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Contribuição ao Gerenciamento do Ciclo de
Vida de Projetos: Considerações sobre o Fator
Liderança
RESUMO. Esse texto apresenta um estudo sobre a in uência do exercício da liderança pelo gestor de projetos na or-
ganização das tarefas inerentes às fases do ciclo de vida de projetos. Com o obje vo de demonstrar as caracterís cas
relevantes para a liderança de projetos, vários pontos foram considerados, tais como: a in uência do gerente de pro-
jetos sobre os resultados; o confronto das mo vações de líder com as habilidades da equipe; os diferentes es los de
liderança e a competência técnica e sua in uência na equipe de execução do projeto. Constata-se que saber iden car
con itos e como tratá-los é caracterís ca essencial dos gestores. Assim, foram analisados os principais papéis do geren-
te de projetos e suas respec vas responsabilidades e feita uma pesquisa bibliográ ca para conhecer as diversas formas
da in uência da liderança na gestão de projetos. O trabalho não oferece recomendações, mas elenca alguns princípios
encontrados na pesquisa bibliográ ca. Como resultado este ar go contribui para aprimorar o conhecimento do futuro
ou atual gestor, auxiliando com informações sobre como os diferentes es los de liderança podem ser decisivos na to-
mada de decisões na condução de projetos.
Palavras-chave: liderança, ciclo de vida do projeto, gerenciamento de projeto.
ABSTRACT. This paper presents a study on the in uence of exercise leadership by project manager in the organiza on
of the tasks inherent to the phases of the life cycle of projects. In order to demonstrate the characteris cs relevant to
the project leadership, several points were considered, such as the in uence of the project manager on the results, the
comparison of the mo va ons leading to the abili es of the team, the di erent styles of leadership and technical com-
petence and its in uence on team project execu on. It appears that knowing how to iden fy con icts and how to treat
them is an essen al characteris c of managers. Therefore, we analyzed the main roles of the project manager and their
respec ve responsibili es and performed a literature search to explore the various ways the in uence of leadership in
project management. The work does not o er recommenda ons, but lists some principles found in the literature. As a
result this paper contributes to enhance the knowledge of future or current manager, assis ng with informa on about
the di erent styles of leadership can be decisive in making decisions in conduc ng projects.
Keywords: leadership, project life cycle, project management.
Márcio Alves Suzano. M.Sc.
Universidade Gama Filho – UGF
masuzano@ufrj.br
Augusto Dunham
Universidade Gama Filho – UGF
augusto.dunham@embrapa.br
Hugo Ferreira Martins
Graduado de Administração - Universidade Gama Filho – UGF
hugofmrj@yahoo.com.br
Revista de Administração do Gestor - RAG | Universidade Gama Filho
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1. INTRODUÇÃO
A pesquisa realizada por esse argo procurou
idencar os aspectos relevantes que o gestor
de projetos deve saber para lidar com os coni-
tos emergentes na gestão da execução de proje-
tos. O objevo é fornecer subsídios para a tomada
de decisão dos lideres envolvidos. Os elementos
idencados estão relacionados com os papéis
dos gerentes de projetos, suas competências ge-
renciais e eslos de liderança confrontados com
seus desempenhos frente aos principais desaos
nas avidades inerentes à todas as fases do ciclo
de vida de projetos. Os pos de autoridade não
foram considerados, dada a constatação que não
existe solução conclusiva para o problema de de-
nir a dose ideal de autoridade do gerente de proje-
to sobre a equipe e os demais recursos do projeto
(MAXIMINIANO, 2002) (MENEZES, 2001).
As seções dois e três abordam os assuntos so-
bre Liderança e Projetos, com uma revisão biblio-
gráca sucinta, e cita alguns aspectos relavos aos
conitos que insurgem durante o Ciclo de Vida dos
Projetos. A seção quatro apresenta a metodologia
adotada para a confecção deste trabalho.
Finalmente, a seção cinco apresenta as con-
clusões sobre os possíveis desdobramentos deste
trabalho, e a seção seis a bibliograa pesquisada.
2. LIDERANÇA
Pode-se denir Liderança como sendo a ca-
pacidade pessoal de inuenciar pessoas para re-
alização de objevos. É uma das atribuições dos
gerentes nas organizações formais, que envolve
inúmeras tarefas e habilidades complexas (MAXI-
MINIANO, 2002).
Observa-se que na liderança da gestão de pro-
jetos, a autoridade formal hierárquica tem suas
limitações, ou seja, a efevidade de um gestor
está condicionada às suas habilidades ao invés da
autoridade. Liderar signica obter resultados mo-
bilizando pessoas e recursos ecientemente. Os
efeitos que a liderança produz dependem de uma
combinação complexa de diversos elementos. Na
administração de projetos, quatro elementos de-
vem ser estudados para que se tenha uma visão
abrangente sobre a liderança: as movações da
equipe do projeto, a missão a que o projeto se
propõe, as habilidades de liderança do gerente do
projeto e a conjuntura dentro da qual o processo
ocorre (MAXIMINIANO, 2008) (RUSSO, 2005) (AN-
DRADE, 2010).
Portanto, liderança está inserida em um pro-
cesso interpessoal dentro de um contexto com-
plexo em que as caracteríscas pessoais do líder
estão interligadas às movações dos liderados.
As caracteríscas das tarefas servem como liga-
ção entre líderes e seguidores para execução de
uma missão ou tarefa, que está relacionada a uma
conjuntura social, representada pelos fatores his-
tóricos, organizacionais e culturais onde ocorre o
processo de liderança. Em algumas culturas a li-
derança tem mais importância que a autoridade
formal, mas o contrário também pode acontecer.
Um exemplo disso é quando o gerente de um pro-
jeto estratégico necessita ter o cargo de diretor,
porque como gerente intermediário passaria por
diculdades para sua autoridade ser aceita (ME-
NEZES, 2001).
Dois pos de movações, as atudes morais e
as calculistas, são idencados como comporta-
mento preponderante nas equipes ao se defron-
tarem com as missões de projeto (MARINELLO,
2011). Em síntese, essas movações apresentam
as seguintes caracteríscas:
Atudes morais. O compromisso do liderado
pelo líder é em função de sua atração pelo
desao do projeto. A sua crença na legi-
midade do projeto e sua admiração pessoal
pela gura do gerente são sucientes para
que sua principal recompensa seja a própria
parcipação na realização do projeto.
Atudes de cunho calculista: a relação ba-
seia-se na expectava de que o projeto trará
recompensas como remuneração, promo-
ções, liberalidade no uso do tempo e parci-
pação em programas de treinamento.
As competências do líder revelam-se em seus
traços de personalidade, habilidades, atudes e
outras caracteríscas pessoais que são determi-
nantes para seu desempenho ecaz (CLELAND,
2002) (DINIZ, 2010) (ANDRADE, 2010). Assim, três
grupos de caracteríscas se destacam:
Traços de personalidade. Alguns dos traços
de personalidade preponderantes dos líde-
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res são a iniciava nas relações pessoais e o
senso de idendade pessoal.
Movações do líder. É fato que algumas
pessoas são lideres porque gostam de lide-
rar, interessando-se em perseguir, ocupar e
exercitar posições de poder. As pessoas que
tem esse interesse demonstram ou procu-
ram ocupar cargos gerenciais ou reagem fa-
voravelmente quando lhe são oferecidos.
Habilidades pessoais. Liderança não é um
atributo inato, mas uma família de habilida-
des que qualquer pessoa pode desenvolver
desde que tenha as movações. O desen-
volvimento das habilidades pessoais torna
a liderança uma competência acessível por
meio da educação, treinamento e experiên-
cia. O processo de liderar projetos pode ser
considerado uma escola de liderança.
A conjuntura em que ocorre o processo de li-
derança é representada pelos fatores históricos,
organizacionais e culturais. A importância da lide-
rança, em contraste com a autoridade formal ou a
organização formal, é um fator cultural. Em certas
culturas, a liderança tem mais importância que
a autoridade formal. Em outras, acontece o con-
trário. A posição permanente do líder é um fator
organizacional. Em uma organização, o gestor de
um projeto estratégico precisa ocupar o cargo de
diretor. Um gerente intermediário teria diculda-
des de ser aceito (SOUZA, 2007).
2.1. Estilos de Liderança
O eslo de liderança é uma das principais habi-
lidades da estratégia de condução da equipe, ca-
racterizada por uma dimensão bipolar, com dois
eslos extremos que correspondem às possibilida-
des de comando, como mostrado na Figura 1. A
decisão de qual eslo a ser adotado, seja voltado
pra equipe ou para o projeto, possui suas vanta-
gens e desvangens. Duas vertentes são concebidas
separadamente conforme a gura 1 a seguir (MA-
XIMINIANO, 2002):
Observando a gura 1, as duas vertentes po-
dem ser explicadas da seguinte forma:
Orientado para a equipe: Afeta a escolha do
eslo de liderança e, conforme sua maturi-
dade pode ser medida pelas variáveis mo-
vação e competência. A Figura 2 resume as
quatro possibilidades produzidas pela com-
binação dessas variáveis e os respecvos es-
los. As quatro situações avaliadas em ter-
mos de movação e competência da equipe
podem ser:
a) Movação elevada, competência elevada:
uma equipe movada e competente pra-
camente não precisa de liderança. Quanto
mais orientado para a equipe for o eslo
Figura 1. Dois estilos básicos de liderança.
Fonte : (MAXIMINIANO, 2002)
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de liderança, mais adequado é para a si-
tuação na qual a equipe é competente e
movada. O senso de responsabilidade, a
competência do autogoverno e a igualda-
de entre os membros de um grupo podem
até mesmo tornar desnecessários os líde-
res, que assumem o papel não de condu-
tores de pessoas, mas de coordenadores
do processo decisório. Nesse caso, o obje-
vo do líder é alcançar um regime de au-
togestão dentro da equipe.
b) Movação baixa, competência baixa: bai-
xos níveis de movação e competência
exigem ênfase em todas as funções da
liderança. Treinamento, encorajamento,
aconselhamento, acompanhamento do
desempenho e vericação de resultados
são as ações que o gerente deve realizar.
c) Movação alta, competência baixa: nes-
te caso, a equipe comparlha um sen-
mento de predisposição posiva e inte-
resse pelo projeto, mas tem carência de
qualicações. Provavelmente, um grupo
de novatos, que foram selecionados para
um projeto desaador, mas que não tem
experiência nem conhecimento sobre
projetos. A movação ou disposição ele-
vada indica que o gerente não precisa se
preocupar muito com o clima humano. É
necessário, por outro lado, enfazar a fun-
ção de liderança para fornecer treinamen-
to, orientação e “feedback”, bem como
dirigir as ações da equipe nas tarefas em
que o gerente se sinta mais prociente.
d) Movação baixa, competência elevada:
as pessoas da equipe “são do ramo e co-
nhecem o serviço”, mas estão desinteres-
sadas. Não necessitam de treinamento,
orientação ou “feedback”. No entanto,
podem precisar de atenção pessoal, enco-
rajamento e, possivelmente, algum po de
incenvo. Provavelmente, um grupo de ve-
teranos que está na fase descendente de
seu desempenho, ou um grupo de jovens
de alto potencial, alocados a um projeto
que esta aquém de suas possibilidades.
Eslo orientado para o projeto: Um projeto
pode afetar o eslo de liderança à medida
que a natureza da tarefa pode exigir maior
ou menor parcipação da equipe e, inversa-
Figura 2. Situação avaliada em termos de motivação e competência da equipe.
Fonte : (MAXIMINIANO, 2002)
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mente, menor ou maior ênfase no papel do
gerente. As exigências da tarefa estão rela-
cionadas às fases do ciclo de vida do projeto.
De forma geral, o eslo orientado para a equi-
pe é recomendado quando a avidade requer as
contribuições de todos os integrantes, indepen-
dentemente de sua maturidade. Este é o caso na
fase conceitual. O eslo de liderança, porém, não
é a delegação, mas a parcipação simultânea do
gerente e da equipe no processo de tomar deci-
sões (DAVEL & MACHADO, 2001).
A delegação é o eslo que provavelmente me-
lhor se adapta a fase execuva do projeto, des-
de que a equipe e o gerente estejam de acordo
quanto à realização das tarefas e aos resultados
a serem alcançados. O eslo connua orientado
para a equipe, com pequena ênfase do gerente no
acompanhamento dos resultados (DAVEL & MA-
CHADO, 2001).
A execução pode exigir um eslo predominan-
temente orientado para o gerente. Isso ocorre
quando há forte pressão pelo prazo do projeto,
ou por seus requisitos de qualidade. Ou então, as
avidades são interdependentes, mas cada inte-
grante ou pequeno grupo está concentrado em
suas tarefas parculares, que não tem a visão do
conjunto. Fornecer a visão do conjunto, encorajar
e cobrar a equipe, e zelar pela observação dos pra-
zos e da qualidade são as avidades que o geren-
te deve desempenhar (CAÑIZARES & NAKAYAMA,
2001). À medida que o projeto aproxima-se de seu
encerramento, a liderança volta-se outra vez para
o gerente. O gerente é o guardião das informações
e, por causa disso, o parcipante mais avo desta
fase.
3. PROJETOS
Projetos são sistemas ou sequência de avida-
des nitas, com começo, meio e m bem deni-
dos. Uma avidade repeva, ou que tem dura-
ção connua não é um projeto. (PMBOK, 2004)
(MAXIMINIANO, 2002).
Dessa forma, o projeto é o elo entre as mova-
ções da equipe e o papel de líder como gerente. A
aceitação do gerente como líder depende da cor-
respondência entre o próprio e as movações da
equipe (ANDRADE, 2010) (MAXIMINIANO, 2002).
3.1. Fases do Ciclo de Vida de um Projeto
Todo projeto começa com uma ideia e passa
por fases diferentes antes de se denir como um
produto a ser ulizado. Em seguida o produto é
gradavamente elaborado e no nal do projeto
é apresentado ao cliente. As avidades próprias
para cada projeto e algumas ocorrências dessas
avidades estão descritas nas quatro fases a se-
guir (MENEZES, 2001):
Fase I – Conceitual: o gestor deve idencar
as necessidades e/ou oportunidades tradu-
zindo-as e equacionando para denir o pro-
blema. Nesta fase determinam-se os obje-
vos e metas a serem alcançados; analisa-se o
ambiente do problema e as potencialidades
ou recursos disponíveis; avalia-se a viabilida-
de de angimento dos objevos esmando
os recursos necessários; elabora-se a pro-
posta do projeto; apresenta-se a proposta e
venda da idéia; avalia-se e seleciona-se com
base na proposta submeda e é feita a deci-
são quanto à execução do projeto.
Fase II – Planejamento: nesta fase são deta-
lhadas as metas e objevos a serem alcança-
dos, com base na proposta aprovada; de-
nição do gerente do projeto; detalhamento
das avidades e estruturação analíca do
projeto; programação das avidades no tem-
po disponível e/ou necessário; determinação
dos resultados tangíveis a serem alcançados
durante a execução do projeto; programa-
ção da ulização e aprovisionamento dos
recursos humanos e materiais necessários
ao gerenciamento e a execução do projeto;
delineamento dos procedimentos de acom-
panhamento e controle a serem ulizados
na implantação do projeto; estabelecimento
da estrutura orgânica formal a ser ulizada
para o projeto; estruturação do sistema de
comunicação e de decisão a ser adotado; de-
signação e compromemento dos técnicos
que parciparão do projeto; treinamento
dos envolvidos com o projeto.
Fase III – Execução: busca-se avar a comuni-
cação entre os membros da equipe do proje-
to; executa as etapas previstas e programa-
das; uliza os recursos humanos e materiais,
sempre que possível, dentro do que foi pro-
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gramado; efetua-se reprogramações no pro-
jeto, adotando os planos e programas iniciais
como diretrizes, eventualmente, mutáveis.
Fase IV – Conclusão: corresponde ao térmi-
no do projeto, onde há uma aceleração das
avidades que, eventualmente, não tenham
sido concluídas; realocação dos recursos
humanos do projeto para outras avidades
ou projetos; elaboração da memória téc-
nica do projeto; elaboração de relatórios e
transferência dos resultados nais do proje-
to; elaboração de avaliações globais sobre o
desempenho da equipe do projeto e os re-
sultados alcançados.
Analisando todas as fases, poderemos iden-
car a possibilidade de conitos picos nos projetos
e como poderemos lidar com esses conitos.
3.2. Os Conflitos em Projetos
Os conitos envolvem o patrocinador do proje-
to que funciona como um facilitador na busca de
soluções. O gerente do projeto, os gerentes fun-
cionais e os especialistas, são envolvidos também
por estarem diretamente relacionados com o an-
damento do projeto. Os principais pos de conito
em um projeto podem ser:
Estabelecimento de prioridades: ocorrem
em razão de mudanças na organização, in-
terna ou externa ao projeto;
Procedimentos administravos: se referem
à idencação do grau de invesmento e
à dedicação a documentação e formaliza-
ção dos uxos de comunicação durante o
empreendimento;
Avaliação técnica da qualidade: são os que
espelham divergências sobre os parâmetros
que devem ser considerados e as medidas
desses parâmetros na avaliação da qualida-
de dos resultados dos trabalhos realizados –
sejam esses trabalhos parciais ou nais;
Disponibilidade e qualicação dos recursos
humanos: referem-se às tratavas feitas,
normalmente, entre o gestor do projeto e os
gestores funcionais que alocam os recursos
especialistas para execução das avidades
do projeto;
Custos: Corresponde aos desaos de contro-
le do orçamento, através de recursos nan-
ceiros que possuem suas limitações;
Programação de avidade: evoluem no de-
talhamento das avidades e crescem duran-
te a implementação. Saber o que fazer com
resultados diferentes do planejado original-
mente, provoca conitos desse po;
Personalidade: referem-se àqueles interpes-
soais e intra-pessoais originados pela per-
cepção de uma mudança na realidade do
projeto ou da corporação na qual o projeto
se insere. (mudança de equipe, troca de lí-
der, clima do projeto, inícios e nalizações de
fases).
Em algumas etapas das fases do ciclo de vida do
projeto podem ser idencadas uma variação de
pressão ao longo do período transcorrido desde a
concepção até sua conclusão. A pressão por cum-
primento dos prazos e nalizações é uma constan-
te na execução de projetos, mas a variação na in-
tensidade dos conitos pode ocorrer como mostra
a Figura 3.
Cada conito em cada uma das fases do ciclo de
vida do projeto também apresenta variação de in-
tensidade. A Figura 4 mostra a existência de maior
Figura 3. Intensidade dos conflitos em projetos.
Fonte : (MENEZES, 2001)
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intensidade na fase de estruturação, seguida pela
fase de execusão, provavelmente por exisr uma
maior quandade de procionais envolvidos no
projeto, com negociações e implementações mais
intensas.
3.3. Tratamento dos Conflitos
As formas usuais de lidar com conitos em pro-
jetos são (ANDRADE, 2010) (DANA, 2001):
A negação ou retração e aplicada quando
você não pode vencer. Dessa forma, você
“bate de rerada” da situação. Outras vezes,
você precisa apenas ganhar mais tempo para
analisar determinada demanda. Nessa situa-
ção, a retração, ao e uma das melhores téc-
nicas a ser aplicadas. O conito não e dado
por encerrado e, enquanto isso, você adqui-
re mais informações e argumentos sobre o
assunto em pauta. Outras vezes, uliza-se
essa técnica para preservar sua neutralida-
de ou reputação - como gestor do projeto ou
mesmo como especialista.
A supressão ou apaziguamento: é uma técni-
ca empregada no tratamento de conitos em
projetos quando se quer angir um objevo
extremamente dicil e é preciso contar com
o apoio de todos os envolvidos no projeto.
Por vezes, e preciso manter a harmonia en-
tre as pessoas e essa técnica e, então, a mais
indicada. Por outro lado, quando você vê que
vai perder mesmo, empregue essa técnica e
mantenha um bom clima de relacionamento
dentro do projeto.
O poder ou dominação: é uma técnica que
você aplica quando cresce o conito e você
sabe que tem razão. A força também e apli-
cada em situações de “ou ele ou eu”, tudo
ou nada. Nessas circunstancias, você não
Figura 4. Variação da intensidade de conflitos ao longo do ciclo de vida dos projetos.
Fonte : (MENEZES, 2001)
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pode tubear frente a seu, então, “oponen-
te”. Uma circunstancia em que aplicamos
essa técnica e quando estamos diante de
uma situação de elevado risco. Ser decisivo,
preciso e não deixar nenhuma margem para
duvidas, em tais circunstâncias, passa a ser
fundamental para a connuidade do projeto.
O acordo ou negociação: é aplicado quando
as duas partes precisam vencer. Ambas pre-
param o que querem e idencam também
“moedas de troca” para serem ulizadas du-
rante as negociações, pois sabem que terão
que “queima-las” no processo de negocia-
ção. Em situações em que não pode vencer,
você abre a negociação com o intuito de
permir que a outra parte crie a condição
de arrebatar argumentos que lhe permitam
vencer a negociação. Outras vezes, você não
tem certeza que esta com a razão. Ai você
abre a negociação para, inclusive, angariar
argumentos que dêem sustentação a seu
posicionamento.
A integração ou colaboração: é a forma pela
qual o conito pode ser eliminado. É empre-
gada quando existem condições de envolvi-
mento e movação das pessoas em face do
projeto. Busca-se esse po de solução para
os conitos com o objevo de reduzir custos
no projeto ou, quando sabemos que as habi-
lidades se complementam e que o sucesso
virá apenas com a colaboração das partes.
Outra circunstancia em que a busca da cola-
boração é requerida, é quando há conança
na capacidade técnica dos envolvidos.
As quatro primeiras formas apresentadas le-
vam-nos a relações ganha-perde, ou seja, alguém
sai vitorioso e outro derrotado pela forma de tra-
tamento do conito. Nota-se que as maneiras re-
latadas não são para eliminar os conitos e sim a
forma como tratá-los. Para isso se torna necessá-
rio o gerente de projeto ter conhecimento de seus
papéis com suas respecvas responsabilidades
(MENEZES, 2001).
3.4. Papéis do Gerente de Projeto
A responsabilidade do gerente é assegurar a
realização do projeto dentro dos padrões de de-
sempenho da missão, prazo e custo o que exige a
administração de comunicações, recursos huma-
nos, contratos, rnateriais e riscos. As responsabi-
lidades podem variar muito de uma organização
para outra, dependendo da complexidade do pro-
jeto, do po de estrutura dos interesses do cliente
e de muitos outros fatores (MAXIMINIANO, 2002).
A seguir serão analisadas sete papéis principais
com suas respecvas responsabilidades (ANDRA-
DE, 2010):
a) Planejador: Como planejador, a principal ta-
refa do gerente é assegurar a preparação do
projeto, com garana de qualidade técnica,
recursos aprovados e consenso de todos os
stakeholders relevantes. Ao começar o pro-
jeto, o gerente deve ter uma idéia bem clara
de como vai terniná-lo e o que acontecerá
no caminho. As responsabilidades nesse pa-
pel são as seguintes: esclarecer precisamen-
te as necessidades do cliente, os produtos
do projeto, suas especicacções de desem-
penho, e outros objevos; traçar estratégias
ecazes para a realização dos objevos; fazer
projeções e esmavas de fatos, eventos e
recursos; analisar o contexto em que o pro-
jeto será iniciado e realizado; enxergar o pro-
jeto como sistema, desde sua concepção bá-
sica até, se for o caso, seu ciclo de vida como
produto comercial; coordenar e parcipar
da elaboração de propostas, cronogramas,
orçamentos, estruturas analícas e outras
ferramentas de planejamento; assegurar o
consenmento do cliente e que a equipe en-
tenda suas exigências em relação ao projeto;
garanr o planejamento e controle realista
do projeto.
b) Organizador: Como organizador, o geren-
te de projetos deve prever e mobilizar os
meios, especialmente as pessoas, para rea-
lizar o projeto. Nesse papel, o gerente está,
essencialmente, trabalhando na montagem
da estrutura organizacional do projeto. Al-
gumas das principais responsabilidades sao
as seguintes: denir o perl das apdões ne-
cessárias para forrnar a equipe do projeto;
mobilizar as pessoas que tenham apdões
relevantes para o projeto; negociar parci-
pações e obter, dos gerentes funcionais, o
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compromisso do envolvimento de homens-
-hora ou de pessoas especicas; estruturar
a equipe, dando-lhe uma organização me-
diante a divisão de atribuições entre seus
membros; assegurar que cada um conheça
não apenas suas próprias atribuições, como
também as atribuições dos demais membros
da equipe e de outras pessoas vinculadas ao
projeto; assegurar que todos os membros do
projeto conheçam os objevos e avidades
do projeto; avaliar e atender as necessidades
de modicações na composição da equipe.
c) Administrador de pessoas: como administra-
dor de pessoas, o gerente de projetos lida
com as competências, corações e mentes
da equipe. Nesse papel, ele e o diretor de
equipe, trabalhando na dimensão humana
e comportamental, lidando com as pesso-
as como pessoas e não como recursos do
projeto. Suas principais responsabilldades
nesse papel sao as seguintes: transforrnar
a equipe num grupo de pessoas interessa-
das e empenhadas no sucesso do projeto,
apresentando-lhes uma visão do desen-
volvimento global do empreendimento e
informações sobre seu andamento; desen-
volver uma atude favorável em relação ao
projeto em outras pessoas envolvidas no
empreendimento, mas que não estejarn di-
retamente sob sua autoridade formal; lidar
com as frustrações decorrentes de decisões
sobre alocação e movimentação de pessoal,
que levam em conta as necessidades e limi-
tações da empresa antes que os interesses
pessoais; tomar e explicar decisões que afe-
tam o território emocional dos integrantes
da equipe, como promoções, escolhas de
pessoas e outras; administrar e orientar as
carreiras de seu pessoal; prestar orientação
técnica e gerencial à equipe; avaliar e enca-
minhar o atendimento das necessidades de
treinamento da equipe; detectar e resolver
os conitos técnicos e humanos ao longo do
projeto; promover a integração da equipe e
o intercâmbio entre as diferentes equipes
de projetos; detectar, analisar e encaminhar
as reivindicações da equipe; avaliar as po-
tencialidades e o desempenho efevo dos
membros da equipe; enfrentar situações de
administrar e compabilizar comportamen-
tos pessoais excêntricos, harmonizar interes-
ses de pessoas e grupos com a estratégia da
organização e reduzir os riscos da obsoles-
cência prossional da equipe.
d) Administrador de interfaces: administrar
interfaces e arcular acordos são tarefas
predominantes em qualquer ambiente de
projetos, que são, em grande parte dos ca-
sos, soluções organizacionais e colevas. A
administração ecaz de interfaces é uma das
maneiras de elevar a probabilidade de êxito
do projeto. Grande parte da qualidade do
planejamento, organização e outras funções
do projeto, dependem muito mais da arcu-
lação de acordos do que da soscação das
técnicas. Arcular a equipe do projeto com
outras unidades da organização e estas entre
si; trazer para o projeto o ponto de vista de
outras unidades e stakeholders; responsabi-
lizar-se pelos resultados do projeto, perante
a administração superior e outras unidades;
assegurar que todos conheçam os objevos
e necessidades do projeto; assegurar que a
equipe entenda e atenda as necessidades e
diculdades das unidades funcionais envolvi-
das no projeto; testar connuamente o con-
senso dentro da equipe e das unidades com
as quais há interfaces.
e) Administrador de tecnologia: a administra-
ção da tecnologia envolve as tarefas, respon-
sabilidades e decisões do gerente dentro do
domíinio técnico do projeto. As mais impor-
tantes responsabilidades nessa area sao as
seguintes: manter abertos os canais da atu-
alização técnica da equipe; fornecer conheci-
mentos técnicos para a realização do projeto
e a capacitação da equipe; orientar as avi-
dades dos integrantes da equipe; conhecer
a relação entre o resultado nal desejado e
as tecnologias necessárias para alcançá-lo;
especicar o resultado nal em termos de
desempenho desejado e solicitar as contri-
buições da equipe para fazer as denições
dos detalhes técnicos; familiarizar-se com as
pessoas e suas capacidades como especialis-
tas; manter-se atualizado nas áreas tecnoló-
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gicas relevantes para o projeto; conhecer a
linguagem técnica básica dos integrantes da
equipe.
f) Implementador: predominam nesse papel
as funções e tarefas de executar e corrigir
os pianos, cuidar do suprimento de recursos,
fornecer informações, avaliar o desempenho
e cobrar providências. Embora seja o papel
mais exigido na execução, também é neces-
sário desempenho nas fases de preparação e
estruturação, quando o gerente deve “correr
atrás das coisas” para assegurar a disponibi-
lização dos recursos e do consenso neces-
sários para a ecácia do empreendimento.
Iniciar e fazer andar o projeto; idencar
prontamente todos os desvios do planeja-
mento e garanr sua correção; garanr o re-
cebimento dos pagamentos de acordo com
o contrato; manter controle sobre todos os
contatos feitos com o cliente e promover
contatos da equipe com o cliente; arbitrar e
solucionar conitos e diferenças entre as di-
ferentes unidades organizacionais envolvidas
no projeto; promover a qualidade da comu-
nicação em todas as interfaces do projeto.
Acompanhar operações de campo, envol-
vendo instalação de equipamentos, constru-
ções e experimentos, se for o caso. Manejar
a políca organizacional para obter o apoio
necessário ao projeto. Carregar a bandei-
ra do projeto e manter a equipe orientada
para o resultado desejado, personicando o
projeto e liderando a equipe; redigir, nego-
ciar e defender propostas; solicitar fundos
e apoios para projetos; redigir e apresentar
relatórios; controlar despesas e receitas;
preparar prestações de contas; negociar par-
cipações de pessoas, complementações e
remanejamentos de recursos e adiamentos
de prazos. Concluir o que começou.
g) Formulador de métodos: o papel de formu-
lador de métodos não está ligado a nenhum
projeto especíco. É o papel que se relaciona
com a formulação de metodologias, procedi-
mentos, estruturas e sistemas de administra-
ção de projetos. Esse papel envolve reer
sobre o próprio papel e reunir-se com outros
gerentes de projetos e unidades organizacio-
nais, e com a administração superior, para
fornecer subsídios para a elaboração de es-
truturas organizacionais, descrições de res-
ponsabilidades, manuais e outros elementos
do sistema de administração de projetos da
organização; contribuir para a criação de po-
lícas e procedimentos de administração de
projetos; avaliar, registrar e disseminar infor-
mações sobre sucessos e insucessos na his-
tória dos projetos da empresa; parcipar de
decisões que envolvem a escolha de mode-
los e sistemas de administração de projetos.
Nos problemas decorrentes dos conitos que
ocorrem durante a condução da gestão de pro-
jetos, existe uma equivalência direta entre os
gestores e os membros da equipe. A alocação de
recursos está relacionada diretamente com a de-
terminação dos objevos acordados entre os di-
versos agentes envolvidos. No caso mais geral,
os colaboradores do projeto tendem a seguir as
determinações do gerente que possui não só per-
l técnico especializado, mas também liderança
reconhecida.
Assim sendo, tornam-se relevantes estudos
que procuram descobrir quais as caracteríscas
marcantes que proporcionam êxito a condução
dos processos de gerenciamento de projetos.
4. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E
METODOLOGIA ADOTADA
Para a confecção desse trabalho foi realizada
uma revisão bibliográca da literatura sobre Lide-
rança e Projetos comumente ulizada pelos pros-
sionais, sem pretender ser abrangente e deniva,
o que por si só já seria assunto de outro trabalho.
O problema estudado diz respeito ao aspectos so-
bre liderança na condução de projetos e possíveis
conitos que possam surgir até sua conclusão.
Acerca da pesquisa bibliográca, também co-
nhecida como fontes secundárias, é um levanta-
mento de dados na qual se uliza, livros publica-
dos, revistas, imprensa escrita, jornais e outros
meios de comunicação, com o propósito de man-
ter o pesquisador em contato direto com tudo o
que foi escrito sobre determinado assunto (LAKA-
TOS & MARCONI, 2001).
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Embora, na maioria dos estudos, seja exigido
algum po de pesquisa bibliográca, existem pes-
quisas desenvolvidas, exclusivamente, de fontes
bibliográcas a parr de material já elaborado,
constuído principalmente de livros e argos cien-
cos (GIL, 2007).
O presente estudo abordou o aspecto empí-
rico a respeito da gestão de projetos usando a
pesquisa de caráter exploratório e qualitavo. Se-
gundo Gil e Malhotra, a pesquisa exploratória tem
como objevo proporcionar maior familiaridade
com o problema, com vistas a torná-lo mais explí-
cito. Pode-se armar que, esse po de pesquisa
tem como objevo principal o aprimoramento de
ideias (GIL, 2007) (MALHOTRA, 2008) . Sobre o ca-
ráter qualitavo da pesquisa, ao contrário do que
ocorre com as pesquisas quantavas, as inves-
gações qualitavas, por sua diversidade e exibi-
lidade, não admitem regras precisas, aplicáveis a
uma ampla gama de casos (NASCIMENTO, 2002).
A pesquisa bibliográca realizada teve como
propósito levantar os trabalhos relacionados com
o exercício da liderança na condução da gestão de
projetos. Os aspectos sobre conitos abordados
são relevantes na medida em que contribui para
o tema e fornece informações para a tomada de
decisões do líder na administração dos recursos
alocados ao projeto.
Após a realização da pesquisa bibliográca, o
trabalho foi dividido nas seguintes etapas abaixo:
1ª etapa: Descrição e denição dos principais
aspectos da Gestão de Projetos: o que é Lide-
rança e o que é Projetos;
2ª etapa: Idencação dos itens determinantes
de Conitos que ocorrem na Gestão de Proje-
tos e a caracterização dos pers de liderança
necessários à condução dos projetos;
3ª etapa: Como tratar os conitos de forma a
minimizar seus efeitos na condução dos proje-
tos; e,
4ª etapa: Conclusão com observações acerca
dos principais aspectos abordados.
5. CONCLUSÕES
Um Líder de projetos é uma pessoa visionária
quando o rumo do projeto não é conhecido, um
colaborador quando o consenso é necessário e é
capaz de movar aqueles que estão ao seu redor,
a sua equipe. Embora não haja um padrão esta-
belecido de liderança que sirva de modelo para
todas as organizações, existem caracteríscas que
um líder deve possuir para atender determinadas
situações que ocorrem durante um projeto. Para
tanto, é importante conhecer a cultura organiza-
cional e o desejo de mudanças. (ANDRADE, 2010)
(CLELAND & IRELAND, 2002)
Quando bem aplicada, a liderança no projeto
ajuda a formar equipes ecientes e favorece a mo-
vação e a sinergia necessárias para que se possa
angir com êxito os objevos do projeto.
Saber lidar com conitos é uma arte que come-
ça com sua idencação. O estudo da intensidade
do conito a cada fase, nos permindo idencar
onde devemos colocar nosso foco e atenção du-
rante o desenvolvimento do projeto. O conheci-
mento de algumas formas já experimentadas para
tratá-los deverá permir maior pró-avidade e
preparação dos gestores de projeto (DANA, 2011).
Um projeto é caracterizado por sua singulari-
dade, ou seja, cada caso é um caso. Sucessos ou
insucessos desta ou daquela modalidade organi-
zacional poderão ser muito inuenciados por uma
innidade de fatores, tais como: personalidades
das pessoas-chave, mudanças de conjuntura, ris-
co, inuências polícas, situações de acaso.
Toda empresa possui processos e projetos. Pro-
cessos são necessários para a connuidade dos
negócios e cumprimento da sua missão. E como
em qualquer companhia, os objevos estratégi-
cos precisam ser alcançados (DAVEL & MACHADO,
2001). Os projetos são iniciavas com início, meio
e m, e se desnam a angir essas nalidades. O
principal instrumento de gestão que uma empresa
pode ter para garanr que essas iniciavas serão
bem-sucedidas é o gerenciamento de projetos
conduzido por um líder (PMBOK, 2004).
Portanto, conclui-se que para gerenciar proje-
tos é necessário um líder que concilie as exigên-
cias por resultados realizando uma gestão ecaz
de pessoas minimizando os conitos, garanndo a
elas autonomia para realizar seu trabalho ao mes-
mo tempo em que exige delas a responsabilidade
proporcional à autonomia recebida (RUSSO, 2005).
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6. REFERÊNCIAS
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Projetos. Monograa apresentada ao curso MBA em Ge-
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de Janeiro, RJ. 2010.
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