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Recebido em: 03/08/2006 HOLOS Environment, v.7 n.2, 2007 - P. 139
Liberado para Publicação em: 31/10/2007 ISSN:1519-8634 (ON-LINE)
CAPACIDADE DE AUTODEPURAÇÃO DE UM TRECHO
DO RIO CORUMBATAÍ, SP, BRASIL
AUTODEPURATION CAPACITY OF A STRETCH OF
THE CORUMBATAÍ RIVER, SP, BRAZIL
Palma-Silva, G.M.1; Tauk-Tornisielo, S.M.1; Pião, A.C2
1Centro de Estudos Ambientais, CEA, Universidade Estadual Paulista, UNESP,
Campus de Rio Claro, Avenida 24-A, 1515, Bela Vista, CEP 13.506-900, Rio Claro,
SP. E-mail seb@rc.unesp.br
2Instituto de Geociências e Ciências Exatas, IGCE, Universidade Estadual Paulista,
UNESP, Campus de Rio Claro, Avenida 24-A, 1515, Bela Vista, CEP 13.506-900,
Rio Claro, SP. E-mail pião@rc.unesp.br
RESUMO
O Índice de Depuração do baixo curso do Rio Corumbataí, SP, foi avaliado
considerando a importância da água, quanto à qualidade e quantidade para
abastecimento público através do índice K2. Sazonalmente nos períodos
úmido/quente e seco/frio foram realizadas coletas em dois afluentes do Rio
Corumbataí, o Rio Passa-Cinco e o Ribeirão Água Vermelha. As coletas foram
realizadas no canal dos afluentes e após a foz de cada um deles junto ao rio
Corumbataí, medindo-se a velocidade da água, vazão, profundidade, oxigênio
dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química do
oxigênio (DQO) e nitrogênio total (NT). O curso de água do rio Corumbataí serve
como receptor de grande quantidade de cargas orgânicas provenientes de fontes
difusas tais como efluentes urbanos, rurais e industriais, lançados sem tratamento
prévio, ocorrendo um grau de degradação acentuado. O rio Corumbataí, no trecho
estudado, possui uma taxa de depuração alta, sendo no período seco/frio de
aproximadamente 70,3%, provavelmente decorrente da declividade acentuada, que
possui neste trecho, aos seus meandros e formações rochosas de fundo e pela
presença de mata ciliar. Desta maneira, esse trabalho pode contribuir para a tomada
de decisões de autoridades dos Municípios e da sociedade civil pertencentes ao
Comitê da Bacia Hidrográfica PCJ, visando à preservação do manancial e da água de
abastecimento público.
Palavras-chave: Autodepuração. Rio Corumbataí. Impactos ambientais. Declividade.
Vazão. Índice de depuração.
Recebido em: 03/08/2006 HOLOS Environment, v.7 n.2, 2007 - P. 140
Liberado para Publicação em: 31/10/2007 ISSN:1519-8634 (ON-LINE)
ABSTRACT
The depuration rate of the low stretch of the Corumbataí River, SP, was
evaluated by using the K2 index, considering the importance of the quality and
quantity of the water as a vital source of drinking water. Water samples were taken in
the humid/hot and dry/cold seasons in the Corumbataí River and two tributaries, the
Passa-Cinco River and the Ribeirão Água Vermelha, measuring the speed of the
water, discharge, depth, dissolved oxygen (OD), biochemical oxygen demand (BOD),
chemical oxygen demand (COD) and total nitrogen (TN). The watercourse of the
Corumbataí River receives large amounts of organic loads proceeding from diffuse
sewage from domestic and agro-industrial effluents, discharged without previous
treatment, causing a high degree of degradation of its water quality. The lower stretch
of the Corumbataí still has a high depuration rate, mainly in the dry/cold period,
reaching approximately 70.3%. This autodepuration capacity is probably due to the
accented declivity in the stretch studied, to its meandering course and base rock
formation, and to the presence of riparian forest. In this sense, this study can
contribute information to decision making at the municipal and communitty levels in
the “Comitê das Bacias Hidrográficas PCJ”, as this watershed is an important
drinking water source.
Keywords: Self-depuration. Corumbataí river. Environmental impact. Declivity.
Outflow. Depuration rate.
1. INTRODUÇÃO
Os rios e lagos têm capacidade de recuperação ou autodepuração decorrentes
de fatores físicos como: velocidade das águas, vazão, profundidade, quantidade de
oxigênio dissolvido e cascalhamento. Essa capacidade pode ser alterada por
intervenção humana, através de barramentos, obras de retificação, ou outras ações. A
qualidade dos corpos de água, então, é resultante da capacidade de autodepuração e
da intervenção humana (SÃO PAULO, 1995). Entre os fatores mencionados, a
velocidade da corrente é de importância fundamental influindo no tempo de
permanência das partículas, pelo transporte de materiais até seu ponto de deposição
ou assimilação biológica e pela presença de espécies vegetais e animais (BRIGANTE
et al., 2003). O transporte da água está relacionado com a força gravitacional, sendo o
sentido relacionado com a região de maior altitude para a de menor altitude, portanto,
o volume de água transportado é maior do que nas nascentes. Os sedimentos também
são transportados e a deposição dos mesmos está associada a fatores geológicos e
geomorfológicos da bacia de drenagem. Geralmente, é considerado que a carga de
sedimentos tende a aumentar à medida que se aproxima da foz, sendo a sedimentação
favorecida por relevo de menor declividade (GORDON et al., 1992).
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O fenômeno da autodepuração se desenvolve no sentido de transformar os
compostos orgânicos em substâncias inertes e não prejudiciais do ponto de vista
ecológico (SPERLING, 1983; BRANCO, 1986). A autodepuração consiste no
restabelecimento do equilíbrio no meio aquático, posteriormente às alterações
produzidas. A capacidade de autodepuração de um sistema depende diretamente de
dois processos operantes: a desoxigenação (K1) e reoxigenação ou coeficiente de
reaeração (K2). O coeficiente de autodepuração é a medida do processo natural de
neutralização da matéria poluidora que atinge um curso de água, incluindo diluição,
sedimentação e estabilização química. O fenômeno de reoxigenação ou reaeração é o
mais sensível, uma vez que, tanto a poluição como a sua estabilização é determinada
em termos de oxigênio dissolvido e déficit de saturação, medidos diretamente
(BRANCO, 1986).
A bacia do rio Corumbataí, parte da bacia do rio Piracicaba tem grande
importância, pois além dos oito municípios que a compõe, fornece água para o
município de Araras. Esta bacia hidrográfica concentra problemas de aproveitamento
e controle de recursos hídricos, além de conter grande adensamento populacional
(PALMA-SILVA; TAUK-TORNISIELO, 2001). As características do rio
Corumbataí no alto curso e médio curso permitem seu enquadramento na classe 2 de
acordo com a Resolução CONAMA 357 (BRASIL, 2005). Parte do médio curso e o
baixo curso, entretanto, vêm apresentando características que, em alguns trechos
enquadram este rio na classe 4. Estas condições são decorrentes da falta de
tratamento de 100% do esgoto produzido na cidade de Rio Claro e outros que são
lançados clandestinamente dentro do rio. As monoculturas e exploração mineral de
argila e calcário contribuem também para piorar as condições da qualidade da água
deste trecho do rio, isto é, entre Piracicaba e Rio Claro (PALMA-SILVA; TAUK-
TORNISIELO, 2001, CONCEIÇÃO; BONOTTO, 2002; PALMA-SILVA, 2006).
A bacia do rio Corumbataí tem grande importância regional quanto ao
abastecimento doméstico e industrial de água para os municípios integrantes da
mesma, como também para outros pertencentes a bacias vizinhas, por exemplo, o
município de Araras. O rio Corumbataí nasce no município de Analândia a
aproximadamente 1.040 m de altitude e, após percorrer aproximadamente 110 km,
desemboca no rio Piracicaba, no município de Piracicaba a 460 m de altitude. Esta
declividade apresentada por este rio, motivou o objetivo deste estudo que foi avaliar a
capacidade de autodepuração de um trecho compreendido, entre Rio Claro e
Piracicaba, além de outros dois trechos localizados um no Ribeirão da Água
Vermelha e outro no rio Passa-Cinco, ambos afluentes do Rio Corumbataí. Este
trabalho faz parte de um estudo maior envolvendo qualidade das águas do rio
Corumbataí e de seus afluentes, modelos matemáticos de gestão ambiental para esta
bacia e outros.
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1.1. Área de Estudo
A bacia do rio Piracicaba do Estado de São Paulo ocupa 12.400 km2 dos quais
aproximadamente 1581 km2, são abrangidos pela bacia do rio Corumbataí
(DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA, 1999). Esta última
situa-se na porção centro-oeste do Estado, entre os paralelos 22o55’ e 47o30’ a oeste
de Greenwich, abrangendo os municípios de Analândia, Itirapina, Corumbataí, Santa
Gertrudes, Ipeúna, Charqueada, Piracicaba e Rio Claro (CONCEIÇÃO; BONOTTO,
2002).
Sua altimetria varia entre 470 m na desembocadura no rio Piracicaba, no bairro
de Santa Terezinha, na cidade de Piracicaba, e 1.058 m na Serra do Cuscuzeiro,
próximo a cidade de Analândia. O desnível total da nascente até a foz do Rio
Corumbataí é de 320 m (KOFFLER, 1994). Na Tabela 1 encontram-se as ocorrências
das classes de declividade nas cinco sub-bacias que constituem a bacia do rio
Corumbataí: Ribeirão Claro, Passa Cinco, Alto Curso, Médio Curso e Baixo Curso.
Classe A representa declividade menor que 2%, classe B declividade de 2 a 5%,
classe C declividade de 5 a 10%, classe D declividade de 10 a 20%, classe E
declividade de 20 a 45% e classe F declividade maior ou igual a 45%.
A bacia do rio Corumbataí pertence à Depressão Periférica Paulista,
considerada faixa erosiva deprimida entre escarpas mais avançadas da zona de
cuestas (PENTEADO, 1976). Esta inserida na Bacia Sedimentar do Paraná, onde
estão presentes diversas unidades estratigráficas (INSTITUTO DE PESQUISAS
TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, 1981). Entre os vários tipos de
solos ocorrem nesta bacia hidrográfica, sendo que 65% da mesma possuem argissolos
vermelho-amarelo e latossolos (KOFFLER, 1994).
Tabela 1 – Dimensão em hectares e classes de declividade na bacia do rio
Corumbataí.
Afluentes Rio Corumbataí Classes de
Declividade Ribeirão
Claro
Passa Cinco Alto
Curso
Médio Curso Baixo Curso
Total
(ha)
%do
Total
A (<2%) 4.580 830 1.310 3.340 350 10.410 6,1
B (2 a 5%) 5.500 7.410 4.720 5.310 6.180 29.120 17,0
C (5 a 10%) 11.620 15.160 10.040 11.650 10.090 58.560 34,2
D (10 a 20%) 6.310 21.250 10.740 8.030 10.380 56.710 33,2
E (20 a 45%) 310 6.420 4.980 610 1.970 14.290 8,4
F (≥45%) - 1.380 390 20 170 1.960 1,1
Total 28.320 52.450 32.180 28.960 29.140 171.050 100,0
Fonte: KOFFLER (1994)
O rio Corumbataí possui como afluentes principais, o rio Passa Cinco na
margem direita e o Ribeirão Claro, na margem esquerda. Entre os anos de 1973 a
1999 foi calculada a vazão média geral, 26,45 m3/s do rio Corumbataí
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(DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA, 2002) sendo que os
valores máximo e mínimo foram respectivamente 168 e 6 m3/s. Comparando-se
dados de vazão e de precipitação, verifica-se que o regime do rio é diretamente
proporcional a esta última (CONCEIÇÃO; BONOTTO, 2002). As condições
climáticas da bacia do rio Corumbataí podem ser consideradas do tipo tropical com
duas estações definidas – Cwa na classificação de Koeppen, ou seja, w: seca no
inverno, a: mês mais quente com temperatura superior a 22º C, ou tropical
alternadamente seco e úmido, controlado por massas tropicais e equatoriais, que
predominam em mais de 50% do ano (MONTEIRO, 1973). Os ventos dominantes
provêm dos quadrantes S – 28% e SE – 34% (COTTAS, 1983), as temperaturas
médias anuais já situaram entre 18,1 a 20,9º C (TROPPMAIR, 1992) e possui um
período quente e chuvoso e outro período frio e seco (INÁCIO; SANTOS, 1988).
2. MATERIAL E MÉTODOS
Para o estudo da estimativa da autodepuração do rio Corumbataí, foram
realizadas análises das águas de um trecho do rio Corumbataí que foi escolhido após
estudos preliminares sobre a qualidade das águas deste rio ao longo de todo o seu
percurso, desde a nascente até sua foz (PALMA-SILVA; TAUK-TORNISIELO,
2001).
Ponto 1
Ponto 5
Figura 1. Localização do trecho estudado no Perfil Longitudinal do Rio Corumbataí.
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Foram estabelecidos cinco pontos de coletas de amostras das águas: no distrito
de Assistência (Ponto 1); no trecho do rio Passa-Cinco (Ponto 2); no Ribeirão da
Água Vermelha (Ponto 3), afluente deste rio; na desembocadura do Ribeirão da Água
Vermelha (Ponto 4) e na foz do rio Corumbataí (Ponto 5), após receber as descargas,
orgânicas e inorgânicas, no bairro Santa Terezinha do município de Piracicaba
(Figura 2).
Foram determinados ainda os parâmetros: demanda bioquímica de oxigênio
(DBO); demanda química do oxigênio (DQO); nitrogênio total (NT); fósforo total
(PT) e oxigênio dissolvido (OD). As análises dos fatores abióticos foram realizadas
no mesmo dia ou no dia seguinte da coleta, com exceção das análises do nitrogênio
orgânico total, que foram efetuadas, no máximo, até uma semana após a coleta com
as amostras armazenadas a 4º C. Para fósforo total, foram realizadas duas
determinações por ponto de coleta sendo que para a DQO foram utilizadas quatro
réplicas para cada ponto de coleta.
O método utilizado para fósforo total (µg l-1) foi descrito por Golterman et al.
(1978) e para o nitrogênio orgânico total (mg.l-1) por Mackereth et al. (1978). A DQO
(mg. l-1) foi verificada através da digestão ácida com dicromato de potássio, aprovada
pela USEPA (U.S. Environmental Protection Agency), em reator de digestão marca
Hach, modelo COD REACTOR e espectrofotômetro Hach, modelo DR/2000, com
precisão de ±1 mg l-1. A demanda bioquímica de oxigênio (DBO5) (mgO2 l-1) foi
determinada nas amostras incubadas durante cinco dias, a 20 ± 5o C. O método foi o
Iodométrico ou Winkler modificado devido à adição de azida sódica (AMERICAN
PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, 1998).
Figura 2. Localização dos pontos de coletas dentro da bacia do rio Corumbataí.
Ribeirão Claro
Municí
p
io de Piracicaba
Municí
p
io de I
p
eúna
Rio Passa-Cinco
Rio Corumbataí
Municí
p
io de Char
q
ueada
Santa
Gertrudes
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As vazões foram medidas no mês de setembro (período seco/frio) e janeiro
(período chuvoso/quente), sempre no período da manhã entre 7:00 e 12:00 horas. A
água foi amostrada a 15 cm de profundidade da superfície da água e
aproximadamente a 50 cm da margem do rio. Coletas mensais para os demais
parâmetros foram realizadas entre julho de 1996 até março de 1998, no período da
manhã entre 8:00 e 11:00 horas. As amostras foram acondicionadas em frascos de
polietileno de 1 l. Para armazenar as águas para as análises de coliformes totais e
fecais, foram utilizados frascos de 250 ml previamente esterilizados, devidamente
fechados, sendo a tampa envolta com papel protetor (COMPANHIA DE
TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL, 1995).
Neste estudo utilizou-se o coeficiente de reaeração, K2 (dia-1), com bases
logarítmicas, a 20º C, utilizando-se a fórmula de O’Connor e Dobbins (1958, apud
SPERLING, 1983).
K2 = 1,62. V0,5/R1,5
Onde:
V= velocidade média do trecho (m s-1);
R= profundidade média do trecho (m);
K= coeficiente de reaeração, base 10, 20o C (dia-1).
O cálculo de K2 considera os dados hidráulicos, já que as condições de vazão
determinam a difusão do oxigênio. Sendo que o K2 aumenta com o acréscimo da
velocidade e o decréscimo da profundidade, o que é conceitualmente compreensível,
em virtude de se aumentar à turbulência e favorecer condições de pronta renovação
da interface, otimizando a reaeração, para isto, dados da vazão destes pontos foram
utilizados e calculados a partir da equação de Wisler e Brater (1964) e Lima (1986).
Q = Σ AVE
Onde:
Q: vazão total da secção em m3 s-1,
A: área de cada secção em m2,
VE: velocidade de escoamento na subsecção em m s-1.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. Carga total da DBO5, DQO, fósforo e nitrogênio totais.
Os resultados obtidos das cargas totais de DBO, DQO, N total e P total estão
representados na Tabela 2, correspondendo aos períodos seco/frio e chuvoso/quente.
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Tabela 2 - Carga total dia-1 de DBO5, DQO, nitrogênio total, fósforo total, nos pontos
de coletas no mês de setembro (seco/frio) e janeiro (chuvoso/quente).
DBO (kg dia-1) DQO (kg dia-1) N total (kg dia-1) P total (g dia-1) Pontos
de
Coletas
Seco/
frio
Chuvoso/
quente
Seco/
frio
Chuvoso
/quente
Seco/
frio
Chuvoso/
quente
Seco/
frio
Chuvoso/
quente
1 1.813,93 11.888,80 9.894,18 22.051,95 134,66 738,25 112,59 226,26
2 259,00 2.526,63 5.180,20 6.219,41 97,62 299,00 5,04 19,60
3 4,42 49,48 163,98 157,76 5,73 2,00 0,44 0,38
4 1.125,65 12.462,92 21.977,04 50.122,62 300,17 541,00 124,27 280,00
5 2.951,47 15.833,95 23.075,10 40.361,06 375,64 620,94 130,56 258,31
Legenda: 1, Assistência; 2, Passa-Cinco; 3, Ribeirão da Água Vermelha; 4, confluência do Ribeirão
da Água Vermelha/rio Corumbataí; 5, foz do Corumbataí.
Comparando os valores da carga total da DBO entre os dois pontos de coletas
extremos, 1 e 5, verificou-se um aumento de aproximadamente 1,63 vezes. Os pontos
intermediários apresentaram valores menores, como demonstra a Tabela 2.
Este aumento tem ocorrido provavelmente, devido às cargas de esgoto lançadas
ao rio, provenientes de colônias de cortadores de cana, sítios, vilarejos, usinas de
destilarias, fábricas de aguardentes, olarias, fábricas de produtos químicos e outros
existentes neste trecho. A carga remanescente (carga urbana mais a carga industrial)
de 1994 do distrito de Recreio, de 9.925,44 kg DBO dia-1 (COMPANHIA DE
TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL, 1995) foi considerada
juntamente com o valor da carga total obtida neste estudo na foz do rio Corumbataí
de 2.951,47 kg DBO dia-1. Apesar do aumento verificado até a foz, ainda assim a
estimativa da eficiência do poder de autodepuração foi da ordem de 70,31% para este
período seco/frio.
De modo geral, nos pontos de coletas estudados, houve acréscimo da carga
total de DBO, em média de 8,32 vezes, no período chuvoso/quente. Neste também foi
observado um aumento desta carga na foz do rio Corumbataí, em relação ao Ponto 1.
Estes resultados demonstram que apesar da autodepuração do rio, o maior
carreamento de material para dentro da cava do rio através das chuvas, vem
compensando a grande concentração de materiais orgânicos que ocorre usualmente
no período seco/frio, com a diminuição da vazão. Foram constatados os descartes de
muitos esgotos clandestinos no trecho estudado do rio Corumbataí.
As cargas totais de DQO, nitrogênio total e fósforo total também aumentaram
no ponto de coleta 5 em relação ao Ponto 1 principalmente após os tributários
desembocarem no rio Corumbataí (Tabela 2). Provavelmente por ser uma região de
plantio de cana-de-açúcar e ter várias fábricas de aguardentes, usinas e atualmente
estão sendo aceleradamente instaladas cerâmicas, devem ocorrer contribuições
difusas, devido ao deslocamento de resíduos da agricultura e das industrias.
Recebido em: 03/08/2006 HOLOS Environment, v.7 n.2, 2007 - P. 147
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No período chuvoso/quente os valores das cargas totais de DQO, nitrogênio
total e fósforo totais também foram maiores em relação aos valores encontrados no
período seco/frio. Quanto a DQO, em média, foi verificado um aumento de seus
valores duas vezes mais no período chuvoso/quente. O mesmo ocorrendo para os
valores de N total, 2,6 vezes maior e para o P total 1,8 vezes maiores. Provavelmente,
estes acréscimos decorrentes do carreamento dos incrementos agrícolas utilizados nas
culturas de cana-de-açúcar, predominantes, ao longo do trecho do baixo curso do rio
Corumbataí. Os valores de DQO demonstram indiretamente a quantidade de matéria
orgânica e o potencial redutor presentes nas águas do trecho do rio Corumbataí
estudado. Estes valores, contudo, não possibilitam identificar a natureza da matéria
orgânica e nem mesmo deferência à constituição química das moléculas oxidáveis.
Embora a DQO e a DBO indiquem a demanda potencial de oxigênio dissolvido em
água, não há, necessariamente, uma correlação entre elas. Em estudos paralelos foram
determinados 21 parâmetros, mensalmente, sobre a qualidade das águas nos pontos
de coletas definidos desde a nascente do rio Corumbataí até sua foz, no bairro de
Santa Terezinha, desde julho de 1996 a março de 1998. Os resultados encontrados
demonstraram uma velocidade acelerada da degradação da qualidade das águas após
a área urbana de Rio Claro (PALMA-SILVA; TAUK-TORNISIELO, 2001).
Tanto Salati (1996) como Palma-Silva e Tauk-Tornisielo (2001) encontraram
pH ácido na nascente, entre 4,7 e 6,3 e maiores valores mensais entre 5,4 e 7,1, foram
encontrados na ETA 2, a montante da área urbana de Rio Claro. Outros estudos,
entretanto, demonstraram que o pH das águas da bacia do rio Corumbataí se encontra
próximo da neutralidade (CONCEIÇÃO; BONOTTO, 2002), portanto não
confirmando os resultados aqui encontrados e nem mesmos dos valores encontrados
pelos primeiros autores.
No trecho do rio Corumbataí aqui estudado, foi constatado que os principais
anions e cátions dissolvidos em suas águas estiveram em quantidades situadas dentro
dos limites definidos atualmente pela Resolução CONAMA nº 357/05 (BRASIL,
2005), excetuando fosfato (PO43-). Estes talvez oriundos dos esgotos domésticos ou
das rochas sedimentares da Bacia do Paraná presentes na bacia do rio Corumbataí.
Observou-se uma grande variabilidade espacial e temporal da vazão do Rio
Corumbataí. No período seco/frio (inverno), a vazão mínima observada ocorreu no
Ponto 4, na confluência Água Vermelha/Corumbataí, em setembro, isto é, no final do
período seco. No período úmido/quente, a menor vazão (0,17 m3 s
-1) ocorreu no
Ponto 3 (Tabela 3). No período de 1996 a 1998 sempre a vazão mínima foi observada
na nascente e a máxima na foz do rio Corumbataí. Durante esse período a época
úmida/quente, foi atípica, com pouca quantidade de chuvas e temperaturas mais
elevada (PALMA-SILVA; TAUK-TORNISIELO, 2001). A vazão máxima do
período chuvoso foi quase o dobro daquela observada na foz do rio Corumbataí,
Ponto 5, no período seco, Tabela 3. Outros autores determinaram a vazão deste
mesmo, desde a nascente até a foz, as vazões aumentaram da nascente à foz do Rio
Corumbataí, figura 3 (PALMA-SILVA; TAUK-TORNISIELO, 2001)
Recebido em: 03/08/2006 HOLOS Environment, v.7 n.2, 2007 - P. 148
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O conhecimento da vazão nos locais de coletas é um fator importante e
essencial na determinação da autodepuração, pois um sistema fluvial possui
mecanismos naturais, por exemplo, a turbulência que regula o transporte de materiais,
conferindo certa unidade a todo ecossistema. A velocidade do fluxo de água varia de
um ponto a outro e as direções desse fluxo são estreitamente paralelas.
Tabela 3 - Coeficiente de reoxigenação (K2) e condições hidráulicas nas estações de
coletas no período seco (setembro 1997) e chuvoso (janeiro 1998).
Condições Hidráulicas Coef. de reoxigenação
V (m s-1) R (m) K2 (dia-1)
Pontos
de
Coletas Seco/frio Chuvoso/quente Seco/frio Chuvoso/quente Seco/frio Chuvoso/quente
1 0,40 0,55 0,51 0,91 2,81 1,44
2 0,47 0,60 0,30 0,43 2,75 4,45
3 0,34 0,17 0,15 0,29 16,28 4,28
4 0,25 0,44 0,98 0,54 0,84 2,70
5 0,47 0,74 0,48 0,41 4,25 5,32
Legenda: 1, Assistência; 2, rio Passa-Cinco; 3, Ribeirão da Água Vermelha; 4, confluência do
Ribeirão da Água Vermelha com o rio Corumbataí; 5, foz do rio Corumbataí; V, velocidade média
do trecho (m s-1); R, profundidade média do trecho (m).
Entre fevereiro/1998 e janeiro/1999 foi encontrada a vazão média anual para o
rio Corumbataí no bairro Santa Terezinha, do município de Piracicaba equivalente a
28,1 m3/s (CONCEIÇÃO; BONOTTO, 2002). Os valores para este mesmo ponto,
tanto no período seco e no chuvoso (Tabela 3), foram inferiores a esta média anual. O
mesmo ocorrendo para os valores da vazão a montante da cidade de Rio Claro em
relação a esta média anual acima citada. (Figura 3).
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Figura 3. Vazão na calha principal do rio Corumbataí no período seco/frio (vazão 1) e
no período chuvoso/quente (Vazão 2). Legenda: 1 – Nascente; 2 – jusante da cidade
de Analândia; 3 – montante da cidade de Corumbataí; 4 – jusante da cidade de
Corumbataí; 5 – montante da cidade de Rio Claro, ETA 2; 6 – jusante da cidade de
Rio Claro; 7 – ETA Capim Fino do SEMAE; e, 8 – na foz do rio Corumbataí.
Para quantificar a evolução da autodepuração foram estabelecidos alguns dos
parâmetros, que traduzem o grau de poluição e o estágio da mesma presente no corpo
principal do rio Corumbataí. Os valores de K2 para o período de estiagem estão
citados na Tabela 3. Estes valores aumentaram com o acréscimo da velocidade e o
decréscimo da profundidade, em virtude do aumento da turbulência e por favorecer as
condições de pronta renovação da interface, aumentando o valor de reaeração. O
valor mínimo do coeficiente de reaeração ocorreu no ponto de confluência do
Ribeirão da Água Vermelha com o rio Corumbataí, no período seco/frio onde este
último já recebeu a maioria dos seus principais afluentes. Em sua foz, alguns
quilômetros depois, ponto 5, o valor do coeficiente de reaeração deste rio foi de 4,25
dia-1. Os resultados encontrados demonstraram que o rio Corumbataí tem um alto
poder de depuração, devido provavelmente a sua declividade (Figura 1). Este rio após
a cidade de Rio Claro, especificamente, tem sua reoxigenação maior no período seco
em relação ao de chuva, provavelmente devido à grande turbulência que ocorre neste
trecho do rio.
Em janeiro (período chuvoso/quente), os menores coeficientes de reaeração
foram encontrados no ponto 6 (1,44 dia-1) e no ponto C (2,70 dia-1), verificando-se
que não apenas a entrada de esgoto é responsável pelo aporte de matéria orgânica,
Fonte: Palma-Silva e Tau
k
-Tornisielo
,
2001.
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mas também o carreamento intenso de material alóctone introduzido pela chuva. O
maior valor de K2 (5,32 dia-1) ocorreu em sua foz, no ponto 8, comprovando o alto
poder de autodepuração do rio Corumbataí. Neste ponto, ocorre a maior vazão do rio
Corumbataí, conforme demonstrado na figura 3 e resultados encontrados por outros
autores (CONCEIÇÃO; BONOTTO, 2002), no ano seguinte a este estudo.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados aqui encontrados indicaram que neste período, o carreamento do
solo e de outros materiais para dentro do rio vem acarretando maior quantidade de
poluentes, apesar do aumento da vazão e conseqüentemente da diluição dos materiais
solúveis em água. Em estudos anteriores (PALMA-SILVA; TAUK-TORNISIELO,
2001, CONCEIÇÃO; BONOTTO, 2002) concluíram que no trecho do rio
Corumbataí a jusante da área urbana do município de Rio Claro, suas águas
apresentam características de Classe 4 devido a diferentes atividades antrópicas e ao
adensamento populacional. Os resultados aqui obtidos confirmam estas considerações
apesar de que a autodepuração do rio neste mesmo trecho ser alta.
Conclui-se que os impactos causados pelo esgoto doméstico, mineração e
agroindústrias contribuem com o enquadramento das águas dentro da Classe 4, apesar
do alto poder de depuração do rio Corumbataí.
Apesar das atuações do Comitê de Bacias Piracicaba, Capivari e Jundiaí, de
suas Câmaras Técnicas e do Grupo de Trabalho do rio Corumbataí, das fiscalizações
da CETESB e DAEE, se não houver um planejamento regional adequado, políticas
ambientais regionais com prioridades de ações e estas implantadas efetivamente,
haverá nos próximos anos uma degradação do rio acarretando grandes problemas de
abastecimento, primeiro para Piracicaba e posteriormente para os demais municípios.
5. AGRADECIMENTOS
Este trabalho é parte da dissertação de mestrado da primeira autora defendido
no Centro de Estudos Ambientais da UNESP (CEA), sob a orientação da Profa. Dra.
Sâmia Maria Tauk-Tornisielo. Agradecemos à FAPESP pela concessão da bolsa de
estudo e da reserva técnica.(processo 96/08214-2), ao CEA onde foram realizadas
todas as análises laboratoriais da pesquisa, e a todos os funcionários do CEA/UNESP.
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