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Questionário de Adaptação ao Ensino Superior (QAES): Construção e validação de um novo questionário

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... Apesar da maior abertura de instituições e do atendimento de estudantes mais heterogêneos, inclusive estudantes pertencentes a grupos étnicos e sociais tradicionalmente afastados da ES, elas apresentam dificuldades na efetividade de práticas institucionais voltadas para permanência e conclusão com êxito dos estudantes de ES. Por outro lado, uma vez que a evasão sem conclusão do curso representa um custo para o estudante e para a instituição de ensino, cabe a esta última gerenciar a adaptação dos seus estudantes tão efetivamente quanto possível para promover o sucesso e prevenir a evasão (Almeida et al., 2019;Ambiel et al., 2016;Araújo et al., 2014;Bernardo et al., 2017;Fleith et al., 2020;Rodríguez-Muñiz et al., 2019). Para isso, essas instituições devem assumir o desafio de conhecer os estudantes, bem como seus contextos pessoais e institucionais, por forma a implementarem medidas que favoreçam a sua integração e sucesso acadêmicos e conclusão dos cursos (Ang et al., 2019;Vargas & Heringer, 2017). ...
... Mais concretamente, neste artigo são apresentados dados sobre a precisão e validade com base na estrutura interna de fatores de três instrumentos em uso no Brasil, avaliando os seguintes construtos: Expectativas, Adaptação e Envolvimento acadêmico na ES. Tais construtos são avaliados a partir de três instrumentos, sendo: Questionário de Percepções Acadêmicas, Versão A -Expectativas (QPAE; Almeida et al., 2012), Questionário de Adaptação ao Ensino Superior (QAES; Araújo et al., 2014) e Escala de Envolvimento Acadêmico (EEA; Fior et al., 2013). ...
... Para a avaliação das vivências de adaptação dos estudantes de 1º ano, utilizou-se o Questionário de Adaptação ao Ensino Superior -QAES, construído e validado por Araújo et al. (2014). Neste estudo, utilizamos os 40 itens do instrumento repartidos de forma equitativa pelas suas cinco dimensões: projeto de carreira (F1); adaptação social (F2); adaptação pessoal--emocional (F3); adaptação ao estudo (F4) e adaptação institucional (F5). ...
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This study aimed to evaluate the psychometric quality of three instruments, namely: the questionnaire of academic perceptions, expectations version, the questionnaire of adaptation to higher education,and the scale of academic involvement, analyzing the constructs of expectation, adaptation,and academic involvement of students of the 1st year of Brazilian higher education. Different student samples were used to analyze the validity and reliability of each instrument. The confirmatory factor analysis results confirmed good fit indices of the instruments to the original dimensional structure, suggesting in some cases better validity indices if some items were eliminated, as in the factors of the scale of involvement. The reliability indices of the factors were also above the parameters predicted in the literature. The results contribute to scientific advancement in the area of psychological assessment, as they demonstrate evidence of validity based on the internal structure of the three instruments aimed at the academic trajectory in higher education.
... However, when there is an inconsistency between the preparation of these students and the complexity of the challenges described, students may feel academically dissatisfied, leading to disinvestment in studies, broken expectations of academic fulfillment, and, ultimately, resulting in students dropping out of their educational programs and institutions (Araújo et al., 2014). Understanding higher education dropout as harmful to both society and students, it is important to trace factors related to academic adaptation and the potential reasons that lead students to dropout, aiming at comprehending them and developing strategies that prevent dropout. ...
... The university is a setting that can be more conducive to change compared to other social institutions, and with a diversity of experiences that challenge values, attitudes and convictions, while providing greater openness to new attitudes and behaviors (Araújo et al., 2014;Carmo & Polydoro, 2010). Thus, it can be said that the expected trend is that, given the possibility of self-development, students feel more adapted to the academic context over time. ...
... The Higher Education Adaptation Questionnaire (QAES) (Araújo et al., 2014) has 40 items and uses a Likert scale, ranging from strongly disagree to strongly agree. The items are divided into five dimensions: Career Planning (F1 -eight items) (α = 0.88), Social Adaptation (F2 -eight items) (α = 0.86), Personal-Emotional Adaptation (F3 -eight items) (α = 0.74), Study Adaptation (F4 -eight items) (α = 0.75), and Institution Adaptation (F5 -eight items) (α = 0.81). ...
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Admission to the university is marked by demands for academic, personal and emotional performance, leading to stressful experiences. This study aimed to compare the variables stress, self-efficacy, social skills and academic adaptation among first-year and third-year students and to determine whether self-efficacy and social skills can mediate the relationship between stress and academic adaptation. The following instruments were used: Higher Education Adaptation Questionnaire, Academic Stress Scale, Higher Education Self-efficacy Scale, and Social Skills Questionnaire. A total of 606 university students participated. The t-test and mediation analyses were performed. As a result, third-year students presented statistically higher levels of stress than first-year students. Self-efficacy and social skills were able to mediate the relationship between stress and academic adaptation. The study was able to contribute to understanding how stress impacts academic adaptation.
... A adaptação acadêmica diz respeito a um processo complexo que corresponde à capacidade do aluno em se integrar ao ensino superior, valendo-se de dimensões pessoais, emocionais, sociais, institucionais, de planejamento de carreira e do estudo, que são construídas no cotidiano das relações estabelecidas entre o indivíduo e o ambiente universitário. Juntos, os comportamentos descritos nessas dimensões auxiliam no êxito ao novo contexto, possibilitando o desfrute das diversas condições de aprendizado importantes para a formação profissional (Araújo et al., 2014;Porto & Soares, 2017). ...
... Mediante a classificação feita por Araújo et al. (2014), os aspectos pessoais e emocionais se referem ao bem-estar físico e psicológico oriundo do ingresso no ensino superior, como adaptação à nova rotina e questões ligadas à saúde mental. A dimensão social diz respeito à qualidade das relações diante do novo contexto, com colegas, docentes e funcionários da universidade. ...
... Mediante os aspectos apresentados, evidencia--se a importância do estudo da adaptação acadêmica (Araújo et al., 2014;Porto & Soares, 2017), bem como de sua relação com a evasão do ensino superior e com a motivação para aprender (Bzuneck & Boruchovitch, 2019;. Nesse sentido, destaca-se o contexto do ERE por conta da pandemia do COVID-19 e do ensino híbrido, que se configura em uma realidade que tem sido implementada nos cursos presenciais. ...
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Resumo Objetivou-se investigar as evidências de validade baseadas na relação com outras variáveis do Questionário de Adaptação ao Ensino Superior Remoto (QAES-R). Foram analisadas as relações entre o QAES-R com os motivos para evasão acadêmica e a motivação. Participaram 319 universitários das cinco regiões do Brasil (M idade = 26,25; DP = 9,5). Identificaram-se correlações estatisticamente significativas entre o QAES-R e a maior parte dos fatores dos demais instrumentos. No primeiro modelo testado, os fatores do QAES-R foram preditores da evasão acadêmica Social (32%), Acadêmico (24%), Institucional (15%) e Professor (10%) (χ 2 /gl = 1,87; RMSEA = 0,05; CFI = 0,87; TLI = 0,87). No segundo modelo, o QAES-R predisse a meta aprender (45%), performance- evitação (39%) e performance-aproximação (30%) (χ 2 /gl = 1,42; RMSEA = 0,04; CFI = 0,90; TLI = 0,90). Estes resultados ampliam as propriedades psicométricas do QAES-R para avaliar a adaptação acadêmica de estudantes submetidos ao ensino remoto emergencial.
... The Higher Education Adaptation Questionnaire (Questionário de Adaptação ao Ensino Superior -QAES) (Araújo et al., 2014) has 40 items. It uses a five-point Likert-type scale, ranging from strongly disagree to agree strongly. ...
... The Research Ethics Committee approved the research project. After its approval, the application of the Higher Education Adaptation Questionnaire (Araújo et al., 2014), the Social Support Scale for university students, and the Higher Education Self-Efficacy Scale (Polydoro & Guerreiro-Casanova, 2010) took place online through the Google Forms platform. The scales were disseminated, in a single form, to groups of university students from all over Brazil through social networks, in which they were asked to respond if they felt comfortable taking part in the research. ...
... In the higher education context, several studies have explored the relationship between life satisfaction and satisfaction with academic experiences [46,[56][57][58], assuming they are important variables in students' academic adjustment [59,60]. Life satisfaction and satisfaction with academic experiences emerge as preventive factors while facing academic adjustment difficulties [61]. ...
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Career adaptability and academic engagement are important processes in higher education. However, the relationship between these processes and their potential role in students’ life satisfaction still needs to be addressed. The present study aims to explore the role of career adaptability and academic engagement on higher education students’ life satisfaction. This study included 201 participants, 156 women (77.6%) and 45 men (22.4%), aged between 18 and 55 years (M = 21.13, SD = 4.51). Students answered a sociodemographic questionnaire, the Career Adapt-Abilities Scale, the University Student Engagement Inventory, and the Satisfaction with Life Scale. Positive and statistically significant correlations between career adaptability and academic engagement, as well as between these variables and life satisfaction, were found. The results of a hierarchical linear regression analysis suggested that career adaptability and academic engagement statistically significantly contribute to explaining variations in life satisfaction. This study may lead to a better understanding of the relationship between academic, emotional, and career processes. It may also stimulate integrative psychological practices in higher education settings.
... Academic adaptation in higher education is defined as a complex process involving the capacity to cope with academic (e.g., adapting to new learning paces and methods), personal and emotional (e.g., being autonomous, managing life roles), social (e.g., coping with family separation), and career challenges (e.g., identification and commitment to a course) (e.g., Araújo et al., 2014;Gazo and Romero-Rodriguez, 2019). Throughout their academic journey, students will not only need to solve these challenges but also face other developmental tasks. ...
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The career construction and sociocognitive career theories were considered to test an integrative model of career adaptation in higher education. Participants were 523 Portuguese university students (non-working, n = 335, Mage = 20.64; working, n = 188, Mage = 29.05), who completed measures of social support, protean orientation, adaptability and adapting as adaptation predictors, and career certainty, academic wellbeing, and life satisfaction as adaptation outcomes. Multigroup path analysis results indicated a good fit of the model and invariance across groups after some changes. Although more studies are needed to explore the range and limits of the proposed model validity, our findings allow the career development literature extension while informing the practice. Career counselors might facilitate university students’ adjustment by helping them expand their social network and develop their career attitudes.
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Contexto: A transição do ensino secundário para o ensino superior gera novos desafios, nem sempre fáceis de gerir. Neste sentido, fatores como a resiliência e o suporte social percebido podem facilitar este processo. Objetivo: Analisar a relação entre o suporte social percebido e a resiliência na adaptação ao ensino superior. Métodos: Participaram 207 estudantes do ensino superior, 154 dos quais do género feminino, com idades compreendidas entre 17 e os 39 anos (M = 19,63; DP = 3,53). Para a recolha de dados, foram aplicados o Questionário de Adaptação ao ensino superior, Social Support Appraisal Scale e Connor-Davidson Resilience Scale. Resultados: O suporte social percebido e a resiliência relacionaram-se positivamente com uma boa adaptação do estudante ao ensino superior. A resiliência, apresentou correlação positiva e significativa com três das dimensões de Adaptação ao ensino superior: Adaptação Social, Adaptação Académica e Desenvolvimento da Carreira. Todas as dimensões do suporte social percebido se relacionaram positivamente com a adaptação ao ensino superior. A análise de regressão linear revelou que o suporte social percebido de amigos e professores é preditor de uma melhor adaptação ao ensino superior. Conclusões: A resiliência e o suporte social percebido apresentam-se como relevantes para uma boa adaptação dos estudantes ao ensino superior, sendo o suporte social por parte dos professores e dos amigos particularmente significativo nesta adaptação. É essencial continuar a investigação nesta área para determinar a melhor forma de intervenção psicossocial no apoio aos estudantes durante este período.
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RESUMO A orientação motivacional durante o exercício da profissão docente desempenha um papel fundamental não só para a qualidade da atividade de ensino do professor, mas também como uma variável influenciadora na motivação e no engajamento dos estudantes. Diante desta premissa, o objetivo do presente estudo foi identificar de que maneira a motivação para a docência no Ensino Superior vem sendo debatida nas pesquisas desenvolvidas sobre a temática nos últimos oito anos (2015-2023/até o momento). Para alcançar o objetivo proposto, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica e os dados foram analisados mediante à abordagem de análise de conteúdo, a qual permitiu categorizá-los. Foram obtidas três categorias: a) motivação docente relacionada ao estudante; b) motivação docente e a realização profissional; c) motivação docente, status e sentimento de pertencimento. A partir da análise das categorias, verificou-se novas possibilidades de estudos que abordem a motivação no contexto universitário. Também foi considerada a necessidade de investigações sobre a organização de formações continuadas direcionadas à docentes a fim de que haja apropriação sobre a importância da sua orientação motivacional e que caminhos sejam viabilizados para formas efetivas de engajamento nos estudos dos universitários a partir deste constructo. Palavras-chave: motivação, ensino superior, docência.
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O ensino superior é um momento repleto de novas vivências e demandas para o estudante. Estudos apontam que um repertório elaborado de habilidades sociais pode ser um fator que facilita a integração e a permanência do indivíduo neste contexto. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma avaliação qualitativa de um programa de habilidades sociais aplicado a 16 estudantes de graduação matriculados em uma universidade pública brasileira. O programa aplicado contou com sete encontros semanais de 90 minutos cada. Os contextos utilizados no programa foram elencados a partir do critério de estarem presentes em alta frequência no cotidiano universitário e por estarem relacionados à integração ao ensino superior do estudante. Os dados analisados foram coletados no pós-teste por meio de questionário com perguntas abertas e fechadas. Foi realizada análise de conteúdo das respostas coletadas pelos participantes. Os resultados indicaram que para dez participantes o programa atendeu muito as expectativas e para nove participantes o programa contribuiu muito para modificações na vida acadêmica. Além disso, os participantes apontaram as seguintes habilidades como as que tiveram maior impacto após a intervenção: automonitoramento (n=10), autoconhecimento (n=10), assertividade (n=9), empáticas (n=9), comunicação (n=8), fazer e manter amizades (n=5), manejar conflitos (n=5) e coordenar grupos (n=3). Os resultados encontrados indicam a eficácia do programa para aumento do repertório de habilidades sociais, além de pontos para reformulação da intervenção que devem promover melhora do desempenho dos estudantes.
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