Content uploaded by André Prado
Author content
All content in this area was uploaded by André Prado on Jan 22, 2016
Content may be subject to copyright.
Engenharia de Software em aplicações de Tecnologia da
Informação visando maior qualidade nos Sistemas de
Informações Gerenciais
Resumo:
Este artigo pretende apontar alguns caminhos a serem seguidos por Gerentes de
Tecnologia da Informação no ambiente corporativo. O presente estudo elaborado
inicialmente visou auxiliar uma instituição pública de ensino superior, a Faculdade de
Engenharia Química de Lorena. Posteriormente, o estudo recebeu incrementos com o
objetivo de atender organizações dos mais diversos setores e segmentos.
Palavras-chave:
Engenharia de Software – Tecnologia da Informação – Sistemas de Informações
Gerenciais – Estratégia e Qualidade.
Introdução:
Atualmente um número crescente de Empresas investe grandemente em
Tecnologia de Informação (TI). Cabe salientar que a Tecnologia de Informação vai
muito além do que possuir equipamentos de tecnologia avançada, ou seja, trata-se de
uma ação que envolve determinadas estratégias em que vários fatores devem ser levados
em consideração para que a implantação para que a mesma propicie os melhores
resultados ao processo decisório. Investir em Tecnologia da Informação somente por
modismo, não se preocupando com os procedimentos adequados para que isto ocorra, é
um risco elevado e imensurável. A Tecnologia de Informação exige qualidade em seu
desenvolvimento, principalmente na criação dos Sistemas de Informações Gerenciais.
Para desenvolver tais sistemas com qualidade, a Engenharia de Software deve ser
aplicada. O ambiente deve estar preparado para receber esta tecnologia e saber fazer
bom uso dela. Em algumas ocasiões, é bastante complexo estabelecer uma forma para
mensurar e quantificar a capacidade que a Tecnologia de Informação possui para criar
valores, reduzir custos e avaliar se realmente a empresa está se tornando melhor ou mais
competitiva com sua aplicação. Existem empresas que falharam no processo de
aplicação da Tecnologia da Informação por falta de um planejamento ou capacitação
adequada de seus colaboradores. No entanto, muitas empresas têm obtido sucesso com a
sua implantação e utilização, pois a mesma agiliza o processo de tomada de decisão
quando os dados são coesos e a qualidade é aplicada no desenvolvimento dos Sistemas
de Informações Gerenciais. Isto ocorre quando a Tecnologia da Informação é utilizada
de forma eficiente e eficaz. Para aplicar Tecnologia da Informação e obter êxito, a
empresa deve planejar minuciosamente como esta será absorvida por seu ambiente.
Desenvolvimento do estudo:
A Gazeta Mercantil divulgou há alguns meses que as empresas brasileiras que
mais investiram em T.I. tiveram um crescimento de 21,8%, superando inclusive
corporações de outros países que também apresentaram crescimento.
Figura 1 – Recursos de T.I. versus Performance nos Negócios
Fonte: Gazeta Mercantil
Outra recente pesquisa realizada pela Microsoft revela: "Empresas que usam T.I.
no Brasil ganham mais". Tal estudo realizado pela Keystone Strategy para a Microsoft
norteou os novos rumos da estratégia voltada às médias empresas, iniciada há cinco
anos. Uma das constatações da pesquisa, na qual o Brasil mereceu destaque, foi que as
empresas que mais utilizam tecnologia da informação (TI) em seu dia-a-dia tiveram
melhor performance nos negócios do que aquelas que investem menos,
independentemente do nível de desenvolvimento do país onde estão localizadas. Essa
proporção chegou a ser mais do que o dobro em alguns casos. O estudo da Keystone
Strategy considerou os impactos da T.I. em um grupo de 607 companhias, todas de
médio porte e com 100 a 500 funcionários, sendo 231 americanas, 163 alemãs e 136
brasileiras.
De acordo com o estudo, um dos desafios de sua execução era contrariar a teoria
do artigo (e do livro) de Nick Carr "Does I.T. Matter", pois muitos outros falharam
quando tentaram encontrar uma ligação entre a rentabilidade e os investimentos em TI.
A competência da TI ajuda as companhias a crescerem. Quanto maior ela for, haverá
uma correlação entre o crescimento dos negócios rentáveis em qualquer país analisado.
"T.I. guia o crescimento", diz a conclusão final.
Na comparação entre o uso da T.I. e o avanço de desempenho, as empresas
brasileiras tiveram performance superior às americanas e européias. Um quarto das
companhias que mais investiram em Tecnologia da Informação (T.I.) apresentou um
índice de crescimento nos negócios de 21,8%, porcentual superior ao obtido pela média
das empresas americanas e alemãs. Na Alemanha, por exemplo, as 25% que mais
utilizavam Tecnologia da Informação registraram expansão de 8,6%. Mesmo
descontando a inflação, o índice brasileiro atinge 20,7%, contra 6,3% da Alemanha e
10,5% dos EUA.
Figura 2 – Médias de Desempenho
Fonte: Gazeta Mercantil
Segundo Higa, Neto e Furlan (1996), novas técnicas da administração
contemporânea estão em constante aprimoramento para tornar as empresas cada vez
mais competitivas. As informações devem ser obtidas velozmente e com alta
confiabilidade. Quanto mais rápida e confiável forem obtidas as respostas, melhor vai
ser o desempenho de uma empresa. Nesta situação, as empresas que buscam a
sobrevivência em um mercado competitivo, não poupam esforços e dedicação para
atingir seus objetivos. Quando se trata da Tecnologia da Informação, vários itens têm
sido observados, tais como: Dados, Atividades, Tecnologia e Pessoas. Assim sendo,
podemos então utilizar os conceitos da Engenharia de Software, para atuar utilizando
uma tétrade com as seguintes faces distintas: dados, atividades, tecnologia e pessoas.
Cada uma destas, é de vital importância dentro de seu plano de ação. Vide abaixo:
· Dados - A face dos dados fornece a base de sustentação das
informações necessárias para a sobrevivência da empresa, as decisões gerenciais e, se,
tiver fins lucrativos, a concorrência em termos igualitários ou superiores com as demais
empresas do mesmo ramo de atividades. Essas informações estarão individualizadas sob
forma de atributos que quando inter-relacionados e dependentes entre si, formarão uma
classe de dados. Por sua vez, quando houver uma vinculação entre várias classes de
dados, elas serão reunidas em um objetivo comum a que denominamos entidade.
· Atividades - a face das atividades está voltada para os aspectos
funcionais da empresa, ou seja, sustenta os processos gerenciais e as atividades que
devem ser exercidas para que a empresa cumpra a sua missão e atinja os objetivos,
metas e desafios fixados. As atividades apresentam maior mutabilidade em função do
avanço tecnológico, das ferramentas e recursos disponíveis para sua execução, e das
mudanças políticas e econômica do ambiente externo da própria empresa.
· Tecnologia - a face da tecnologia referencia os recursos tecnológicos e
as ferramentas de que a empresa dispõe para tornar permanente a sua existência e para
dar sustentação a sua base de dados e a execução de suas atividades. A tecnologia é a
mais mutável das faces que alicerçam a Engenharia da Informação e está em constante
desenvolvimento.
Embora em uma zona de penumbra pouco visível aos usuários, a
tecnologia fornece subsídios essenciais para a fixação dos dados e das atividades,
havendo uma interação e integração permanente, de forma que as equipes envolvidas no
desenvolvimento de sistemas automatizados possam decidir-se pelas melhores
alternativas em função dos recursos tecnológicos e das ferramentas disponíveis pela
empresa.
· Pessoas - a face das pessoas está relacionada com os recursos humanos
disponíveis para o desenvolvimento do projeto, levantando os perfis profissionais e a
extensão de comprometimento em cada fase da Engenharia da Informação.Estes itens
são fundamentais para integrar e interagir com as fases que serão apresentadas a logo
após: Planejamento, Análise, Projeto, Construção e Manutenção dos sistemas
informatizados. Desta forma obteremos uma tétrade, que se empregada de forma
correta, permitirá aperfeiçoar o uso da Tecnologia da Informação. Vide figura 1:
Figura 3 - Tétrade de Técnicas Integradas e Interagentes
Fonte: Higa, Neto e Furlan (1996)
Assim sendo, a tecnologia da informação deve ser utilizada de maneira
estratégica para mudar rapidamente objetivos e metas de qualquer empresa. O uso da
tecnologia é deveras importante nesta área, desde que a empresa utilize recursos
humanos motivados e preparados, equipamentos condizentes, sistemas de informação
eficientes e outros.
No que se refere a sistemas de informação, sabemos que em muitas
empresas as mudanças ocorridas com as metodologias de desenvolvimento de sistema
de processamento de dados, pouco foram alteradas em relação ao que se fazia há alguns
anos. A não utilização de metodologia, métodos, técnicas e ferramentas apropriadas,
tem proporcionado uma falta de qualidade muito grande em muitos sistemas de
software. Essa falta de qualidade, tem levado os sistemas a constantes manutenções que
chegam a consumir quase 70% (setenta por cento) do tempo do ciclo de vida do sistema.
Vide Figura 4:
Figura 4 –Ciclo de Vida Tradicional dos Sistemas de Processamento de Dados
Fonte: Higa, Neto e Furlan (1996)
Desta forma podemos visualizar no gráfico acima, que a Manutenção de
um sistema de processamento de dados bem projetado, não pode consumir a fatia de
tempo no ciclo de vida do sistema (Manutenção 67%). Quando sistemas não são bem
elaborados, após algum tempo de sua respectiva instalação, são freqüentes as
manutenções, pois o sistema foi mal concebido desde seu princípio. Sendo que o
conjunto de profissionais de informática ficará dedicado boa parte do tempo,
erroneamente à manutenção do sistema. Isto propiciará o fato de que depois de
determinado tempo, toda a área de desenvolvimento esteja ocupada com manutenção de
sistemas instalados, não permitindo assim o desenvolvimento de novas aplicações. Isto
acarretará nos conhecidos Backlogs, ou seja, novas solicitações sendo enfileiradas a
perder de vista.
Com o desenvolvimento progressivo da Engenharia de Software e o
surgimento das Ferramentas CASE, pode-se obter a seguinte modificação em relação à
figura anterior (Figura 4), vide abaixo a Figura 5:
Figura 5 - Ciclo de Vida dos Sistemas de Processamento de Dados utilizando Engenharia
de Software
Fonte: Higa, Neto e Furlan (1996)
Como podemos notar, com a utilização das ferramentas da Engenharia de
Software, temos uma maior eficiência nas atividades desenvolvidas pelos encarregados
da área de informática. Assim sendo, existe um maior empenho nas atividades iniciais,
porém o resultado é um sistema muito mais consistente e melhorado, propiciando uma
baixa manutenção (5%), permitindo que a equipe de processamento de dados, empenhe-
se na elaboração de novos sistemas.
A Tecnologia de Informação deve ser utilizada estrategicamente para
mudar rapidamente quando necessário, os objetivos, metas e desafios dos negócios de
qualquer empresa. Certamente, esta velocidade na mudança de rumos, torna a empresa
muito mais competitiva no mercado. Sendo que ao momento que a empresa desejar,
0
20
40
60
80
Tempo (%)
1Fases
Requerimento
Definição
Diagramação
Programação
Teste Modular
Teste Integral
Manutenção
0
5
10
15
20
25
Tempo (%)
1Fases
Requerimento
Definição
Diagramação
Programação
Teste Modular
Teste Integral
Manutenção
pode obter através deste processo, informações estratégicas, táticas e operacionais, para
a tomada de decisões.
Conforme mencionou Jensen (1998), abolir a complexidade pode ser uma ótima
estratégia. O segredo está em organizar e distribuir a informação. Os executivos
costumam acreditar que a maior parte da complexidade de trabalho, hoje em dia, vem de
fora. Na verdade, nós mesmos criamos a maior parte dessa complexidade, pela forma
como reagimos a esses fatores – e pela maneira como projetamos e executamos o
trabalho.
É possível, entretanto, que a simplicidade – uma solução pouco
glamourosa - seja nossa estratégia definitiva. Os resultados mostram que a Era da
Informação exige que as lideranças adquiram uma nova competência: a capacidade de
planejar e estimular a adesão da organização à simplicidade em ritmo mais rápido do
que o das mudanças. O caminho da simplicidade começa pela maneira de organizar,
transmitir e dividir informações a fim de satisfazer as necessidades da empresa e de seus
funcionários.
As estimativas atuais são de que 20% a 40% do total da força de trabalho
sejam constituídos por pessoas que trabalham com informações. Ou seja, as empresas
estão tentando obter sucesso na Era da Informação anulando os restantes 80% ou 60%
da força de trabalho porque não organizam o acervo de conhecimentos de forma
simples, clara e eficiente. Apesar de todos os bits, bytes e redes que criamos para operar
as empresas, ainda nos falta colocá-las na direção daquilo que o futurista Alvin Toffler
denominou “terceira onda”, ou seja, uma economia baseada na informação. Em um de
seus livros, Alvin lança o seguinte desafio: “Qualquer reestruturação séria em uma
empresa precisa atacar diretamente a base de conhecimentos da organização e todo
sistema de poder fundamentado nesses conhecimentos”.
Enfrentar o desafio lançado por Toffler significa saber como formar uma
estrutura com base na simplicidade na Era da Informação. Isso soa como um eco do que
vários especialistas vêm nos dizendo a respeito da Teoria do Caos. Sistemas complexos
criam ordem concentrando-se no intercâmbio de informações e não em controles
artificiais ou estruturas administrativas.
John P. Kotter, professor da Havard Business School e autor do livro Liderando
Mudanças, já afirmou que o verdadeiro líder “escolher a direção na qual a empresa deve
caminhar, cria visões e estratégia, consegue fazer com que as pessoas estejam dispostas
a segui-las e as motiva para que as convertam em realidade”.
Nos processos em que a Tecnologia de Informação deve ser aplicada, como em
vários processos das organizações, as pessoas são parte fundamental do processo.
Segundo Lemann (2000), “As pessoas são nosso maior patrimônio”. Quando se ouve
essa frase nas empresas, a reação é, quase sempre, de aborrecimento. Ninguém se
entusiasma mais com ela. É que, de tanto ser pronunciada em vão, ficou ecoando vazio.
Isso porque, na prática, poucas empresas reconhecem a importância dos funcionários
para seu negócio. Deixar as pessoas fora da estratégia empresarial não é, porém, mais
uma questão de escolha. Na briga pelo conhecimento, as empresas estão na mão de seus
funcionários. Essa idéia tornou-se uma espécie de mantra da psicóloga inglesa Lynda
Gratton, professora da MBA da London Business School, é defensora incansável da
valorização do capital humano. Lynda é também fundadora e diretora do Leading Edge
Research Consortium, um dos centros de pesquisa da LBS que estuda as relações
estratégicas corporativas e as pessoas. Como consultora, ela trabalha para empresas
como Citibank, Glaxo Welcome, HP, Kraft Jacobs, Nortel e Univiler. Lynda fala sobre
o que os executivos precisam entender em relação às pessoas na empresa e sobre o que
as pessoas precisam entender a respeito das estratégias das organizações.
Análise e discussão:
É comum observar em muitas instalações de Centro de Processamento de Dados,
a confusão que se faz entre dados e atividades, por ocasião do desenvolvimento de
sistemas, gerando um projeto cheio de equívocos, fazendo com que na maioria das
vezes os profissionais envolvidos, tomem decisões empíricas diante do aparecimento de
problemáticas que não compreendem, em função da falta de base, metodologia e de
conhecimento conceitual. Conforme pôde ser observado nas definições de dados e
atividades neste artigo, ambos apresentam características distintas quanto ao conteúdo
essencial e quanto à estabilidade de seus objetos, o que torna obviamente natural o
tratamento diferenciado que ambos devem ter.
Podemos dizer que no desenvolvimento de Sistemas de Informação Gerencial
utilizando ferramenta de Engenharia de Software, devem ser seguidas cinco fases
coesas, todas elas integradas, interativas e seqüenciais. Tais fases devem interagir com
as faces da tétrade (Figura 3), ou seja, com pessoas, dados, tecnologia e atividade.
Segue abaixo as fases a interagir com as faces da tétrade:
I) Planejamento Estratégico de Informações - a partir da metodologia definida e
aplicada no planejamento empresarial, o planejamento estratégico de informações
adotará a missão e os objetivos da empresa, suas metas e desafios, estabelecendo em
seguida, vínculos com os fatores críticos de sucesso, que permitirão o alcance dessa
gama de propósitos de longo, médio e curtos prazos.
II) Análise das Áreas de Negócios - definida as prioridades, optar-se-á pelo
detalhamento das áreas mais carentes de apoio de Sistemas Automatizados, tarefa esta,
executada pela análise da área de negócio, que é a fase subseqüente ao planejamento e
se caracteriza pela análise separada de cada área de negócio da empresa, já que são
considerados todas as alimentações e relacionamentos com o meio externo.
III) Projeto - analisa a área de negócios, priorizando e identificando os processos
gerenciais e as atividades críticas. Assim sendo, inicia-se a fase do projeto em que se
estabelece o modelo de dados de cada atividade envolvida, e migram-se os diagramas de
fluxo de dados para os correspondentes diagramas de estrutura.
IV) Construção - esgotada todas as filtragens e refinamentos necessários na fase
de projetos, a seqüência a ser dada é rumo à execução e construção do sistema
enfocado, com a utilização das ferramentas disponíveis de Engenharia de Software,
desde geradores de códigos até a linguagem de programação compatível com os
equipamentos de processamento de dados da empresa.
V) Manutenção - a manutenção restringir-se-á a ocorrências eventuais, visto que
a estabilidade do modelo de dados e dos processos vinculados é fato notório e somente
mudanças políticas, econômicas e legislativas do ambiente externo poderão
teoricamente resultar em alterações a serem incorporadas ao sistema.
Sistemas de Informação Gerencial (SIG), são sistemas que fornecem uma parte
das necessidades gerenciais de informação para o processo de tomada de decisão, dado
um particular método de decisão.
O Sistema de Informação Gerencial deve ser elaborado com o
acompanhamento das pessoas responsáveis pela empresa. Em uma empresa, os homens
responsáveis pela definição de um Sistema de Informação Gerencial, são aqueles que
normalmente estão ligados às áreas administrativas e financeiras, que dependendo do
tamanho da empresa passam a ser exatamente a força básica da organização. Entretanto,
de forma alguma o sistema deve deixar de ser criado ouvindo a opinião dos futuros
usuários, ou seja, aqueles que já operacionalizam o setor que será contemplado com o
novo Sistema de Informação Gerencial desenvolvido ou implantado.
Sugestões para estudos futuros:
Aprofundar no estudo dos Sistemas de Informação como Instrumento de Gestão
e tentar mensurar o valor da Tecnologia da Informação para uma organização,
demonstrando a tipologia dos processos de negócios, um modelo orientado ao processo
do valor de negócio e as dimensões no nível operacional e gerencial da Tecnologia de
Informação.
Conclusão:
É perfeitamente visível e de extrema importância que a Tecnologia de
Informação esteja intrinsecamente ligada à estratégia das organizações para que a
mesma propicie maior agilidade e exatidão no processo decisório. Cabe reforçar que a
Tecnologia de Informação deve ser aplicada de forma estratégica, obtendo qualidade no
desenvolvimento com a utilização das ferramentas de Engenharia de Software,
resultando em baixa manutenção para que os responsáveis em desenvolver ou implantar
sistemas informatizados possam empenhar-se na construção ou implantação de novos
sistemas necessários às organizações. Com a aplicação da Tecnologia da Informação
nos moldes apropriados, os Sistemas de Informações Gerenciais deverão ter uma maior
qualidade e propiciar assim melhores resultados. O fator humano para lidar com a
Tecnologia da Informação, ou seja, as pessoas, são de fundamental relevância para o
sucesso e coesão dos dados, lembrando que estes colaboradores deverão estar bem
treinados e cientes que as falhas humanas poderão levar a uma tomada de decisão errada
caso os dados sejam lançados nos sistemas de forma errônea.
Em vários casos, empresas que aplicaram uma estrutura moderna como a
Tecnologia de Informação, tiveram que anteriormente preparar o ambiente para um
processo de grandes mudanças. Desta forma, conscientizando e treinando funcionários,
tornou-se muito mais fácil à aplicação da Tecnologia da Informação, propiciando a
obtenção de resultados muito significativos.
Em vários casos, as empresas que aplicaram a Tecnologia de Informação em
uma estrutura moderna de forma coerente, tiveram que anteriormente preparar o
ambiente para um processo de grandes mudanças. Desta forma, conscientizando e
treinando colaboradores, tornou-se muito mais fácil à aplicação da Tecnologia da
Informação, propiciando a obtenção de resultados muito significativos. No que se refere
à Tecnologia de Informação, podemos mencionar que: aplicar conceitos de Engenharia
de Software no processo é um fator que indubitavelmente deve ser levado em
consideração. Isto pelo fato de que a Engenharia de Software considera aspectos globais
de qualidade, observando desde o grau de satisfação do usuário, até as ocorrências do
ambiente externo (aspectos legais e outros). A escolha da melhor metodologia, técnicas
e ferramentas para desenvolver sistemas de informação com boa qualidade, são fatores
preponderantes para a obtenção do sucesso. Obviamente que, juntamente a isto, a
empresa deve dispor de recursos humanos competentes, produtivos e motivados. Os
Sistemas criados utilizando os conceitos da Tecnologia da Informação fornecem
condições para que as organizações possam tomar decisões mais corretas, propiciando
que as mesmas venham sempre a atingir um bom desempenho. Para isto, os Sistemas de
Informações Gerenciais (S.I.G.) devem apresentar alta confiabilidade e consistência nas
informações e resultados fornecidos. Os Sistemas de Informações Gerenciais devem ser
eficazmente planejados, projetados e implementados corretamente. Integrar, interagir,
comunicar, otimizar, relacionar, aprimorar e principalmente inovar. Estes são apenas
alguns fatores e procedimentos que nunca devem ser esquecidos por uma organização
que deseja se tornar competitiva e atingir um alto desempenho através da Tecnologia da
Informação. Cabe ressaltar que, planejamento, comprometimento, atenção aos detalhes,
atuação corretiva e melhoria contínua, também são componentes primordiais para a
obtenção do sucesso.
Em suma, este assunto é amplo e apresenta certo grau de complexidade.
Aplicar a Tecnologia da Informação é mais um dos vários caminhos que
empreendedores têm empregado mundialmente para a obtenção de organizações mais
produtivas e competitivas. Não existem muitos estudos propondo uma forma perfeita
para avaliar com exatidão o quanto a Tecnologia da Informação pode agregar de
valores. Mas comumente, entre outros fatores, as empresas que a aplicam corretamente
têm obtido eficiência e rapidez na tomada de decisões, aumento da produtividade e
principalmente da competitividade.
Referências:
HIGA, W., NETO, A. F. e FURLAN, J. D., Engenharia da Informação - Metodologia,
Técnicas e Ferramentas - Editora Mc Graw Hill, p 18 – 52, 1996.
JENSEN, B. O Desafio da Simplicidade, HSM Management, p 24 – 30, 1998.
LEMANN, M., Palavras ao Vento, Revista Exame, p. 36 – 40, 2000.
<http://www.activedelphi.com.br/print.php?sid=279> - Pesquisa Keystone Strategy /
Gazeta Mercantil - Acesso em: 21 set. 2005.
Abstract:
André Alves Prado, Mestrando em Engenharia da Energia na Universidade Federal de
Itajubá, Especialista em Engenharia da Qualidade pela FAENQUIL e Professor do
Ensino Superior da FATEA. Atuou como Secretário Adjunto de Tecnologia de
Informação na Prefeitura Municipal de Lorena.
Messias Borges Silva, Doutor em Engenharia Química pela UNICAMP, Mestre em
Engenharia Mecânica pela UNESP, Especialista em Qualidade pela Universidade São
Judas Tadeu e Professor do Ensino Superior da FATEA.
Rosinei Batista Ribeiro, Doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP, Mestre em
Engenharia Mecânica pela UNESP, Especialista em Engenharia da Qualidade pela
FAENQUIL, Coordenador do Instituto Superior de Pesquisa e Iniciação Científica e
Professor do Ensino Superior da FATEA.
Jorge Luiz Rosa, Mestre em Engenharia Mecânica pela UNESP, Especialista em
Engenharia da Qualidade pela FAENQUIL, Proprietário da empresa R&S Treinamento
e Consultoria e Professor do Ensino Superior da FATEA.