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Sistema de localização utilizando ultra-sons

Authors:

Abstract and Figures

Neste artigo descreve-se um sistema para a localização mútua entre os robots de uma equipa de futebol robótico baseado em ultra-sons. O sistema apresentado utiliza "chirps"de ultra-sons como sinal emitido sendo realizada a sua detecção por correlação. O robot guarda-redes, por ter mais facilidade em obter a sua localização utilizando unicamente a visão, funciona como a referência para os restantes robots. Assim as coordenadas fornecidas pelo sistema de localização estão referenciadas ao guarda-redes. O sistema desenvolvido utiliza o DSP 2812 da TI e permite ao sistema evoluir no futuro para formas mais robustas de localização. Os testes de de localização realizados com o sistema construído, mostram a validade da solução proposta.
Média do erro no cálculo da distância para todas as posições. diminuir o número de experiências e partindo do princípio que o sistema se comporta de uma maneira simétrica. Para isso, foi calculado o valor médio de quatro medições para cada uma das posições da grelha de coordenadas utilizada nos testes. O cálculo da velocidade do som foi compensada com a medida da temperatura ambiente que no caso era de 20 o C. Para o caso do ar, e para a gama de temperaturas de ±30 o C a velocidade do som varia com a temperatura da seguinte forma c = c 0 + γT, onde c 0 = 331 é a velocidade do som a 0 o C, γ = 0, 61 é o coeficiente de temperatura relativo e T a temperatura em graus Célsius (Kocis and Figura, 1996). Assim, para uma temperatura de 20 o C temos uma velocidade de propagação de c = 331 + 0, 61 × 20 = 343, 2m/s. Na figura 10 podemos observar o valor médio do erro para a metade esquerda do campo (x ∈ {0, −1, −2, −3}) encontrando-se os dois sensores receptores na posição x = 0, y = 0 e dirigidos na direcção posifiva do eixo y. Note-se o aumento do erro com o aumento da distância entre o emissor e o receptor (direcção y). Quando se desloca o emissor para a zona lateral do campo (x < 0) verifica-se igualmente um aumento do erro médio. Na figura 11 podemos observar a evolução do erro médio na medição do ângulo para as mesmas posições no campo da figura 10. Tal como no caso da medição das distâncias, verifica-se um aumento do erro médio com o aumento da distância e na zona lateral do campo. Este fenómeno resulta da diminuição da amplitude do sinal recebido para estas situações.
… 
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SISTEMA DE LOCALIZAÇÃO UTILIZANDO
ULTRA-SONS
José M. N. Vieira
Sérgio I. Lopes
Carlos A. C. Bastos
Pedro N. F onseca
Dep. Electrónica e Telecomunicações da Universidade de
Aveiro / IEETA, Portugal
Resumo: Neste artigo descreve-se um sistema para a localização mú tua entre
os robots de uma equipa de futebol robótico baseado em ultra-sons. O sistema
apresen tado utiliza "chirps"de ultra-sons como sinal emitido sendo realizada a sua
detecção por correlação. O robot guarda-redes, por ter mais facilidade em obter a
sua localização utilizando unicamente a visão, funciona como a referência para os
restan tes robots. Assim as coordenadas fornecidas pelo sistema de localização estão
referenciadas ao guarda-redes. O sistema desenvolvido utiliza o DSP 2812 da TI e
permite ao sistema evoluir no futuro para formas mais robustas de localização. Os
testes de de localização realizados com o sistema construído, mostram a validade
da solução proposta.
Keywords: Robótica, Ultra-sons
1. INTRODUÇÃO
Os ultra-sons são utilizados desde longa data
em sistemas robóticos com o objectivo de detectar
obstáculos e até de realizar a localização mútua de
robots (Mora vec and Elfes, 1985; Elfes, 1987; Bar-
shan and Kuc, 1990; Bisson et al., 2003; Sabatini
and Spinielli, 1994; Sabatini and Rocchi, 1998).
Os sistemas disponív eis comercialmente para de-
tecção de obstáculos para robots, realizam estas
tarefas recorrendo a técnicas relativamente rudi-
mentares em relação à tecnologia disponível hoje
em dia. Além disso, existe a percepção de que os
ultra-sons possuem um potencial não explorado,
evidente quando se estudam as características sen-
soriais dos morcegos e golnhos (Kremliovsky and
Kadtke, 1998; Kuc, 1994).
O projecto Cambada surgiu em 2002 com o
propósito de construir um equipa de futebol
robótico para participar no Robocup (Lopes,
2004). Na gura 1 apresen ta-se uma fotograade
um dos robots utilizado na equipa. Desde cedo
se percebeu a necessidade de uma correcta lo-
calização dos robots no campo, de modo a ser
possív el às camadas de software de mais alto nível
delinearem correctamente as estratégias de jogo.
O sistema de localização actual da equipa Cam-
bada, baseia-se na análise das imagens recolhidas
pelas câmaras de vídeo dos robots e na correcta
identicação dos marcadores visuais existentes no
campo. No entanto, estas estratégias revelaram-se
insucientes e tornou-se necessário estudar uma
forma complementar de realizar a localização dos
robots no campo.
Neste trabalho descreve-se um sistema capaz de
realizar a localização dos robots no campo uti-
lizando ultra-sons. Foram utilizadas técnicas de
processamento digital de sinal de modo a tornar
o sistema mais versátil e robusto a interferências.
Este aspecto é de grande importância uma ve z que
os robots têm de operar junto a outros robots que
possuem igualmente transdutores de ultra-sons
que emitem fortes pulsos na gama dos 40 a 50kHz.
Foi observado in loco durante os jogos do Robocup
Figura 1. Aspecto actual de um Robot da equipa
do CAMBADA.
2004, que devido às interferências, algumas das
equipas optavam por ignorar as informações dos
sensores de ultra-sons.
Foi desenvolvido para cada robot, uma unidade
de processamento digital de sinal baseada no
DSP 2812 da Texas Instruments. Esta unidade
foi concebida de modo a permitir no futuro a
implementação de algoritmos mais complexos e
robustos de localização e detecção de obstáculos.
Este artigo começa por apresentar uma descrição
do problema de localização dos robots utilizando
ultra-sons. Segue-se uma análise resumida das
técnicas de correlação para a medição do tempo
de propagação com uma análise da inuência do
ruído eléctrico na determinação do limiar de de-
tecção dos pulsos. Esta secção é seguida de uma
descrição do sistema construído para a aquisição e
procesamento dos sinais. Finalmente, são apresen-
tados alguns resultados experimentais realizados
no campo de futebol robótico da Universidade de
Aveiro.
2. LOCALIZAÇÃO DE ROBOTS COM
ULTRA-SONS
No sistema proposto, o robot que desempenha o
papel de guarda-redes funciona como referência
uma vez que se encontra normalmente junt o à bal-
iza, tendo assim disponível um ambiente mais con-
trolado para permitir determinar a sua localização
com base apenas na visão. Cada robot (jogador
de campo) possui 4 pares de emissor/receptor de
ultra-sons de forma a conseguir total cobertura do
campo à sua volta. O guarda-redes apresenta uma
conguração diferente com um único par de recep-
tores orientados para a frente com o objectivo de
medir as diferenças de fase dos sinais recebidos
e assim poder calcular a distância e respectivo
ângulo a que se encontra a fonte de ultra-sons. O
processo de medida realiza-se do seguinte modo:
3
9
,
1
m
s
dmax
3
9
,
1
m
s
3
9
,
1
m
s
3
9
,
1
m
s
3
9
,
1
m
s
t
T
0
T
1
T
2
T
3
slot0 slot1 slot2 slot3
250ms
Figura 2. Diagrama temporal da multiplexagem
temporal das mensagens dos robots.
(1) O guarda-redes emite um sinal de ultra-sons
para o campo, que será detectado por todos
os robots após um tempo t
k
,emquek
{0, 1, 2, 3} é o número do robot.
(2) Cada um dos robots responde após um
peodo de tempo T
k
, diferente para cada
robot de modo a garantir a multiplexagem
temporal dos sinais emitidos pelos robots.
(3) O guarda-redes recebe as respostas dos robots
após um período de tempo dado por τ
k
=
2t
k
+ T
k
(pressupondo que os robots estão
imóveis).
(4) A distância d
k
en tre cada um dos robots e o
guarda-redes é dada por d
k
=2ct
k
,emquec
é a velocidade do som..
(5) O ângulo θ
k
que a recta que une cada robot
ao guarda-redes faz com a mediatriz do seg-
mento de recta que une os dois sensores (ver
gura 5) é dada θ
k
=arcsin(4t × d
k
/c),
em que 4t é a diferença entre os tempos de
chegada aos dois receptores do guarda-redes.
Como o campo de futebol robótico tem 12×6
metros e a velocidade do som a uma temperatura
ambiente de 20
o
C é de 343m/s, temos um tempo
máximo de propagação de ida e volta de 2×39, 1=
78, 2ms. A multiplexagem adoptada foi de 50ms
para cada robot. Assim, cada um dos robots
deverá responder após um tempo T
k
dado pela
expressão
½
T
k
=0 k =0
T
k
= 100 + (k 1) × 50ms k = {1, 2, 3}
,
garan tindo-se assim a não sobreposição temporal
dos sinais transmitidos pelos robots jogadores (ver
gura 2).
2.1 Localização no campo
A equipa de futebol robótico da UA (CAMBADA)
é composta por cinco jogadores, comportando-se
um como guarda-redes. A disposição dos sensores
nos jogadores é diferente da disposição dos sen-
sores no guarda-redes, isto porque o guarda-
redes terá a capacidade de medir distâncias e
ângulos, cando os restantes jogadores a funcionar
como faróis activos.
Figura 3. Diagrama de sensibilidade dos trans-
dutores de ultra-sons utilizados nos robots.
A sua grande abertura garante um correcta
coberturadetodoocampo.
Figura 4. Resposta em frequência dos sensores
utilizados nos robots.
Para o sistema proposto optou-se por utilizar
transdutores de ultra-sons de baixo custo, apo-
stando em técnicas de processamento digital de
sinal para a resolução dos problemas. Na gura
4 temos a resposta em frequência dos transdu-
tores utilizados (MA40S4R/T, da Murata) do tipo
passa-banda em torno dos 40kHz e atenuação de
cerca de 4dBs para uma largura de banda de cerca
de 2kHz. Na gura 3 temos o diagrama de radi-
ação destes transdutores, onde se pode constatar
que dispõe de uma abertura útil de cerca de ±90
o
,
apresen tando para esta abertura uma atenuação
de cerca de 25dB’s. Na gura5podemosobservar
a geometria do problema de localização com o
guarda-redes colocado na posição x =0e y =0.
Apartirdadistânciaedngulocalculadopara
cada robot obtêm-se as coordenadas polares da
sua posição no campo.
3. DESCRIÇÃODOSISTEMADE
DETECÇÃ O DOS PULSOS
Na gura 6 podemos ver o diagrama de blocos
de um dos canais do sistema de recepção e de-
tecção dos pulsos. O sinal emitido h(n) éum
“chirp” com componentes de frequência de 39 a
41kHz, amostrado a 100kHz e constítuido por 256
amostras, tendo assim uma duração de 2,56ms.
Este sinal é aplicado ao sensor de ultra-sons que
r
1
r
3
r
2
DE
θ
G
r
0
d
6 metros
12 metros
Figura 5. Geometria do campo de futebol robótico
com o guarda-redes colocado nas coordeadas
x =0e y =0.
ADC
Det.
Pico
FPB Dif.
x
2
h(-n)
r(t)
a(t) x
1
(n)
x
2
(n) x
3
(n) x
4
(n) x
5
(n)
h(n)
Canal
100kHz
DAC
100kHz
d(n)
Filtro óptimo
G
Figura 6. Diagrama de blocos do sistema aquisição
e processamento de sinal.
tal como se pode ver na gura 4 apresen ta uma re-
sposta quase plana para esta gama de frequências.
Osinalr(t) é ruído branco Gausseano de média
n ula e simula apenas o ruído eléctrico do andar de
amplicação.
3.1 Descrição do sistema
Dado que os robots se movimentam no campo,
a potência do sinal recebido pode variar cerca
de 40dB. Esta variação é compensada por um
amplicador de ganho programável G tal como
indicado na gura 6. Os ganhos disponíveis neste
amplicador são: 1, 5, 25 e 125; o que permite
ajustar a amplitude do sinal recebido à gama
dinâmica do conversor digital analógico. O sinal
de saída da ADC x
1
(n) é aplicado a um ltro
óptimo para detecção dos “chirps” transmitidos.
Este ltro tem uma resposta impulsional h(n)
obtendo-se na saída os pulsos comprimidos no
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
x 10
-3
-1
0
1
x
1
(n)
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
x 10
-3
-2
0
2
x
2
(n)
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
x 10
-3
0
1
2
x
3
(n)
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
x 10
-3
0
0.5
x
4
(n)
Figura 7. Evolução do pulso recebido ao longo do
sistema da gura 6
tempo tal como se pode ver na gura 7. Os dois
blocos que se seguem, implementam um detector
de envolvente obtendo-se em x
4
(n) um pulso.
O detector de pico aguarda que o sinal x
4
(n)
ultrapasse um dado limiar L para considerar que
chegou um pulso válido. A partir deste instante o
detector de pico aguarda uma passagem por zero
da saída x
5
(n) do bloco diferenciador. O instante
da passagem por zero corresponde ao máximo do
pulso. Esse instante é registado pelo detector de
pico como o de chegada do pulso.
3.2 Análise da relação sinal/ruído
Nesta secção realiza-se um estudo preliminar da
evolução do sinal e do ruído ao longo do sistema de
processamento. Considerando que o sinal à saída
da ADC se encontra normalizado, temos então
que |x
1
(n)| 1,equenessecasooruídoterá
uma potência σ
2
1
.Oscoecientes do ltro óptimo
estão normalizados para garantir que não ocorre
overow na sua saída quando na entrada se coloca
um “chirp” com a amplitude máxima. Assim os
coecientes foram divididos por um factor
F =
N 1
X
n=0
h
2
(n)
de modo a garantir que |x
2
(n)| 1. Designemos
esses novos coecientes por
ˆ
h(n).
Se designarmos por A a amplitude do pulso rece-
bido em x
1
(n),iremosteràsaídadoltro passa-
baixo FPB, um sinal com amplitude A
2
/2.Para
ajustar de forma conveniente o valor do limiar
de detecção dos pulsos é necessário determinar a
forma como o ruído presente em x
1
(n) se propaga
pelo sistema até x
4
(n). Se considerarmos que em
x
1
(n) temos um ruído branco Gausseano de média
n u la e potência σ
2
1
, a potência do ruído na saída
do ltro óptimo será dada por (Papoulis, 2002)
σ
2
2
= σ
2
1
N 1
X
n=0
ˆ
h
2
(n).
Por sua v ez na saída do quadrador teremos uma
potência dada por
σσ
2
3
=2σ
4
2
,
que depois de ltrado passa-baixo se obtém em
x
4
(n) uma potência dada por
σ
2
4
=
σ
2
3
3
.
Podemos assim escrever uma expressão para o
desvio padrão do ruído em x
4
(n) em função do
desvio padrão σ
1
σ
4
= σ
2
1
r
2
3
N 1
X
n=0
ˆ
h
2
(n).
O limiar de decisão para se considerar a chegada
de um pulso válida foi colocada num valor
4
em
que k é uma constante arbitrária obtida experi-
ment almente. Se desprezarmos o ruído de quan-
ticação gerado pela ADC, a amplitude do ruído
eléctrico gerado no andar de en trada do sistema
será modicada pelo amplicador de ganho pro-
gramável. Assim, numa primeira análise, o desvio
padrão do ruído na saída da ADC seria dado por
σ
1
= ,
em que σ seriaodesviopadrãodoruídoantes
do amplicador. No entan to, e dada a estrutura
internadoamplicador de ganho programável, o
valor de σ
1
não varia desta forma. Foram real-
izadas algumas medidas experimentais, tendo sido
obtidososseguintesvalores
1
1 0,0071
5 0,0065
25 0,0082
125 0,0203
.
Considerando o pior caso dado pelo ganho de 125,
o limiar de detecção dos pulsos deve assim ser
colocado acima do valor dado por
σ
4
=0, 0203
2
×
r
2
3
× 0, 0078 = 2, 62 × 10
6
.
Este valor é relativamente baixo e mostra que o
ruído eléctrico não constitui um problema.
4. SISTEMA DE AQUISIÇÃO E
PR OCESSAMENTO BASEADO EM DSP
Para realizar o processamento digital de sinal
foi seleccionado o DSP da Texas Instrumen ts
TMS320F2812 disponível nos kits de desenvolvi-
men to da TI de baixo custo. Este DSP possui uma
ADC de 12 bits com 16 canais multiplexados e
uma frequência máxima de conversão de 5MHz,
DSP
2812
A/D
12
bits
Emissor US
Receptores US
Ganho
D/A
12bits
Temp
AGP FPB
AGP FPB
E
D
Figura 8. Diagrama de blocos simplicado do
“hardware” desenvolvido.
Figura 9. Protótipo desenvolvido para o guarda-
redes. A placa da direita é colocada na parte
superior do robot. A placa da esquerda possui
o DSP e conversor D/A.
que permitirá a este sistema integrar em futuras
versões, uma detecção de obstáculos com ultra-
sons. Foi igualmente acrescentado a este kit, uma
DAC de 8 canais e a respectiva electrónica analóg-
ica de condicionamento de sinal. O sistema pos-
sui igualmente um termómetro electrónico para
permitir compensar os efeitos da variação de tem-
peratura na velocidade do som obtendo-se assim
medidas mais exactas. A implementação dos l-
tros óptimos do tipo FIR para realizar a corre-
lação foi realizada na forma directa. Para este
tipo de ltro o DSP 2812 apenas consegue a ve-
locidade máxima para ltros com um número de
coecientes igual ou menor que 256. O hardware
desen volvido apresent a um amplicador de ganho
programável (AGP), que permite obter quatro
ganhos diferentes em progressão quadrática. O
controlo do AGP é feito através de pinos digitais
disponibilizados pelo DSP. Na gura 8 encontra-
se representado o diagrama de blocos simplicado
do hardware desenvolvido.
5. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
Foram efectuadas medições experimentais, com o
in tuito de avaliar o erro de medição do sistema
implemen tado para as distâncias e ângulos. Os
ensaios foram feitos no laboratório para um quarto
de campo, com as seguintes dimensões 6m (co-
ordenada y) por 3m (coordenada x), isto para
1
2
3
4
5
6
-3
-2.5
-2
-1.5
-1
-0.5
0
0
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
0.12
0.14
y (metros)
x (metros)
e
r
r
o
(
m
e
t
r
o
s
)
Figura10.Médiadoerronocálculodadistância
para todas as posições.
diminuir o número de experiências e partindo
do princípio que o sistema se comporta de uma
maneira simétrica. Para isso, foi calculado o valor
médio de quatro medições para cada uma das
posições da grelha de coordenadas utilizada nos
testes.Ocálculodavelocidadedosomfoicom-
pensada com a medida da temperatura ambiente
que no caso era de 20
o
C.Paraocasodoar,epara
a gama de temperaturas de ±30
o
C a velocidade do
som varia com a temperatura da seguinte forma
c = c
0
+ γT,
onde c
0
= 331 é a velocidade do som a 0
o
C,
γ =0, 61 éocoeciente de temperatura relativo
e T a temperatura em graus Célsius (Kocis and
Figura, 1996). Assim, para uma temperatura de
20
o
C temos uma velocidade de propagação de
c = 331 + 0, 61 × 20 = 343, 2m/s.
Na gura 10 podemos observar o valor médio
do erro para a metade esquerda do campo (x
{0, 1, 2, 3}) encontrando-se os dois sensores
receptores na posição x =0, y =0e dirigidos na
direcção posiva do eixo y. Note-se o aument o do
erro com o aumento da distância entre o emissor
e o receptor (direcção y). Quando se desloca o
emissor para a zona lateral do campo (x<0)
verica-se igualmente um aumento do erro médio.
Na gura 11 podemos observar a evolução do
erro médio na medição do ângulo para as mesmas
posições no campo da gura 10. Tal como no caso
da medição das distâncias, verica-se um aumento
do erro médio com o aumento da distância e na
zona lateral do campo. Este fenómeno resulta da
diminuição da amplitude do sinal recebido para
estas situações.
6. CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO
Os resultados obtidos para o erro médio na
medição da distância e na medição do ângulo,
1
2
3
4
5
6
-3
-2.5
-2
-1.5
-1
-0.5
0
0
5
10
15
20
y (metros)
x (metros)
e
r
r
o
(
g
r
a
u
s
)
Figura 11. Média do erro para todas as posições
no cálculo do ângulo.
mostram que o sistema poderá contribuir para
melhorar a localização dos robots no campo. No
entanto, é necessário caracterizar a origem do erro
quando a amplitude do sinal recebido diminui e
modicar o método utilizado. Nomeadamente, um
sistema distribuído em que cada robot soubesse
a distância em relação aos restantes, resultaria
n u m sistema menos sensív el aos erros de medição.
Além disso simplicaria a conguração dos robots
uma vez que o sistema de ultra-sons poderia ser
idêntico para todos.
Nesta primeira versão do sistema de localização
dos robots com ultra-sons foi dada uma maior
ênfase à construção de um protótipo de hardware
queservissedebaseaodesenvolvimentofuturode
algoritmos mais elaborados. Assim, o algoritmo
implementado para a detecção dos pulsos é relati-
vamente simples. Encontra-se em preparação uma
nova versão do algoritmo baseado em modulação
PSK de sequências aleatórias e que permitirá com
menos recursos computacionais realizar uma mel-
hor detecção dos sinais e realizar uma partilha do
meio acústico.
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Sabatini, Angelo M. and Alessandro Rocchi
(1998). Sampled baseband correlators for in-
air ultrasonic rangenders. IEEE Transac-
tions on Industrial Electronics 45(2), 341—
350.
... A previous version of the localization system had only two receivers located 20cm apart. This system was very sensible to small errors in the TOF measurements leading to an unusable system [5]. We solved this problem by acting on various aspects of the system. ...
Conference Paper
Full-text available
In this paper we present a system for localizing a team of soccer robots using ultrasound. The proposed system uses chirp signals to obtain a better signal to noise ratio with good time resolution and improved interference immunity. An array of four ultrasonic sensors is used to obtain spatial diversity and reduce the localization error. An efficient DSP algorithm for base-band conversion and decimation of the received pulses is also presented. The proposed system based on the TI DSP 2812 is very efficient and allows the localization of the robots up to 8 meters with an angular error with a maximum standard deviation of 2°.
Article
Full-text available
Many methods for time series analysis derived from nonlinear dynamical systems theory have been developed in the last decade, and have demonstrated remarkable results in a variety of simulated, experimental, and real applications. Classification of time series based on the underlying dynamical generator is also potentially powerful, and we have previously presented a method for dynamical classification based on empirically estimated sets of nonlinear ordinary differential equations, i.e. global dynamical models. A particularly useful area of application for such methods may be biologic and medical data analysis, where few quantitative methods exist for the highly complex time evolutions. Here, as an example of the application of such classification methods, we present an analysis of data of the acoustic pulse trains produced by dolphins as they attempt to echo-locate objects in an ocean environment, which is derived from a controlled experimental framework.
Article
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A sonar-based mapping and navigation system developed for an autonomous mobile robot operating in unknown and unstructured environments is described. The system uses sonar range data to build a multileveled description of the robot's surroundings. Sonar readings are interpreted using probability profiles to determine empty and occupied areas. Range measurements from multiple points of view are integrated into a sensor-level sonar map, using a robust method that combines the sensor information in such a way as to cope with uncertainties and errors in the data. The resulting two-dimensional maps are used for path planning and navigation. From these sonar maps, multiple representations are developed for various kinds of problem-solving activities. Several dimensions of representation are defined: the abstraction axis, the geographical axis, and the resolution axis. The sonar mapping procedures have been implemented as part of an autonomous mobile robot navigation system called Dolphin. The major modules of this system are described and related to the various mapping representations used. Results from actual runs are presented, and further research is mentioned. The system is also situated within the wider context of developing an advanced software architecture for autonomous mobile robots.
Conference Paper
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For robots to move in formation or to make them cooperate for distributed sensing of an area, they need to be able to discriminate their position relative to each other. Instead of using an absolute positioning approach, we have developed a relative positioning device that allows to perceive the distance and the angle of other nearby devices. The system is based on time-of-flight evaluation of ultrasonic waves and a RF communication link. The approach is validated using two Pioneer 2 robots in a leader-follower configuration.
Conference Paper
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This paper describes a sonar-based mapping and navigation system for autonomous mobile robots operating in unknown and unstructured surroundings. The system uses sonar range data to build a multileveled description of the robot's environment. Sonar maps are represented in the system along several dimensions: the Abstraction axis, the Geographical axis, and the Resolution axis. Various kinds of problem-solving activities can be performed and different levels of performance can be achieved by operating with these multiple representations of maps. The major modules of the Dolphin system are described and related to the various mapping representations used. Results from actual runs are presented and further research is mentioned. The system is also situated within the wider context of developing an advanced software architecture for autonomous mobile robots.
Conference Paper
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We describe the use of multiple wide-angle sonar range measurements to map the surroundings of an autonomous mobile robot. A sonar range reading provides information concerning empty and occupied volumes in a cone (subtending 30 degrees in our case) in front of the sensor. The reading is modelled as probability profiles projected onto a rasterized map, where somewhere occupied and everywhere empty areas are represented. Range measurements from multiple points of view (taken from multiple sensors on the robot, and from the same sensors after robot moves) are systematically integrated in the map. Overlapping empty volumes re-inforce each other, and serve to condense the range of occupied volumes. The map definition improves as more readings are added. The final map shows regions probably occupied, probably unoccupied, and unknown areas. The method deals effectively with clutter, and can be used for motion planning and for extended landmark recognition. This system has been tested on the Neptune mobile robot at CMU.
Book
Introduction. Ultrasonic waves. Ultrasonic transducers. Ultrasonic digital measuring methods. Non-destructive testing (NDT). Measurement of position and air flow by pulse methods. Ultrasonic Instruments: case studies. Index.
Article
A model of the bat sensorimotor system is developed using acoustics, signal processing, and control theory to illustrate the fundamental issues in accomplishing prey capture with echolocation. This model indicates that successful nonpredictive tracking of an ideal prey can be accomplished with a very simple system. Circular apertures approximate the mouth and ears for deriving acoustic beam patterns, using the big brown bat Eptesicus fuscus as a model. Fundamental and overtone frequency components in the emissions allow two simultaneous acoustic beams to be defined. A pair of nonlinear, time-variable, sampled-data controllers alter the bat's heading by applying yaw and pitch heading corrections. The yaw correction attempts to position the prey in the midsagittal plane by nulling the interaural intensity difference of the fundamental component. The pitch correction compares the intensities of the overtone and fundamental components and acts to null their difference. By initiating pitch correction when the overtone intensity first exceeds that of the fundamental, the ambiguity problem is solved and the prey is directed to the capture region. Simulations of passive prey capture indicate that the capture probability decreases as the prey speed increases. Both quick and sluggish prey are considered, with sluggish prey found to be caught with slightly better efficiency. The magnitude of the prey's lateral motion just prior to capture is observed to be an important factor determining capture. The presence of a blind stage is considered, during which the interference of the emission with the echo is assumed to disrupt any sonar information. The presence of such a blind stage is found to have negligible effect on capture efficiency.
Conference Paper
Ultrasonic pulse-echo ranging systems based on threshold detection methods are popular devices in the robotic field, as a means for determining the proximity of objects in a cost-effective manner. Despite their widespread use, serious concerns are often raised regarding the accuracy of the sensed data, particularly when the return signals are received at low signal-to-noise ratios. In principle, correlation-based detection methods provide better performance for their outstanding capability of detecting and recovering weak signals buried in noise, so as to permit ranging at longer distances, or, the distance being the same, at higher frequencies, with resulting improvements in spatial resolution in spite of the increased attenuation. In this paper the authors describe a simple pulse-echo ranging system whose receiver signal processing is completely digital: the use of appropriate sampling techniques and signal processing algorithms allows one to benefit from the advantages of correlation-based detection methods for accurate ranging of multiple objects, without compromising the most prominent features of pulse-echo sonar systems, namely their relatively low cost and simplicity of operation. The experimental results presented concern the use of relatively high-frequency ultrasonic transducers