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Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 36, n. 5, p. 3043-3054, set./out. 2015
Recebido para publicação 24/11/14 Aprovado em 10/08/15
DOI: 10.5433/1679-0359.2015v36n5p3043
Efeito da solução nutritiva sob o crescimento e composição mineral
em pepino cultivado em substrato de bra de coco
Nutrient solution effect on development and mineral composition of
cucumber grown in coconut ber substrate
Adriana Araujo Diniz1*; Nildo da Silva Dias1;
Francisco Ismael de Souza2; Ana Cláudia Medeiros Souza3;
Francisco de Oliveira Mesquita3; Francisco Irael de Souza4
Resumo
O pepino é uma importante hortaliça amplamente cultivada por pequenos e médios produtores no
semiárido do Brasil. O experimento foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes
soluções nutritivas do pepino cultivado em substrato de bra de coco sob o crescimento e composição
mineral de folhas. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições. A
solução nutritiva padrão foi preparada seguindo a recomendação de 100% sugerida por Furlani para a
cultura do pepino. A partir dessa recomendação, foram testadas novas concentrações de nutrientes: 12,5;
17; 25; 50 e 100%, que após a diluição dos nutrientes apresentou condutividades de 1,0; 1,2; 1,5; 2,3 e
3,8 dS m-1, respectivamente. A partir dos sete dias após o transplantio foram medidas as variáveis altura
de plantas, diâmetro caulinar e número de folhas. No início da oração (30 dias após o transplantio)
foram coletadas de cada parcela duas folhas por planta, a partir do broto terminal, para determinação
dos teores de macro e micronutrientes na biomassa seca das folhas. As variáveis de crescimento altura
de plantas, diâmetro do caule e número de folhas foram inuenciadas pela interação proporção de
nutrientes na solução nutritiva × idade das plantas. As plantas de pepineiro estavam adequadamente
nutridas em nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), cobre (Cu), manganês
(Mn), ferro (Fe) e zinco (Zn).
Palavras-chave: Cucumis sativus L., cultivo hidropônico, nutrição de plantas
Abstract
Cucumber is an important horticultural crop widely cultivated for small and medium growers in
semiarid regions of the Brazil. In order to evaluate the nutrient solution effect on development and
mineral composition of cucumber grown in coconut ber substrate, an experimental was carried out
using completely randomized design with four replications. A standard nutrient solution was prepared
following the recommendation of 100% suggested by Furlani for cucumber crop. Concentrations of
nutrient solution were to simulate by standard nutrient solution: 12.5, 17, 25; 50 and 100 % (control)
and, after the nutrients dilution showed conductivities following: 1.0, 1.2, 1.5, 2.3 and 3.8 dS m- 1,
respectively. Seven days after transplanting the variables plant height, stem diameter and number of
1 Engºs Agrºs, Drs., Deptº de Ciências Ambientais e Tecnológicas, Universidade Federal Rural do Semi Árido, UFERSA, Mossoró,
RN. E-mail: adriana@ufersa.edu.br; nildo@ufersa.edu.br
2 Engº Agrº, UFERSA, Mossoró, RN. E-mail: ismaelsouza38@hotmail.com
3 Discentes de Doutorado do Programa de Pós Graduação em Manejo de Solo e Água, UFERSA, Mossoró, RN. E-mail: anaclaudia.
gambiental@hotmail.com; mesquitaagro@yahoo.com.br
4 Discente de Mestrado do Programa de Pó Graduação em Manejo de Solo e Água, UFERSA, Mossoró, RN. E-mail: franciscoirael@
hotmail.com
* Autor para correspondência
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Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 36, n. 5, p. 3043-3054, set./out. 2015
Diniz, A. A. et al.
leaves were recording. For each plot two leaves of cucumber terminal shoot was collected at beginning
of owering (30 days after transplanting) and, macro and micronutrients was analyzed in dry biomass.
Growth variables plant height, stem diameter and number of leaves were inuenced by the interaction
ratio of nutrients in the nutrients solution age of the plants. The cucumber plants were adequately
nourished in nitrogen, phosphorus, potassium, calcium, magnesium, copper, manganese, iron and zinc.
Key words: Cucumis sativus L., hydroponic, plant nutrition
Introdução
O pepino é uma das hortaliças mais cultivadas
em ambiente protegido (CARDOSO; WILCKEN,
2008), em virtude do cultivo em ambiente
protegido proporcionar maior controle de pragas
e doenças sobre a cultura o que irá se reetir em
maiores ganhos na produção nal. Do ponto de
vista técnico, o sistema de cultivo em ambiente
protegido tem proporcionado a produção da
cultura fora de época, reduzido custos e elevando
a produtividade, principalmente quando aliado
ao sistema hidropônico (FACTOR; ARAÚJO;
VILELLA JÚNIOR, 2008).
O estado nutricional pode inuir na produção da
biomassa e na qualidade do produto (SKREBSKY,
2007), assim, é necessário manter a qualidade
nutricional do pepino em todas as etapas do
processo produtivo. Para Fernandes, Martinez
e Oliveira (2002), a formulação de solução
nutritiva para hortaliças de frutos é o processo
mais complexo, tendo em vista que além da fase
vegetativa acrescenta-se as fases de orescimento
e fruticação.
Fernandes, Martinez e Oliveira (2002) relatam
que são essenciais os estudos sobre nutrição mineral
de hortaliças cultivadas em hidroponia para o
estabelecimento das exigências nutricionais de cada
espécie, tanto para as formulações das soluções
nutritivas nos estádios vegetativo e reprodutivo,
quanto para a reposição periódica dos nutrientes
durante o desenvolvimento da cultura.
Nesse sentido, os nutrientes podem ser
absorvidos em diferentes quantidades, de acordo
com as condições em que a planta se encontra.
Para se obter alta produtividade das plantas, os
nutrientes devem ser fornecidos em quantidades
e proporções adequadas em todas as fases do seu
ciclo (PAPADOPOULOS, 1994). Portanto, o uso
de uma solução nutritiva que atenda às exigências
nutricionais da cultura é o primeiro passo para o
sucesso do cultivo hidropônico. Devido a esses
fatos e associado a escassez de informações
recentes quanto a composição mineral das folhas,
trabalhos relacionados com o estado nutricional de
plantas merecem destaque pelo fato de que podem
ser determinantes em todas as etapas do ciclo da
cultura.
Diante da importância da cultura do pepino, e da
necessidade de formular uma proporção de nutrientes
que seja mais viável para o produtor, este trabalho
foi realizado com objetivo de avaliar os efeitos da
aplicação de concentrações de nutrientes na solução
nutritiva do pepino cultivados em substrato de bra
de coco sob o crescimento e composição mineral
das folhas.
Material e Métodos
A pesquisa foi realizada em ambiente protegido
no Departamento de Ciências Ambientais e
Tecnológicas da Universidade Federal Rural do
Semi-Árido (UFERSA), em de Mossoró, RN (5º11’
de LS e 37º20’ de LO e com altitude de 18 m). O clima
local é do tipo BSwh’ com base na classicação de
Köppen e a média anual de precipitação é da ordem
de com média de 672,9 mm, e umidade relativa de
68,9% (CARMO FILHO; OLIVEIRA, 1995).
O ambiente protegido utilizado foi do tipo capela,
com pé direito de 3,0 m, 12,0 m de comprimento e
16,0 m de largura, coberto com lme de polietileno
de baixa densidade, com aditivo anti UV e espessura
de 150 micras, protegido nas laterais com tela preta.
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Efeito da solução nutritiva sob o crescimento e composição mineral em pepino cultivado em substrato de fibra de coco
O sistema de irrigação adotado foi o localizado,
utilizando-se emissores do tipo microtubos de 1,5
mm de diâmetro interno. A solução nutritiva foi
fornecida através de reservatórios individuais, com
capacidade de 300 L cada, suspensos de forma a
obter-se uma coluna de água de 1,2 m.
As mudas de pepino da variedade Magnum
caipira híbrido F1foram produzidas em bandejas de
180 células, sendo colocada uma semente de pepino
por célula e durante uma semana foram irrigadas
duas vezes por dia, utilizando-se um regador com
água de abastecimento (CE = 0,5 dS m-1). Quando as
plântulas estavam com 13 dias foram transplantadas
para vasos plásticos com volume de 8 litros contendo
o substrato de bra de coco.
As plantas foram tutoradas verticalmente com
auxílio de barbante e os demais tratos culturais foram
realizados mediante recomendação de Filgueira
(2008). Foram plantadas 20 mudas de pepino como
bordadura, lateralmente a área experimental. Cada
parcela experimental foi composta por um sistema
hidropônico, constituído por 5 vasos de plástico de
8 L, espaçados em 0,5 m entre vasos e 1,0 m entre
linhas, sendo furados na base para a drenagem da
água em excesso. Os vasos foram preenchidos com
bra de coco e colocados sobre um suporte a 0,1
m do nível do solo do ambiente protegido, com a
nalidade de evitar o contato direto do vaso com
o piso da estufa, e para facilitar o processo de
drenagem.
O delineamento experimental adotado foi o de
blocos casualizados, com quatro repetições, e 5
plantas por parcela, sendo avaliados os efeitos de
cinco concentrações de solução nutritiva. A solução
nutritiva foi preparada seguindo a recomendação
de 100% sugerida por Furlani et al. (1999) para a
cultura do pepino. A partir dessa recomendação,
foram testadas novas concentrações de nutrientes
proporcionais (T1=12,5; T2=17; T3=25; T4=50 e
T5=100%). Utilizou-se 300 litros de água, com
as seguintes quantidades de macronutrientes nos
tratamentos T1: (20,7; 9,3; 11,6; 44,7 e 22,2 g); T2:
(27,6; 12,4; 15,4; 59,7 e 29,6 g); T3: (41,3; 18,5;
23,1; 89,5 e 44,4 g); T4: (82,7; 37,0; 46,5; 179,0
e 88,9 g) e T5: (165,3; 74,1; 92,5; 357,8 e 177,8
g) de N-KNO3; P-MAP; K-KCl; Ca-CaNO3 e Mg-
MgSO4, respectivamente, para cada tratamento.
Para o preparo dos micronutrientes (M) também
seguiu-se a recomendação de Furlani et al. (1999) e
foram adicionados 5,9 g de B-H3BO3; 0,8 g de Cu-
CuSO4; 3,1 g de Mn-MnSO4; 0,3 g de Mo-Na2.
MOO4.2H2O e 3,0 g de Zn-ZnSO4 em um litro de
água deionizada. E como fonte de Fe (F) adicionou-
se 33,9 g de Fe em um litro de água deionizada. No
preparo das soluções nutritivas foram adicionados
no tratamento T1: 25 mL de M e 25 mL de F; T2: 33
mL de M e 33 mL de F; T3: 50 mL de M e 50 mL de
F; T4: 100 mL de M e 100 mL de F e T5: 200 mL de
M e 200 mL de F, que após a diluição dos nutrientes,
a solução nutritiva apresentou CE da solução de
T1=1,0; T2=1,2; T3=1,5; T4=2,3 e T5=3,8 dS m-1,
respectivamente.
Para preparar a solução nutritiva utilizou-se água
do sistema de abastecimento público do campus da
UFERSA. As características químicas das águas
utilizadas nos experimentos encontram-se na Tabela
1. Pelos dados, é possível vericar a baixa CE da
água utilizada no preparo da solução nutritiva.
A partir dos sete aos 42 dias após o transplantio
foram efetuadas leituras em altura das plantas (cm),
diâmetro do colo com um paquímetro (mm) e foi
contado o número de folhas das plantas de pepineiro.
No início da oração, quando as plantas estavam
com aproximadamente 30 dias após o transplantio
foram coletadas de cada parcela duas folhas planta-1
(quarta e quinta folha), totalizando dez folhas por
parcela, a partir do broto terminal das plantas, para
determinação dos teores de macro e micronutrientes
na biomassa seca das plantas Malavolta, Vitti e
Oliveira (1997).
Os dados foram submetidos à análise de variância
(ANOVA) e teste F usando o programa SISVAR
(FERREIRA, 2000).
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Diniz, A. A. et al.
Tabela 1. Caracterização química da água utilizada no preparo das soluções nutritivas.
Fonte CE (dS m-1) pH Ca2+ Mg2+ Na+Cl-CO3
2- HCO3
-RAS
...................mmolc L-1......................... (mmol L-1)0,5
AU 0,46 8,0 0,6 0,1 5,1 1,8 0,5 3,8 8,62
AU= Abastecimento da Ufersa; CE: Condutividade Elétrica; pH: potencial de Hidrogênio; Ca2+: Cálcio; Mg2+: Magnésio; Na+:
Sódio; Cl-: Cloro; CO3²-: Carbonato; HCO3
-: Bicarbonato; RAS: Reação de Adsorção de Sódio.
Fonte: Elaboração dos autores.
Resultados e Discussão
De acordo com a análise de variância, observou-
se que as variáveis altura de plantas, diâmetro
caulinar e número de folhas do pepineiro foram
inuenciados signicativamente pela idade das
plantas e proporção de nutrientes na solução
nutritiva, havendo interação idade das plantas
× proporções de nutrientes na solução nutritiva
(Tabela 2).
Tabela 2. Análises de variância (ANOVA) para as variáveis altura de plantas (AP), diâmetro caulinar (DC) e número
de folhas (NF) do pepineiro em função da idade e da aplicação de proporções de nutrientes na solução nutritiva.
FV Quadrados Médios
GL AP DC NF
Idade (I) 448248,77** 83,82** 3654,31**
SN 4 4719,92** 16,67** 112,92**
I X SN 16 1112,35** 0,99** 52,95**
Bloco 3 90,93 0,67 4,21
Erro 72 70,16 0,64 3,94
CV(%) 8,62 6,88 8,22
FV = fonte de variação; SN = solução nutritiva; GL = graus de liberdade; ns = não signicativo; * e ** respectivamente signicativos
para p≤0,05 e p≤0,01; CV = Coeciente de variação.
Fonte: Elaboração dos autores.
As variáveis altura (Figura 1A), diâmetro
caulinar (Figura 1B) e o número de folhas
(Figura 1C) aumentaram com a idade das plantas.
Conforme indicado na Figura 1A, dos 14 aos 42
dias após o transplantio (DAP), as plantas tiveram
um incremento em altura de 22,8 para 187,2 cm
em função das proporções de nutrientes aplicadas
ao substrato de bra de coco. Comparativamente,
vericou-se que dos 14 aos 42 DAP as plantas
cresceram no T1 (12,5%) de 22,8 para até 164,1cm,
no T2 (17%) de 26,6 a 134,8 cm; no T3 (25%) de
26,0 para 155,3 cm; no T4 (50%) de 26,1 para 98,7
cm e no T5 (100%) de 26,6 para 187,2 cm. O maior
crescimento em altura foi obtido no T1 (12,5%),
tratamento esse que continha o menor percentual
de nutrientes, inclusive N, que é responsável
pelo crescimento e perlhamento das plantas
(MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA, 1997). As
plantas tiveram seu crescimento em altura médio
aumentado em até 10,37%, haja vista, que esse
incremento corresponde à maior e menor proporção
de nutriente na solução.
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Efeito da solução nutritiva sob o crescimento e composição mineral em pepino cultivado em substrato de fibra de coco
Figura 1. Altura (A), diâmetro (B) e número de folhas (C) de plantas de pepino em função de proporções de nutrientes
na solução nutritiva e da idade das plantas após o transplantio.
nutriente na solução.
Figura 1. Altura (A), diâmetro (B) e número de folhas (C) de plantas de pepino em função de proporções de
nutrientes na solução nutritiva e da idade das plantas após o transplantio.
Fonte: Elaboração dos autores.
As proporções de nutrientes aplicadas ao substrato propiciaram um aumento no diâ metro caulinar
das plantas de pepino (Figura 1B) com a idade das plantas. Dos 14 aos 42 dias após o plantio, o diâmetro das
plantas aumentou de 8,0 para 14,7 mm. Sendo que no T
1
a variação foi de 8,0 à 13,7 mm, no T
2
de 8,6 à 13,0
mm, no T
3
de 8,6 à 14,7 mm, no T
4
de 8,13 à 11,8 mm e no T
5
a variação foi de 8,7à 14,4 mm. Apesar da
pouca variação do diâmetro das plantas ao longo de 42 dias, a proporção 12,5% apresentou superioridade no
seu diâmetro caulinar em até 8,81%, ess es valor es se referem a maior (100%) e menor (12,5%) proporção de
nutriente da solução nutritiva. Tendências de resultados semelhantes foram registrados por Dias et al. (2006)
ao avaliarem a salinidade e manejo da fertirrigação em ambiente protegido sobre o rendimento do meloeir o,
verificarem que, o diâmetro do colo foi afetado linearmente pela salinidade inicial do solo, em todas as
medições efetuadas, exceto aos 34 dias após o transplantio.
Dias et al. (2010) também verificaram que o diâmetro do colo de plantas de melão cultivado em
substrato de fibra de coco diferiu significativamente entre os níveis de salinidade da solução nutritiva apenas
nas leituras aos 35 e 50 DAT, com efeito da condutividade elétrica da solução nutritiva sobre o diâmetro de
Fonte: Elaboração dos autores.
As proporções de nutrientes aplicadas ao
substrato propiciaram um aumento no diâmetro
caulinar das plantas de pepino (Figura 1B) com a
idade das plantas. Dos 14 aos 42 dias após o plantio,
o diâmetro das plantas aumentou de 8,0 para 14,7
mm. Sendo que no T1 a variação foi de 8,0 à 13,7
mm, no T2 de 8,6 à 13,0 mm, no T3de 8,6 à 14,7 mm,
no T4 de 8,13 à 11,8 mm e no T5 a variação foi de
8,7à 14,4 mm. Apesar da pouca variação do diâmetro
das plantas ao longo de 42 dias, a proporção 12,5%
apresentou superioridade no seu diâmetro caulinar
em até 8,81%, esses valores se referem a maior
(100%) e menor (12,5%) proporção de nutriente
da solução nutritiva. Tendências de resultados
semelhantes foram registrados por Dias et al. (2006)
ao avaliarem a salinidade e manejo da fertirrigação
em ambiente protegido sobre o rendimento do
meloeiro, vericarem que, o diâmetro do colo foi
afetado linearmente pela salinidade inicial do solo,
em todas as medições efetuadas, exceto aos 34 dias
após o transplantio.
Dias et al. (2010) também vericaram que o
diâmetro do colo de plantas de melão cultivado em
substrato de bra de coco diferiu signicativamente
entre os níveis de salinidade da solução nutritiva
apenas nas leituras aos 35 e 50 DAT, com efeito da
condutividade elétrica da solução nutritiva sobre o
diâmetro de plantas de melão rendilhado.
Quanto ao número de folhas (Figura 1C), no
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Diniz, A. A. et al.
período de 14 a 42 dias após o transplantio, em
função das proporções de nutrientes na solução
nutritiva no T1 (12,5%), foi observado que o número
de folhas aumentou na amplitude de 8 a 45 folhas
por planta, no T2 (17%) a variação foi de 8,0 à 40
folhas por planta, no T3 foi de 8 à 47 folhas por
planta, no T4 foi de 8 à 28 folhas por planta e no
T5 foi de 8 a 43 folhas por planta. Apesar da pouca
expressividade estatística, ainda assim, a proporção
25% (T3) de nutrientes foi a que expressou melhores
resultados.
Assim como observado para a altura de plantas, o
incremento das concentrações de nutrientes resultou
em aumento do número de folhas, mesmo com o
aumento da salinidade da solução de 1,0 para até
3,8 dS m-1 em função do incremento dos nutrientes
na solução. A tolerância do pepino à salinidade da
solução nutritiva sobre as variáveis de crescimento
(altura, diâmetro e número de folhas) pode ser
atribuída ao sistema de cultivo em bra de coco,
visto que a alta capacidade de absorção hídrica
deste substrato, cerca de 85% de umidade, dilui a
concentração dos nutrientes no meio de crescimento
e, consequentemente, os efeitos deletérios da
salinidade sobre o crescimento das plantas. Além
disso, o uso do substrato torna o potencial matricial
inerte não interferindo na força de retenção de
água e, em contrapartida, reduziu a diculdade de
absorção de água pelas plantas do meio (DIAS et
al., 2010).
A aplicação de proporções de nutrientes na
solução nutritiva exerceu efeitos signicativos
sobre os teores foliares de N, P, K, Ca e Mg nas
folhas das plantas de pepino (Tabela 3). A adição
de diferentes proporções de nutrientes na solução
nutritiva inuenciou estatisticamente os teores de
N, P, K e Ca na matéria seca foliar das plantas de
pepino. Os teores foliares de N nas plantas, em
função do incremento nos níveis de nutrientes da
solução, foram elevados para teores de até 53,5 g
kg-1 referente a dose ótima estimada de 57,3% da
solução nutritiva recomendada (Figura 2A). Estes
valores foram superiores aos obtidos por Fernandes,
Martinez e Oliveira (2002), que encontraram
concentrações médias de 43 g kg-1 de N e superiores
a variação de 25 a 45 g kg-1 indicados por Vetanovetz
(1996). Além disso, estão inseridos na faixa tida
como ideal para a cultura, que varia na amplitude
de 30 a 60 g kg-1 mencionados por Papadopoulos
(1994).
Tabela 3. Análises de variância, referentes aos valores de quadrado médio para os teores foliares de nitrogênio
(N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) do pepineiro, em função da aplicação de proporções de
nutrientes na solução nutritiva.
FV Quadrados Médios
GL NP K Ca Mg
Bloco 3 3207,733ns 5576,066ns 74080,733ns 36854,133ns 360,316ns
SN 4 2458228,950** 61863,825** 614541,800** 414138,800** 24791,825*
Resíduo 12 59515,983 12724,358 137978,233 15472,133 8239,858
CV (%) 19 5,43 11,78 7,49 4,21 13,52
FV = fonte de variação; SN = solução nutritiva; GL = graus de liberdade; ns = não signicativo; * e ** respectivamente signicativos
para p≤0,05 e p≤0,01; CV = Coeciente de variação.
Fonte: Elaboração dos autores.
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Efeito da solução nutritiva sob o crescimento e composição mineral em pepino cultivado em substrato de fibra de coco
Silva et al. (2011) ao avaliarem os efeitos da
omissão parcial de N, Mg, S e Fe em plantas de
pepino crescidas em solo com solução nutritiva,
não vericaram efeitos dos tratamentos sobre as
variáveis altura de plantas, número de folhas e
diâmetro do caule até os 14 dias após o transplantio.
Figura 2. Teores foliares de nitrogênio (A), fósforo (B), potássio (C), cálcio (D) e magnésio (E) em plantas de pepino,
em função de proporções de nutrientes na solução nutritiva.
Figura 2. Teores foliares de nitrogênio (A), fósforo (B), potássio (C), cálcio (D) e magnésio (E) em plantas
de pepino, em função de proporções de nutrientes na solução nutritiva.
Fonte: Elaboração dos autores.
Os valores de fósforo ajustaram-se ao modelo quadrático de regressão, tendo seus valores
aumentados até um maior valor de 11,1g planta-1 correspondente a dose de solução nutritiva estimada de
47,6% (Figura 2B), a partir dessa dose houve decréscimo nos teores. Esse valor foi superior ao valor médio
de 8 g kg-1obtido por Fernandes, Martinez e Oliveira (2002) em plantas de pepino cultivadas em hidroponia e
estão dentro da faixa indicada por Papadopoulos (1994) como ideal para plantas de pepino que é de 3 a 13 g
kg-1 e foram superiores a variação de 4 a 8 g kg-1 indicados por Vetanovetz (1996).
De acordo com Blanco (2006) a absorção de P aumenta rapidamente como início da produção,
sendo que aproximadamente 80% do P é absorvido entre 48 e 72 dias após a emergência, período em que se
concentra a maior parte da produção de frutos, uma vez que os frutos acumulam em torno de 50% do P
absorvido, nesse aspecto os teores do referido experimento poderiam ainda ser maiores, já que o material
A
E
Fonte: Elaboração dos autores.
Os valores de fósforo ajustaram-se ao modelo
quadrático de regressão, tendo seus valores
aumentados até um maior valor de 11,1 g kg-1
correspondente a dose de solução nutritiva estimada
de 47,6% (Figura 2B), a partir dessa dose houve
decréscimo nos teores. Esse valor foi superior
ao valor médio de 8 g kg-1obtido por Fernandes,
Martinez e Oliveira (2002) em plantas de pepino
cultivadas em hidroponia e estão dentro da faixa
indicada por Papadopoulos (1994) como ideal para
plantas de pepino que é de 3 a 13 g kg-1 e foram
superiores a variação de 4 a 8 g kg-1 indicados por
Vetanovetz (1996).
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Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 36, n. 5, p. 3043-3054, set./out. 2015
Diniz, A. A. et al.
De acordo com Blanco (2006) a absorção de P
aumenta rapidamente com o início da produção,
sendo que aproximadamente 80% do P é absorvido
entre 48 e 72 dias após a emergência, período em que
se concentra a maior parte da produção de frutos,
uma vez que os frutos acumulam em torno de 50%
do P absorvido, nesse aspecto os teores do referido
experimento poderiam ainda ser maiores, já que o
material coletado para análise foliar foi no início
da oração (MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA,
1997).
Apesar da variação signicativa promovida
pelos níveis de nutrientes na solução nutritiva sob
a matéria seca foliar das plantas, os valores de K
não se ajustaram a nenhum modelo de regressão que
explicasse o fenômeno biológico, obtendo valores
oscilando numa amplitude de 47,6 a 52,7 g kg-1,
em função das proporções de nutrientes na solução,
sendo representados, portanto pelo valor médio de
49,6 g kg-1 de K (Figura 2C).
Estes valores estão dentro da faixa considerada
como ideal para a cultura do pepino que de acordo
com Papadopoulos (1994) varia de 35 a 50 g kg-1
e para Malavolta, Vitti e Oliveira (1997) é de 50 g
kg-1 e são inferiores a variação de 60 a 100 g kg-1
indicados por Vetanovetz (1996) em condições de
campo e superiores as concentrações médias de
K nas folhas com teores de 41 g kg-1 obtidos por
Fernandes, Martinez e Oliveira (2002) em trabalho
conduzido com pepino hidropônico.
Apesar da variação signicativa promovida pelos
níveis de nutrientes na solução sob a matéria seca
foliar das plantas, os valores de Ca não se ajustaram
a nenhum modelo de regressão, sendo representado
pelos teores de cálcio oscilando numa amplitude de
25,1 a 33,9 g kg-1e com valor médio de 29,6 g kg-1
de cálcio na matéria seca foliar (Figura 2D).
Esses valores foram inferiores a concentração de
Ca obtida nas folhas de pepino hidropônico que foi
de 62 g kg-1 observado por Fernandes, Martinez e
Oliveira (2002). Apesar disso, as plantas indicaram
que estavam adequadamente nutridas em cálcio,
que conforme Jones Júnior, Welf e Mills (1991)
consideram ideal a variação de 15 a 40 g kg-1.
O pepino absorve e utiliza grande quantidade
de nutrientes, mas é muito sensível ao excesso de
fertilizantes ou à variação brusca da concentração
de fertilizantes na solução do solo, sendo suas
raízes bastante susceptíveis a essas variações
(PAPADOPOULOS, 1994). Possivelmente,
essa oscilação nos teores foliares de Ca em
cada tratamento adotado, seja em função dessa
sensibilidade mencionada pelo referido autor.
O aumento da concentração de nutrientes na
solução nutritiva promoveu um aumento linear
dos teores de Mg nas folhas das plantas de pepino
(Figura 2E), com aumento de 11,8 g kg-1 em função
das proporções de nutrientes na solução nutritiva
do menor para o maior teor de Mg nas folhas das
plantas de pepineiro. Tendo os teores do elemento
variado de 6,9; 5,6; 6,4; 7,1 e 7,7 em função das
proporções de nutrientes na solução nutritiva que
foram de 12,5; 17; 25; 50 e 100%, respectivamente.
Os resultados expressaram que as plantas estavam
adequadamente nutridas, uma vez que a faixa
admitida adequada de Mg ao pepineiro situa-se
entre 3,5 a 7,0 g kg-1 (PAPADOPOULOS, 1994) e 5
a 15 g kg-1 (VETANOVETZ, 1996).
A aplicação de proporções de nutrientes na
solução nutritiva exerceu efeitos signicativos
sobre os teores foliares de cobre (Cu), ferro (Fe),
manganês (Mn) e Zinco (Zn) nas folhas do pepineiro
(Tabela 4).
Apesar da signicância dos tratamentos em
função das proporções de nutrientes na solução,
os valores não se ajustaram a nenhum modelo de
regressão, com teores de cobre variando de 8,1 a 13,4
mg kg-1 na matéria seca foliar das plantas (Figura
3A), com valor médio de 9,8 mg kg-1. Mesmo com
esse teor médio sendo inferior aos 13,0 mg kg-1
obtidos por Fernandes, Martinez e Oliveira (2002),
com plantas de pepino hidropônico, os valores
obtidos indicam que as plantas estavam equilibradas
nutricionalmente, uma vez que a faixa considerada
3051
Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 36, n. 5, p. 3043-3054, set./out. 2015
Efeito da solução nutritiva sob o crescimento e composição mineral em pepino cultivado em substrato de fibra de coco
adequada de Cu em folhas de plantas de pepino
situa-se entre 8 a 20 mg kg-1 (PAPADOPOULOS,
1994) e variam de 7 a 10 mg kg-1 (VETANOVETZ,
1996). Considerando-se essas faixas de valores
de Cu encontrados, possivelmente essa variação
ocorra porque o cultivo hidropônico proporciona
maior absorção de nutrientes pelas plantas quando
comparado aos cultivos convencionais, podendo-
se estabelecer níveis críticos superiores para
esses produtos (FERNANDES; MARTINEZ;
OLIVEIRA, 2002).
Tabela 4. Análises de variância, referentes aos valores de quadrado médio para os teores foliares de cobre (Cu), ferro
(Fe), manganês (Mn) e Zinco (Zn) do pepineiro, em função da aplicação de proporções de nutrientes na solução
nutritiva.
FV Quadrados Médios
GL Cu Fe Mn Zn
Bloco 3 13354,583ns 1231860,600ns 885722,05088* 334892,850ns
SN 4 221835,625** 13549622,200** 4432960,925** 13105773,700**
Resíduo 12 9222,2916 575822,933 307479,758 437669,933
CV (%) 19 9,77 8,50 6,32 6,73
FV = fonte de variação; SN = solução nutritiva; GL = graus de liberdade; ns = não signicativo; * e ** respectivamente signicativos
para p<0,05 e p<0,01; CV = Coeciente de variação.
Fonte: Elaboração dos autores.
Figura 3. Teores foliares de cobre (A), manganês (B), ferro (C) e zinco (D) em plantas de pepino, em função de
proporções de nutrientes na solução nutritiva.
pepino hidropônico, os valores obtidos indica m que as plantas estavam equilibradas nutricionalmente, uma
vez que a faixa considerada adequada de Cu em folhas de plantas de pepino situa-se entre 8 a 20 mg kg-1
(PAPADOPOULOS, 1994) e variam de 7 a 10 mg kg-1 (VETANOVETZ, 1996). Considerando-se essas
faixas de valores de Cu encontrados, possivelmente essa variação ocorra porque o cultivo hidropônico
proporciona maior absorção de nutrientes pelas plantas quando comparado aos cultivos convencionais,
podendo-se estabelecer níveis críticos superiores para esses produtos (FERNANDES; MARTINEZ;
OLIVEIRA, 2002).
Tabela 4. Análises de variância, referentes aos valores de quadrado médio para os teor es foliares de cobre
(Cu), ferro (Fe), manganês (Mn) e Zinco (Zn) do pepineiro, em função da aplicação de proporções de
nutrientes na solução nutritiva.
Quadrados Médios
FV GL Cu Fe Mn Zn
Bloco 3 13354,583ns 1231860,600ns 885722,05088* 334892,850ns
SN 4 221835,625** 13549622,200** 4432960,925** 13105773,700**
Resíduo 12 9222,2916 575822,933 307479,758 437669,933
CV (%) 19 9,77 8,50 6,32 6,73
FV = fonte de variação; SN = solução nutritiva; GL = graus de liberdade; ns = não significativo; * e ** respectivamente
significativos para p<0,05 e p<0,01; CV = Coeficiente de variação.
Fonte: Elaboração dos autores.
Figura 3. Teores foliares de cobre (A), manganês (B), ferro (C) e zinco (D) em plantas de pepino, em função
de proporções de nutrientes na solução nutritiva.
Fonte: Elaboração dos autores.
Os teores de Mn nas folhas das pla ntas variaram com o aument o das proporções de nutrientes na
solução de 84,2a 102,0 mg planta-1 (Figura 3B). As plantas apresentaram teor es de manganês dentro da faixa
Fonte: Elaboração dos autores.
3052
Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 36, n. 5, p. 3043-3054, set./out. 2015
Diniz, A. A. et al.
Os teores de Mn nas folhas das plantas variaram
com o aumento das proporções de nutrientes na
solução de 84,2 a 102,0 mg kg-1 (Figura 3B). As
plantas apresentaram teores de manganês dentro
da faixa ideal para a cultura, que variam entre 50
a 250 mg kg-1 (PAPADOPOULOS, 1994) e entre
100 a 300 mg kg-1 (VETANOVETZ, 1996). Esse
valor é inferior à média de 960 mg kg-1 registrada
por Fernandes, Martinez e Oliveira (2002) ao
avaliarem plantas de pepino sob hidroponia, os
quais registraram altas concentrações de Mn em
plantas de pepino. Sintomas de toxidez de Mn em
pepino aparecem quando as concentrações alcançam
500 e 800 mg kg-1 em folhas jovens e velhas,
respectivamente, e signicante perda na produção
pode ocorrer quando as concentrações atingirem
2.000 e 5.000 mg kg-1 em folhas jovens e velhas,
respectivamente (PAPADOPOULOS, 1994). No
presente estudo, como as concentrações encontradas
estão abaixo desses limites de toxicidade, indicando
que as concentrações de Mn utilizadas na solução
nutritiva foram adequadas em todos os tratamentos
utilizados.
Apesar da signicância para os teores de Fe
em função das diferentes proporções de nutrientes
encontrados na solução nutritiva, os valores não se
ajustaram a nenhum modelo matemático (Figura
3C), apresentando variação de 75,6 a 119,0 mg
kg-1, com valor médio de 89,3 mg kg-1. Esses
valores foram superiores aos obtidos por Fernandes,
Martinez e Oliveira (2002) que obtiveram 43 mg
kg-1. Mas, está abaixo da faixa tida como adequada
para Vetanovetz (1996) que varia de 100 a 420
mg kg. A concentração de fertilizantes na água de
irrigação, deve ser suciente para proporcionar a
absorção dos nutrientes nas quantidades requeridas
pelas plantas, sem causar o acúmulo de fertilizantes
no solo, o que poderia resultar em salinização e,
consequentemente, na redução da produtividade
(BLANCO; FOLEGATTI; NOGUEIRA, 2002).
O aumento das diferentes proporções de
nutrientes na solução nutritiva inuenciou a
produção de Zn no tecido vegetal das plantas (Figura
3D). O aumento dos níveis de nutrientes na solução
nutritiva de 12,5 para até 100% proporcionou
um aumento de 85,5 para até 129,4 mg kg-1, nos
tratamentos, o que resultou em aumento dos teores
de Zn acumulado na matéria seca foliar das plantas
de pepineiro. Esses valores estão dentro e até acima
da faixa tida como ideal para Papadopoulos (1994)
que varia de 40 a 100 mg kg-1 e de 90 a 150 mg kg-1
para Vetanovetz (1996).
Conclusões
O melhor crescimento das plantas em altura
e diâmetro caulinar foi obtido com a aplicação de
12,5% de nutrientes na solução, enquanto que a
solução nutritiva diluída a 25% promoveu maior
número de folhas por planta de pepino.
As variáveis nutricionais estudadas foram
inuenciadas pelas proporções de nutrientes da
solução nutritiva; embora em nenhuma proporção
a planta mostrou-se com teores nutricionais abaixo
do ideal para o crescimento da planta de pepino
cultivada em substrato de bra de coco.
Agradecimentos
Ao CNPq e a CAPES pelo nanciamento da
pesquisa e concessão de bolsas.
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3053
Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 36, n. 5, p. 3043-3054, set./out. 2015
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