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Abstract
Resumo
*LARC/ Laboratório
de Arqueociências
da DGPC e EnvArch/
CIBIO/InBIO
cpimenta@dgpc.pt
** Instituto de Historia,
CCHS. Consejo Supe-
rior de Investigacio-
nes Cientícas (CSIC).
marta.moreno@cchs.
csic.es
*** Finalista da Licen-
ciatura de Arqueolo-
gia da FLUL, colabora-
dora do LARC.
Carlos Pimenta*
Marta Moreno García**
Ana Lourenço***
O registo ornito-arqueológico
em Portugal:
inventários, comentários e mapas
O presente trabalho resulta de uma compilação bibliográca exaustiva da ornitofauna registada (ou
com presença mencionada) em jazidas quaternárias, uma ferramenta de trabalho útil para conhecermos
melhor a ocorrência das aves no espaço e no tempo em território português, um ponto de partida para
lançarmos análises mais detalhadas no futuro.
Embora geralmente minoritárias nos conjuntos arqueozoológicos, o elevado número de espécies que inte-
gram esta Classe de vertebrados coloca alguns problemas relativos à identicação especíca dos seus
restos. Apesar de Portugal dispor atualmente de uma boa coleção osteológica que auxilia neste propó-
sito, observa-se que existe ainda um longo percurso a fazer. Perante a carência de estudos de carac-
terização osteométrica de muitos grupos de aves, algumas identicações suscitam justicadas dúvidas.
Apresentam-se, suportadas pelas respetivas fontes bibliográcas, algumas indicações de Nomenclatura
taxonómica e osteológica que nem sempre foram seguidas pelos diferentes autores. Trata-se de normas
aceites cuja aplicação há muito vem sendo internacionalmente adotada. Acreditamos, deste modo, dar
um contributo válido para melhorar a qualidade dos trabalhos vindouros.
This paper provides a comprehensive review of published identied (or merely cited) bird remains recov-
ered from Portuguese Quaternary archaeological sites. It is conceived as a useful working tool to enhance
our knowledge on the spatial and chronological occurrence of birds within Portugal in the past. Hopefully
it will be the starting point to develop more detailed analytical approaches in the future.
While usually scarce in archaeological assemblages, the high number of species that constitutes this Class
of vertebrates places some problems when it comes to the specic identication of their remains. Although
at present, there is a good osteological reference collection in Portugal ready to help with this issue, we
understand that there is still a long pathway to run. Due to the limited number of osteometrical studies for
many groups of birds some of the identications arise justied doubts.
According to referential sources we present some hints on taxonomic and osteological nomenclature that
were not followed by some researchers. They are accepted norms which application was internationally
adopted a long time ago. We hope that the present contribution will improve the quality of future work.
Quando não posso classicar ou conar em classicações alheias,
prero confessar a minha ignorância
Estácio da Veiga, 1887, p. 526
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1. Uma classe de vertebrados: as aves
Existem cerca de 11 000 espécies de aves no
mundo. Ocupam uma enorme diversidade de
habitats distribuídos por todas as latitudes.
Salvo raras exceções, a capacidade de voa-
rem confere-lhes grande mobilidade, fazendo
com que a ocorrência de muitas espécies em
diferentes regiões assuma carácter sazonal.
Entre aves residentes, estivais, invernantes, intro-
duzidas (quer as que são mantidas em cativeiro,
quer as que dele evadidas se reproduzem livre-
mente no meio natural) estima-se uma presença
regular de mais de quatrocentas espécies em
Portugal continental (Matias & alli, 2007).
Numa escala mais alargada, a Península Ibé-
rica, onde os domínios climáticos do Atlântico
e do Mediterrâneo se entrecruzam, ocupa
um lugar preponderante no trajeto de rotas
migratórias. Por outro lado, a permanência
de amplas regiões onde até tempos recentes
persistiram modelos de uso do solo ancestrais
traduz-se numa grande diversidade de avi-
fauna que gradualmente cou comprometida
ou mesmo extinta na Europa industrializada.
As comunidades humanas do passado viram nas
aves importantes fontes de recursos: ovos, carne,
penas, ossos representaram riquezas sazo-
nais ou quotidianamente aproveitadas (Gor-
fredsen, 1997; Kristensen, 2011; Meldgaard,
1988; Serjeantson, 1988, 2009). Esta pressão,
que originou extinções a nível global de algu-
mas espécies, caso da Torda-grande (Pinguinus
impennis) (Pimenta, Figueiredo & Moreno 2008),
acentuou a rarefação de outras a nível regional,
vítimas de caça excessiva ou da destruição de
habitats, casos do Quebra-ossos (Gypaetus bar-
batus), do Tetraz-real (Tetrao urogallus) ou da
Charrela (Perdix perdix), por exemplo (Catry,
1999). Pela mão do Homem muitas aqui foram
chegando: vindas de longe, disseminadas pelo
valor económico, ornamental ou simples curiosi-
dade, espécies como a Galinha (Gallus gallus)
(Pimenta & Moreno, 2007), o Pavão (Pavus cris-
tatus) (Pimenta & Moreno, 2010), o Peru (Melea-
gris galopavo) (Moreno & Detry, 2011), entre
outras, revolucionaram economias e culturas em
sucessivas vagas temporais que se repercutem
até ao presente.
Para conhecer o passado das aves que fre-
quentaram este território, a Ornito-arqueologia
estuda os restos que delas chegaram aos nos-
sos dias, maioritariamente ossos postos a desco-
berto pela atividade arqueológica cuja análise
envolve um vasto leque de variáveis (Morales,
1993). A identicação osteológica e a ordena-
ção taxonómica desses elementos colocam pro-
blemas de índole diversa, tais como, os processos
tafonómicos a que estiveram sujeitos (fragmen-
tação, erosão, por exemplo) ou ainda, à grande
semelhança entre espécies pertencentes a alguns
géneros ou famílias bastante diversicadas.
O ramo da Biologia que estuda as Aves, a
Ornitologia, tem mantido nos últimos anos ace-
sos debates em torno dos critérios que devem
prevalecer na sua ordenação logenética.
Estudos recentes, baseados na aplicação de
algumas técnicas de análise do ADN, permi-
tem diferenciar novas espécies (Catry & alii,
2010). Porém, a matéria-prima que possibilita
estes resultados, está muito além daquilo que,
no presente, os ossos permitem a um ornito-
-arqueólogo. Existirão “sinais osteológicos”
credíveis que diferenciem duas espécies cuja
separação logenética ocorreu escassos milha-
res de anos atrás?
No que respeita à Osteologia das aves, a
bibliograa disponível permanece escassa.
Trata-se de uma área que, não tendo mobi-
lizado grandes recursos nanceiros nas últi-
mas décadas, permaneceu quase adormecida.
Apesar disso, instituições e investigadores de
alguns países publicaram trabalhos em torno
da caracterização osteométrica de determina-
dos grupos, concretamente a Ludwig-Maximi-
lians-Universität de Munique, Alemanha (Otto,
1981; Gruber, 1990; Lorch, 1992) e, mais
recentemente a Polish Academy of Sciences de
Cracóvia, Polónia (Tomek & Bochenski, 2000,
2009; Bochenski & Tomek, 2009). Pelo meio,
outras referências de morfologia osteológica
mais genéricas (Cohen & Serjeantson, 1986),
ou mais circunscritas (Jánossy, 1983; Wójcik,
2002; Pimenta, Moreno & Ruas, 2006; Moreno
& Pimenta, 2014) legam bibliograa impor-
tante mas manifestamente insuciente a quem
se dedica a estes domínios.
A especicidade e variedade de problemáti-
cas relativas às aves no registo arqueológico
está na origem do aparecimento no ano de
1992 no seio do ICAZ (International Council
of Archaeozoology) de um grupo de trabalho
especializado (Morales & Roselló, 1993). O
Bird Working Group reúne com periodicidade
bi-anual produzindo estudos e resultados atua-
lizados que é útil acompanhar.
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Para aprofundar o conhecimento da Biologia das
aves no presente, acrescentando informações fun-
damentais na hora de melhor tentarmos interpre-
tar o signicado daquilo que nos proporciona o
registo fóssil, o nosso país contou com instituições,
sendo de destacar o CEMPA (Centro de Estu-
dos de Migrações e Proteção de Aves) e, desde
1993 até ao presente, a SPEA (Sociedade Por-
tuguesa para o Estudo das Aves). As publicações
ali produzidas, bem como a biblioteca especiali-
zada, constituem referenciais que os investigado-
res interessados ganharão em conhecer. Consulte-
-se ainda a obra “Aves de Portugal: Ornitologia
do território continental”, excelente síntese neste
domínio (Catry & alii, 2010).
2. Dos primórdios à atualidade
Os primeiros passos da Ornito-arqueologia
em Portugal chegam-nos dos nais do século
XIX pelos relatos de um arqueólogo brilhante:
Estácio da Veiga. É surpreendente a lucidez e
humildade de um investigador que nessa época
escrevia:
Não trato de distinguir as espécies corres-
pondentes aos ossos que colligi, porque não
há museus organisados de modo que permit-
tam o estudo da paleontologia comparada;
pois não só, relativamente a mammíferos
fósseis, estão ainda pouco providos, como
de exemplares da fauna vivente prepara-
dos para exame anatómico (Veiga, 1887,
p. 526).
As observações que nos deixou são deve-
ras limitadas mas, sobretudo, evidenciam uma
sábia prudência. Prudência e conhecimento
quando, a propósito do espólio faunístico do
“Serro da Pedra” escrevia:
(...) Na estampa X , sob o nº 7,…represento…
os tarsos nº 5 e 6 de dois pequenos gallos de
mediana corpulência, o que a principio me
fez julgar com a devida reserva, que fossem
do pequeno gallo do mato, que os francezes
denominam petit coq de bruyère, ou do cha-
mado gallo dos salgueiros; mas o primeiro
(Tetrao tetrix) habita as regiões do norte, e
só raro tem aparecido na Europa central, e
o segundo (Tetrao albus) é uma das espécies
europeias emigradas para o norte no começo
dos tempos actuaes: alem d’isto, os esporões
no género Tetrao são recurvados para baixo,
como veriquei na secção ornithologica, e
portanto os tarsos com os esporões para cima
só podiam competir ao género gallus. Per-
tenciam, pois, aquelles tarsos a um gallo de
medíocre volume, então existente, mas cuja
espécie não posso determinar (...) (Veiga,
1886, p. 245).
Já no século XX, em 1910, Eduard Harlé dava
a conhecer os resultados do estudo faunístico
da Gruta da Furninha escavada anos antes por
António Joaquim F. Nery Delgado (Delgado,
1880). As aves ali recuperadas, identicadas
em Inglaterra por E. T. Newton, constituem a pri-
meira listagem publicada em Portugal (Harlé,
1910). Parecia abrir-se assim, com chave de
ouro, este domínio de investigação no nosso país,
mas, infelizmente, decorreriam largas décadas
até que o espólio ornitológico voltasse a mere-
cer alguma atenção ao olhar da Arqueozoolo-
gia e, uma vez mais, pelo empenho de investi-
gadores estrangeiros (por exemplo, Driesch &
Boessneck, 1976). Pelo meio haveriam de nos
chegar algumas tímidas, incipientes e, por vezes,
caricatas informações (ver Quadro 1).
A inexistência de coleções osteológicas de refe-
rência de vertebrados em Portugal constituía, de
facto, um obstáculo difícil de contornar. O incên-
dio que em março de 1978 destruiu as coleções
zoológicas do Museu Bocage na Politécnica, em
Lisboa, apesar de não serem particularmente
vocacionadas para a vertente osteológica,
agravaram a situação. As coleções do Museu
Geológico e Mineiro da Rua da Academia das
Ciências, de âmbito mais paleontológico, eram
uma resposta possível — uma resposta insu-
ciente na medida em que abarcavam cronolo-
gias, no essencial, muito anteriores ao Quater-
nário e onde as aves marcavam escassa pre-
sença. Na atividade arqueológica prevalecia
a recuperação dos restos mais visíveis, mais
espetaculares, eventualmente, musealizáveis.
Em muitos contextos arqueológicos, ignorada (e
irremediavelmente desperdiçada para investi-
gação futura), cava a “arraia-miúda” zooló-
gica. Entre humanos, elefantes e pardais…
Mais tarde, com a aplicação de novos critérios
e metodologias de escavação arqueológica, o
espólio arqueozoológico começou a merecer
outra atenção. Porém, para tentar identicar
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taxonomicamente muitos dos restos recuperados
nas jazidas portuguesas, tornava-se necessário
levá-los além-fronteiras e solicitar o apoio cien-
tíco de investigadores estrangeiros que ace-
diam a coleções comparativas de referência:
Espanha, França, Bélgica e Alemanha, foram
destinos de alguns desses espólios cujos resul-
tados caram registados nas fontes bibliográ-
cas (Driesch & Boessneck, 1976; Pieper, 1985;
Lentacker, 1986; Mourer-Chauviré & Antunes,
1991, 2000; Hernández, 1993; Gourichon &
Cardoso, 1995; Deville, 1996).
A partir de 2000, com o lançamento do pro-
jeto “CIPA” (Centro de Investigação em Paleoe-
cologia Humana e Arqueociências) no Instituto
Português de Arqueologia, teve início a consti-
tuição das coleções osteológicas de referência
(Moreno & alli, 2004) cuja ampliação prosse-
guiu ao longo das sucessivas tutelas que asse-
guraram a sua continuidade. Ficou, assim, o
nosso país dotado de um património cientíco
cuja repercussão na prática se traduziu (e tra-
duz) numa multiplicação a partir de então do
volume de informação produzida (Quadro 1).
3. Os nossos objetivos
À semelhança do trabalho realizado há mais de
duas décadas em Espanha (Hernández, 1993,
1994), proceder a um levantamento e fazer o
ponto da situação daquilo que foi publicado
sobre aves recuperadas no registo arqueológico
de Portugal, constituiu a essência deste trabalho.
Pensamos que este inventário proporciona uma
visão da ornitofauna arqueológica com enqua-
dramento cronológico e geográco, nunca antes
abordada na bibliograa portuguesa. Após
mais de um século de trabalhos nesta área a-
gura-se necessário estabelecer um referencial ou
ponto de partida para múltiplas análises e ree-
xões no futuro. Com esta intenção foram incluídos
trabalhos de investigação propriamente ditos,
resultantes da observação direta do espólio
ornito-arqueológico e consequentes estudos siste-
máticos, bem como simples menções que referem
a sua presença, cuja revisitação poderá acres-
centar dados relevantes.
Da leitura conjunta da bibliograa resultou a
observação de alguns problemas de nomencla-
Fig. 1 – Localização
de jazidas de
cronologia paleolítica
com restos de aves.
Fig. 2 – Localização
de jazidas com
cronologias mesolítica
e neolítica com restos
de aves.
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tura taxonómica e osteológica que na discussão
serão abordados de forma detalhada.
4. O inventário: listagens e menções às aves
em contextos arqueológicos de Portugal
Com o objetivo de claricar a leitura dos dados
compilados, na elaboração do inventário (Qua-
dro 1) e das Figs. 1 a 6 descrevemos em por-
menor os critérios utilizados.
a) A numeração atribuída aos sítios arqueoló-
gicos (coluna “Jazida”) foi ordenada em função
da sua latitude (de norte para sul) no território
de Portugal continental. Para o efeito foi con-
sultada a base de dados Endovélico através
do Portal do Arqueólogo no sítio da Direção-
-Geral do Património Cultural;
b) As referências bibliográcas (coluna “Refe-
rência”) correspondentes a cada jazida encon-
tram-se citadas e ordenadas da mais antiga
para a mais recente;
c) Nas jazidas que foram publicadas mais do
que uma vez pelo mesmo autor, considera-se
apenas o último inventário, assumindo tratar-se
da versão mais atualizada. No entanto, nestas
situações, são igualmente mencionadas as fontes
anteriores na tabela e na bibliograa do nal;
d) Os diferentes períodos dentro da mesma
jazida (coluna “Período”) encontram-se orde-
nados do mais antigo para o mais recente;
e) Quando a fonte utilizada menciona informação
mais detalhada sobre a contextualização crono-
lógica ela é mencionada (coluna “Cronologia”);
f) As designações contidas na coluna “Sistemá-
tica” reproduzem informações originais da (s)
fonte(s) bibliográca(s) referenciada(s);
g) A Sistemática incluída na coluna “Correções”,
apresenta sugestões que têm por base normas
seguidas internacionalmente (vide Discussão);
h) A coluna “Menções” reproduz informa-
ção original contida na fonte bibliográca
referenciada.
De acordo com as informações cedidas pelos
respetivos autores, foram incluídos alguns tra-
balhos já entregues e aceites para publicação,
designados “no prelo”.
Fig. 3 – Localização
de jazidas com
cronologias calcolítica
e da Idade do Ferro
com restos de aves.
Fig. 4 – Localização
de jazidas do Período
Romano com restos
de aves.
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Para além dos trabalhos mencionados, no
futuro haverá que considerar outros não publi-
cados, nomeadamente teses de doutoramento
e de mestrado onde as aves surgem referen-
ciadas: baseados em revisões de coleções pré-
-existentes como por exemplo, Detry (2007)
e Figueiredo (2010), ou incluindo o estudo de
alguns conjuntos inéditos (Pereira, 2013).
Os autores carão muito gratos a quem puder
acrescentar informações sobre conjuntos estu-
dados ou menções à presença de aves noutras
jazidas que involuntariamente não tenham sido
integrados no presente trabalho.
5. Discussão
A nova geração de arqueozoólogos do nosso
país é sobretudo constituída por investigadores
cuja formação académica emerge da área das
Humanidades, pouco familiarizada com termino-
logias utilizadas nas Ciências Naturais, concreta-
mente da Biologia e, dentro dela, de disciplinas
como a Osteologia, a Sistemática, a Taxonomia,
situação que, muitas vezes, se encontra ree-
tida na bibliograa publicada. Os comentários
apresentados têm por único objetivo melhorar
a qualidade de trabalhos futuros, fornecendo
aos interessados fontes bibliográcas acessíveis
e algumas normas internacionalmente seguidas.
5.1. Problemas de nomenclatura,
sistemática e taxonomia
Desde meados do séc. XVIII que na obra Sys-
tema naturae (1758) Lineu deniu as bases da
hierarquia da classicação zoológica baseada
em características morfológicas. A adoção da
Nomenclatura binominal em latim persiste até
aos nossos dias, sendo seguida e aceite pela
comunidade cientíca em todo o mundo.
No entanto, atualmente a Nomenclatura é um
domínio que se encontra em permanente atuali-
zação, respondendo aos reajustamentos taxonó-
micos resultantes da investigação de diferentes
áreas da Biologia, particularmente da Genética
(estudos de ADN nuclear e de ADN mitocondrial)
Fig. 5 – Localização
de jazidas do Período
Islâmico com restos
de aves.
Fig. 6 – Localização
de jazidas com
cronologias medieval
e da Época Moderna
com restos de aves,
assim como jazidas
de cronologia
indeterminada.
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que tem nos últimos anos sido responsável pela
diferenciação que origina o reconhecimento de
muitas novas espécies, como referido no início do
artigo. A entidade internacional que recomenda
as alterações sistemáticas e de Nomenclatura é
a AERC (Association of European Rarities Commit-
tees) através do seu Taxonomic Committee (TAC)
que, podem ser consultadas em: http://www.
aerc.eu/DOCS/AERCTAC.pdf.
Também a partir do Anuário Ornitológico editado
pela SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estu-
dos das Aves, podemos aceder a uma Lista atua-
lizada das Aves que estão presentes ou que ocor-
rem em Portugal continental (Matias & alli, 2007).
Porém, em estudos aqui listados observa-se
que alguns autores utilizam uma grande varie-
dade de critérios que não obedecem a estas
normas ou não são coerentes:
- são mencionadas aves segundo designa-
ções vernáculas da língua original dos autores,
situação saudável e legítima. Mas, alternar na
mesma listagem a utilização de nomes cientí-
cos e nomes vernáculos agura-se incorreto;
- quando não é possível chegar a identicações
denitivas, nem sempre se recorre à abrevia-
tura “cf.” (do latim confere), escrita sem itálico
ou sublinhado (Reitz & Wing, 1999, p. 37);
- igual situação ocorre quando uma identica-
ção se ca pelo reconhecimento do Género. A
convenção seguida é usar a abreviatura “sp.”
(species); a abreviatura “sp.” é utlizada quando
a identicação pode albergar mais do que uma
espécie dentro daquele género (Reitz & Wing,
1999, p. 37);
- na nomenclatura binominal os nomes cientí-
cos devem ser escritos em itálico ou alternati-
vamente, na impossibilidade de o fazer, devem
ser sublinhados (Reitz & Wing, 1999, p. 37);
- de igual modo, nos casos em que não é possí-
vel elevar a nível especíco uma identicação,
deve gurar o nível taxonómico segundo crité-
rios hierárquicos (Género, Família, Ordem ou
Classe). Como excelente síntese desta temática
recomendamos a leitura do capítulo 3 “Basic
Biology” do reconhecido manual de arqueo-
zoología publicado por Reitz & Wing (1999).
Alguns trabalhos, mais do que proporciona-
rem simples listagens de espécies, deveriam
enquadrar e explicitar as metodologias aplica-
das bem como as fontes bibliográcas ou cole-
ções utilizadas na sua identicação. Perante a
escassez de fontes bibliográcas em relação à
caracterização osteológica e osteométrica de
muitos grupos taxonómicos das aves, é salu-
tar manter uma certa prudência. Observam-
-se, por vezes, nos nomes cientícos o que supo-
mos serem “gralhas tipográcas”, evitáveis com
uma atenta revisão prévia à publicação.
No que respeita à utilização de nomes ver-
náculos, saliente-se que existem no nosso país
espécies com nomes que variam de região
para região. Para o efeito, consulte-se o levan-
tamento “Nomes Portugueses das Aves do
Paleárctico Ocidental” (Costa & alii, 2000). É
sempre desejável que em estudos arqueozoo-
lógicos os nomes vernáculos sejam mencionados
(antes ou depois) da designação taxonómica
em latim que lhe corresponda.
5.2. Problemas de identicação
Algumas listagens mencionam espécies cuja
identicação suscita justicadas dúvidas quanto
aos critérios cientícos que conduziram ao seu
reconhecimento. Identicar Faisões e Rolas tur-
cas num contexto paleolítico agura-se pouco
credível. Variabilidade osteométrica dentro da
mesma espécie, dimorsmo sexual, são variá-
veis a considerar. Acresce que, em Osteologia,
no esqueleto das aves nem todos os ossos têm
o mesmo “valor” diagnóstico e raramente os
autores mencionam o elemento (ou elementos)
que conduziu a essas identicações.
Não é uma osteoteca de referência bem qua-
licada e apetrechada que garante por si só
identicações especícas corretas. “Parecer
mais isto do que aquilo” é um critério pouco
aceitável para algumas Ordens ou Famílias
de aves, caso Anatidae e dos Turdidae, por
exemplo. Muitos grupos carecem ainda de
estudos de osteologia que permitam diferen-
ciá-las especicamente. Conhecer a bibliogra-
a (escassa) especializada baseada em amos-
tragens estatisticamente signicativas, é uma
forma de conferirmos mais consistência ao tra-
balho realizado.
5.3. Nomenclatura osteológica
Algumas publicações apresentam indesejáveis
erros de Nomenclatura osteológica: “carcoide”
(coracoide), “tíbiatarso (tibiotarso), “fémuros”
(fémures) ou “carpometatarso” (carpometa-
O registo ornito-arqueológico em Portugal: inventários, comentários e mapas
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carpo), são alguns exemplos. Estas situações
poderão ser evitadas submetendo os traba-
lhos a uma habilitada revisão prévia, fator
que muito valorizaria a qualidade dos títulos
em questão. Deve haver a preocupação de
aceder a fontes bibliográcas hoje bastante
acessíveis, sugerindo-se neste particular a con-
sulta da referência Nomina Anatomica Avium
(Baumel, 1979) disponível através do seguinte
link < http://www.oucom.ohiou.edu/dbmswit-
mer/Downloads/1993_Baumel_&_Witmer_
NAA-2_Osteologia.pdf > Esta obra contém
(em latim), corretas e em pormenor, designa-
ções internacionalmente reconhecidas. Não
menosprezando outras fontes mais corrente-
mente utilizadas pela Arqueozoologia (Driesch,
1976; Cohen & Serjeantson, 1986), disponíveis
para consulta na Biblioteca do Laboratório de
Arqueociências da DGPC.
6. Conclusão
Esperamos que este trabalho seja uma contri-
buição construtiva para melhorarmos o nosso
conhecimento das aves através do registo
arqueológico e constitua uma ferramenta de
trabalho útil para aqueles que se interessem
e dediquem ao seu estudo no passado e no
presente.
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Corre
ções
Menção
1
–
Freixo de
Numão Costa, 2009 Romano Séculos II–IV
Gallus gallus
Galliforme
Galliformes
2
–
Castanheiro
do Vento
Costa, 2008 Calcolítico III–II milénios cf. Otis tarda cf. Otis tarda
3 – Mosteiro
de Santa
Clara-a-
Velha
Moreno & Detry,
2010 Idade Moderna século XVII
Anser
cf.
anser
Anser
sp.
Anas
cf.
platyrhynchos
Marmaronetta
angustirostris
Anas crecca
Aythya ferina
Anatidae
Falco tinnunculus /
naumanni
Melleagris gallopavo
Meleagri s gallopavo
Gallus gallus domesticus
cf.
Gallus gallus
domesticus
Alectoris rufa
Coturnix coturnix
Scolopax rusticola
Pluvialis
apricaria
Columba livia
Apus apus
Turdus
sp.
Sylviidae
4
–
Conímbriga
Moreno &
Pimenta, 2004 Romano Gyps fulvus
5 – Abrigo
do Lagar
Velho
Moreno &
Pimenta, 2002
Paleolítico
Superior
TP 06 /
21 180 BP
Accipitridae
Falco tinnunculus
Alectoris
sp.
Corvus monedula
Phyrrhocorax
sp.
Corvidae
Sturnus vulgaris
Passeriforms
Passeriformes
Paleolítico
Superior
TP 09 /
20 200 BP
Alectoris
sp.
Phyrrhocorax
sp.
Corvidae
Passeriforms
Passeriformes
6 – Gruta do
Caldeirão
Davis, 2002
Paleolítico Médio Mustierense
Unidentified birds
Aves indet.
Pyrrhocorax pyrrhocorax
Chough ?
cf .
Pyrrhocorax
Duck
Anatinae
Alectoris
sp
.
Bubo bubo
Black vulture ?
cf.
Aegypius
monachus
Paleolítico
Superior Inicial
Unidentified birds
Pyrrhocorax pyrrhocorax
Chough ?
cf .
Pyrrhocorax
P. graculus
Pyrrhocorax
graculus
Unid. Corvid
Unid. Corvidae
Black vulture?
cf.
Aegypius
monachus
Quadro 1.
Carlos Pimenta | Marta Moreno García | Ana Lourenço
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
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297
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Corre
ções
Menção
6 – Gruta do
Caldeirão
Davis, 2002
Paleolítico
Superior
Solutrense
Unidentified bir
ds
Aves indet.
Pyrrhocorax pyrrhocorax
Chough ?
cf .
Pyrrhocorax
P. graculus
Pyrrhocorax
graculus
Unid. Corvid
Unid. Corvidae
Corvus corax
Himantopus himantopus
Alectoris
sp
.
Gyps fulvus
Aegypius monachus
Magdalenense
Unidentified birds
Aves indet.
Chough ?
cf .
Pyrrhocorax
Pica pica
Columba palumbus
Alectoris
sp.
Athene noctua
Neolítico
Unidentified birds
Aves indet.
Columba palumbus
Alectoris
sp.
7
–
Abrigo
da Pena
d’Água
Valente, 1998 Neolítico Médio “Ave
inclassificada”
8 – Lapa do
Picareiro
Bicho & alii, 2003 Paleolítico
Superior
“As espécies
não foram
ainda
identificadas,
mas são
animais de
alguma
dimensão, aves
do tipo do
pato”.
Hockett & Haws,
2009
Paleolítico
Médio/Superior
Inicial
Alectoris rufa
Alectoris/Perdix
Perdix perdix
Columba livia
Pyrrhocorax pyrrhocorax
Pyrrhocorax graculus
Corvus corone
cf.
Corvus monedula
Corvidae
Garrulus glandarius
Sturnus vulgaris
Crow/Pigeon/Partridge
-
sized
Pluvialis apricaria
Calidris canutus
Turdus
cf.
pilaris
Turdidae
Asio flammeus
Athene noctua
9 – Galeria
Pesada
Marks & alii,
2002a, 2002b;
Trinkaus & alii,
2003
Pleistoceno Médio
Egretta alba
?
Ciconia
sp.
Cygnus cf. olor
Cygnus
cf
. olor
Anas
sp.
Aythya
sp.
cf .
Mergus albellus
Haliaeetus cf. albicilla
Haliaeetus
cf
.
albicilla
Scolopax rusticola
Buteo buteo
Columba palumbus
Caprimulgus europaeus /
ruficollis
Picus viridus
Picus viridis
Columba livia / oenas
Corvus monedula
Pyrrhocorax graculus
Alectoris
sp.
Athena noctua
Athene noctua
Corvus corone/
frugilegus
Pica pica
Bubo bubo
Falco
sp.
Corvus cf. antecorax
Corvus
cf.
antecorax
Harlé, 1910a–
–1911a; Harlé,
1910b–1911b
Turdus musicus
Turdus iliacus
Turdus pilaris
Pyrrhocorax alpinus
Pica (rustica ?)
Corvus (monedula ?)
Corvus (corone
?
)
O registo ornito-arqueológico em Portugal: inventários, comentários e mapas
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
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298
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Corre
ções
Menção
10 – Gruta
da Furninha
Strix flammea
Bubo ignavus
Cygnus (olor
?
)
Pyrrhocorax
graculu s
Tadorna cornuta
Querquedula crecca
Oedemia nigra
Columba livia
Caccabis rufa
Perdrix
(cinérea ?) Perdix (cinerea ?)
Puffinus kuhli
Pimenta,
Figueiredo &
Moreno, 2008
Pinguinus impennis
Brugal & alii,
2012
Tadorna tadorna
Tadorna
sp.
Tadorna ferruginea
Somateria mollíssima
Somateria
sp.
Cygnus olor
Anas crecca
Anas
sp.
Melanita nigra
Melanitta nigra
Alectoris rufa
Numenius phaeopus
Pinguinus impennis
Gallinago
sp.
Larus
sp.
Puffinus puffinus
Phoenicopterus ruber
Phalacrocorax aristotelis
Tyto alba
Bubo bubo
Asio flammeus
Falco tinunculus
Aquila chrysiaetus
Aquila crhysaetos
Aquila
sp.
Gyps fulvus
Pyrrhocorax pyrrhocorax
Pyrrhocorax graculus
Pyrrhocorax
sp.
Corvus corone
Corvus frugilegus
Corvus monedula
Turdus merula
Turdus philomelus
Turdus pilaris
Turdus iliacus
Turdus
sp.
Pica pica
Cuculus canorus
11 – Casa da
Moura
Harlé,
1910a–1911a,
1910b–1911b
Indeterminada “Quelques
restes”
12 – Lapa do
Suão
Haws & Valente,
2006
Paleolítico
Superior
Alectoris rufa
Anas platyrhynchos
Corvidae
Corvus monedula
Garrulus glandarius
Garrulus
glandarius
Pyrrhocorax pyrrhocorax
Tordus
sp.
Turdus
sp.
13 – Gruta
Nova da
Columbeira
Figueiredo, 2010 Paleolítico Médio
Turdus pilaris
Turdus pilaris
Corvus munedula
Corvus monedula
Pyrrhycorax
pyrrhycorax
Pyrrhocorax
pyrrhocorax
Anas acuta
Anas acuta
Turdus philomelos
Turdus philomelos
Alectoris rufa
Alectoris rufa
Streptopelia dacaoeto
Streptopelia
decaocto
Coracias garrulus
Coracias garrulus
Puffinus puffinus
Puffinus puffinus
Caprimulgos
Caprimulgus
sp.
Phaicanus colchichus
Phasianus
colchicus
Lagopus lagopus
Lagopus lagopus
Athene noctua
Athene noctua
14 – Vale de
Frade
Araújo, Moreno &
Gabriel, 2014 Mesolítico
Columba palumbus
Columba
palumbus
Anatidae
Tetraonidae
Aves não determinadas
Carlos Pimenta | Marta Moreno García | Ana Lourenço
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
Quadro 1 –
continuação.
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299
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Correções
Menção
15 – Gruta
das
Fontaínhas
Harlé, 1910a–
–1911a Indeterminado
Vanellus vulgaris
Pyrrhocorax (alpinus?)
Corvus monedula
Caccabis rufa
16 –
Alcáçova de
Santarém
Davis, 2006
Idade do Ferro
Anser cf anser
Anser cf. anser
Alectoris cf rufa
Alectoris cf. rufa
cf Gallus
cf. Gallus
Romano
Cygnus sp
Cygnus sp.
Anser cf anser
Anser cf. anser
Alectoris cf rufa
Alectoris cf. rufa
cf Gallus
cf. Gallus
Tetrax tetrax
Columba cf palumbus
Columba cf.
palumbus
cf Streptopelia turtur
cf. Streptopelia
turtur
Medieval
Pelecanus crispus
Anser cf anser
Anser cf. anser
Anas cf platyrrhynchos
Anas cf.
platyrhynchos
Milvus cf milvus
Milvus cf. milvus
Alectoris cf rufa
Alectoris cf. rufa
cf Gallus
cf. Gallus
Rallidae
Rallidae
Grus grus
Otis tarda
Tetrax tetrax
Columba cf. palumbus
Columba cf.
palumbus
Turdus merula
Idade Moderna
Anser cf. anser
Anser cf. anser
Anas cf. platyrrhynchos
Anas cf.
platyrhynchos
Accipiter gentilis
Alectoris cf rufa
Alectoris cf. rufa
cf Gallus
cf. Gallus
Grus grus
17 –
Convento de
São Francisco
Moreno & Davis,
2001
Islâmico Séculos X–XII
Galliformes
Passeriformes
Ramalho & alii, 2001
Islâmico
Séculos X–XII
“Aves”
18 –
Concheiro de
Toledo
Moreno, 2011 Mesolítico
Anseriforme
Anseriformes
Pandion haeliaetus
Pandion haliaetus
Alectoris rufa
Columba palumbus
Strix aluco
Garrulus glandarius
Passeriforme
Passeriformes
19 – Lapa da
Rainha
Roche, 1970 Paleolítico
Superior Aurignacense
Pyrrhocorax alpinus
Corvus monedula
Athene noctua
Pica rustica
Regala & Gomes,
2002
Paleolítico
Superior Aurignacense
Pyrrhocorax pyrrhocorax
Corvus monedula
Athene noctua
Pica rustica
20 – Algar
do Bom Santo Pimenta, 2014 Neolítico
Columba sp.
Alectoris rufa
Sylvidae NI
Turdus philomelus /
iliacus
Turdidae NI
Alaudidae NI
Aves NI
21 – Cabeço
da Arruda
Roche & Ferreira,
1967
Mesolítico “Restes d’oiseau”
Lentacker, 1986
Mesolítico
Anseriformes
Anser anser
Anser fabalis
Anas platyrhynchos
Anas crecca /
A. querquedula
Spatula clypeata /
Aythya ferina
Falconiformes
Accipiter nisus
Buteo buteo
Alectoris rufa
Grus grus
Scolopax rusticola
Columba palumbus
Columba livia
Passeriformes
Corvus corone
Not identified birds
Aves indet.
O registo ornito-arqueológico em Portugal: inventários, comentários e mapas
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
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300
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Corre
ções
Menção
22 – Cabeço
da Amoreira
Roche & Ferreira,
1967 Mesolítico Cygnus olor
Lentacker, 1986
Mesolítico
Podiceps ruficollis / P.
nigricollis
Botaurus stellaris
Anseriformes
Anser anser
Tadorna tadorna
Anas platyrhynchos
Anas platyrhynchos / A.
strepera
Anas crecca
Anas crecca / A. querquedula
Anas penelope / Aythya
fuligula
Falconiformes
Buteo buteo
Falco columbarius / F.
naumanni
Falco naumanni
Alectoris rufa
Otis tarda
Charadriiformes
Vanellus vanellus
Numenius arquata
Scolopax rusticola
Scolopax rusticola /
Gallinagogallinago
Larus argentatus
Columba palumbus
Tyto alba
Asio otus
Strix aluco
Passeriformes
Turdus philomelus
Corvus corone
Not identified birds
Aves indet.
23
–
Moita
do Sebastião
Roche & Ferreira,
1967 Mesolítico Cygnus olor
24 – Castro
do Zambujal
Driesch &
Boessneck, 1976
Calcolitico
Sula bassana
Sula bassana
Phalacrocorax carbo
Phalacrocorax carbo
Phalacrocorax aristotelis
Phalacrocorax
aristotelis
Ciconia ciconia
Ciconia ciconia
Cygnus olor
Cygnus olor
Gyps fulvus
Gyps fulvus
Aegypius monachus
Aegypius monachus
Gypaetus barbatus
Gypaetus barbatus
Aquila chrysaetos
Aquila chrysaetos
Buteo buteo
Buteo buteo
Falco sp
Falco
sp
Alectoris rufa
Alectoris rufa
Coturnix coturnix
Coturnix coturnix
Otis tarda
Otis tarda
Tetrax tetrax
Tetrax tetrax
Calidris alpina
Calidris alpina
Tringa nebularia
Tringa
nebularia
Scolopax rusticola
Scolopax rusticola
Columba livia
Columba livia
Columba palumbus
Columba palumbus
Tyto alba
Tyto alba
Athene noctua
Athene noctua
Hirundo rustica
Hirundo rustica
Corvus corax
Corvus
corax
Corvus corone
Corvus corone
Corvus frugilegus
Corvus frugilegus
Pyrrhocorax
pyrrhocorax
Pyrrhocorax
pyrrhocorax
Corvus monedula
Corvus monedula
Pica pica
Pica pica
Garrulus glandarius
Garrulus glandarius
Turdus merula
Turdus merula
Turdus viscivorus
Turdus viscivorus
Turdus philomelos
Turdus philomelos
Turdus iliacus
Turdus iliacus
Sturnus vulgaris / Sturnus
unicolor
Sturnus vulgaris /
Sturnus unicolor
Oriolus oriolus
Oriolus
oriolus
Sylvia atricapilla
Sylvia atricapilla
25 – Cabeço
dos Morros Detry, 2008 Mesolítico
Anatidae
Anas
sp.
Columba livia
Corvus monedula
Numenius arquata
Carlos Pimenta | Marta Moreno García | Ana Lourenço
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
Quadro 1 –
continuação.
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301
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Corre
ções
Menção
26 – Quinta
das Longas
Cardoso & Detry,
2005
Romano
Galus domesticus
Alectoris rufa
cf.
Lagopus lagopus
Anser
sp
.
cf
. Perdix perdix
cf.
Francolinus
francolinus
cf.
Tetrao tetrix
Columba livia
27 – Penedo
do Lexim
Moreno & Sousa,
2013 Neolítico Final
Alectoris rufa
Gypaetus barbatus
Columba livia
Corvus corax
Driesch & Richter,
1976 Calcolítico Alectoris rufa
Moreno & Sousa,
2015 Calcolítico
Morus bassanus
Aegypius monachus
Alectoris rufa
Corvus corone
28 – Gruta
do Pego do
Diabo
Zilhão & alii,
2010
Paleolítico
Superior
Anser
Anser
sp.
Corvid
Corvidae
Other birds
Aves indet.
Indeterminado
cf .
Gallus
Alectoris
Alectoris
sp.
Passerines
Passeriformes
Other birds
Aves indet.
29 – Frielas Costa & Brás,
2007 Medieval Século XIII
Gallus domesticus
Phasianidae
Phasianidae
Columba livia
Columba palumbus
Falco tinnunculus
Phasianus colchius
Phasianus colchicus
Tetrao tetrix
Alectoris
sp.
Falconidae
Falconidae
30 – Palácio
de Sintra Amaro, 1992 Medieval Século XIV
“Galináceo e
outras
pequenas aves”
31 – Castelo
de
Évoramonte
Costa, 2006,
2012 Medieval Século XV
Phalacrocorax carbo
Cf. Phalacrocorax carbo
cf.
Phalacrocorax
carbo
Anser
sp
Anser
sp.
Buteo buteo
Falco tinnunculus
Alectoris rufa
Alectoris
sp
Alectoris
sp.
Gallus gallus domesticus
cf.
Gallus gallus
domesticus
Gallus
/ Phasianus
Phasianidae
Phasianidae
Scolopax rusticola
cf
Scolopax rusticola
cf.
Scolopax rusticola
Columba livia
Turdus merula
Turdidae
Passeriforme (não
identificado) Passeriformes
32 – Leceia
Gourichon &
Cardoso, 1995
Neolitico Final
Sula bassana
Corvus corax
Calcolítico Inicial
Fulmarus glacia lis
Sula bassana
Haliaeetus albicilla
Columba livia/ oenas
Alaudidé indeterminé
Alaudidae
Espèces
indeterminées
Aves indet.
Calcolítico Médio
Sula bassana
Aquila
sp.
Alectoris rufa
cf.
Gallus gallus
Grus grus
Turdidé indeterminé
Turdidae
Espèces indeterminées
Aves indet.
Indeterminado
Sula bassana
Columba livia / oenas
Ferreira &
Cardoso, 1975 Indeterminado Indeterminada Ave
“É afeiçoado no
osso comprido de
uma ave,
possivelmente um
galo do mato
(Tetrao tetrix) o u
dum cisne ou
ganso bravo muito
jovem (Cignus olor
ou Anser)”.
O registo ornito-arqueológico em Portugal: inventários, comentários e mapas
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
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302
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Corre
ções
Menção
33
–
Convento de
São Vicente
de Fora
Évora, 2004 Idade Moderna Século XVI
Galliformes
Galliformes
Auseriformes
Anseriformes
Aves Aves indet.
34 – Palácio
Centeno Davis, 2009 Idade Moderna
Alectoris
Alectoris
sp.
Anas
Anas
sp.
Gallus
Gallus
sp.
Gallus / Numida
Gallus / Numida /
Phasianus
Meleagris gallopavo
35 / 36
–
Núcleo
Arqueológico
da Rua dos
Correeiros /
Mandarim
Chinês
Bugalhão & alii,
2008 Islâmico Séculos XI–XII
Galinha
Perdiz
37
–
Sé de
Lisboa
Moreno & Davis,
2001 Islâmico
Galliforme
Galliformes
Perdiz
38
–
S. Pedro
(Redondo)
Davis & Mataloto,
2012 Calcolítico Columba palumbus
39 – Praça
do Giraldo Antunes, 2004 Medieval Século XV
Anser anser
Gallus gallus
Alectoris rufa
Ave indefinida
(galinha? –
cascas de ovo)
40 – Paço
dos Lobos da
Gama
Costa & Lopes,
2012 Islâmico Séculos XI–XII
Alectoris rufa
Galliforme
Galliformes
Gallus gallus domesticus
Grouiforme (?)
Gruiformes
41 – Gruta
do Escoural
Deville, 1996
Paleolítico Médio
/ Superior
Paleolítico Médio
/ Superior
Anas
platyrhynchos/Tadorna
tadorna
Alectoris rufa
Columba palumbus
Turdus
sp.
Pyrrhocorax
sp.
Corvus
frugilegus/corone
Passeriformes
Passeriformes
Indéterminés
Aves indet.
Indeterminado
(Paleolítico Médio
/ Superior /
Mesolítico /
Neolítico
Branta/Anser
Anas
platyrhynchos/Tadorna
tadorna
Mergus merganser
Alectoris rufa
Columba palumbus
Columba oenas/livia
Streptopelia turtur
Athene noctua
Turdus
sp.
Pyrrhocorax
sp.
Corvus
frugilegus/corone
Passeriformes
Passeriformes
Indéterminés
Aves indet.
Neolítico
Anas
platyrhynchos/Tadorna
tadorna
Alectoris rufa
Columba palumbus
Columba oenas/livia
Turdus
sp.
Pica pica
Pyrrhocorax/Corvus
Indéterminés
Aves indet.
42 – Troia Nabais, 2014 Período Romano
Gallus
sp
.
Alcidae
Alcidae
Alca torda
Anatidae
Anatidae
Anas
sp.
Anas platyrhynchos
Morus bassanus
43 – Gruta
da Figueira
Brava
Mourer
-
Chauviré
& Antunes, 1991 Paleolítico Médio Mustierense Pinguinus impennis
Mourer-Chauviré
& Antunes, 2000
Paleolítico Médio
Mustierense
Gavia
stellata
Podiceps nigricollis
Sula bassana
Anas platyrhynchos
Melanitta nigra
Melanitta fusca
Clangula hyemalis
Carlos Pimenta | Marta Moreno García | Ana Lourenço
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
Quadro 1 –
continuação.
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303
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Corre
ções
Menção
43 – Gruta
da Figueira
Brava
Mourer-Chauviré
& Antunes, 2000
Paleolítico Médio
Mustierense
Aquila chrysaetos
Hieraaetus fasciatus
Accipiter nisus
Milvus migrans
Falco
cf.
tinnunculus
Alectoris rufa
Grus primigenia
Scolopax rusticola
Numenius phaeopus
Calidris canutus
Larus fuscus
Pinguinus impennis
Columba palumbus
Bubo bubo
Athene noctua
Pyrrhocorax pyrrhocorax
Petits Passeriformes
indéterminés
Holoceno/Romano
Puffinus mauretanicus
Puffinus holeae
Phalacrocorax carbo
Phalacrocorax aristotelis
Clangula hyemalis
Alectoris rufa
Larus fuscus
Alca torda
Columba livia
Athene noctua
Pyrrhocorax
pyrrhocorax
Corvus monedula
Petits Passeriformes
indéterminés
44 –
Perdigões
Pimenta & Moreno
,
2009 Calcolítico Morus bassanus
Costa, 2010
Calcolítico
“Não passeriforme”
Aves indet.
Cabaço, 2011 Calcolítico
Tetrax tetrax
Falco comlubarius
Falco columbarius
Alectoris rufa
Turdid
d
ae
s.p
.
Turdidae
Morus bassana
Morus bassanus
45
–
Mercador
Moreno & Valera,
2007 Calcolítico Aegypius monachus
46 – Castelo
de Alcácer do
Sal
Moreno & Davis,
2001 Islâmico Séculos IX–X
Gallina
Perdiz
Corneja
Buitre leonado
47– Silos de
Beja
Moreno &
Pimenta, 2008;
Pimenta &
Moreno, 2008
Época Moderna
Séculos
XV–XVI
cf.
Anser albifrons
Anser anser
Anser
sp.
Anas platyrhynchos
Anas
sp.
Gyps fulvus
Aegypius monachus
Gyps/ Aegypius
Aquila chrysaetos
Aquila adalberti
Hieraaetus
fasciatus
Accipiter nisus
Falco tinnunculus
Gallus gallus domesticus
cf.
Gallus gallus
domesticus
Alectoris rufa
Phasianus colchicus
Grus grus
Tetrax tetrax
Pluvialis apricaria
Columba
livia/ oenas
Columba palumbus
Columba
sp.
Streptopelia turtur
Strix aluco
Tyto alba
Athene noctua
Picus viridis
Turdus
sp.
Pica pica
Corvus monedula
Corvus corax
Corvus
sp.
Sturnus vulgaris
Sturnus unicolor
Unidentified
Aves indet.
O registo ornito-arqueológico em Portugal: inventários, comentários e mapas
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
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304
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Corre
ções
Menção
48– Mértola -
Casa II Antunes, 1996 Islâmico Século XIII
Gallus domesticus
Alectoris rufa
Passeriforme
indeterminado
Passeriformes
indet.
49 – Mértola
- Biblioteca
Moreno &
Pimenta, no prelo
Idade do Ferro
Bubo bubo
Período Romano Republicano
Gallus domesticus
Aegypius monachus
Pica pica
Alectoris rufa
50 – Mértola
– Bairro
islâmico do
Castelo e
Bairro
almóada da
Alcáçova
Moreno &
Pimenta, 2012 Islâmico Séculos X–XIII
Ciconia cinonia
Accipiter gentilis
Alectoris rufa
Gallus domesticus
Galliformes
Grus grus
Burhinus oedicnemus
Streptopelia turtur
Columba livia
Columbidae
Turdus
sp.
Sturnus
sp.
Turdus / Sturnus
51 – Mértola
Hernández, 1994 Islâmico
Séculos XI–XII
Aegypius monachus
Alectoris rufa
Gallus gallus
Alauda arvensis
Século XIII
Alectoris rufa
Gallus gallus
Tetrax tetrax
Columba livia/oenas
Athene noctua
Carduelis chloris
Hernández, 1993 Islâmico
Gallus gallus
Alectoris rufa
Columba livia/oenas
52 – Alcaria
Longa
Boone, 1993 Islâmico Séculos X–XI
Galliformes prob.
Galliformes indet.
Coturnix or Alectoris
Coturnix /
Alectoris
Antunes, 1996 Islâmico Séculos X–XI
Ave
indeterminada,
? talvez Gallus
Ave
indeterminada
(3 fragmentos
de casca de
ovo)
53– Mesas
do Castelinho Cardoso, 1993 Islâmico Séculos IX–X
(Identificações
realizadas por
O. Da Veiga
Ferreira)
“Foi
identificada a
presença muito
abundante de
aves de
capoeira e de
caça (parece
documentar-se
perdiz). Há
também aves
de pequeno
porte (tordo e
possivelmente
melro). Os
columbídeos
estão
representados
por pombos e
rolas. Há
também um
osso e restos de
grande ave
(ganso ou
cisne)”.
54 – Cacela
Pimenta &
Moreno, 2006 Indeterminado Phoenicopterus ruber
55
–
Alcarias
de Odeleite Pereira, 2012 Islâmico
Alectoris
sp.
Alectoris
sp.
Gallus gallus domesticus
56 – Castelo
de Paderne Pereira, 2013 Islâmico
Accipitridae
Accipitridae
Aegypius monachus
Gallus / numida /
phasianus
Gallus / Numida /
Phasianus
57 – Ribat da
Arrifana Antunes, 2011 Islâmico Século XI
Gallus gallus
Alectoris rufa
?Anser anser
Aves indet.
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JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Corre
ções
Menção
58 – Portela
3 Pereira, no prelo Islâmico
Milvus milvus
Gallus gallus domesticus
Phasianus colchicus
Alectoris sp.
Alectoris
sp.
Perdix perdix
Turdus iliacus
59 – Castelo
de Salir Martins, 2011 Islâmico
“As
aves
contabilizam um
total de 79
restos…”
60 – Serro
da Pedra Veiga, 1886 Indeterminado gallus Gallus
61 – Castro
Marim
Davis, 2007
Idade do Ferro
Fase III, IV e V
Sula bassana
Anas cf platyrrhynchos
Anas
cf.
platyrrhynchos
cf
Gyps fulvus
cf.
Gyps fulvus
Alectoris
cf
rufa
Alectoris
cf.
rufa
Probable chicken
[?galinha] cf . Gallus gallus
Gallus gallus
cf Burhinus oedicnemus
cf.
Burhinus
oedicnemus
Pluvialis cf squatarola
Pluvialis
cf.
squatarola
Larus cf argentatus
Larus
cf.
argentatus
Larus cf fuscus
Larus
cf
. fuscus
Rissa tridactyla
Columba
sp
Columba
sp.
?
Pica pica
cf.
Pica pica
Ostrich egg
shell fragment
Romano Fase VI
Alectoris
cf
rufa
Alectoris
cf.
rufa
Small galliform
Galliformes indet.
Probable chicken [?galinha]
cf.
Gallus gallus
?
Larus cachinnans
cf.
Larus cachinnans
Cf
Turdidae
cf. Turdidae
Época Moderna Fase VII
Anas cf platyrhynchos
Anas
cf.
platyrhynchos
Probable ch
icken [?galinh a]
cf.
Gallus gallus
Corvus
cf
monedula
Corvus
cf.
monedula
62
–
Necrópole de
Alcalar
Veiga, 1889 Calcolítico
“…ossos de
algumas
aves”…
63 – Castelo
de Silves
Pimenta, Moreno
& Gomes, 2009;
Pimenta &
Moreno, 2010
Islâmico Séculos XII–XIII
Phalacrocorax carbo
Ardea cinerea
Cygnus
sp.
Anser anser
Anatidae
Anas platyrhynchos
Gyps fulvus
Phasianidae
Alectoris rufa
Gallus domesticus
Pavo cristatus
Grus grus
Burhinus oedicnemus
Scolopacidae
Larus
sp.
Columba palumbus
Columba livia / oenas
Turdus
sp.
Não determinado
Aves indet.
64 – Silves Antunes, 1997 Islâmico Séculos IX–X
Gallus domesticus
Ave não identificada
Aves indet.
Ave I
Ave II
65 – Silves -
Lixeira
Davis,
Gonçalves &
Gabriel, 2008
Islâmico Séculos XII–XIII
Gallus/Numida/ Phasianus
Anser anser /Anser fabalis
66 – Silves -
Arrabalde Gonçalves, 2005 Islâmico Séculos XII–XIII
Gallus Gallus
Gallus gallus
Gallus
Gallus
sp.
Numida
Numida
sp.
Phasianus
Phasianus
sp.
67 – Alcaria
de Arge
Moreno & alii,
2007 Islâmico Século s XII–XIII
Aegypius monachus
Alectoris rufa
Gallus domesticus
Columba livia
Columba palumbus
Turdus philomelos
Lanius excubitor
Pica pica
Corvídeo
Corvidae
Passeriforme
Passeriformes
O registo ornito-arqueológico em Portugal: inventários, comentários e mapas
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
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pp. 269–277.
Agradecimentos
Os autores agradecem a Ana Costa (LARC) a elaboração e tratamento dos mapas e respetiva
legendagem. A Ana Cristina Araújo (LARC) as sugestões apresentadas. A Cláudia Costa, Cleia
Detry, Mariana Nabais, Vera Pereira e Silvério Figueiredo o apoio no fornecimento de informação
bibliográca inédita ou de difícil acesso.
JAZIDA
Referência
Período
Cronologia
Sistemática
Correções
Menção
68 –
Convento das
Bernandas
Covaneiro &
Cavaco, 2010 Época Moderna
“Foram ainda
reconhecidos
elementos de
avifauna,
micro-fauna e
fauna
ictiológica”
69 – Gruta
da Quinta do
Ribeiro
Antunes, 2001–
–2002 Holocénico Ave indet.
(Passeriforme’)
Passeriformes
indet.
70 – Monte
Molião
Detry & Arruda,
2012, 2013
Período Romano
Séculos IV
a.C–II d.C.
Puffinus puffinus
Morus bassanus
Phalocrocorax carbo
Hieraaetus pennatus
Galiformes
Galliformes
Gallus domesticus
Alectoris rufa
Coturnix coturnix
Larus sp.
Larus sp.
Corvus monedula
71 – Vale de
Boi
Manne & alii,
2012
Paleolítico
Superior
Aquila chrysaetos
Small bird
Medium bird
Large bird
Bicho & alii, 2013
Paleolítico
Superior
Gravetense
Medium bird
Large bird
72 – Silo Rua
Henrique
Calado
(Albufeira)
Gomes, 2010 Medieval Século XIII
“Reconheceram-
se testemunhos
osteológicos de
seis espécies de
aves, sendo
apenas uma
das quais
doméstica, a
par de restos
de ovos de
espécie ainda
não
determinada”
Gomes & alii,
2012 Medieval Século XIII
Alectoris rufa
Melanitta nigra
Gallus gallus
Columba livia
Bubo bubo
Picus viridis
Ave indet.
73 – Convento
de Nossa
Senhora da
Graça
Covaneiro,Cavaco
& Lopes, 2004 Islâmico Séculos X–XII Galinaceos Galliformes
74 – Quinta
do Marim
Antunes & Mourer-
-Chauviré, 1992 Período Romano Séculos II–V
Sula bassana
Alauda arvensis
Carlos Pimenta | Marta Moreno García | Ana Lourenço
Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 18 | 2015 | pp. 289–312
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HERNÁNDEZ CARRASQUILLA, Francisco (1994) - Addenda al catálogo provisional de yacimientos com aves del