... Nesta, classicos seminais (como Granovetter 1973Granovetter , 1983Granovetter , 1988Granovetter e 1994 fertilizaram um campo que não tem cessado de produzir novos estudos e reflexões densos e consistentes. 6 Eles têm explorado o potencial explicativo das redes, desvendando uma pluralidade de dimensões, dentre as quais destacaríamos aquelas relativas: aos processos de recrutamento (Fernandez e Weinberg, 1997;Petersen, Saporta et al, 2000); ao efeito do tipo de vínculo sobre o acesso ao trabalho (Bian, 1997;Ioannides e Loury, 2004;Yakubovich, 2005;Tassier, 2006), ao processo de emparelhamento (matching) entre demandantes e ofertantes (Fernandez e Sosa, 2006;Stovel e Fountain, 2008;Barr, 2009;Mc Donald, 2010), à performance e progressão nas carreiras (Podolny e Baron, 1997;Moerbeek e Need, 2003;Neckerman e Fernandez, 2003;Castilla, 2005) e à mobilidade socio-ocupacional (Lin, Ensel e Vaughn, 1981;Davern e Hachen jr, 2006), aos impactos dos tipos de vínculos sobre os rendimentos obtidos no trabalho e os padrões de desigualdade deles resultantes (Weneger, 1991;Elliot, 1999;Mouw, 2003;Carvó-Armengol e Jackson, 2004;Franzen e Hangartner, 2006;Tassier, 2006), com especial atenção ao efeito de marcadores sociais como raça e gênero (Seidel, Polzer e Stewart, 2000;Huffman e Torres, 2002; McDonald, Lin e Ao, 2009), ou mesmo aos contextos institucionais em que os indivíduos procuram ou obtêm trabalho, aí compreendidas as características da relação entre empresa e escola (Brinton e Kariya, 2001) ou a introdução de reformas de mercado em antigas economias socialistas (Gerber e Mayorova, 2010) e suas implicações para o modo como as redes têm sido acionadas na busca e obtenção de trabalho. ...