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Atletas Olímpicos Brasileiros

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1796 verbetes biográficos. Esse é o conteúdo do livro “Atletas Olímpicos Brasileiros”, de autoria da Profa. Dra. Katia Rubio (EEFE-USP). Foram necessários 15 anos de trabalho acadêmico para que a docente e sua equipe do Grupo de Estudos Olímpicos do Centro de Estudos Socioculturais do Movimento Humano coletassem depoimentos e documentações sobre todos os atletas brasileiros que já participaram dos Jogos Olímpicos. A obra, editada pela SESI-SP Editora, será lançada dia 25/8/2015, às 9h, em evento no SESI Vila Leopoldina (Rua Carlos Weber, 835). Constam no livro todos os atletas brasileiros de modalidades individuais e coletivas que participaram de alguma edição dos Jogos Olímpicos desde 1920, quando o país foi representado pela primeira vez no evento, até Londres (2012). Isso inclui não apenas atletas medalhistas, mas também aqueles que não conquistaram o pódio ou quem, por algum motivo, foi desligado da competição antes dela começar, fosse por lesão ou questões de outras ordens. 1.389 histórias foram escritas a partir de entrevistas realizadas pessoalmente, totalizando 1750 horas de narrativas. As informações dos atletas já falecidos foram obtidas por meio de depoimentos de terceiros, acervos de clubes, jornais de época e outras informações geradas pelos meios de comunicação. Das entrevistas foram levantados dados como local e data de nascimento, onde e quando iniciaram a prática esportiva, os responsáveis diretos pelo início da carreira esportiva, que clubes defenderam, com quantos anos participaram pela primeira vez da seleção nacional, como foram as experiências como atleta olímpico e a transição de carreira entre outros temas de ordem mais subjetiva e pessoal. O embrião da pesquisa com atletas olímpicos se deu, nos anos 90, foi quando a pesquisadora realizou seu doutorado e estudou as razões que levam uma criança ou um jovem a dedicar sua vida à busca incessante e exaustiva por um resultado fora da média. Essa pesquisa resultou no livro “O Atleta e o Mito do Herói” (Casa do Psicólogo, 2001) obra em que são apresentadas a trajetória de esportistas em diferentes momentos da carreira, mas que apresentavam como um traço comum a presença e o feito de algum atleta olímpico como o desencadeador para a prática esportiva na infância. A partir dessa constatação, a docente Katia Rubio lançou mais seis livros tendo os atletas olímpicos brasileiros como o foco central. A soma de todas as pesquisas realizadas até o presente resultam na edição do livro “Atletas Olímpicos Brasileiros”, trabalho inédito tanto para os padrões brasileiros como para os internacionais.
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... Compreender o fenômeno esportivo por meio de seus protagonistas, os atletas, é um desafio que pode ser encarado de diferentes maneiras. Este artigo baseia-se na metodologia das Narrativas Biográficas, desenvolvida por Rubio (2014Rubio ( , 2015Rubio ( , 2016. As entrevistas utilizadas neste artigo compõem o banco de histórias da pesquisa "Memórias Olímpicas por Atletas Olímpicos Brasileiros" (Rosina, 2022), desenvolvida ao longo de anos pelo Grupo de Estudos Olímpicos da Universidade de São Paulo (GEO/USP). ...
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Ao longo da história, quatro atletas que nasceram na Argentina representaram o Brasil em Jogos Olímpicos. Antônio Salvador Sucar, Sebastián Cuattrin, Fernando Meligeni e Joaquin Lopez, por diferentes motivos, optaram pela bandeira verde-amarela. Mais que uma simples representação, a participação em um evento esportivo de primeira grandeza está conectada a um sentimento de construção identitária dos sujeitos. Baseado na metodologia das Narrativas Biográficas, essencialmente qualitativa, esse artigo apresenta as histórias de vida desses quatro atletas e discute a relação entre os mesmos e o movimento migratório entre Brasil e Argentina. Conclui-se que a opção de nacionalidade brasileira pelos atletas esteve ligada ao processo de formação esportiva, à construção e identificação individual de cada um e, no caso de um deles, à oportunidade proporcionada pelo Rio de Janeiro ser o país sede dos Jogos Olímpicos em 2016.
... Rubio (2017) afirma que o esporte no Brasil se apresenta como um fenômeno causador de deslocamentos e processos migratórios. A autora sugere que estes deslocamentos, quando pensados a partir dos atletas olímpicos, ganham contornos específicos, relacionados a sua ocorrência precoce e à intensidade, principalmente a partir do processo de profissionalização, iniciado na década de 1980 (Rubio, 2015;2017;Nunes, 2011;Pisani, 2012). ...
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No Brasil, muitas crianças e jovens têm a oportunidade de conhecer diferentes modalidades esportivas. Por vezes, esse contato desperta um encanto pelo esporte, sendo a ele dada uma importância e um significado tão grandes que fazem com que eles o prefiram às atividades comuns para outras pessoas da mesma idade, como brincadeiras, convívio familiar ou escolar. Em busca de melhores condições de treinamento e desenvolvimento, esses futuros atletas, muitas vezes, têm que se distanciar de seu núcleo familiar ainda de forma precoce. Este trabalho buscou investigar como as mulheres olímpicas brasileiras, medalhistas de modalidades coletivas, reconhecem o momento que marcou o início de sua especialização esportiva, exclusivamente aquelas em cuja história consta a marca do distanciamento familiar e da saída de casa. A metodologia do trabalho se ancora nas narrativas biográficas, considerada uma modalidade de história oral. Depois de alcançarem a condição de atleta olímpica, é possível pensar que o chamado para a prática esportiva e o distanciamento precoce de seu núcleo familiar foram os primeiros passos para o que seria o início de sua jornada enquanto atleta.
... According to COB (COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO, 2004), a total of 94 Brazilian athletes boarded for Berlin. As a whole, the amount was consistently superior to the first participation in Antwerp, 1920 (SILVA;BORBA;MAZO, 2021;MAZO, SILVA, 2019;SILVA, KATCIPIS, MAZO, 2018;MAZO et al., 2017;RUBIO, 2015;NETO-WACKER, WACKER, 2010). ...
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The research investigates Brazil's participation in the 1936 Olympic Games, in particular the case of Brazilian rower Fritz Richter, who did not take part in rowing competitions in Berlin, even though he was part of the delegation organized by the Brazilian Confederation of Sports (CBD). The information about Brazil's participation came from newspaper and magazine reports. The interpretation of the sources revealed that the decision about participating in the Olympics was marked by conflicts that ended up with two delegations representing the country in the event. This culminated in the selection of Brazilian athletes in German territory. In that context, there were other conflicts, not only during the Brazilian delegations' stay in Berlin but also when they returned to Brazil. Such events indicate that Brazilian Olympic sports in the 1930s were experiencing incipient times.
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Resumo A vela, desde os Jogos Olímpicos (JO) de 1900, inserido quando foi no programa olímpico, se manteve em todas as edições seguintes com um número crescente de países participando das disputas. A participação do Brasil nessa modalidad começou no JO de 1936, após a fundação de clubes destinados à prática. A partir daí, até a vela olímpica brasileira conquistastou 19 medalhas, destacando-se como uma modalidad que obteve ou maior número de medalhas do nosso ouro olímpico para ou do Brasil: total de oito. Atletas brasileiros precursores da vela, estavam ligados a clubes do Rio de Janeiro e São Paulo. Somente nas edições do JO da década de 1950, no periodo pós II Guerra Mundial, a delegação passou a ser composta por velejadores de outros estados, como o Rio Grande do Sul. No JO 1952, participa seis velejadores brasileiros, dentre os que estavam o primeiro sul-rio-grandense, Alfredo Jorge Ebling Bercht, do Clube Veleiros do Sul. Em 1956, além de Alfredo Bercht, participou dos JO, também, o seu irmão Rolf Bercht. Diante desses indícios, o estudo tenta investigar como ocorreu a trajetória do primeiro velejador sul-riograndense para participar de dois Jogos Olímpicos de 1952 e 1956. Por isso, foram garimpadas reportagens em jornais brasileiros que circulavam no periodo, localizados na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional brasileira. O corpus documental foi analisado através da técnica de análise documental e as informações foram cruzadas com a revisão de literatura e o contexto sociocultural. Os indícios evidenciam que apesar das conquistas nacionais e regionais, valorizadas e divulgadas pelos jornais analisados, não era conferido destaque aos velejadores no contexto do JO. Ademais, a trajetória do velejador encena contratempos e disputas entre modalidades, no interior das entidades esportivas brasileiras. Resumen La vela, desde los Juegos Olímpicos (JO) de 1900, cuando se incluyó en el programa olímpico, se ha mantenido en todas las ediciones posteriores com un número creciente de países participando en las disputas. La participación de Brasil en esta modalidad comenzó en los Juegos Olímpicos de 1936, luego de la fundación de clubes destinados a la práctica. Desde entonces, la vela olímpica brasileña ha ganado 19 medallas, destacando como el deporte que ha ganado el mayor número de medallas de oro olímpicas para Brasil: un total de ocho. Los atletas brasileños que fueron pioneros em la vela estaban vinculados a clubes de Río de Janeiro y São Paulo. Solo en las ediciones de los JO en la década de 1950, en el período posterior a la Segunda Guerra Mundial, la delegación brasileña pasó a estar compuesta por marineros de otros estados, como Rio Grande do Sul. En los JO de 1952 participaron seis regatistas brasileños, entre ellos el primero de Rio Grande do Sul, Alfredo Jorge Ebling Bercht, del Club Veleiros do Sul. En 1956, además de Alfredo Bercht, también participó en los Juegos su hermano Rolf Bercht. En vista de estos indicios, el estudio busca investigar cómo se desarrolló la trayectoria del primer navegante de Rio Grande do Sul que participo en los Juegos Olímpicos de 1952 y 1956. Para eso, se extrajeron informes de periódicos brasileños que circulaban en el período, ubicados en la Hemeroteca Digital de la Biblioteca Nacional de Brasil. Se analizó el corpus documental mediante la técnica de análisis de documentos y se cruzó la información con la revisión bibliográfica y el contexto sociocultural. La evidencia muestra que a pesar de las conquistas nacionales y regionales, valoradas y difundidas por los diarios analizados, los marinos no fueron destacados en el contexto de los JO. Además, la trayectoria del regatista representa reveses y disputas entre modalidades dentro de las entidades deportivas brasileñas. Abstract Sailing, since the Olympic Games (OG) in 1900, when it was included in the Olympic program, has remained in all subsequent editions with an increasing number of countries participating in the disputes. Brazil's participation in this modality began in the 1936 Olympic Games, after the foundation of clubs intended for the practice. Since then, Brazilian Olympic sailing has won 19 medals, standing out as the sport that has won the highest number of Olympic gold medals for Brazil: a total of eight. The Brazilian athletes who pioneered sailing were linked to clubs in Rio de Janeiro and São Paulo. Only in the 1950s editions of the JO, in the post-World War II period, the Brazilian delegation started to be composed of sailors from other states, such as Rio Grande do Sul. In the 1952 OG, six Brazilian sailors participated, among which was the first from Rio Grande do Sul, Alfredo Jorge Ebling Bercht, from Clube Veleiros do Sul. In 1956, in addition to Alfredo Bercht, his brother Rolf Bercht also participated in the Games. In view of these indications, the study seeks to investigate how the trajectory of the first sailor from Rio Grande do Sul to participate in the 1952 and 1956 Olympic Games took place. For that, reports were mined in Brazilian newspapers that circulated in the period, located in the Hemeroteca Digital of the Brazilian National Library. The documentary corpus was analyzed using the document analysis technique and the information was cross-referenced with the literature review and the sociocultural context. The evidence shows that despite the national and regional achievements, valued and publicized by the analyzed newspapers, sailors were not highlighted in the context of the OG. Furthermore, the sailor's trajectory enacts set backs and disputes between modalities within Brazilian sports entities.
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Esta obra é fruto desse período e deixa evidente que, apesar dos estragos em toda a sociedade, a COVID-19 não paralisou o GEO. Novos doutores foram titulados, mesmo em período de isolamento social. Outros, já possuidores do título, retornaram ao grupo para compartilhar suas experiências e dialogar sobre as possibilidades dos trabalhos com narrativas. O que o leitor encontrará nas páginas a seguir é um breve resumo de alguns desses encontros e do método utilizado nas pesquisas.
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Este estudo buscou investigar o contexto e a idade de início e final de carreira das mulheres atletas olímpicas brasileiras, bem como a razão do porquê do encerramento da carreira. Para tanto, participaram da amostra 444 mulheres brasileiras participantes de Jogos Olímpicos até Londres em 2012. Dos relatos de vida, foram retirados dados relacionados aos objetivos deste estudo. Os resultados nos permitem inferir que modalidades como natação, ginástica e tênis o início foi muito precoce, já nos esportes coletivos a idade de início corresponde a fase escolar, quando neste momento o profissional de Educação Física é o principal responsável pela iniciação ao rendimento. Esportes como tiro, arco, boxe e levantamento de peso tem seu início já no final da adolescência. Com relação ao final de carreira, a faixa etária de aposentadoria corresponde com a modalidade, onde aqueles esportes que se começa cedo as idades de aposentadoria são menores. Observou-se também que os motivos principais para a finalização da carreira são: número de lesões, fadiga e cansaço, percepção de que a idade estava atrapalhando, maternidade e casamento e a necessidade de continuar os estudos. Outro fato abordado foi a exclusão da atleta pela comissão técnica, a qual foi mola propulsora para que a atleta não quisesse mais fazer parte daquele meio. A escolha de uma nova profissão e outro fator importante e que, nos apresenta um panorama diferenciado para as atletas olímpicas, já que 50% destas se formaram e hoje, a grande maioria (605) trabalham na área esportiva. Pode-se concluir que cada modalidade tem o momento ideal de início e que, as atletas olímpicas não saíram deste padrão. Quanto ao termino da carreira, este pode não ser programado (lesões, cansaço e fadiga, dispensas da equipe, maternidade, casamento) ou programado (formação acadêmica e profissional, necessidade de novas metas).
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En Brasil, el fútbol, a pesar de ser un deporte que históricamente se constituyó como uno de los pilares de la construcción identitaria nacional, tardó en incorporarse como un objeto de estudio en el ámbito académico. Durante algunos años, la producción de investigaciones que tematizaban el fútbol solía ser escasa y marcada por una perspectiva apocalíptica en el sentido empleado por Umberto Eco. La publicación, en 1982, de la colección Universo do futebol, organizada por el antropólogo Roberto DaMatta, es un marco en la trayectoria de sistematización de la literatura académica sobre el fútbol. Este artículo pretende hacer un recorrido por la trayectoria de la construcción y del establecimiento de los estudios sobre la relación entre el deporte y el fútbol en Brasil, con énfasis en el campo de las Ciencias Sociales y de la Comunicación.
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Competitions in athletics at the Olympic Games are between athletes, not nations. The national character is present through the use of national symbols and the medals won by the competitors are counted in the table as national. Most of the competitors who reached the podium in the athletics disputes in the 2020 Olympic edition were migrant athletes and/or those who held plurinational ancestry. This article presents those life trajectories to discuss the criteria for defining nationality adopted by different athletes. This qualitative study, based on research carried out using official data from the International Olympic Committee and with the support of information obtained from journalistic sources, in addition to theoretical analysis. As conclusions, it appears that there is a relationship between migration and sports phenomena and that the definition of nationalities follows individual but also social criteria.
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A obra é dividida em duas sessões. A primeira é composta por dez capítulos escritos por membros do GEO sobre a metodologia aplicada em suas pesquisas de pós-graduação e as possibilidades de trabalho com narrativas. A segunda contém vinte artigos produzidos e cedidos ao jornal Folha de S. Paulo para publicação durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados em 2021. O livro é fruto do trabalho desenvolvido durante o período mais grave da pandemia de COVID-19, no qual as reuniões do GEO ocorreram de maneira virtual. Marcado pela diversidade, o trabalho, que é realizado em equipe, tem seu ponto de convergência no método: as Narrativas Biográficas. Ouvir relatos e trabalhar sobre eles, com diferentes perspectivas e rigor acadêmico. Narrativas biográficas no esporte: reflexões e aplicação é um livro da editora Laços e pode ser comprado nas principais plataformas de comércio eletrônico (no momento estão disponíveis para download no Research Gate a capa e índice).
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