam ser preenchidas com a realização de
novos estudos [10]. Este método de pesquisa permite
a síntese de múltiplos estudos publicados e possibilita
conclusões gerais a respeito de uma particular área de
estudo. De acordo com Souza, Silva e Carvalho [15],
com vistas à elaboração de uma revisão integrativa
relevante que possa auxiliar na geração de uma lista
de requisitos e orientações para a produção de
microconteúdos na forma de explainer videos para a
educação, é necessário que as etapas a serem
seguidas estejam claramente descritas. O processo de
elaboração da revisão integrativa encontra-se bem
definido na literatura; entretanto, diferentes autores
adotam formas distintas de subdivisão de tal processo,
com pequenas modificações [8]. Geralmente, para a
construção da revisão integrativa é preciso percorrer
quatro etapas distintas, similares aos estágios de
desenvolvimento de pesquisa convencional, que estão
descritas a seguir.
Primeira etapa: identificação do tema e
questão de pesquisa para a elaboração da revisão
integrativa. Como tema para essa pesquisa foi
escolhido "os microconteúdos na forma de explainer
videos para a educação", tema ainda pouco estudado
academicamente, mas que pode ser de grande
relevância como ferramenta de auxílio ao ensino.
Nesse contexto, foi formulada a questão de pesquisa
dessa revisão integrativa: Quais os conhecimentos
necessários para a definição de requisitos e
orientações para a produção de explainer videos na
educação? Com tema e questão de pesquisa
definidos, passa-se a segunda etapa.
Segunda etapa: Nessa etapa, foi elaborada
uma revisão sistemática onde foram definidas
primeiramente as palavras-chave "explainer videos",
"microconteúdos" e "educação", conforme o tema
proposto na pesquisa. Na sequência, foram
selecionadas as bases de dados de maior
consistência com o tema "microconteúdos na forma de
explainer videos para a educação" a fim de efetuar o
processo de busca. As bases selecionadas foram
Scopus, Web of Science e Science Direct. Foram
definidos, inicialmente, para a pesquisa de artigos
nestas bases, os buscadores: ("explainer videos" or
"microconte*" or "motion graphics" or "animation" or
"animação" and "educa*") e foram encontrados um
total de 2448 artigos publicados nos últimos cinco
anos. Foram então definidos os seguintes critérios de
inclusão ou exclusão: alinhamento do título do artigo
com o tema proposto, artigos completos e existência
de informação de autores e ano. Destes, 74 estavam
previamente alinhados com o tema proposto.
Posteriormente, foram lidos os resumos, gerando
descarte de mais 42 artigos. Os 32 artigos restantes
foram lidos na íntegra e, então, selecionou-se nove,
identificados no quadro 1, os quais apresentaram
linhas de investigação correlatas e fundamentais para
organizar um corpo de conhecimentos que possa
contribuir com a produção de explainer videos, de
acordo com os critérios deste estudo.
Quadro 1: Artigos selecionados.
Quadro 1: Desenvolvido pelos autores.
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Terceira etapa: Nesta etapa, são avaliados os
artigos do portifólio bibliográfico resultante da revisão
sistemática.
O artigo 1 "A systematic characterisation of
expository animations", de Ploetzner, R., Lowe, R.
(2012), fornece um relato sistemático das principais
características de animações explicativas que foram
alvo de pesquisa em educação até à data [9]. Tal
caracterização não só oferece uma base de princípios
para a comparação de investigação sobre
aprendizagem a partir animações expositivas, mas
também sugere elaborações que merecem atenção da
pesquisa no futuro.
No segundo artigo "Verbal redundancy in
multimedia learning environments: A meta-analysis"
(2012), Adesope, O.O., Nesbit, J.C. discutem a
redundância verbal que surge da apresentação
simultânea de texto e discurso na íntegra [1]. Para
informar teorias da aprendizagem multimídia que
orientem a concepção de materiais educativos, uma
meta-análise foi conduzida, onde os dados de 57
estudos independentes foram extraídos.
No artigo 3 "Animated agents and learning:
Does the type of verbal feedback they provide
matter?", de Lin, L., Atkinson, R.K., Christopherson,
R.M., Joseph, S.S., Harrison, C.J. (2013), investiga os
efeitos da presença e diferentes tipos de um agente
animado de feedback sobre a aprendizagem,
motivação e carga cognitiva em um ambiente de
aprendizagem de multimídia projetado para ensinar
conteúdos científicos [5].
O artigo 4, "Slowmation: Preservice
elementary teachers representing science knowledge
through creating multimodal digital animations", de
Hoban, G., Lougran, J. Nielsen, W. (2011), identificou
o valor dos alunos que utilizam a tecnologia para
construir as suas próprias representações de
conceitos científicos [4].
Já no artigo 5, "Assessing the effects of
different multimedia materials on emotions and
learning performance for visual and verbal style
learners", de Chen, C. –M., Sun, Y. –C. (2012), o
estudo é aplicado para avaliar variações nos estados
emocionais para verbalizadores e visualizadores
durante os processos de aprendizagem [3]. Três
diferentes materiais multimídia: texto estático e
material multimídia baseada em imagem, material
multimídia baseado em vídeo e material multimídia
interativo animado, foram apresentados aos
verbalizadores e visualizadores para investigar como
diferentes materiais multimídia afetam o desempenho
individual de aprendizagem e emoção, e identificando
relações entre aprendizado, desempenho e emoção.
No artigo 6, Spangers, I. A. E., Van Gog, T.,
Wouters, P., Van Merriëber, J. J. G. na publicação
"Explaining the segmentation effect in learning from
animations: The role of pausing and temporal cueing"
(2012), tratam da segmentação de animações, que é
apresentá-las em pedaços e não como uma corrente
contínua de informações, que tem demonstrado ter um
efeito benéfico sobre a aprendizagem e a carga
cognitiva para principiantes. Duas diferentes
explicações deste efeito positivo da segmentação têm
sido propostas. Em primeiro lugar, as pausas são
geralmente inseridas entre os segmentos, o que pode
dar aos alunos tempo extra para executar os
processos cognitivos necessários. Em segundo lugar,
porque a segmentação divide animações em pedaços
significativos, ela fornece uma forma de andamento
temporal que pode apoiar os alunos em perceber a
estrutura subjacente do processo ou procedimento
descrito na animação. Este estudo investiga qual
destas explicações é a mais plausível.
O artigo 7, "Identifying representational
competence with multi-representational displays", de
Stieff, M., Hegarty, M., Deslongchamps, G. [17],
examina o uso de um tipo de vídeo e uma animação
mecânica molecular multi-representacional, por alunos
de graduação de química orgânica em uma entrevista
de resolução de problemas. Usando os dois dados de
análise de protocolo e de fixação dos olhos, essa
pesquisa indica que os estudantes se baseiam
principalmente em duas representações visuais-
espaciais no monitor e não fazem uso de duas
representações matemáticas de acompanhamento.
No oitavo artigo, de título "Cognitive load
theory, the transient information effect and e-learning"
(2012), os autores Wong, A., Leahy,W., Marcus, N.,
Sweller, J.postulam que a informação transitória
apresentada em seções curtas, microconteúdos
animados, seria superior a repassada via gráficos
estáticos, devido à nossa capacidade inata para
aprender observando [18]. Para obter informações
transitórias em longas seções, animações perdem a
sua superioridade sobre gráficos estáticos, devido à
sobrecarga de memória de trabalho associada com
grandes quantidades de informação transitória. Da
mesma forma, o efeito modalidade em que as
informações de um áudio-visual são superiores a uma
única informação visual deve ser obtida usando
segmentos curtos, devido às consequências de
memória de trabalho.
No artigo 9, "Learning science via animated
movies: Its effect on students' thinking and motivation",
de Barak, M, Ashkar,T, Dori,Y. J. (2011), tem-se a
finalidade de examinar as afirmações de alguns
pesquisadores indicando que as animações podem
dificultar a aprendizagem significativa dos alunos ou
evocar mal-entendidos esse estudo [2]. O trabalho
investigou o efeito de filmes de animação nos
resultados da aprendizagem dos alunos e a motivação
para aprender.
Quarta etapa: Nesta etapa, são interpretados
os resultados da pesquisa sistemática, que
apresentaram dados relevantes e que corroboram
com o tema deste projeto de pesquisa que é
“microconteúdos na forma de explainer videos para a
educação”. Foram encontrados estudos na área de
cognição que serão importantes na tomada de decisão
sobre quais conteúdos devem ser utilizados, e de que
forma, nos explainer videos. Além disso, uma revisão
sistemática muito detalhada sobre animações
explicativas e suas particularidades foi realizada.
Foram encontrados também estudos sobre
segmentação de animações, que fundamentam o uso
dos microconteúdos animados.
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Por ser este estudo uma revisão integrativa,
foram ainda inseridos mais algumas publicações,
como o livro Multimedia learning, [6], que resume dez
anos de pesquisa na área da aprendizagem
multimídia, sendo um importante instrumento para a
fundamentação dos microconteúdos na forma de
explainer videos para a educação. Além deste, a
dissertação de mestrado de Marcia Maria Alves,
“Design de animações educacionais: Recomendação
de conteúdo, apresentação gráfica e motivação para a
aprendizagem” (2012), integrou a análise, contribuindo
de forma significativa com a presente pesquisa por se
tratar de um estudo detalhado e aprofundado do uso
das animações no campo da educação.
COCLUSÕES
A pesquisa realizada por meio da revisão
integrativa se mostrou criteriosa, objetiva, eficiente e
clara quanto aos procedimentos e resultados,
possibilitando a aplicação em outros estudos.
Os resultados da pesquisa mostraram-se
alinhados com a pergunta de pesquisa “Quais os
conhecimentos necessários para a definição de
requisitos e orientações para a produção de explainer
videos na educação?”, contribuindo dessa forma para
a amplicação dos conhecimentos acerca desse tema.
O estudos dos microconteúdos educacionais
na forma de explainer videos se justificam pela
necessidade de conhecimento envolvendo esta
recente técnica e as tecnologias aderentes, que, se
empregadas de forma adequada, podem contribuir de
forma signficativa para uma educação de qualidade.
Com este estudo, tem-se o intuito de contribuir
para pesquisas futuras na construção de requisitos o
orientações para a produção de microconteúdos na
forma de explainer videos para a educação.
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