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Asesorías 221 B, Chile
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Asesorías 221 B, Chile
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Universidad de Cassino e del Lazio
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Editora da Revista Brasileira de Ciência e
Movimento – RBCM
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Universidad de Jaén, España
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Universidad de Oriente, Cuba
Director Revista Arranca
Asesoría Ciencia Aplicada y Tecnológica:
CEPU – ICAT
Centro de Estudios y Perfeccionamiento
Universitario en Investigación
de Ciencia Aplicada y Tecnológica
Santiago – Chile
Indización
Revista ODEP, indizada en:
ISSN 0719-5729 - Volumen 2 / Número 1 / Enero – Marzo 2016 pp. 26-62
VALIDADE E CONFIABILIDADE DA ESCALA DE FACES DA PERCEPÇÃO SUBJETIVA
DA DOR MUSCULAR DO ESFORÇO FÍSICO DO VOLEIBOL:
UM ESTUDO DURANTE A COMPETIÇÃO
VALIDITY AND RELIABILITY OF THE FACE SCALE OF THE SUBJECTIVE PERCEPTION OF THE MUSCLE
SORENESS OF THE PHYSICAL EFFORT OF THE VOLLEYBALL: A STUDY DURING THE COMPETITION
Mg. Nelson Kautzner Marques Junio
Universidad de Rio de Janeiro, Brasil
kautzner123456789junior@gmail.com
Bch. Danilo Arruda
Santa Monica Clube de Campo Curitiba, Brasil
daniloarruda13@hotmail.com
Bch. Guilherme Nievola Neto
Santa Monica Clube de Campo Curitiba, Brasil
nievol@me.com
Fecha de Recepción: 28 de octubre de 2015 – Fecha de Aceptación: 05 de diciembre de 2015
Resumo
O estudo teve os seguintes objetivos: criar uma escala da percepção subjetiva da dor muscular para jogadores do voleibol da
iniciação, validar essa escala para jogadores de voleibol e verificar a confiabilidade desse instrumento nessa amostra. A
pesquisa foi composta por uma equipe feminina sub 16 e sub 14, uma equipe masculina sub 14 de um mesmo clube de
Curitiba que disputou a 2ª Etapa do Grand Prix de 2015. A escala de dor muscular para o voleibol foi elaborada a partir de
alguns conteúdos das escalas de percepção subjetiva do esforço, das escalas de dor muscular e das escalas de dor crônica.
A escala de dor muscular do voleibol possui cinco faces com a seguinte classificação: 0 é sem dor muscular, 1 é dor muscular
leve, 2 é dor muscular média, 3 é dor muscular forte e 4 é dor muscular máxima. A escala de dor muscular do voleibol foi
validada com uma escala de mialgia de sete pontos em vários momentos da disputa. A confiabilidade foi realizada na escala
do estudo em tempos diferentes ao longo do campeonato. A validade da escala para a equipe sub 16 feminina foi muito alta
(R = 0,90 a 0,99) a alta (R = 0,84 a 0,89). Enquanto que a validade da escala para a equipe sub 14 feminina e masculina foi
muito alta (R = 0,90) a moderada (R = 0,79). A confiabilidade da escala de dor muscular do voleibol foi boa (r = 0,75 a 0,80)
a excelente (r = 0,90). Mas o teste Kappa identificou uma concordância moderada (k = 0,42 e 0,56) e o método Bland e Altman
a concordância predominante foi baixa média. Em conclusão, a escala de dor muscular do voleibol merece novos estudos
para verificar a validade e a confiabilidade desse instrumento.
Palavras Chaves
Voleibol – Escala de Faces – Esforço Físico – Esforço do Voleibol – Percepção Subjetiva
Abstract
The study had the following objectives: to create a scale of the subjective perception of the muscle soreness for volleyball
players, validate this scale for volleyball players and check the reliability of this instrument in this sample. The research was
composed by a women`s team under 16 and under 14, a male team under 14 of a same club of Curitiba that competed the 2nd
stage of the Grand Prix 2015. The scale of muscle soreness for the volleyball was developed from some contents of the
subjective perception exertion scale, muscle soreness scales and of the chronic pain scales. The muscle soreness of the
volleyball scale has five faces with the following classification: 0 is without muscle soreness, 1 is light muscle soreness, 2 is
medium muscle soreness, 3 is strong muscle soreness and 4 is maximum muscle soreness. The muscle soreness scale of
the volleyball was validated with a muscle soreness scale of seven points at several moments of the competition. The reliability
was conducted in scale of the study at different times during the championship. The validity of the scale for the women`s team
under 16 was very high (R = 0,90 to 0,99) to high (R = 0,84 to 0,89). While the validity of the scale for the team under 14 female
and male was very high (R = 0,90) to moderate (R = 0,79). The reliability of the muscle soreness scale of the volleyball was
good (r = 0,75 to 0,80) to excellent (r = 0,90). But the Kappa test identified a moderate agreement (k = 0,42 and 0,56) and the
Bland and Altman method the predominant agreement was lower medium agreement. In conclusion, the muscle soreness
scale of the volleyball deserves others studies to check the validity and reliability of this instrument.
Keywords
Volleyball – Face Scale – Physical Effort – Volleyball Effort – Subjective Perception
REVISTA OBSERVATORIO DEL DEPORTE ODEP ISSN 0719-5729 VOLUMEN 2 – NÚMERO 1 – ENERO/MARZO 2016
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 27
Introdução
A validade ecológica é um quesito importante em um estudo sobre o esporte porque
a investigação costuma ser conduzida em um ambiente e/ou tarefa igual ou similar ao da
competição da modalidade
1
. Então, os resultados de uma pesquisa com alta validade
ecológica permitem ao treinador de aplicar as informações com precisão nos seus atletas,
como muitos desses estudos reproduzem as condições reais da disputa ou ocorrem durante
a competição, essas pesquisas fornecem as mesmas reações fisiológicas, psicológicas,
biomotoras e outras, que acontecem no esporte de rendimento estudado, seus resultados
fornecem uma melhor orientação para os treinadores quando utilizarem os dados do
experimento
2
. Portanto, uma investigação durante a competição do voleibol da iniciação é
interessante para os envolvidos nessa modalidade.
O voleibol é um esporte intermitente (esforço e pausa) e acíclico
3
. Os maiores
esforços dessa modalidade são os saltos e os deslocamentos defensivos
4
. Geralmente
durante o rali predomina o sistema anaeróbio aláctico ou o anaeróbio láctico, depende da
duração da pausa – longa, média ou curta, com ênfase no metabolismo aeróbio
5
. A força
requerida durante o rali costuma ser a força rápida e/ou a força rápida de resistência porque
essas capacidades motoras estão relacionadas com o tempo do rali e da pausa
6
. Uma
1
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partida de voleibol dura algumas horas
7
, ocasionando durante, após o jogo e algumas horas
depois a dor muscular
8
. Entretanto, o voleibol não se resume apenas no jogo, para uma
equipe dessa modalidade ser bem preparada necessita efetuar o treino técnico, o treino
situacional, o treino de jogo e a preparação física
9
, em todas essas tarefas a dor muscular
se manifesta, estando relacionada com a carga de treino ou com o esforço da competição
10
.
A dor muscular no praticante do esporte e da atividade física, nesse estudo é sobre o
atleta de voleibol, aparece após o esforço do jogo e algumas horas depois da prática dessa
modalidade
11
. Esse inconveniente neurofisiológico costuma interferir no desempenho
esportivo porque prejudica a máxima contração muscular do atleta, ou seja, ocorre um
declínio na ação muscular concêntrica, excêntrica e isométrica
12
. Esse é um dos motivos
da dor muscular ou mialgia ser muito estudada na literatura
13
.
A dor muscular que acontece durante ou após a prática do voleibol é denominada de
dor muscular aguda, ocasionada pelo fluxo sanguíneo insuficiente ou isquemia para os
músculos efetuarem a tarefa voleibolística
14
. Por causa dessa isquemia, os subprodutos
metabólicos (íons hidrogênio, fosfato inorgânico etc) não são removidos, eles se acumulam
ao ponto de estimularem os receptores da dor localizada no músculo, vindo prejudicar o
7
M. Arruda e J. Hespanhol, Saltos verticais (São Paulo: Phorte, 2008), 15-47 e N. Marques Junior e
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 29
desempenho do jogador de voleibol. Porém, essa dor muscular aguda pode continuar por
mais uns dias, sendo denominada de dor muscular tardia
15
.
A causa exata da dor muscular tardia ainda é desconhecida, mas existem teorias que
tentam explicar essa desagradável resposta neurofisiológico
16
. Talvez isso aconteça,
porque muitos estudos da dor muscular tardia são com animais
17
. Umas das teorias sobre
a dor muscular tardia é a inflamação, onde o tecido inflamado, proveniente da lesão na
musculatura ocasiona a dor muscular tardia
18
. Para combater esse incômodo, os glóbulos
brancos aumentam no sangue após o exercício fatigante com o intuito de reparar o local da
lesão. A segunda teoria da dor muscular tardia é dos danos estruturais, sendo comprovado
que ocorrem rupturas nas linhas Z do sarcômero, esse dano nessa região ocasiona
interferência na ligação da cadeia contrátil, ou seja, se torna fraca
19
. Outras estruturas do
músculo também são danificadas, sendo evidenciado no sarcolema, nos túbulos T e no
retículo sarcoplasmático, isso prejudica a liberação normal de cálcio para a contração
muscular. A terceira teoria da dor muscular tardia é do tecido conjuntivo danificado, a
literatura informou que acontece um possível dano nessa região, essa afirmações são
sustentadas pela correlação positiva da hidroxiprolina excretada na urina que é um
marcador do dano no tecido conjuntivo
20
. Portanto, a dor muscular é uma resposta
neurofisiológica complexa, e em muitos momentos da prática esportiva, a mialgia está
associada com o nível de fadiga
21
.
Quando a dor muscular esteja relacionada com a fadiga, Noakes
22
informou que é
interessante do treinador monitorar os sítios da fadiga antes desse incômodo se instalar no
atleta porque o treinamento está relacionado com essa resposta do esportista na disputa,
logo, o intuito do treinamento é “atrasar” ao máximo a fadiga para que o esportista consiga
o melhor desempenho na competição. Então, embasado nos ensinamentos de Noakes
23
,
mensurar a dor muscular antes da partida, logo depois do jogo e algumas horas após a
disputa do voleibol é uma tarefa importante porque os responsáveis pela equipe de voleibol
podem compreender o declínio do voleibolista por causa da mialgia, também é possível
detectar se os treinamentos praticados pelos jogadores estão “prorrogando” uma
15
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 30
significativa dor muscular durante a competição e consegue-se identificar em um time de
voleibol quais atletas se recuperam mais rápido e mais lento da dor muscular.
Entretanto, é sabido através dos estudos científicos que a creatina cinase (CK) e a
mioglobina (Mg) são marcadores da dor muscular, quanto mais alto esses componentes no
sangue, maior é esse inconveniente neuromuscular
24
. Conclui-se que, de acordo com os
níveis de fadiga do jogador de voleibol, costuma-se observar maiores dores musculares e
os níveis de CK e de Mg são indicadores desse ocorrido
25
. Porém, determinar o nível de
dor muscular pela CK e/ou pela Mg torna-se um custo alto para equipes sem muitos
recursos financeiros, outro problema, é a constante recolha do sangue após as partidas,
sendo um incômodo para o voleibolista.
Existe algum instrumento rápido na determinação da dor muscular, de fácil manuseio,
de baixo custo financeiro, validado para o voleibol e que foi determinada a confiabilidade?
Consultando a literatura do voleibol da iniciação
26
e do voleibol adulto de alto
rendimento
27
os estudos não apresentaram nenhuma pesquisa dessa natureza. Logo,
torna-se importante a elaboração de um instrumento que mensure a dor muscular dos
voleibolistas com intuito de monitorar os esforços do treino e da competição, visando facilitar
o trabalho dos profissionais dessa modalidade.
A sensação do esforço físico é detectada pelo sistema nervoso central e pelo sistema
nervoso periférico através da antecipação e do feedback
28
, ambos atuam em conjunto e
24
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fatigue. Sports Med 33:3 (2003) 167-176 and R. Tucker. The anticipatory regulation of performance:
REVISTA OBSERVATORIO DEL DEPORTE ODEP ISSN 0719-5729 VOLUMEN 2 – NÚMERO 1 – ENERO/MARZO 2016
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 31
permitem ao indivíduo uma percepção do nível da dor muscular durante a tarefa,
imediatamente após e algumas horas depois
29
. Sabendo dessas informações, vários
pesquisadores elaboraram
30
e utilizam escalas
31
que determinam o nível de dor muscular
através da percepção subjetiva da mialgia. Embasado nessas informações, o estudo teve
os seguintes objetivos:
1) Criar uma escala da percepção subjetiva da dor muscular para jogadores do voleibol da
iniciação,
2) Validar essa escala para jogadores de voleibol e
3) Verificar a confiabilidade desse instrumento nessa amostra.
Materiais e métodos
A amostra intencional da pesquisa foi composta por uma equipe feminina sub 16, uma
equipe feminina sub 14 e uma equipe masculina sub 14 de um mesmo clube de Curitiba
que disputou a 2ª Etapa do Grand Prix de 2015, competição regulamentada pela Federação
Paranaense de Voleibol. A estatura e a massa corporal total foram estabelecidas conforme
as informações de Matsudo
32
. A tabela 1 apresenta os detalhes dos jogadores.
Categoria
n
Idade
Estatura
Massa Corporal Total
Sub 16 feminina
11
14,22±0,66
1,66±0,7 m
56,64±9,67 kg
Sub 14 feminina
9
12,05±0,9
1,61±0,4 m
50,9±4,6 kg
Sub 14 masculina
13
12,5±0,52
163,5±9,20
55,68±8,99 kg
Tabela 1
Jogadoras de voleibol do estudo
A escala de dor muscular para o voleibol foi elaborada a partir de alguns conteúdos
das escalas de percepção subjetiva do esforço (PSE), das escalas de dor muscular e das
escalas de dor crônica.
the physiological basis for pacing strategies and the development of a perception-based model for
exercise performance. Br J Sports Med 43:6 (2009) 392-400.
29
T. Noakes, The central governor model and fatigue during exercise. In: F. Marino, ed. Regulation
of fatigue in exercise (Hauppauge: Nova Science Publishers, 2011), 1-26.
30
C. Correa; E. Cadore; L. Kruel e R. Pinto, Reprodutibilidade do teste de 1-RM e dor muscular tardia
em homens idosos saudáveis. Conexões 9:2 (2011) 1-17 e W. Lau; M. Muthalib and K. Nosaka,
Visual analog scale and pressure pain threshold for delayed onset muscle soreness assessment. J
Muscleskeletal Pain 21:4 (2013) 320-326.
31
F. Impellizzeri; E. Rampinini; C. Castagna; F. Martino; S. Fiorini and U. Wisloff, Effect of plyometric
training on sand versus grass on muscle soreness and jumping and sprinting ability in soccer players.
Br J Sports Med 42:1 (2008) 42-46; O. Girard; G. Lattier; J-P. Micallef and G. Millet, Changes in
exercise characteristics, maximal voluntary contraction, and explosive strength during prolonged
tennis playing. Br J Sports Med 40:6 (2006) 521-526 e T. Chen; K. Nosaka and P. Sacco. Intensity
of eccentric exercise, shift of optimum angle, and the magnitude of repeated-bout effect. J Appl
Physiol 102:3 (2007) 992-999.
32
V. Matsudo, Testes em ciências do esporte. 6ª ed. (São Caetano do Sul: CELAFISCS, 1998), 19-
31.
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 32
Foi escolhida uma escala de apenas 5 pontos da dor muscular que a literatura da
PSE informou que é mais fácil do testado determinar o nível do esforço, nesse estudo da
mialgia, sem fazer uma longa familiarização com o instrumento
33
. Então, uma escala menor
torna-se mais preciso para estabelecer o nível da dor muscular dos jogadores de voleibol.
Outro conteúdo das escalas de PSE
34
e das escalas de dor muscular crônica
35
são as faces,
segundo as referências citadas, o uso das faces facilita o entendimento em estabelecer
com precisão o nível da dor muscular, principalmente quando se trabalha com crianças e
adolescentes, nesse estudo foram jovens atletas do voleibol. O uso das faces possui outra
vantagem, pode ser aplicado em jogadoras que não sabem ler, ou em voleibolistas
estrangeiras que não conseguem entender o português.
A escala proposta nesse estudo é a escala de faces da percepção subjetiva da dor
muscular do esforço físico do voleibol, como o nome é longo, ela também possui um nome
reduzido, escala de dor muscular do voleibol.
Essa escala é apresentada numa folha de papel A4 (ver no anexo) onde a atleta
precisa preencher sua identificação (nome, idade, categoria e posição) e a data da coleta
de dados. A sua orientação de uso foi adaptada do estudo de Vickers
36
e da investigação
de Lau, Muthalib e Nosaka
37
. A jogadora de voleibol merece movimentar todo o corpo que
permita a contração muscular – flexão e/ou extensão do cotovelo, caminhar, saltito etc.
Conforme o nível de dor muscular dos movimentos que praticou, ela deve marcar a face
que melhor representa seu estado atual desse inconveniente neurofisiológico.
Mas é necessário ver a face e marcar em um espaço que é fornecido para esse
propósito. Os 5 pontos da dor muscular são os seguintes: 0 é sem dor muscular, 1 é dor
muscular leve, 2 é dor muscular média, 3 é dor muscular forte e 4 é dor muscular máxima,
merecendo que a jogadora evite esforço físico para não piorar o estado em que se encontra.
A figura 1 ilustra essas explicações da escala da dor muscular do voleibol.
33
D. Hampson; A. Gibson; M. Lambert and T. Noakes, The influence of sensory cues on the
perception of exertion during exercise and central regulation of exercise performance. Sports Med
31:13 (2001) 935-952 e N. Marques Junior, Conteúdo importante para elaboração de uma escala de
prescrição da intensidade subjetiva do esforço do treino. Lecturas: Educ Fís Dep 20:208 (2015) 1-
10.
34
J. Faulkner and R. Eston, Perceived exertion researcher in the 21st century: developments,
reflections and questions for the future. J. Exerc Sci Fit 16:1(2008):1-14; R. Martins; M. Assumpção
and C. Schivinski, Percepção de esforço e dispneia em pediatria: revisão das escalas de avaliação.
Med 47:1 (2014) 25-35 e M. Costa; E. Dantas; M. Marques e J. Novaes, Percepção subjetiva do
esforço. Classificação do esforço percebido: proposta de utilização da escala de faces. Fit Perf J 3:6
(2004) 305-313.
35
F. Silva e L. Thuler, Tradução e adaptação transcultural de duas escalas para avaliação da dor em
crianças e adolescentes. J Pediatr 84:4 (2008) 344-349.
36
A. Vickers, Time course of muscle soreness following different types of exercise. BMC
Musculoskelet Disord 2:5 (2001) 1-4.
37
W. Lau; M. Muthalib and K. Nosaka, Visual analog scale and pressure pain threshold for delayed
onset muscle soreness assessment. J Musculoskelet Pain 21:4 (2013) 320-326.
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Classificação da Dor Muscular
Marque no espaço um único valor de 0 a 4 do nível da sua dor muscular
a) Dor muscular sem esforço físico (antes do
treino e/ou do jogo)
d) Dor muscular de 24 h após o esforço
do voleibol
b) Dor muscular logo após o esforço do
voleibol
e) Dor muscular de 48 h após o esforço
do voleibol
c) Dor muscular de 12 h após o esforço do
voleibol
f) Dor muscular de 72 h após o esforço
do voleibol
Figura 1
Escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol
A escala de dor muscular do voleibol pode ser aplicada na equipe antes ou após do
treino e/ou do jogo e também, algumas horas depois do esforço do voleibol, servindo para
monitorar a dor muscular do treino de jogo, da sessão técnica, do treino situacional e do
trabalho físico. Segundo Lambert e Borresen
38
, esse tipo de escala é extremamente
importante porque fornece o nível da dor muscular conforme a carga da sessão e ainda,
indiretamente serve para monitorar a recuperação física do atleta proveniente da fadiga, ou
seja, quando a dor muscular reduz aconteceu uma restauração do atleta do esforço físico
do voleibol. Como a escala de dor muscular do voleibol possui dor muscular máxima, que
é o nível 4, talvez até possa evitar o sobretreinamento da voleibolista da iniciação desse
esporte
39
. Os tempos de 12 horas e 24 horas recomendados para determinar o nível de dor
muscular foram embasados na literatura, momento que inicia a mialgia com valores
38
M. Lambert and J. Borresen, A theoretical basis of monitoring fatigue: a practical approach for
coaches. Int J Sports Sci Coaching 1:4 (2006) 371-388.
39
G. Kenttä and P. Hassnén, Overtraining and recovery: a conceptual model. Sports Med 26:1 (1998)
1-16.
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 34
consideráveis
40
. Enquanto que 48 horas e 72 horas é quando a dor muscular atinge seu
pico, por esse motivo que essa escala também indicou a coleta durante esse período
41
. A
escala de dor muscular do voleibol, a escala de likert para dor muscular de Vickers
42
e a
escala de Foster et al.
43
foram familiarizadas durante os treinos de uma equipe de voleibol
da iniciação por um período de duas semanas. Após a familiarização dessas escalas, elas
foram utilizadas na 2ª Etapa do Grand Prix de 2015 por uma equipe de voleibol para validar
a escala de dor muscular do voleibol e verificar a confiabilidade desse instrumento.
As duas escalas de dor muscular foram apresentadas 6 horas antes dos jogos. Após
cada partida, foi apresentada para o jogador a escala Vickers
44
e pouco depois, a escala
de dor muscular do voleibol. Essas escalas também foram apresentadas 6 horas e 12 horas
após a partida. Visando saber o esforço da partida de voleibol, foi mostrada para os atletas
a escala a de Foster et al.
45
, que quantificou a carga interna do esforço físico do jogo
46
. A
metodologia dessa escala é simples, 30 minutos após a partida o jogador de voleibol
respondeu a pergunta: “Como foi o esforço físico do jogo?” Em seguida, o avaliado escolheu
um descritor e depois um número de 0 a 10 da escala. O cálculo da carga interna do esforço
físico do jogo de cada jogador foi expresso pela seguinte multiplicação
47
, sendo o seguinte:
Carga Interna do Esforço Físico do Jogo = (escore da escala de PSE de Foster et al.
48
x tempo em minutos do jogo) = ? (unidade arbitrária)
A tabela 2 mostra o resultado da carga interna do esforço físico do jogo de voleibol
das três categorias do estudo.
Categoria
n
Jogo 1
Jogo 2
Jogo 3
Jogo 4
Sub 16 feminina
11
100±59,16
52,27±43,13
138±97,58
40,91±42,47
Sub 14 feminina
9
184±81,39
98±55,56
134,4±95,70
70±55,62
Carga Interna Sub 14
masculina
13
45,31±41,23
83,15±72,19
83,15±72,19
-
Tabela 2
Carga interna do esforço físico do jogo das respectivas categorias do voleibol
40
V. Sethi, Literature review of management of delayed onset muscle soreness (DOMS). Int J Biol
Med Res 3:1 (2012) 1469-1475.
41
Z. Veqar, Causes and management of delayed onset muscle soreness: a review. Elixir Hum Physio
55 (2013) 13205-13211.
42
A. Vickers, Time course of muscle soreness following different types of exercise…
43
C. Foster; J. Florhaug; J. Franklin; L. Gottschall; L. Hrovatin; S. Parker; P. Doleshal and C. Dodge,
A new approach to monitoring exercise training. J Strength Cond Res 15:1 (2001) 109-115.
44
A. Vickers, Time course of muscle soreness following different types of exercise. BMC
Musculoskelet Disord 2:5 (2001) 1-4.
45
C. Foster; J. Florhaug; J. Franklin; L. Gottschall; L. Hrovatin; S. Parker; P. Doleshal and C. Dodge,
A new approach to monitoring exercise training. J Strength Cond Res 15:1 (2001) 109-115.
46
segundo V. Platonov, Teoria geral do treinamento desportivo olímpico (Porto Alegre: Artmed,
2004), 133-134: são as respostas do organismo referente ao trabalho realizado durante o jogo de
voleibol, sendo expresso pela frequência cardíaca, consumo de oxigênio, lactato, débito cardíaco,
atividade elétrica do músculo etc. Como as escalas de PSE possuem uma relação linear com várias
dessas medidas neurofisiológicas, elas mensuram a carga interna do esforço físico do jogo de
voleibol, sendo multiplicado pela duração da partida para determinar esse valor com precisão.
47
F. Nakamura; A. Moreira e M Aoki, Monitoramento da carga de treinamento: a percepção subjetiva
é um método confiável? Rev Educ Fís/UEM 21:1 (2010) 1-11.
48
C. Foster; J. Florhaug; J. Franklin; L. Gottschall; L. Hrovatin; S. Parker; P. Doleshal and C. Dodge,
A new approach to monitoring exercise training. J Strength Cond Res 15:1 (2001) 109-115.
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 35
O teste Shapiro Wilk detectou dados não normais para os valores da carga interna do
jogo de voleibol para a categoria sub 16 feminina e para a sub 14 feminina. Mas o mesmo
teste identificou dados normais para a categoria sub 14 masculina. A Anova de Friedman
não encontrou diferença significativa da carga interna da categoria sub 16 feminina, X2 (3)
= 10,65, p = 0,13.
A Anova de Friedman detectou diferença significativa da carga interna da categoria
sub 14 feminina, X2 (3) = 12,25, p = 0,006. O post hoc Dunn identificou diferença significativa
(p≤0,05) em duas comparações, sendo as seguintes: jogo 1 (184±81,39) versus jogo 2
(98±55,56) – diferença de 14,50, jogo 1 (184±81,39) versus jogo 4 (70±55,62) – diferença
de 14,50. A Anova de medidas repetidas detectou diferença significativa da carga interna
da categoria sub 14 masculina, F (2,24) = 7,93, p = 0,0001.
O post hoc Bonferroni identificou diferença significativa (p≤0,05) em duas
comparações, sendo as seguintes: jogo 1 (45,31±41,23) versus jogo 2 (83,15±72,19) –
diferença de -37,85, jogo 1 (45,31±41,23) versus jogo 3 (83,15±72,19) – diferença de -
37,85. O gráfico 1 ilustra esses resultados com diferença significativa.
Carga Interna do Esforço Físico do Voleibol - sub 14 feminino
Jogo 1
Jogo 2
Jogo 3
Jogo 4
0
50
100
150
200
250
Unidade Arbit rária
Carga Interna do Esforço Físico do Voleibol - sub 14 masculino
Jogo 1
Jogo 2
Jogo 3
0
50
100
150
Unidade Arbit rária
Gráfico 1
Carga interna do jogo de voleibol das partidas realizadas na 2ª Etapa do Grand Prix
A figura 2 mostra como foi a coleta de dados para validar e verificar a confiabilidade
da escala de dor muscular do voleibol. Foi efetuada uma validade e confiabilidade repetida
conforme os procedimentos de Persson et al.
49
e de Craig et al.
50
.
49
A. Persson; C. Brogardh and B. Sjöbund, Tender or not tender: test-retest repeatability of pressure
pain thresholds in the trapezius and deltoid muscles of healthy women. J Rehabil Med 36:1(2004):17-
27.
50
C. Craig; A. Marshall; M. Sjöström; A. Bauman; M. Booth; B. Ainsworth; M. Pratt; U. Ekelund; A.
Yngve; J. Salles and P. Oja, International physical activity questionnaire: 12-country reliability and
validity. Med Sci Sports Exerc 35:8(2003):1381-1395.
p≤0,05*+
p≤0,05*+
*+
*
+
*
+
*+
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 36
Figura 2
Procedimentos para a coleta de dados e tratamento estatístico da escala
de dor muscular do voleibol
A escala de likert para dor muscular de Vickers
51
e a escala de Foster et al.
52
são
expostas a seguir, caso o leitor não conheça esses dois instrumentos usados no estudo.
51
A. Vickers, Time course of muscle soreness following different types of exercise…
52
C. Foster; J. Florhaug; J. Franklin; L. Gottschall; L. Hrovatin; S. Parker; P., Doleshal and C. Dodge.
A new approach to monitoring exercise training. J Strength Cond Res 15:1 (2001) 109-115.
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Escala de Likert para Dor Muscular de Vickers
Nome: ........................................................... Idade: .................. Categoria e Posição:
...................................... Data da Coleta: ........................
Por favor, assinale a sentença abaixo que melhor descreve o seu nível de dor
muscular.
( ) 0 Ausência de dor muscular
( ) 1 Dor leve ao tocar a região / uma dor inconstante
( ) 2 Dor moderada ao tocar a região / a dor persiste levemente
( ) 3 Uma dor leve quando caminho para subir ou descer escadas
( ) 4 Uma dor leve quando caminho sobre uma superfície plana / me sinto dolorido
( ) 5 Uma dor moderada, rigidez ou fraqueza quando caminho / me sinto muito dolorido
( ) 6 Uma dor forte que limita a minha capacidade de se mover
Figura 3
Escala utilizada na validade
Classificação
Descritor
0
Repouso
1
Muito, muito fácil
2
Fácil
3
Moderado
4
Um pouco difícil
5
Difícil
6
-
7
Muito difícil
8
-
9
-
10
Máximo
Figura 4
Escala utilizada para estabelecer a carga interna do jogo no voleibolista
Os dados estatísticos dos valores da escala de dor muscular do voleibol e da escala
de likert para dor muscular de Vickers
53
foram apresentados pela média e desvio padrão.
Em seguida, foi verificada a normalidade dos dados vendo o histograma e através do teste
Shapiro Wilk (n até 50), com resultados aceitos com nível de significância de p≤0,05. Para
verificar se existe diferença entre cada condição do testado, em caso de dados normais foi
aplicada a Anova one way de dados repetidos e o post hoc Bonferroni, com resultados
aceitos com nível de significância de p≤0,05. Em caso de dados não normais, foi aplicada
a Anova de Friedman e o post hoc Dunn, com resultados aceitos com nível de significância
de p≤0,05. Porém, em Anova, foi verificada a diferença da dor muscular das jogadoras na
mesma escala e da mesma categoria. Em caso de dados normais, a validade da escala foi
estabelecida pela correlação (r) de Pearson, com resultados aceitos com nível de
significância de p≤0,05. Mas se os dados não forem normais, foi aplicada a correlação (R)
53
A. Vickers, Time course of muscle soreness following different types of exercise…
Escala de Foster
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 38
de Spearman, com resultados aceitos com nível de significância de p≤0,05. Em seguida, foi
calculado o erro padrão da estimativa de acordo com Thomas e Nelson
54
. A confiabilidade
da escala foi checada através do coeficiente de correlação (r) intraclasse (p≤0,05). O erro
padrão da medida foi calculado conforme as recomendações de Kiss
55
. O teste de Kappa
de Cohen foi calculado para determinar o nível de concordância entre as avaliações do
estudo que estabeleceu a confiabilidade (p≤0,05). O método de Bland e Altman
56
foi
aplicado para avaliar o nível de concordância entre as avaliações da escala de dor muscular
do voleibol. Todos estes tratamentos estatísticos foram realizados de acordo com os
procedimentos do GraphPad Prism, versão 5.0.
Resultados
O teste Shapiro Wilk identificou dados não normais para os valores das escalas de
percepção subjetiva (PS) da dor muscular. O histograma mostra o dado não normal de
alguns resultados no gráfico 2.
6 horas após o Jogo 1 - sub 16 feminino
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
2.0
0
2
4
6
PS da Dor Muscular pela Escala do Vole ibol
Frequê ncia
12 horas após o Jogo 3 - sub 14 feminino
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
0
1
2
3
4
5
PS da Dor M uscular pe la Escala do Vol eibol
Frequê ncia
Após o Jogo 3 -sub 14 masculino
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.0
0
2
4
6
8
PS da Dor Muscula r pe la Escala do Vol ei bol
Frequê ncia
Gráfico 2
(A) Histograma do sub 16 feminino, (B) do sub 14 feminino e (D) do sub 14 masculino.
54
J. Thomas e J. Nelson, Métodos de pesquisa em atividade física. 3ª ed. (Porto Alegre: Artmed,
2002), 124-123.
55
M. Kiss, Esporte e exercício: avaliação e prescrição (São Paulo: Roca, 2003), 29-31.
56
J. Bland and D. Altman, Statistical methods for assessing agreement between two methods of
clinical measurement. Lancet 8476:1 (1986) 307-310.
A
B
C
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 39
A tabela 3 mostra a estatística descritiva da PS da dor muscular das duas escalas.
Momento da Coleta de
Dados e Escala da Dor
Muscular
Sub 16 feminino
Sub 14
feminino
Sub 14
masculino
6 horas antes do jogo 1
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
1,36±1,69 (0 a 5 – mínimo e
máximo)
1±1 (0 a 3)
0,11±0,11 (0
a 1)
0,44±0,72 (0
a 2)
1±0,91 (0 a 2)
1±0,4 (0 a 2)
Após o jogo 1
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
0,81±0,87 (0 a 3)
0,90±0,83 (0 a 3)
0,66±0,7 (0
a 2)
0,88±0,78 (0
a 2)
0,3±0,48 (0 a
1)
0,07±0,27 (0 a
1)
6 horas após o jogo 1
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
1,81±1,4 (0 a 4)
1,09±0,94 (0 a 2)
1±0,7 (0 a 2)
1±0,86 (0 a
2)
-
12 horas após o jogo 1
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
1,54±1,21 (0 a 3)
1±0,77 (0 a 2)
0,33±0,5 (0
a 1)
0,44±0,01 (0
a 3)
-
Após o jogo 2
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
1,09±0,94 (0 a 3)
0,81±0,75 (0 a 2)
0,66±0,7 (0
a 2)
0,22±0,44 (0
a 1)
1,07±0,95 (0 a
2)
0,69±0,63 (0 a
2)
6 horas após o jogo 2
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
-
0,44±0,72 (0
a 2)
0,66±1 (0 a
3)
0,46±0,66 (0 a
2)
0,07±0,27 (0 a
1)
12 horas após o jogo 2
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
-
-
0,38±0,65 (0 a
2)
0,3±0,48 (0 a
1)
Após o jogo 3
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
2,54±1,36 (0 a 4)
1,63±1,02 (0 a 3)
1,44±0,23 (0
a 3)
1±1 (0 a 2)
0,61±0,76 (0 a
2)
0,46±0,51 (0 a
1)
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 40
6 horas após o jogo 3
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
-
1,33±1,32 (0
a 3)
1,44±1,13 (0
a 3)
-
12 horas após o jogo 3
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
2±1,18 (0 a 3)
1,36±0,67 (0 a 2)
1,11±1,26 (0
a 3)
1,11±1,26 (0
a 3)
-
Após o jogo 4
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
2,45±1,63 (0 a 6)
1,63±1,02 (0 a 3)
1,55±1,50 (0
a 4)
1,11±16 (0 a
3)
-
6 horas após o jogo 4
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
-
1,55±1,42 (0
a 4)
1,77±1,39 (0
a 4)
-
12 horas após o jogo 4
Escala de Dor Muscular de
Vickers
Escala de Dor Muscular do
Voleibol
1,09±0,94 (0 a 3)
0,81±0,60 (0 a 2)
-
-
Tabela 3
Estatística descritiva das escalas de PS da dor muscular
Classificação do Nível da Dor Muscular pela Escala do Voleibol: 0 – sem dor
muscular, 1 – dor muscular leve, 2 – dor muscular média, 3 – dor muscular forte e 4 – dor
muscular máxima.
O teste Shapiro Wilk detectou dados não normais para os valores da PS da dor
muscular. A Anova de Friedman encontrou diferença significativa da PS da dor muscular
pela escala de Vickers
57
da categoria sub 16 feminina, X2 (8) = 29,53, p = 0,0003. O post
hoc Dunn identificou diferença significativa (p≤0,05) em uma comparação, sendo a
seguinte: após o jogo 1 (0,81±0,87) versus após o jogo 3 (2,54±1,36) – diferença de -43. A
Anova de Friedman não encontrou diferença significativa da PS da dor muscular pela escala
de dor muscular do voleibol da categoria sub 16 feminina, X2 (8) = 19,69, p = 0,06. A Anova
de Friedman não detectou diferença significativa da PS da dor muscular pela escala de
Vickers
58
da categoria sub 14 feminina, X2 (10) = 27,23, p = 0,06. A Anova de Friedman não
detectou diferença significativa da PS da dor muscular pela escala de dor muscular do
voleibol da categoria sub 14 feminina, X2 (10) = 21,86, p = 0,07. A Anova de Friedman não
identificou diferença significativa da PS da dor muscular pela escala de Vickers
59
da
categoria sub 14 masculina, X2 (5) = 19,65, p = 0,15. A Anova de Friedman identificou
diferença significativa da PS da dor muscular pela escala de escala de dor muscular do
voleibol da categoria sub 14 masculina, X2 (5) = 31,82, p = 0,0001. O post hoc Dunn
identificou diferença significativa (p≤0,05) em duas comparações, sendo as seguintes: 6
57
A. Vickers, Time course of muscle soreness following different types of exercise…
58
A. Vickers, Time course of muscle soreness following different types of exercise…
59
A. Vickers, Time course of muscle soreness following different types of exercise…
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horas antes do jogo 1 (1±0,4) versus após o jogo 1 (0,07±0,27) – diferença de 32,5, 6 horas
antes do jogo 1 (1±0,4) versus após o jogo 2 (0,07±0,27) – diferença de 32,5. Através
desses resultados da PS da dor muscular, pode-se concluir que os resultados foram
próximos durante vários momentos do campeonato.
A validade da escala de dor muscular foi testada pela correlação (R) de Spearman,
sendo exposto na tabela 4.
Momento da Coleta de Dados e Variável
Sub 16
feminino
Sub 14
feminino
Sub 14
masculino
6 horas antes do jogo 1
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
R = 0,99
p =
0,0001*
R = 0,24
p = 0,52
R = 0,44
p = 0,12
Após o jogo 1
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
R = 0,46
p = 0,15
R = 0,83
p = 0,008*
R = 0,43
p = 0,13
6 horas após o jogo 1
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
R = 0,91
p =
0,0002*
R = 0,61
p = 0,08
-
12 horas após o jogo 1
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
R = 0,84
p =
0,001*
R = -0,37
p = 0,31
-
Após o jogo 2
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
R = 0,87
p =
0,0009*
R = 0,62
p = 0,07
R = 0,75
p = 0,002*
6 horas após o jogo 2
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
-
R = 0,60
p = 0,09
R = 0,53
p = 0,06
12 horas após o jogo 2
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
-
-
R = 0,98
p = 0,0001*
Após o jogo 3
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
R = 0,94
p =
0,0001*
R = 0,90
p = 0,002*
R = 0,95
p = 0,0001*
6 horas após o jogo 3
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
-
R = 0,44
p = 0,22
-
12 horas após o jogo 3
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
R = 0,94
p =
0,0001*
R = 0,79
p = 0,01*
-
Após o jogo 4
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
R = 0,89
p =
0,0002*
R = 0,47
p = 0,19
-
6 horas após o jogo 4
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
-
R = 0,81
p = 0,01*
-
12 horas após o jogo 4
Escala de Dor Muscular de Vickers x Escala de Dor
Muscular do Voleibol
R = 0,90
p =
0,0001*
-
-
*diferença significativa
Tabela 4
Resultados da correlação de Spearman para determinar a validade da escala de dor
muscular do voleibol
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A validade da escala de dor muscular do voleibol para a categoria sub 16 feminina
obteve um R muito alto (R = 0,90 a 0,99) a alto (R = 0,84 a 0,89) de acordo com a
classificação de Pompeu
60
, acontecendo diferença significativa em oito correlações. O
único R dessas jogadoras que não teve diferença significativa foi após o jogo 1 (R = 0,46,
p = 0,15). Portanto, a escala para essas voleibolistas possui uma muito alta a alta validade,
ou seja, segundo Matias e Greco
61
“o instrumento mede aquilo a que se propõe medir” (p.
68). Porém, na equipe feminina de voleibol sub 14, em onze correlações para verificar a
validade da escala de dor muscular do voleibol, somente em quatro foi verificado um R com
diferença significativa, sendo muito alto (Após o jogo 3: R = 0,90, p = 0,002) a alto (6 horas
após o jogo 4: R = 0,81, p = 0,01; Após o jogo 1: R = 0,83, p = 0,008) e um R moderado (12
horas após o jogo 3: R = 0,79, p = 0,01), conforme a classificação de Pompeu
62
. Enquanto
que na categoria sub 14 do voleibol masculino, em seis correlações efetuadas, somente em
três aconteceu diferença significativa do R, sendo classificado como um R muito alto (12
horas após o jogo 2: R = 0,98, p = 0,0001; Após o jogo 3: R = 0,95, p = 0,0001) e moderado
(Após o jogo 2: R = 0,75, p = 0,002), seguindo a classificação do mesmo autor anterior
63
.
O erro padrão da estimativa (EPE) foi calculado conforme as recomendações de
Thomas e Nelson
64
, pela seguinte conta:
EPE = desvio padrão da variável dependente . 1 – (R de Spearman)2
A tabela 5 apresenta os resultados do EPE.
Momento da Coleta de
Dados
Sub 16
feminino
Sub 14
feminino
Sub 14
masculi
no
6 horas antes do jogo 1
0,01
0,69
0,35
Após o jogo 1
0,73
0,43
0,35
6 horas após o jogo 1
0,38
0,68
-
12 horas após o jogo 1
0,41
0,009
-
Após o jogo 2
0,36
0,34
0,41
6 horas após o jogo 2
-
0,8
0,22
12 horas após o jogo 2
-
-
0,09
Após o jogo 3
0,34
0,43
0,15
6 horas após o jogo 3
-
1,01
-
12 horas após o jogo 3
0,22
0,77
-
Após o jogo 4
0,46
14,12
-
6 horas após o jogo 4
-
0,77
-
12 horas após o jogo 4
0,27
-
-
Tabela 5
Resultados do EPE da escala de dor muscular do voleibol
60
F. Pompeu, Manual de cineantropometria (Rio de Janeiro: Sprint, 2004), 4-9.
61
C. Matias e P. Greco. Desenvolvimento e validação do teste de conhecimento tático declarativo
para o levantador de voleibol. Arquivos Mov 5:1 (2009) 61-80.
62
F. Pompeu, Biodinâmica do movimento humano (São Paulo: Phorte, 2006), 61-63.
63
F. Pompeu, Biodinâmica do movimento humano...
64
J. Thomas e J. Nelson, Métodos de pesquisa em atividade física. 3ª ed. (Porto Alegre: Artmed,
2002), 124-123.
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O EPE na tabela 3 foi menor quando o R foi alto ou muito alto e o desvio padrão da
variável dependente era com valor menor. Acontecendo ao contrário no EPE grande. Esses
resultados apresentados na tabela 3 estiveram de acordo com a literatura
65
.
A confiabilidade da escala de dor muscular do voleibol foi verificada pela correlação
(r) intraclasse, sendo apresentada na tabela 6.
Variável
Sub 16
feminino
Sub 14
feminino
Sub 14
masculi
no
Após o Jogo 1 x Após o Jogo 2
r = -14,5
p = 0,79
r = 0,80
p = 0,04*
r = 0,90
p =
0,003*
Após o Jogo 2 x Após o Jogo 3
r = 0,78
p = 0,04*
r = 0,78
p = 0,04*
r = 0,02
p = 0,31
Após o Jogo 3 x Após o Jogo 4
r = 0
p = -
r = -2,6
p = 0,83
-
6 horas após o jogo 1 x 6 horas após o
jogo 2
-
r = -0,74
p = 0,46
-
6 horas após o jogo 2 x 6 horas após o
jogo 3
-
r = 0,58
p = 0,14
-
6 horas após o jogo 3 x 6 horas após o
jogo 4
-
r = -0,22
p = 0,58
-
12 horas após o jogo 1 x 12 horas
após o jogo 3
r = 0,27
p = 0,25
-
-
12 horas após o jogo 3 x 12 horas
após o jogo 4
r = 0,75
p = 0,05*
-
-
*diferença significativa
Tabela 6
Resultados da correlação intraclasse para determinar a confiabilidade da escala de dor
muscular do voleibol
A confiabilidade da escala de dor muscular do voleibol da categoria sub 16 feminina,
em cinco correlações, o r teve diferença significativa apenas em duas, sendo um r bom para
Huijbregts
66
(após o jogo 2 x após o jogo 3: r = 0,78, p = 0,04; 12 horas após o jogo 3 x 12
horas após o jogo 4: r = 0,75, p = 0,05). Já na categoria sub 14 feminina, foram realizadas
seis correlações, o r teve diferença significativa em duas, sendo um r bom para o mesmo
autor anterior
67
(após o jogo 1 x após o jogo 2: r = 0,80, p = 0,04; após o jogo 2 x após o
jogo 3: r = 0,78, p = 0,04). Na categoria sub 14 do voleibol masculino foram efetuadas duas
correlações, o r teve diferença significativa em uma, sendo um r excelente na classificação
de Huijbregts
68
(após o jogo 1 x após o jogo 2: r = 0,90, p = 0,003).
65
N. Marques Junior, Estatística aplicada ao esporte e a atividade física. 3ª ed., Vol: 2. (Niterói: s.
ed., 2015), 69.
66
P. Huijbregts, Spinal motion palpation: a review of reliability studies. J Manual Manipul Therap
10:1(2002):24-39.
67
P. Huijbregts, Spinal motion palpation: a review of reliability studies…
68
P. Huijbregts, Spinal motion palpation: a review of reliability studies…
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Portanto, a confiabilidade da escala de dor muscular do voleibol precisa ser mais
testada porque nem sempre ela possui um r com diferença significativa. Segundo Martins
69
,
a escala de dor muscular do voleibol proporciona mais confiança durante a sua medição
quando as medidas forem consistentes e precisas através de uma medida estável da
variável, ou seja, o resultado igual ou próximo, sendo expresso por um r intraclasse bom
(entre 0,75 a 0,89) a excelente (0,90 a 1) com diferença significativa.
O erro padrão da medida (EPM) foi calculado conforme as recomendações de Kiss
70
,
pela seguinte conta:
EPM = desvio padrão do grupo . (1 – r Intraclasse)
Determinado com a união do pré-teste e pós-teste
A tabela 7 apresenta os resultados do EPM.
Variável
Sub 16
feminino
Sub 14
feminino
Sub 14
masculi
no
Após o Jogo 1 x Após o Jogo 2
2,86
0,30
0,17
Após o Jogo 2 x Após o Jogo 3
0,43
0,38
0,55
Após o Jogo 3 x Após o Jogo 4
-
1,32
-
6 horas após o jogo 1 x 6 horas após o
jogo 2
-
0,46
-
6 horas após o jogo 2 x 6 horas após o
jogo 3
-
0,70
-
6 horas após o jogo 3 x 6 horas após o
jogo 4
-
1,09
-
12 horas após o jogo 1 x 12 horas
após o jogo 3
0,62
-
-
12 horas após o jogo 3 x 12 horas
após o jogo 4
0,34
-
-
Tabela 7
Resultados do EPM da escala de dor muscular do voleibol
O EPM foi menor nas três categorias que o r intraclasse teve diferença significativa.
Mas quando isso não ocorreu (p>0,05), os valores do EPM foram maiores. O leitor pode
observar esse ocorrido na tabela 7.
A confiabilidade da escala de dor muscular do voleibol também foi verificada pelo grau
de concordância do teste de Kappa de Cohen. Os pesquisadores encontraram diferença
significativa em apenas duas variáveis, sendo classificada por Landis e Koch
71
como uma
concordância moderada. A tabela 8 apresenta esses resultados.
69
G. Martins, Sobre confiabilidade e validade. RBGN 8:20 (2006) 1-12.
70
M. Kiss, Esporte e exercício: avaliação e prescrição. (São Paulo: Roca, 2003), 29-31.
71
J. Landis and G. Koch, The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics
33:1(1977):159-174.
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 45
Variável
Sub 16
feminino
Sub 14
feminino
Sub 14
masculi
no
Após o Jogo 1 x Após o Jogo 2
k = 0,42
p = 0,02*
k = -0,01
p = 0,13
k = -0,08
p = 0,15
Após o Jogo 2 x Após o Jogo 3
k = -0,06
p = 0,06
k = 0,21
p = 0,21
k = 0,06
p = 0,40
Após o Jogo 3 x Após o Jogo 4
k = 0,08
p = 0,64
k = 0,18
p = 0,39
-
6 horas após o jogo 1 x 6 horas após o
jogo 2
-
k = 0,11
p = 0,5
-
6 horas após o jogo 2 x 6 horas após o
jogo 3
-
k = 0,14
p = 0,34
-
6 horas após o jogo 3 x 6 horas após o
jogo 4
-
k = 0,56
p =
0,001*
-
12 horas após o jogo 1 x 12 horas
após o jogo 3
k = 0,18
p = 0,33
-
-
12 horas após o jogo 3 x 12 horas
após o jogo 4
k = 0,20
p = 0,21
-
-
*diferença significativa
Tabela 8
Grau de concordância da escala de dor muscular do voleibol verificado pelo teste de
Kappa de Cohen
A confiabilidade da escala de dor muscular do voleibol também foi verificada pelo
nível de concordância do método Bland e Altman
72
. A diferença da PS da dor muscular da
equipe sub 16 feminina com a escala do estudo após o jogo 1 e após o jogo 2 foi com um
valor pequeno (viés = 0,09) e esteve próximo de zero, mas alguns pontos ficaram muito
afastados de zero, comprometendo concordância. Enquanto que o limite de concordância
(LC) foi entre -0,96 (LC inferior) a 1,14 (LC superior), ambos os LC ficaram afastados de
zero e estiveram um pouco afastados um do outro, isso compromete a concordância. Então
é possível classificar essa análise como uma baixa média concordância da PS da dor
muscular com a escala do estudo após o jogo 1 e após o jogo 2 da equipe sub 16 feminina.
O gráfico 3 A mostra esse resultado.
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 16 feminina com a escala do estudo
após o jogo 2 e após o jogo 3 foi com um valor um pouco longe de zero (viés = -0,81), mas
cinco pontos ficaram afastados de zero, comprometendo concordância. Enquanto que o
limite de concordância (LC) foi entre -2,74 (LC inferior) a 1,10 (LC superior), ambos os LC
ficaram afastados de zero e estão muito longe um do outro, isso compromete a
concordância. Então é possível classificar essa análise como uma baixa concordância da
PS da dor muscular com a escala do estudo após o jogo 2 e após o jogo 3 da equipe sub
16 feminina. O gráfico 3 B mostra esse resultado.
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 16 feminina com a escala do estudo
após o jogo 3 e após o jogo 4 foi com um valor igual a zero (viés = 0), mas alguns pontos
são zero ou estão próximo de zero, isso aumenta a concordância. Enquanto que o limite de
72
J. Bland and D. Altman, Statistical methods for assessing agreement between…
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 46
concordância (LC) foi entre -2,74 (LC inferior) a 2,74 (LC superior), ambos os LC ficaram
afastados de zero e estão na mesma distância um do outro, isso causa uma média
concordância. Então é possível classificar essa análise como uma média concordância da
PS da dor muscular com a escala do estudo após o jogo 3 e após o jogo 4 da equipe sub
16 feminina. O gráfico 3 C mostra esse resultado.
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 16 feminina com a escala do estudo
no período de 12 horas após o jogo 1 e 12 horas após o jogo 3 foi com uma distância média
de zero (viés = -0,36), mas alguns pontos são zero ou estão longe de zero, isso causa uma
média concordância. Enquanto que o limite de concordância (LC) foi entre -1,68 (LC inferior)
a 0,95 (LC superior), ambos os LC ficaram afastados de zero e estão afastados um do
outro, isso compromete a concordância. Então é possível classificar essa análise como uma
baixa média concordância da PS da dor muscular com a escala do estudo no período de
12 horas após o jogo 1 e 12 horas após o jogo 3 da equipe sub 16 feminina. O gráfico 3 D
mostra esse resultado.
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 16 feminina com a escala do estudo
no período de 12 horas após o jogo 3 e 12 horas após o jogo 4 foi com uma distância média
de zero (viés = 0,54), mas alguns pontos são zero ou estão longe de zero, isso causa uma
média concordância. Enquanto que o limite de concordância (LC) foi entre -0,80 (LC inferior)
a 1,89 (LC superior), ambos os LC ficaram afastados de zero e estão muito afastados um
do outro, isso compromete a concordância. Então é possível classificar essa análise como
uma baixa média concordância da PS da dor muscular com a escala do estudo no período
de 12 horas após o jogo 3 e 12 horas após o jogo 4 da equipe sub 16 feminina. O gráfico 3
E mostra esse resultado.
sub 16 feminino
1 2 3
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
Viés = 0,09 d
LC = -0,96 l
LC = 1,14 d
Média dos Escores após o jogo 1 e apó s o jogo 2
Difere nça e ntre ap ós o jo go 1 e apó s o jog o 2
sub 16 feminino
1 2 3
-3
-2
-1
0
1
2
Viés = -0,81 d
LC = -2,74 l
LC = 1,10 j
Média dos Escores após o jo go 2 e apó s o jogo 3
Difere nça e ntre ap ós o jo go 2 e apó s o jogo 3
A
B
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 47
sub 16 feminino
1 2 3 4
-3
-2
-1
1
2
3
Viés = 0 d
LC = -2,74 l
LC = 2,74 j
Méd ia dos Escores após o jo go 3 e após o jogo 4
Diferença entre a pós o j ogo 3 e após o j ogo 4
sub 16 feminino
0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
-1
0
1
Viés = -0,36 d
LC = -1,68 l
LC = 0,95 j
Méd ia dos Escores 12 h após o jog o 1 e 12 h após o j ogo 3
Diferença entre 12 h a pós o jogo 1 e 12 h após o j ogo 3
sub 16 feminino
0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
-2
-1
0
1
2
Viés = 0,54 d
LC = -0,80 l
LC = 1,89 j
Média dos Escores 12 h ap ós o jogo 3 e 12 h a pós o jogo 4
Difere nça e ntre 12 h após o jogo 3 e 12 h após o jogo 4
Gráfico 3
Bland e Altman plota os limites de concordância (LC) de 95% entre a PS da dor muscular
1 e 2 do sub 16 feminino em vários momentos ao longo do campeonato
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 14 feminina com a escala do estudo
após o jogo 1 e após o jogo 2 foi com uma distância média de zero (viés = 0,66), mas alguns
pontos são zero ou estão longe de zero, isso causa uma média concordância. Enquanto
que o limite de concordância (LC) foi entre -1,03 (LC inferior) a 2,36 (LC superior), ambos
os LC ficaram afastados de zero e estão muito afastados um do outro, isso compromete a
concordância. Então é possível classificar essa análise como uma baixa média
concordância da PS da dor muscular com a escala do estudo após o jogo 1 e após o jogo
2 da equipe sub 14 feminina. O gráfico 4 A mostra esse resultado.
C
D
E
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MG. NELSON KAUTZNER MARQUES JUNIOR / BCH. DANILO ARRUDA / BCH. GUILHERME NIEVOLA NETO
Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 48
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 14 feminina com a escala do estudo
após o jogo 2 e após o jogo 3 foi com uma distância média de zero (viés = -0,77), mas
alguns pontos estão longe de zero, isso compromete a concordância. Enquanto que o limite
de concordância (LC) foi entre -2,91 (LC inferior) a 1,36 (LC superior), ambos os LC ficaram
afastados de zero e estão muito afastados um do outro, isso compromete a concordância.
Então é possível classificar essa análise como uma baixa média concordância da PS da
dor muscular com a escala do estudo após o jogo 2 e após o jogo 3 da equipe sub 14
feminina. O gráfico 4 B mostra esse resultado.
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 14 feminina com a escala do estudo
após o jogo 3 e após o jogo 4 foi com uma distância pequena de zero (viés = -0,11), mas
alguns pontos são zero ou estão longe de zero, isso causa uma baixa e média
concordância. Enquanto que o limite de concordância (LC) foi entre -1,92 (LC inferior) a
1,70 (LC superior), ambos os LC ficaram afastados de zero e estão numa distância média
um do outro, isso causa uma baixa média concordância. Então é possível classificar essa
análise como uma baixa média concordância da PS da dor muscular com a escala do
estudo após o jogo 3 e após o jogo 4 da equipe sub 14 feminina. O gráfico 4 C mostra esse
resultado.
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 14 feminina com a escala do estudo
no período de 6 horas após o jogo 1 e 6 horas após o jogo 2 foi com uma distância pequena
de zero (viés = -0,11), alguns pontos são zero ou estão próximo de zero, isso aumenta a
concordância. Enquanto que o limite de concordância (LC) foi entre -2,25 (LC inferior) a
2,92 (LC superior), ambos os LC ficaram afastados de zero e estão numa distância média
um do outro, isso causa uma baixa média concordância. Então é possível classificar essa
análise como uma média concordância da PS da dor muscular com a escala do estudo no
período de 6 horas após o jogo 1 e 6 horas após o jogo 2 da equipe sub 14 feminina. O
gráfico 4 D mostra esse resultado.
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 14 feminina com a escala do estudo
no período de 6 horas após o jogo 2 e 6 horas após o jogo 3 foi com uma distância pequena
de zero (viés = -0,77), os pontos ficaram afastados de zero, isso compromete a
concordância. Enquanto que o limite de concordância (LC) foi entre -3,13 (LC inferior) a
1,57 (LC superior), ambos os LC ficaram afastados de zero e estão numa distância média
um do outro, isso causa uma baixa média concordância. Então é possível classificar essa
análise como uma baixa média concordância da PS da dor muscular com a escala do
estudo no período de 6 horas após o jogo 2 e 6 horas após o jogo 3 da equipe sub 14
feminina. O gráfico 4 E mostra esse resultado.
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 14 feminina com a escala do estudo
no período de 6 horas após o jogo 3 e 6 horas após o jogo 4 foi com uma distância pequena
de zero (viés = -0,33), alguns eram zero e outros ficaram próximo zero, isso aumenta a
concordância para média alta. Enquanto que o limite de concordância (LC) foi entre -2,03
(LC inferior) a 1,36 (LC superior), ambos os LC ficaram afastados de zero e estão numa
distância média um do outro, isso causa uma baixa média concordância. Então é possível
classificar essa análise como uma média concordância da PS da dor muscular com a escala
do estudo no período de 6 horas após o jogo 3 e 6 horas após o jogo 4 da equipe sub 14
feminina. O gráfico 4 F mostra esse resultado.
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 49
sub 14 feminino
0.5 1.0 1.5
-2
0
2
Viés = 0,66
LC = -1,03 t
LC = 2,36 d
Média dos Escores após o jogo 1 e após o jogo 2
Diferença entre a pós o j ogo 1 e a pós o jogo 2
sub 14 feminino
0.5 1.0 1.5 2.0
-4
-2
0
2
Viés = -0,77 9
LC = -2,91 t
LC = 1,36 d
Média dos Escores após o jogo 2 e após o j ogo 3
Difere nça e ntre ap ós o jogo 2 e após o jogo 3
A
B
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 50
sub 14 feminino
1 2 3
-2
0
2
Viés = -0,11 9
LC = -1,92 t
LC = 1,70 d
Média dos Escores após o jogo 3 e após o jogo 4
Difere nça e ntre ap ós o jo go 3 e apó s o jog o 4
sub 14 feminino
0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
-2
0
2
Viés = 0,33 9
LC = -2,25 t
LC = 2,92 d
Méd ia dos Escores 6 h após o jog o 1 e 6 h após o j ogo 2
Diferença entre 6 h após o j ogo 1 e 6h após o jo go 2
C
D
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 51
sub 14 feminino
1 2 3
-4
-2
0
2
Viés = -0,77 9
LC = -3,13 t
LC = 1,57 d
Méd ia dos Escores 6 h após o jog o 2 e 6 h após o j ogo 3
Difere nça e ntre 6 h apó s o jog o 2 e 6h ap ós o jo go 3
sub 14 feminino
1 2 3 4
-2
0
2
Viés = -0,33 9
LC = -2,03 t
LC = 1,36 d
Média dos Escores 6 h a pós o jogo 3 e após o jogo 4
Diferença entre 6 h após o jogo 3 e 6 h a pós o jogo 4
Gráfico 4
Bland e Altman plota os limites de concordância (LC) de 95% entre a PS da dor muscular
1 e 2 do sub 14 feminino em vários momentos ao longo do campeonato
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 14 masculino com a escala do
estudo após o jogo 1 e após o jogo 2 foi com uma distância média de zero (viés = 0,65),
mas alguns pontos são zero, outro na distância média de zero e um fora do limite de
concordância (LC), isso causa uma média baixa concordância. Enquanto que o LC foi entre
-1,89 (LC inferior) a 0,65 (LC superior), o LC superior ficou em uma distância média de zero,
o LC inferior permaneceu em uma distância grande de zero e ambos os LC estão muito
afastados um do outro, isso compromete a concordância. Então é possível classificar essa
análise como uma baixa média concordância da PS da dor muscular com a escala do
estudo após o jogo 1 e após o jogo 2 da equipe sub 14 masculina. O gráfico 5 A mostra
esse resultado.
A diferença da PS da dor muscular da equipe sub 14 masculino com a escala do
estudo após o jogo 2 e após o jogo 3 foi em uma distância pequena de zero (viés = 0,23),
alguns pontos são zero e outros estão em uma distância média de zero, isso causa uma
média alta concordância. Enquanto que o LC foi entre -0,62 (LC inferior) a 1,09 (LC
superior), ambos LC estiveram em uma distância média de zero e ambos ficaram afastados
uma do outro em uma distância média, isso proporciona uma concordância média. Então é
possível classificar essa análise como uma média concordância da PS da dor muscular
com a escala do estudo após o jogo 2 e após o jogo 3 da equipe sub 14 masculina. O gráfico
5 B mostra esse resultado.
E
F
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 52
sub 16 masculino
0.5 1.0 1.5
-2
-1
0
1
2
Viés = -0,61 d
LC = -1,89 l
LC = 0,65
Média dos Escores após o jogo 1 e após o jogo 2
Diferença entre a pós o j ogo 1 e a pós o jogo 2
sub 16 masculino
0.5 1.0 1.5 2.0
-1
0
1
Viés = 0,23 d
LC = -0,62 l
LC = 1,09 t
Média dos Escores a pós o jogo 2 e após o jogo 3
Diferença entre a pós o jogo 2 e após o j ogo 3
Gráfico 5
Bland e Altman plota os limites de concordância (LC) de 95% entre a PS da dor muscular
1 e 2 do sub 14 masculino em vários momentos ao longo do campeonato
Discussão
O estudo sobre a dor muscular é antigo na literatura científica, desde 1899, essa
resposta neurofisiológica é pesquisada durante e após o exercício pelos cientistas
73
,
estando relacionada com a fadiga e/ou com o tipo de tarefa praticada pelo indivíduo
74
.
Essas afirmações sobre a relação da dor muscular com a fadiga é determinada nos estudo
porque foram evidenciadas que o aumento da mialgia interfere na geração da força
75
,
73
T. Hough, Ergographic studies in muscular fatigue and soreness. Boston Sco Med Sci 5:3 (1900)
81-92 and C. Giulio; F. Daniele and C. Tripton, Angelo Mosso and muscular fatigue: 116 years after
the first congress of physiologists: IUPS commemoration. Adv Physiol Educ 30:2 (2006) 51-57.
74
M. Mohr; D. Dragonidis; A. Chatzinkolaou; J. Álvarez; C. Castagna; I. Papassotiriou; A. Flouris; A.
Jamurtas; P. Krustrup and I. Fatouros, Muscle damage, inflammatory, immune and performance
responses to three football games in 1 week in competitive. Eur J Appl Physiol (2015) epub ahead of
print and R. Lamberts; K. Lemmink; J. Durandt and M. Lambert, Variation in heart rate during
submaximal exercise: implications for monitoring training. J Strength Cond Res 18:3 (2004) 641-645.
75
D. Jones; D. Newham and C. Torgan, Mechanical influences on long-lasting human muscle fatigue
and delayed-onset pain. J Physiol 412 (1989) 412-427.
A
B
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 53
prejudica a velocidade
76
, diminui a altura do salto vertical
77
e outros. Logo, o aumento da
dor muscular pode prejudicar a performance do atleta de voleibol, sendo interessante do
treinador monitorar a mialgia porque ela está relacionada com a carga de treino e com os
esforços da partida
78
.
Para Noakes
79
, o treinador merece medir os sítios da fadiga ao longo da disputa, essa
resposta do esportista está relacionada com o tipo de treino que vem sendo prescrito, então,
a meta do treino de alto rendimento é “atrasar” ao máximo a fadiga, visando uma alta
performance na disputa. Portanto, uma escala de dor muscular do voleibol, torna-se um
instrumento importante para jovens dessa modalidade, com o intuito de detectar os esforços
dos iniciantes do voleibol no momento da competição ou na sessão.
A validade da escala de dor muscular do voleibol na competição da categoria sub 16
feminina teve um R Spearman muito alto a alto (ver tabela 4), mesmo com um n pequeno
(n = 11) e com pouco controle laboratorial, isso foi identificado nas diversas cargas internas
dos jogos de voleibol (Jogo 1 = 100±59,16, Jogo 2 = 52,27±43,13, Jogo 3: 138±97,58 e
Jogo 4: 40,91±42,47), esse equipamento atingiu resultados satisfatórios. Entretanto, a
validade da escala de dor muscular do voleibol não foi das melhores da categoria sub 14
feminina e masculina.
Talvez isso esteja relacionado com o nível cognitivo dos voleibolistas, por serem mais
novos, eles possuem mais dificuldade em determinar a percepção subjetiva, principalmente
pela escala de dor muscular de Vickers
80
, ela não possui faces, podendo interferir na
detecção do resultado
81
. Outro quesito que podem ter prejudicado no resultado da validade,
foi um n pequeno (sub 14 feminino com n = 9, sub 14 masculino com n = 13) e o pouco
controle laboratorial, por exemplo, a carga interna do jogo de voleibol oscilou conforme a
partida, principalmente no sub 14 feminino (Jogo 1 = 184±81,39, Jogo 2 = 98±55,56, Jogo
3 = 134,4±95,70 e Jogo 4 = 70±55,62, ver tabela 2).
Entretanto, um estudo com alta validade ecológica pode interferir na validade interna
da pesquisa
82
, isso foi evidenciado principalmente no sub 14 feminino e masculino. A
validade do equipamento que mensurou a dor muscular não foi das melhores, acontecendo
o mesmo com a confiabilidade
83
. Outro problema da escala e que está relacionada com a
76
G. Pearcey; D. Squires; J. Kawamoto; E. Drinkwater; D. Behm and D. Button, Foam rolling for
delayed-onset muscle soreness and recovery of dynamic performance measures. J Athlet Train 50:1
(2015) 5-13.
77
T. Taylor; D. West; G. Howatson; C. Jones; R. Bracken; T. Love; C. Cook; E. Swift; J. Baker and
L. Kilduff, The impact of very after intensive, muscle damaging, and maximal speed training in
professional team sports players. J Sci Med Sport 18:3(2015):328-332.
78
T. Bompa, Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4ª ed. (São Paulo: Phorte, 2002),
141-149.
79
T. Noakes, Physiological models to understand exercise fatigue and the adaptations that predict or
enhance athletic performance. Scand J Med Sci Sports 10:3 (2000) 123-145.
80
A. Vickers, Time course of muscle soreness following different types of exercise…
81
J. Falkner and R. Eston, Perceived exertion research in the 21st century: development, reflections
and questions for the future. J Exerc Sci Fit 6:1 (2008) 1-14 and R, Martins; M. Assumpção and C.
Schivinski, Percepção de esforço e dispneia em pediatria: revisão das escalas de avaliação. Med
4:47 (2014) 25-35.
82
M. Massingli; M. Nunes; A. Freudenheim e U. Corrêa, Estrutura de prática e validade ecológica no
processo adaptativo de aprendizagem motora. Rev Bras Educ Fís Esp 25:1 (2011) 39-48.
83
J. Thomas e J. Nelson, Métodos de pesquisa em atividade física. 3ª ed. (Porto Alegre: Artmed,
2002), 305-307.
REVISTA OBSERVATORIO DEL DEPORTE ODEP ISSN 0719-5729 VOLUMEN 2 – NÚMERO 1 – ENERO/MARZO 2016
MG. NELSON KAUTZNER MARQUES JUNIOR / BCH. DANILO ARRUDA / BCH. GUILHERME NIEVOLA NETO
Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 54
validade interna, foi a não mensuração da idade biológica das jogadoras, podendo interferir
no resultado da investigação. Porém, apesar dessas limitações, uma pesquisa para validar
a escala de dor muscular do voleibol durante uma competição de uma modalidade esportiva
coletiva não foi vista na literatura
84
, esse talvez seja um estudo inédito.
A confiabilidade na maioria dos resultados das três categorias através da correlação
intraclasse não teve diferença significativa (p>0,05). Porém, no sub 16 feminino, os únicos
r com diferença significativa proporcionaram uma boa correlação na classificação de
Huijbregts
85
(após o jogo 2 x após o jogo 3: r = 0,78, p = 0,04; 12 horas após o jogo 3 x 12
horas após o jogo 4: r = 0,75, p = 0,05). Já no sub 14 feminino, o resultado foi similar ao da
categoria anterior, também ocorreu uma boa correlação (após o jogo 1 x após o jogo 2: r =
0,80, p = 0,04; após o jogo 2 x após o jogo 3: r = 0,78, p = 0,04). Enquanto que, no sub 14
masculino, foi gerado um r excelente (após o jogo 1 x após o jogo 2: r = 0,90, p = 0,003).
Mesmo com a confiabilidade não sendo das melhores, possui uma explicação, estudos
dessa natureza os atletas costumam receber o mesmo estímulo entre pré e pós-teste, e
geralmente o segundo teste o indivíduo costuma estar na mesma condição física,
emocional etc, do pré-teste
86
. Esse controle laboratorial durante uma competição não
ocorre, é muito difícil. Existe uma tendência do nível da dor muscular ir aumentando após
os jogos e algumas horas depois
87
. Essa resposta da mialgia tende interferir na
confiabilidade, então, sabendo desses problemas, os resultados foram satisfatórios.
A confiabilidade também foi verificada pelo grau de concordância do teste Kappa de
Cohen. Os pesquisadores detectaram diferença significativa em dois cálculos (sub 16
feminino – após o jogo 1 x após o jogo 2: k = 0,42, p = 0,02; sub 14 feminino – 6 horas após
o jogo 3 x 6 horas após o jogo 4: k = 0,56, p = 0,001) uma concordância moderada
88
(ver
tabela 8). A explicação para essa concordância não tão boa foi a mesma hipótese
apresentada no parágrafo anterior sobre confiabilidade, o estudo teve um baixo controle
laboratorial, merecendo ocorrer ao contrário na próxima investigação.
A confiabilidade da escala de dor muscular do voleibol também foi verificada pelo
nível de concordância do método Bland e Altman
89
. Os autores evidenciaram na maioria
dos cálculos uma baixa média concordância nas três categorias do voleibol do estudo. Os
melhores resultados encontrados foram uma média concordância do sub 16 feminino (jogo
3 x jogo 4: viés = 0, LC = -2,47 e 2,47), do sub 14 feminino (6 horas após o jogo 1 x 6 horas
após o jogo 2: viés = 0,33, LC = -2,25 e 2,92; 6 horas após o jogo 3 x 6 horas após o jogo
4: viés = -0,33, LC = -2,03 e 1,36) e do sub 14 masculino (jogo 2 x jogo 3: viés = 0,23, LC =
84
T. Ueda and T. Kurokawa, Validity of heart rate and ratings of perceived exertion as indices of
exercise intensity in group of children while swimming. Eur J Appl Physiol 63:3-4 (1991) 200-204 and
F. Nakamura; L. Perandini; N. Okuno; T. Borges; R. Bertuzzi; R. Robertson, Construct and concurrent
validation of OMNI-kayak rating of perceived exertion scale. Percept Mot Skill 108:3 (2009) 744-758.
85
P. Huijbregts, Spinal motion palpation: a review of reliability studies. J Manual Manipul Therap 10:1
(2002) 24-39.
86
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and P. Marín; A. Lozano; F. Medeiros; R. Robertson and N. Garatachea, Reliability and validity of
the OMNI-vibration exercise scale of perceived exertion. J Sports Sci Med 11:3 (2012) 438-443.
87
L. Lima; I. Teixeira; P. Nakamura; M. Hayakawa; C. Assumpção and R. Menezes, Neuromuscular
profile of handball players during a short-term condensed competition in Brazil. Rev Bras
Cineantropom Desempenho Hum 17:4 (2015) 389-399.
88
J. Landis and G. Koch, The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics
33:1 (1977) 159-174.
89
J. Bland and D. Altman, Statistical methods for assessing agreement between…
REVISTA OBSERVATORIO DEL DEPORTE ODEP ISSN 0719-5729 VOLUMEN 2 – NÚMERO 1 – ENERO/MARZO 2016
MG. NELSON KAUTZNER MARQUES JUNIOR / BCH. DANILO ARRUDA / BCH. GUILHERME NIEVOLA NETO
Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 55
-0,62 e 1,09). Esses resultados possuem a mesma explicação anterior, embora não
conclusivos, o ruim controle laboratorial sobre as variáveis da pesquisa ocasionaram em
uma concordância não das melhores pelo método Bland e Altman
90
.
Em uma próxima pesquisa, seria interessante de verificar a validade da escala da
investigação com outra similar a de Vickers
91
, de 7 pontos, a escala de dor muscular de
Talag
92
(0 – sem dor, 1 – dor inconstante, leve, 2 – dor leve persistente, 3 – mais do que
uma dor leve, média, 4 – doloroso, médio forte, 5 – muito doloroso, forte e 6 –
insuportavelmente doloroso, máxima), com o intuito de observar se a detecção da validade
torna maior. Outra questão de futura investigação, é sabido que o aumento da CK acontece
de maneira linear com o aumento da dor muscular
93
. Então, recomenda-se verificar se os
valores da escala de dor muscular do voleibol aumentam de forma linear com a CK.
O estudo teve limitações, não foi determinada a validade e a confiabilidade da escala
da dor muscular no período de 24 horas – inicia uma significativa dor muscular, 48 e 72
horas – pico da dor muscular
94
.
Conclusões
A escala de dor muscular do voleibol é um equipamento de fácil manuseio e que pode
identificar um sítio da fadiga, a dor muscular. Então, torna-se interessante monitorar a
mialgia após o treino e depois da competição com o intuito de identificar indiretamente o
esforço físico do voleibolista para o trabalho com o jovem atleta ser mais seguro. Apesar
de um baixo controle laboratorial e um n pequeno, a validade e a confiabilidade da escala
foram satisfatórias. Em conclusão, a escala de dor muscular do voleibol merece novos
estudos para verificar a validade e a confiabilidade desse instrumento.
Agradecimentos
Os autores agradecem a jogadora de voleibol de dupla na areia, Alba Oliveira, pelas
críticas que serviram para melhorar esse estudo.
Referências
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Validade e confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol:… pág. 56
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Para Citar este Artículo:
Marques Junior, Nelson Kautzner; Arruda, Danilo y Neto, Guilherme Nievola. Validade e
confiabilidade da escala de faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço
físico do voleibol: um estudo durante a competição. Rev. ODEP. Vol. 2. Num. 1. Enero-
Marzo (2016), ISSN 0719-5729, pp. 26-62, en
Las opiniones, análisis y conclusiones del autor son de su responsabilidad y no
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