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Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental
Campina Grande, PB, UAEA/UFCG – http://www.agriambi.com.br
ISSN 1807-1929
v.19, n.10, p.946–952, 2015
Trocas gasosas e uorescência da clorola em plantas
de berinjela sob lâminas de irrigação
Flaviana G. da Silva
1
, Wellison F. Dutra
2
, Alexson F. Dutra
3
, Izaac M. de Oliveira
4
,
Luanna M. B. Filgueiras
2
& Alberto S. de Melo
5
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1807-1929/agriambi.v19n10p946-952
R E S U M O
A berinjela tem grande importância nutricional e socioeconômica, sendo cultivada e co-
mercializada em vários países, principalmente em ambiente protegido; sua produção, assim
como a de inúmeros cultivos agrícolas, é dependente de fatores como água, nutrientes e luz;
propôs-se, assim, com este trabalho, avaliar as trocas gasosas, uorescência da clorola a e
temperatura foliar de berinjela cultivada em ambiente protegido em diferentes lâminas de
irrigação. O estudo foi realizado em casa de vegetação utilizando-se delineamento inteiramente
casualizado, com 5 tratamentos e oito repetições, totalizando 40 unidades experimentais.
Os tratamentos constaram de cinco lâminas de irrigação: 33, 66, 100, 133 e 166% da ETc, as
quais corresponderam a 133, 266, 403, 536, 669 mm planta
-1
ciclo
-1
, respectivamente. A taxa
fotossintética das plantas de berinjela aumenta com o acréscimo da reposição hídrica. Os
valores mais expressivos de trocas gasosas (A, E, gs, Ci, EiUA e EiC) nas plantas de berinjela,
de forma geral, foram observados quando se utilizaram, na irrigação, lâminas estimadas entre
123,52 e 166% da ETc. A uorescência da clorola aumentou com o aumento das lâminas de
irrigação e a temperatura foliar diminuiu em função do aumento da água.
Gas exchange and chlorophyll uorescence
of eggplant grown under dierent irrigation depths
A B S T R A C T
Eggplant has a nutritional, social and economic importance in the world, being grown
and marketed in several countries, normally in protected environment. Its production,
as a lot of crops, is dependent on factors such as water, light and nutrients. us, it was
proposed with this study to evaluate leaf gas exchange, chlorophyll uorescence and leaf
temperature in eggplant grown in greenhouse under dierent irrigations levels. e study
was accomplished in a greenhouse, using a completely randomized experimental design
with ve treatments and eight replications, totaling 40 experimental units. e treatments
were consisted of ve irrigation depths: 33, 66, 100, 133 and 166% of ETc, which amounted
to 133, 266, 403, 536, 669 mm cycle
-1
, respectively. Photosynthetic rate of eggplant increases
with the addition of water depth. e higher values of gas exchange (A, E, gs, Ci, EiUA e
EiC) in eggplants, in general were observed in irrigation, water depths estimated between
123,52 and 166% ETc were used. e chlorophyll uorescence increased with increasing
water depths and leaf temperature decreased with the increase in water depth.
Palavras-chave:
Solanum melongena L.
reposição hídrica
fotossíntese
eciência fotoquímica
Key words:
Solanum melongena L.
water replacement
photosynthesis
photochemical eciency
1
Departamento de Engenharia Agronômica/Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão, SE. E-mail: avianagoncalves.16@hotmail.com (Autora
correspondente)
2
Programa de Pós-graduação em Ciências Agrárias/Universidade Estadual da Paraíba/Embrapa Algodão. Campina Grande, PB. E-mail:
wellison_eu@hotmail.com; luannabeserra-uepb@hotmail.com
3
Departamento de Agronomia/Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Jaboticabal. SP. E-mail: alexsonbrejo@hotmail.com
4
Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar/Universidade Federal de Campina Grande. Pombal, PB. E-mail: izaacmenezes30@hotmail.com
5
Departamento de Biologia/Centro de Ciências Biológicas e da Saúde/Universidade Estadual da Paraíba. Campina Grande, PB. E-mail: alberto@uepb.edu.br
Protocolo 313-2014 – 10/09/2014 • Aprovado em 17/04/2015 • Publicado em 07/09/2015
947Trocas gasosas e uorescência da clorola em plantas de berinjela sob lâminas de irrigação
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.19, n.10, p.946–952, 2015.
I
A berinjela (Solanum melongena L.) é uma olerícola
pertencente à família das Solanáceas de destacada importância
no Brasil e no mundo. O cultivo desta olerícola em ambiente
protegido vem crescendo tornando possível sua produção
e o abastecimento contínuo em períodos de baixa oferta do
produto no mercado alcançando, desta forma, preços mais
competitivos (Costa et al., 2011; Possetti et al., 2011; Reis &
Campostrini, 2011).
Dentre os fatores que afetam o crescimento, comportamento
siológico e a produtividade dos vegetais, pode-se destacar o
estresse hídrico como um dos mais impactantes. Diante disto, a
água é o fator ambiental mais relevante para o desenvolvimento
das plantas de modo que seu excesso ocasiona sérios prejuízos
podendo afetar a aeração na zona radicular e a lixiviação dos
nutrientes enquanto que sua falta pode inibir o crescimento da
planta e afetar o metabolismo siológico e, por m, a produção;
com isto, o manejo da irrigação deve ser adequado visando à
eciência no uso da água (Bilibio et al., 2010; Lima et al., 2012).
Quanto às relações hídricas e trocas gasosas, sabe-se que o
inuxo de CO
2
ocorre necessariamente através dos estômatos
no processo fotossintético ocorrendo também o euxo de água,
por meio da transpiração, sendo o movimento estomático o
principal mecanismo de controle das trocas gasosas nas plantas
superiores. Desta forma, a disponibilidade hídrica no solo
pode causar fechamento estomático limitando a condutância
estomática e a transpiração, o que reduz, consequentemente,
a taxa de fotossíntese (Silva et al., 2010).
Em outro aspecto, diversos fatores podem ocasionar
mudanças ambientais no aparato fotossintético e seus efeitos
podem ser estudados a partir da uorescência da clorola a.
A técnica torna possível avaliar a eciência fotoquímica do
fotossistema II (FSII) por meio de um método simples, rápido,
sensível e não destrutivo utilizado em investigações de danos
ou reparos causados no sistema fotossintético das plantas, em
função de diversos tipos de estresse (Zanandrea et al., 2006;
Correia et al., 2009; Suassuna et al., 2011; Martinazzo et al.,
2012).
De acordo com Santos et al. (2010), as medidas de
trocas gasosas são signicativas para determinar as taxas
fotossintéticas porém podem não ser ecientes para avaliar
os efeitos deletérios nos cloroplastos; desta maneira e segundo
esses autores, a avaliação da uorescência da clorola a revela o
nível de excitação da energia que dirige a fotossíntese e fornece
subsídios para estimar a inibição ou o dano no processo de
transferência de elétrons do PSII.
É importante acrescentar que, entre os inúmeros
mecanismos siológicos correlacionados com as condições
hídricas dos vegetais, a temperatura foliar pode ser usada como
um indicador relevante do grau de décit hídrico na planta.
Ressalta-se ainda que a transpiração é o principal mecanismo
envolvido na regulação da temperatura foliar devido às
menores aberturas estomáticas e, por consequência, ocorrem
diminuição da transpiração foliar e aumento da temperatura
da folha, por conta da redução da dissipação do calor latente
sinalizando que a capacidade de refrigeração das plantas
diminui via transpiração (Vieira Júnior et al., 2007; Kumar &
Portis Júnior, 2009).
Apesar da reconhecida importância do cultivo da berinjela,
os relatos disponíveis na literatura referentes a mecanismos
fisiológicos de resposta à disponibilidade hídrica nesta
olerícola são ainda bastante restritos; logo, pelo fato de
estarem os aspectos siológicos e de desenvolvimento da
planta intimamente relacionado ao estado hídrico do vegetal,
com inuência direta sobre a produção, torna-se evidente a
importância da compreensão deste conjunto de fatores no
cultivo da berinjela.
Com base no exposto objetivou-se, com este trabalho,
avaliar as trocas gasosas, uorescência da clorola e
temperatura foliar de berinjela cultivada com diferentes
lâminas de irrigação.
M M
O trabalho foi desenvolvido entre os meses de janeiro e maio
do ano de 2012, em ambiente protegido no Setor Experimental
de Fruticultura e Ecosiologia Vegetal, pertencente ao Centro
de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA), Campus IV da
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado no
município de Catolé do Rocha, PB, situado a 6º 21’ de latitude
S e 37º 48’ de longitude O Gr., a uma altitude de 250 m.
O clima da região é do tipo BSw’h, segundo classicação
de Köppen, caracterizando-se por ser semiárido quente,
com duas estações distintas, uma chuvosa com precipitação
pluviométrica irregular e outra sem precipitação. A precipitação
pluviométrica média anual é de 870 mm, temperatura média de
27 ºC. Durante o ensaio foram coletados dados climatológicos
no interior da casa de vegetação, com uso de termohigrômetro
(Humidity/Temperature Datalogger), estando os dados
dispostos na Figura 1.
O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com
cinco tratamentos e oito repetições, totalizando 40 unidades
experimentais. Os tratamentos corresponderam a cinco
lâminas de irrigação: 33; 66; 100; 133 e 166% da ETc. As lâminas
foram denidas por meio da evaporação obtida através de
tanque evaporímetro adaptado, instalado dentro do ambiente.
Na aplicação das lâminas de irrigação utilizou-se sistema de
irrigação localizada, com uso de gotejadores com vazão 3,6
Figura 1. Temperaturas máxima e mínima, umidades
máxima e mínima observadas durante o período de
condução do experimento
Temperaturas (
o
C)
Umidade do ar (%)
Meses do ensaio
948 Flaviana G. da Silva et al.
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.19, n.10, p.946–952, 2015.
L h
-1
. A evapotranspiração da cultura (ETc), a intensidade de
irrigação e o tempo de irrigação foram calculados de acordo
com metodologia disposta em Mantovani et al. (2006).
As mudas foram formadas em bandeja de polietileno
utilizando-se substrato comercial à base de pó de madeira,
onde foram semeadas sementes de berinjela do híbrido
“Ciça”, resistentes à antracnose (Colletotrichum gloesporioides)
e a podridão-de-fomopsis (Phomopsis sp.), com boas
características produtivas. Quando as mudas atingiram a
altura de 10 cm, com duas a três folhas bem denidas, foram
transplantadas para vasos com capacidade volumétrica de 12
L de solo.
Os vasos foram preenchidos com solo classicado como
Neossolo Flúvico Eutróco, com textura arenosa e as seguintes
características físicas e químicas: Areia: 773,7 g kg
-1
; Silte: 168,3
g kg
-1
; Argila: 58 g kg
-1
; Cálcio = 3,37 cmol
c
dm
-3
; Sódio = 0,07
cmol
c
dm
-3
; Magnésio = 1,62 cmol
c
dm
-3
; Potássio = 226,78 mg
dm
-3
;
Fósforo = 46,8
mg dm
-3
(Mehlich); Matéria orgânica =
13,4 g dm
-3
;
pH H
2
O (1:2,5) = 7,0; Aluminio = 0,0 cmol
c
dm
-3
.
Durante o experimento coletou-se, diariamente, a água
drenada após a irrigação em cada vaso para determinação
da condutividade elétrica da água em cada tratamento com
a nalidade de observar a quantidade e a salinidade da água
percolada (Tabela 1).
A avaliação das trocas gasosas foi realizada aos 100 dias
após transplantio (DAT) das mudas, no período de 07 h e
30 min às 09 h da manhã, na terceira folha contada a partir
do ápice da planta, em plena fase de fruticação; para tanto,
utilizou-se um analisador de gás infravermelho IRGA (ACD,
modelo LCPro SD, Hoddesdon, UK) com uxo de ar de 300 mL
min
-1
e fonte de luz acoplada de 1200 µmol m
-2
s
-1
. Na ocasião
foram mensuradas a concentração interna de carbono (Ci)
(µmol m
-2
s
-1
), condutância estomática (gs) (mol de H
2
O m
-2
s
-1
), transpiração (E) (mmol de H
2
O m
-2
s
-1
), taxa de fotossíntese
líquida (A) (µmol de CO
2
m
-2
s
-1
), a eciência instantânea
no uso da água (EiUA - A/E) calculada relacionando-a à
fotossíntese líquida com a transpiração [(µmol m
-2
s
-1
) / (mmol
de H
2
O m
-2
s
-1
)] e a eciência instantânea de carboxilação (EiC
- A/Ci) [(µmol m
-2
s
-1
) / (µmol m
-2
s
-1
)] a partir da relação entre
a fotossíntese líquida e a concentração interna de carbono.
A uorescência da clorola a foi mensurada aos 110 DAT
às 08 h da manhã, utilizando-se de um uorômetro portátil
(LI-1600, USA), em folhas intermediárias dos ramos, pré-
adaptadas ao escuro após período de 30 min. Foram analisadas
as variáveis uorescência inicial (Fo), máxima (Fm), variável
(Fv), eficiência quântica do FSII (Fv/Fm) e a razão (Fv/
Fo). Na mesma ocasião também se realizaram medidas de
temperatura foliar das plantas utilizando-se um termômetro
digital (Infravermelho Mira Laser).
Os dados obtidos para cada variável foram submetidos à
análise de variância pelo teste F, até 0,05 de signicância e os
respectivos modelos de regressão foram ajustados de acordo
com o coeciente de determinação, até 0,05 de signicância,
utilizando-se o programa SAEG 9.1.
R D
Observa-se, na Figura 2A, que a concentração interna de
carbono (Ci) aumentou linearmente (24,14%) à medida que se
aumentaram as lâminas de irrigação e a disponibilidade hídrica.
A maior concentração interna de CO
2
(244,87 µmol m
-2
s
-1
) foi
observada na lâmina de 166% da ETc, indicando que a maior
lâmina de irrigação proporcionou uma concentração interna
maior de carbono e, em contrapartida, a disponibilidade de
água se torna um ponto limitante para este fator siológico,
nas plantas de berinjela.
Explica-se que, comumente, o incremento nos valores
de Ci é acompanhado de acréscimos na gs; deste modo, a
limitação estomática seria o fator principal da limitação
do desempenho fotossintético de vez que, quanto maior a
abertura estomática maior a difusão de CO
2
para a câmara
subestomática (Nascimento, 2009). Resultados similares
foram observados por Brandão Filho et al. (2003) em cultivo
de berinjela em ambiente protegido, que encontraram valores
médios de Ci na ordem de 230 µmol m
-2
s
-1
para o híbrido de
Berinjela Nápoli e 255 µmol m
-2
s
-1
para o híbrido japonesa no
horário de 9 h da manhã.
Para a condutância estomática (gs), percebeu-se efeito
signicativo dos tratamentos aplicados observando-se ajuste
quadrático com o acréscimo na disponibilidade hídrica do
Tabela 1. Valores médios do volume de água drenada
(mL) e da condutividade elétrica da água drenada (dS
m
-1
) em cultivo de berinjela sob diferentes lâminas de
irrigação
Figura 2. Concentração interna de carbono (A),
condutância estomática (B), transpiração (C), fotossíntese
líquida (D) e eciência instantânea de carboxilação (E) de
berinjela cultivada com diferentes lâminas de irrigação
949Trocas gasosas e uorescência da clorola em plantas de berinjela sob lâminas de irrigação
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.19, n.10, p.946–952, 2015.
solo, com valor máximo de 0,24 mol de H
2
O m
-2
s
-1
obtido na
lâmina estimada de 159,48% da ETc (Figura 2B). Neste caso, a
disponibilidade desta lâmina estimada de água proporcionou
maior abertura estomática dando condições para a planta
realizar o processo siológico, sem que haja inuência negativa
na abertura estomática.
O fechamento estomático e a consequente redução do uxo
normal de CO
2
em direção ao sítio de carboxilação constituem
um dos principais responsáveis pela redução da fotossíntese
sendo a água um dos fatores fundamentais responsáveis pelo
processo que regula a abertura ou fechamento dos estômatos
(Bosco et al., 2009). Alves et al. (2011) encontraram valor
médio de 0,28 mol de H
2
O m
-2
s
-1
para condutância estomática
em plantas de pimentão cultivado em ambiente protegido,
submetidas a diferentes doses de nitrogênio. No trabalho em
questão a gs foi menor em virtude das condições hídricas às
quais as plantas de berinjela foram submetidas.
Na Figura 2C nota-se comportamento quadrático para
a transpiração (E) em função das lâminas de irrigação
encontrando-se valor máximo de 3,4 mmol de H
2
O m
-2
s
-1
na
lâmina estimada de 153% da ETc, comportamento semelhante
ao observado na condutância estomática, o que corrobora
com informações de Lima et al. (2010), que informam que o
comportamento estomático determina a demanda transpirativa
a que as folhas estão potencialmente sujeitas controlando sua
perda de H
2
O para o ambiente, na forma de vapor de água
Destaca-se que em situação de ótima disponibilidade
hídrica (capacidade de campo), as plantas geralmente
apresentam altas taxas transpiratórias de modo que, à
medida que a água do solo se torna escassa, a planta começa a
reduzir sua taxa transpiratória para reduzir a perda de água e
economizar a disponível no solo. Tal fato justica o aumento na
transpiração e de condutância estomática quando as plantas de
berinjela foram irrigadas com maiores quantidades de água.
Em relação à fotossíntese líquida (Figura A), vê-se que
os valores observados se ajustaram ao modelo quadrático
encontrando-se o valor máximo de 11,83 µmol de CO
2
m
-2
s
-1
quando se aplicou a lâmina de irrigação estimada em 126,32%
da ETc (Figura 2D). A maior produção de fotossíntese com esta
condição hídrica está ligada com uma quantidade considerável
de concentração interna de CO
2
, no momento em que as
plantas estavam com maior condutância estomática. Neste
sentido, a água e o CO
2
são alguns dos fatores limitantes da
fotossíntese ressalvando-se que a maior resistência difusiva dos
estômatos reduz a fotossíntese, principalmente pela restrição
da condução gasosa da folha. De modo que a restrição hídrica
pode causar inibição na fotossíntese devido à limitação
estomática (Kerbauy, 2008).
Pode-se observar, ainda, na Figura 2D, decréscimo na
fotossíntese a partir do valor máximo obtido (11,83 µmol de
CO
2
m
-2
s
-1
), fato possivelmente explicado por haver variação
no teor de clorola existente nas folhas. Nas plantas submetidas
à maior lâmina (166% da ETc), em que foi possível notar,
visivelmente, um verde pálido, diferentemente do observado
nas plantas com a aplicação das demais lâminas de irrigação.
Tal situação pode ter relação direta com o aumento no volume
de água disponibilizado na maior lâmina, promovendo
lixiviação de nutrientes em maiores quantidades, haja vista o
maior volume de água quanticado na drenagem seguindo de
maior condutividade elétrica da água (Tabela 1). Para Kerbauy
(2008) a deciência de alguns nutrientes como nitrogênio e
magnésio no solo ocasiona clorose nas folhas, interferindo no
processo fotossintético.
Brandão Filho et al. (2003) encontraram, estudando trocas
gasosas em dois híbridos de berinjela enxertadas em cultivo
protegido, valores superiores ao deste trabalho com taxas de
fotossíntese média de 26 µmol de CO
2
m
-2
s
-1
para o híbrido
‘Japonesa’ e 19 µmol de CO
2
m
-2
s
-1
para o ‘Nápoli’. Esses
mesmos autores relataram que a taxa fotossintética se relaciona
diretamente com o teor de clorofila das folhas; ademais,
destaca-se que tal diferenciação pode estar relacionada a fatores
genéticos visto que em plantas C3 os valores de fotossíntese
líquida podem variar de 10 e 20% (Taiz & Zeiger, 2009).
Quanto à eciência instantânea no uso da água (EiUA) não
houve efeito signicativo das lâminas de irrigação, de modo que
os níveis da reposição hídrica aos quais as plantas de berinjela
foram submetidas, não causou limitação para eficiência
deste processo siológico. Salienta-se que quanto menor a
disponibilidade de água menor também será o grau de abertura
estomática para reduzir a perda d’água; consequentemente,
a EiUA é maior mantendo o mínimo de equilíbrio hídrico
o que ainda pode ser relatado que as plantas tipo C
3,
como a
berinjela, são limitadas a assimilar CO
2
em situações hídricas
adversas (Kerbauy, 2008).
Para a eficiência instantânea de carboxilação (EiC),
observou-se resposta quadrática em relação às lâminas de
irrigação (ETc) (Figura 2E), estimando-se a maior eciência
de 0,05 (µmol m
-2
s
-1
) (µmol m
-2
s
-1
)
-1
na lâmina de 123,52%
da ETc. Valores elevados de concentração interna de CO
2
associado ao aumento na condutância estomática indicam um
acréscimo na eciência instantânea de carboxilação ocorrido
em função da disponibilidade de ATP e NADPH e do substrato
para a rubisco. Deste modo, a EiC depende da disponibilidade
de CO
2
no mesólo foliar, quantidade de luz, temperatura
e da atividade enzimática para que haja fotossíntese. Se as
concentrações de CO
2
intercelulares são muito baixas, o inuxo
deste componente nas células do mesólo é restringido; assim,
a planta utiliza o CO
2
proveniente da respiração para manter
um nível mínimo de taxa fotossintética, tornando-a limitada
(Taiz & Zeiger, 2009).
De modo geral foi possível determinar que nas trocas
gasosas o fator fisiológico mais afetado pelas lâminas de
irrigação nas plantas de berinjela foi a fotossíntese líquida.
Devido à disponibilidade de água limitada, menos ATP e
NADPH são formados e, como consequência, menos CO
2
é
xado de modo que o fotossistema II depende de água para
geração de energia química, requerida para xação de CO
2
,
demonstrando, então, que variações na disponibilidade hídrica
geram menor eciência do fotossistema II razão pela qual o
efeito das menores lâminas de água foi decorrente de um fator
não estomático.
Em relação à uorescência da clorola a, na uorescência
inicial (Fo), não se constatou efeito signicativo em relação às
lâminas de irrigação mensurando-se valor médio de 377,45
elétrons quantum
-1
para esta análise. Portanto, a quantidade de
água disponibilizada para as plantas de berinjela não interferiu
950 Flaviana G. da Silva et al.
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.19, n.10, p.946–952, 2015.
na Fo em que a mesma indica quando todos os centros de
reação estão abertos.
Quanto à uorescência máxima (Fm), vericou-se aumento
linear com a variação da reposição hídrica de 33 a 166% da ETc
evidenciando-se valor máximo de 2220,125 elétrons quantum
-1
(Figura 3A). Para alguns autores (Baker & Rosenqvst, 2004;
Konrad et al., 2005; Suassuna et al., 2010) este indicador
representa a intensidade máxima da uorescência, quando
praticamente toda a quinona é reduzida e os centros de reação
atingem sua capacidade máxima de reações fotoquímicas. Em
outras culturas olerícolas, a exemplo do meloeiro, Suassuna et
al. (2011), relataram maior Fm (1559,03 elétrons quantum
-1
)
com volume de água estimado em 1954,23 m
3
ciclo
-1
. Melo et
al. (2010) vericaram, avaliando uorescência da clorola em
melancieira irrigada, Fm de 1792,23 elétrons quantum
-1
com
lâmina de 143,33 mm ciclo
-1
resultados esses inferiores aos
observados no presente trabalho.
O maior valor de uorescência variável (Fv) (1842,13), foi
vericado com a aplicação de 166% da ETc, representando
um acréscimo de 29% em relação à aplicação de 33% da ETc
(Figura 3B). A diferença entre Fme Foresulta na uorescência
variável (Fv) deste modo diante os resultados da Fm, mostrados
anteriormente, percebe-se que o mesmo foi maior que a Fo.
Portanto, os maiores valores de Fm encontrados associado
com a disponibilidade de água, mostram que não ocasionaram
deciência na fotorredução da quinona A (QA) nem no uxo
de elétrons entre os fotossistemas (Tatagiba et al., 2014). Este
resultado encontrado nas plantas de berinjela foi superior
ao valor encontrado por Melo et al. (2010), estudando a
uorescência na melancieira em função de níveis de água
constatando maior Fv de 1427,04 elétrons quantum
-1
com a
aplicação de 70% da ETo, fato que pode ter ocorrido devido às
condições de restrição de água na cultura da melancia.
Quanto à eciência quântica do PSII (Fv/Fm) (Figura 3C),
valor máximo (0,83 elétrons quantum
-1
) foi vericado com a
Figura 3. Fluorescência máxima (A), uorescência variável
(B), eciência fotoquímica (Fv/Fm) (C), razão (Fv/Fo) (D),
temperatura foliar (E) em plantas de berinjela cultivada sob
diferentes lâminas de irrigação
aplicação de 166% da ETc, calculando-se acréscimo de 3,75%
em relação à aplicação de 33% da ETc. Assim, plantas com
valores de Fv/Fm inferiores a 0,75 elétrons quantum
-1
indicam
situação de estresse e redução do potencial fotossintético na
planta. Quando o aparelho fotossintético se encontra intacto,
os valores variam entre 0,75 e 0,85 elétrons quantum
-1
(Reis &
Campostrini, 2008; Santos et al., 2010; Suassuna et al., 2010)
observando-se no presente trabalho e diante das condições
hídricas expostas, valores entre 0,80 e 0,83 elétrons quantum
-1
,
denotando que as plantas analisadas não apresentaram
dano fotoinibitório no fotossistema em função da variação
na disponibilidade hídrica enquanto Suassuna et al. (2011)
vericaram, estudando plantas de melão sob níveis de irrigação,
que a eciência fotoquímica atingiu o valor de 0,81 elétrons
quantum
-1
no volume estimado de 1600 m
3
ciclo
-1
de água.
Na razão Fv/Fo observou-se comportamento linear com
acréscimo de 26,82% nesta razão entre a maior (166% da ETc) e
a menor lâmina de irrigação adotada (33% da ETc), com valor
máximo de 4,87 elétrons quantum
-1
na taxa de 166% da ETc
(Figura 3D). Alguns autores utilizam a relação Fv/Fo como
indicador da eciência máxima no processo fotoquímico no
FSII e/ou da atividade fotossintética potencial (razão máxima
de produção quântica dos processos concorrentes fotoquímicos
e não fotoquímicos no FSII) apresentando valores entre 4 e 6
elétrons quantum
-1
. Esta razão também amplica as pequenas
variações detectadas em Fv/Fm (Reis & Campostrini, 2011).
A razão Fv/Fo é comumente utilizada em estudos de
diferentes espécies com variados tipos de estresse. Zanandrea
et al. (2006) vericaram, ao estudar os efeitos da salinidade
sobre parâmetros de uorescência em phaseolus vulgaris,
valor máximo de 4,578 elétrons quantum
-1
quando aplicavam
80 mmol L
-1
de NaCl. Konrad et al. (2005) estudaram
trocas gasosas e uorescência da clorola em seis cultivares
de cafeeiro sob estresse de alumínio e constataram que a
relação razão Fv/Fo não diferiu signicativamente entre a
seis cultivares avaliadas. Diante disto, o que se percebe que o
tipo e severidade do estresse podem afetar o comportamento
siológico do vegetal, tal como o estresse hídrico abordado
no presente estudo.
A temperatura foliar das plantas de berinjela decresceu
em 12,97% da menor taxa da ETc para a maior, observando-
se efeito linear com valor máximo de 31,5
o
C (33% da ETc)
e o menor de 27,9 ºC na lâmina de 166% da ETc (Figura 4).
Entende-se que o décit de água aumenta a temperatura na
folha, fato observado nas menores taxas de reposição hídrica.
Este comportamento pode ser explicado por Silva et al. (2013),
ao reportar que a fotossíntese é um dos mecanismos siológicos
mais compassivos ao estresse térmico decorrente de elevadas
temperaturas.
Destaque-se que altas temperaturas (30-35
o
C) inibem a
assimilação de CO
2
em plantas C
3
, por reduzir o estado de
ativação da Rubisco via inibição da Rubisco ativase, fechamento
estomático e redução da atividade fotoquímica (Oliveira et
al., 2005).
C
1. A taxa fotossintética de plantas de berinjela (híbrido
“Ciça”) aumenta com o acréscimo da disponibilidade hídrica.
951Trocas gasosas e uorescência da clorola em plantas de berinjela sob lâminas de irrigação
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.19, n.10, p.946–952, 2015.
2. Os valores mais expressivos de trocas gasosas (A, E,
gs, Ci, EiUA e EiC) em plantas de berinjela foram, de forma
geral, observados quando se utilizaram lâminas de irrigação
estimadas entre 123,52 e 166% da ETc.
3. A uorescência da clorola aumentou com o aumento
das lâminas de irrigação não havendo dano no aparelho
fotossintético e a temperatura foliar diminuiu em função do
aumento nos níveis de reposição da ETc.
A
Ao Professor/Pesquisador Marcos Eric Barbosa Brito,
pelo apoio na realização das análises siológicas.
L C
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