RESUMO Os desastres estão afetando um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo. A recorrência destes eventos tem como consequência uma crescente procura por abrigos temporários pela população afetada. Durante este período em que ficam desabrigadas, as pessoas adaptam edifícios públicos, tais como escolas, ginásios e igrejas, para a finalidade de uso como moradia emergencial. Estas apropriações de espaços inadequados para tal uso causam vários problemas, em uma circunstância na qual as pessoas já se encontram fragilizadas. Este artigo propõe como resultados parciais requisitos de projeto para futuras intervenções em abrigos temporários no Brasil. Confirma a adequação dos requisitos através de justificativas com um estudo de caso, o Projeto APIS -Banheiros emergenciais após desastres relacionados às chuvas, o qual exemplifica como o design emergencial pode ser realizado de maneira colaborativa. A pesquisa aborda de forma inédita um estudo de caso sobre intervenções na cidade de Eldorado, no Vale do Ribeira, envolvendo pesquisadores, funcionários da prefeitura local e moradores que ficaram desabrigados em inundações recorrentes no município. Este trabalho vem sendo desenvolvido desde o ano de 2010 junto ao grupo de pesquisa NOAH-Núcleo Habitat sem Fronteiras, criado e coordenado pela autora do artigo. O objetivo do artigo é apresentar características-chave para se projetar visando o período imediatamente após os desastres, incluindo a perspectiva das pessoas que passaram por esta experiência em abrigos temporários. As coletas de dados foram resultantes de workshops colaborativos inspirados na metodologia do design thinking, incorporando a abordagem intrinsecamente centrada no ser humano para a resolução de problemas.
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