ArticlePDF Available

Vigilância Científica da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”

Authors:

Abstract and Figures

O presente estudo promove um levantamento sobre a espécie Jatropha curcas L. (Euphorbiaceae), abordando seus aspectos etnobotânicos e fitoquímicos, assim como as atividades biológicas, incluindo a toxicidade de seus diferentes extratos de diversas partes da planta; assim como os aspectos relacionados à biotecnologia vegetal. O levantamento científico é completado com questões que se referem ao valor econômico desta espécie, quanto ao seu potencial para gerar energia (biocombustível) e as patentes relacionadas ao tema.
Content may be subject to copyright.
38 Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
Estado da Arte / State of the Art
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. -
“Planta Biodiesel”
Scientic Observations of Jatropha curcas L. -
“The Biodiesel Source-Plant”
Resumo
O presente estudo promove um levantamento sobre a espécie Jatropha
curcas L. (Euphorbiaceae), abordando seus aspectos etnobotânicos e to-
químicos, assim como as atividades biológicas, incluindo a toxicidade de
seus diferentes extratos de diversas partes da planta; assim como os as-
pectos relacionados à biotecnologia vegetal. O levantamento cientíco
é completado com questões que se referem ao valor econômico desta
espécie, quanto ao seu potencial para gerar energia (biocombustível) e as
patentes relacionadas ao tema.
Abstract
This study provides a comprehensive review on the species Jatropha
curcas L. (Euphorbiaceae), covering its ethnobotanic and phytochemical
aspects as well as the biological activities, including the toxicity of the
dierent extracts originated from diverse parts of the plant. The survey is
complemented by issues concerning the economical value of the species
and its potential for generating energy (biofuel) and the related patents
on the theme.
Introdução
A Jatropha curcas (L.) (Euphorbiaceae), conhecida popularmente como
pinhão-manso, pinhão-branco, pinhão paraguaio ou pinha de purga é
uma espécie vegetal nativa do México e cultivada em países tropicais,
na América Central e do Sul, Sudeste da Ásia, Índia e África (GOONA-
SEKERA et al., 1995). Foi autenticada pelo Dr. S. Balasubramaniam do
Departamento de Botânica da Universidade de Peradeniya, Sri Lanka,
sendo caracterizada como uma pequena árvore resistente a condições
ambientais adversas, que atinge 3 - 4 m de altura (DUKE, 1988). O fruto
da espécie é seco, tricoca, possui endocarpo lenhoso e de deiscência
explosiva. A semente é ovalada, endospérmica, de envoltório liso com
suaves estrias, com carúncula presa na parte ventral; a rafe é marcada
longitudinalmente e pouco evidente, e presença de embrião munido
com um par de cotilédones foliáceos e eixo hipocótilo radícula, cilín-
drico e reto. A germinação é epígea e fanerocotiledonar (NUNES, 2007).
Silva Filho, A. R.; Gutierrez, I. E. M;
*Almeida, M. Z.; Silva, N. C. B.
Programa “Farmácia da Terra”,
Faculdade de Farmácia, Universidade
Federal da Bahia, Campus Universitário
de Ondina, Avenida Barão de
Jeremoabo, Bairro de Ondina, s/n,
40110-100, Salvador, BA, Brasil.
*Correspondência:
E-mail: marazelia@yahoo.com.br
Unitermos: Jatropha curcas,
Euphorbiaceae, Biodiesel
Key Words: Jatropha curcas,
Euphorbiaceae, Biodiesel
39
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
A espécie é propagada principalmente através de se-
mentes heterozigotas. A viabilidade das sementes e
taxa de germinação são baixas (JHA et al., 2007). A J.
curcas L. é monóica, apresentando protandria. A pro-
porção de machos para flores femininas é de 29:1. As
flores de ambos os sexos abrem sincronicamente. O
sistema sexual facilita a geitonogamia e xenogamia.
Os visitantes florais incluem abelhas, formigas, mos-
cas. A capacidade de autopolinização através da gei-
tonogamia é considerada adaptativa para J. curcas de
colonização (RAJU; EZRADANAM, 2002).
O pinhão-manso apresenta importância medicinal pe-
los seus efeitos farmacológicos. As sementes são utiliza-
das para o tratamento da gota, paralisia e reumatismo
(SASTRI, 1959), com o seu óleo sendo utilizado como
purgativo e para tratar afecções da pele (DUKE, 1988).
Este mesmo óleo aporta uma grande importância eco-
nômica para esta espécie, devido ao grande potencial
de produção de bicombustível (GOONASEKERA et al.,
1995; NUNES, 2007). Segundo Openshaw (2000), a J. cur-
cas é considerada uma planta multiuso, devido as seu
potencial diverso, conforme está retratado na Figura 1.
Figura 1 – Fluxograma apresentando os diversos potenciais da J. curcas L.
40
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
Etnobotânica
A J. curcas L. foi uma das plantas mais citadas num le-
vantamento etnobotânico realizado no Assentamento
Tarumã–Mirim, próximo a Manaus. A espécie é chama-
da de pinhão-branco pela comunidade e possui uso na
odontalgia (LIMA, 2005). Na África, as sementes são usa-
das como anti-helmíntico e suas as folhas são usadas
como homeostáticos (GUBITZ et al., 1999). O decocto
da raiz é usado para tratar a pneumonia e sífilis (CHHA-
BRA et al., 1990). Em Mali, as folhas são utilizadas no tra-
tamento da malária (HENNING, 1997). No sul do Sudão,
as sementes, bem como a fruta, são utilizadas como
contraceptivo ou como abortivo (CHHABRA et al., 1990;
LIST; HORHAMMER, 1979). Além disso, diferentes medi-
camentos fabricados a partir das sementes são utiliza-
dos para tratar ascite, gota e doenças de pele (JOUBERT
et al., 1984). No Zaire, a J. curcas L. é utilizada tradicional-
mente como abortivo (GUPTA et al., 1996). No México,
o látex é usado para tratar infecções fúngicas na boca,
picadas de abelhas e vespas, e para tratar problemas do
aparelho digestivo em crianças (SCHMOOK; SERRALTA-
PERAZA, 1997). Na Índia, as folhas e caules da J. curcas
são utilizadas pela tribo Tharu para extrair corante para
tingir o algodão (SRIVASTAVA et al., 2008). Na Nigéria,
é utilizada popularmente para manter a homeostasia
sanguínea (OSONIYI; ONAJOBI, 2003). Em Camarões, as
folhas são utilizadas para tratar febre reumática (SAND-
BERG et al., 2005). Na Amazônia peruana, o seu látex é
usado como cicatrizante de feridas externas (VILLEGAS
et al., 1997). É também utilizada também na medicina
tradicional do Panamá (GUPTA et al., 1996), da Somália
(SAMUELSSON et al., 1992) e da Tanzânia (KISANGAU et
al., 2007). O óleo das sementes e os extratos aquosos
das folhas e cascas são usados como laxante (CHHABRA
et al., 1990; GUBITZ et al., 1999; MAMPANE et al., 1987),
para tratar doenças da pele e aliviar a dores causadas
pelo reumatismo e outras inflamações (CHHABRA et al.,
1990). Decocções das folhas são utilizadas como anti-
sépticos e contra tosses (HELLER, 1996). Algumas das
propriedades medicinais tradicionais da J. curcas apre-
sentadas foram comprovadas em laboratório, mas mui-
tas dessas ainda precisam ser investigadas em profun-
didade para gerar produtos farmacêuticos confiáveis e
comercializáveis.
Fitoquímica
Em geral, na composição da J. curcas observa-se a pre-
sença nas sementes de lectina, que são inibidores da
tripsina (MAKKAR et al., 1997), e de ésteres do tipo for-
bol, responsáveis pela toxicidade. A sazonalidade e re-
giões de origem influenciam na composição química
da espécie (MAKKAR et al. 1998), e nas variedades não
tóxicas, a quantidade destes ésteres tóxicos é menor. A
casca da semente é rica em fibras e pobre em proteínas.
O primeiro estudo fitoquímico da J. curcas foi realizado
em 1977 (KHAFAGY et al., 1977). Em 1978 foram isola-
dos constituintes apolares da espécie (HUFFORD et al.,
1978). Em 1987, relata-se pela primeira vez a presença
de diterpenos nessa planta (ROJANAPO et al., 1987).
Várias flavonas (Subramanian et al., 1971), derivados do
forbol (Adolf et al.,1984), diterpenos (Naengchomnong
et al., 1986; Chen et al., 1988) e uma cumarinolignana
(Chen et al., 1988) foram encontradas na J. curcas.
A investigação química da J. curcas resultou no iso-
lamento de vinte constituintes, dentre eles quatro
diterpenos podocarpanos e seis outras substâncias:
tetradecil-(E)-ferulato, 3-O-(Z)-cumaroil ácido oleanóli-
co, heudelotinona, epi-isojatrogrossidiona, 2-α-hidroxi-
epi-isojatrogrossidiona, 2-methyanthraquinona e la-
tirano (RAVINDRANATH et al., 2008). A partir da fração
polar do extrato bruto das raízes foram isoladas, as se-
guintes substâncias: jatrophol, marmesina, propacina
e jatrophina (NAENGCHOMNONG et al., 1994). Além
dos dois sesquiterpenoides nomeados jatrophaols A
e B (WANG et al., 2008). Do caule foram isolados: es-
copoletina (éster metílico), friedelina, epi-friedelinol e
um triterpeno teracíclico - jatrocurina (4β-desmetil-24-
metilenecicloartanil, 3β-p-hidroxi-m-methoxy-trans-
cinamato) (TALAPATRA et al., 1993). A mistura de 5-hi-
droxipirrolidin-2-ona e pirimidin-2,4-diona foi isolada
das folhas (STAUBMANN et al., 1999), cujo extrato me-
tanólico também forneceu um di-norditerpeno (RAVIN-
DRANATH et al., 2003). Do látex foi extraída e purificada
uma protease (enzima proteolítica) denominada curcaí-
na (NATH & DUTTA, 1991). Das sementes, foi purificada e
parcialmente caracterizada uma hemaglutinina (glico-
proteína) (ASSELEIH et al., 1989). Do óleo das mesmas,
foi encontrado um promotor de tumor 12-desoxi-16-
41
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
hidroxiforbol – um diéster intramolecular (HIROTA et al.,
1988).
A composição química do óleo das sementes da J.
curcas é bem definida, consistindo de 35% proteínas
e 60% óleo (ADEBOWALE; ADEDIRE, 2006). Estão pre-
sentes também trigliceróis e os ácidos graxos insatura-
dos: oléico e linoléico (ADEBOWALE & ADEDIRE, 2006;
AKINTAYO, 2004; AUGUSTUS et al., 2004; KPOVIESSI et
al., 2004; MARTINEZ-HERRERA et al., 2006; SALIMON;
ABDULLAH, 2008), ácidos graxos saturados: palmítico e
esteárico (AUGUSTUS et al., 2004), e seis ésteres diter-
pênicos, todos eles contendo o grupamento 12-desoxi-
16-hidroxiforbol (HAAS et al., 2002); além de saponinas,
ésteres forbóis, lectinas, inibidores da tripsina, filatos,
esterases e lípases, e o β-sitosterol como o metabólito
secundário mais abundante (AKINTAYO, 2004).
Atividade Biológica
A J. curcas possui muitas atividades biológicas: anti-
bacteriana, antifúngica, antitumoral, cicatrizante, etc.
Algumas substâncias com atividade farmacológica fo-
ram isoladas do látex da J. curcas como: a Curcaciclina-
A, um octapeptídeo capaz de inibir moderamente o
complemento do sistema imunológico humano, além
de inibir as células-T (VANDENBERG et al., 1995), e o no-
napeptídeo cíclico curcaciclina B (AUVIN et al., 1997). O
látex inibe a liberação de colagenases pelos fibroblastos
(SIREGAR; AKBAR, 2001) e também é capaz de diminuir
o tempo de coagulação sanguínea. Quando diluído,
o mesmo aumenta o tempo de coagulação, apresen-
tando atividades procoagulantes e anticoagulantes
(OSONIYI; ONAJOBI, 2003). O látex também possui alca-
lóides incluindo Jatrophine, Jatropham e curcaína com
propriedades anticancerígenas. Ele também é usado
topicamente contra doenças de pele, hemorróidas e
úlceras entre os animais domésticos (THOMAS et al.,
2008). A proteína curcina, extraída das sementes, possui
atividade antitumoral (LIN et al., 2003; LUO et al., 2006).
Foi comprovado que essa proteína inibe o crescimento
de células cancerígenas (LUO et al., 2006). Esse efeito
está relacionado à atividade da N-glycosidase (LIN et al.,
2003). Já o diterpeno curcusona B apresentou atividade
antimetastática contra quatro linhagens de células can-
cerígenas humanas. Esse diterpeno é capaz de suprimir
o processo metastático em doses não tóxicas para as
células, constituindo uma molécula promissora na te-
rapêutica dos cânceres metastáticos (MUANGMAN et
al., 2005). O óleo, em associação com o ácido ascórbi-
co é eficaz to tratamento de sarnas em ovinos (DIMRI &
SHARMA, 2004).
Algumas substâncias encontradas na espécie indicam
ação benéfica em relação ao tratamento da AIDS. O ex-
trato metanólico da J. curcas coletada no Zaire, produziu
efeito citoprotetor moderado contra o vírus HIV em cul-
turas de linfoblastóides humanos (MUANZA et al., 1995).
O extrato aquoso dos ramos inibe fortemente os efeitos
citopáticos induzidos pelo HIV, com baixa citotoxicida-
de (MATSUSE et al., 1999). A substância β-1,3-glucanase,
isolada das sementes, possui atividade antifúngica in
vitro contra Rhizoctonia solani Kuha. e Gibberelle zeae
(Schw.). A atividade antifúngica da β-1,3-glucanase é
explicada pela sua capacidade de causar a hidrólise das
paredes celulares dos fungos. Essa proteína pode ser
útil como fungicida biológico, contudo é ligeiramente
tóxica em ratos (WEI et al., 2005). Os crescimentos de
Basidiobolus haptosporus e B. ranarum (NWOSU et al.,
1995) e dos microorganismos Bacillus subtilis, Staphylo-
coccus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa
e Candida albicans (KISANGAU et al., 2007) também fo-
ram inibidos por J. curcas. Há indicativos da substância
4-butil-2-cloro-5-formil-1H-imidazol como aquela ativa
como antibacteriana, sugerindo um sucedâneo para
o imidazol (DAS et al., 2005). A seiva da planta possui
atividade contra o crescimento das bactérias Staphylo-
coccus, Bacillus e Micrococcus, sendo também capaz de
impedir o embrionamento dos óvulos de Ascaris lum-
bricoides e Necator americanus (FAGBENRO-BEYIOKU et
al., 1998)
A J. curcas oriunda da floresta amazônica peruana apre-
senta significante atividade cicatrizante de feridas ex-
ternas e da úlcera gástrica (VILLEGAS et al., 1997). Esta
atividade é confirmada pela ação do extrato bruto da
casca, que é capaz de acelerar o processo de cicatriza-
ção da pele em ratos albinos, com aumento significativo
de colágeno (SHETLY et al., 2006). O extrato metanólico
das raízes da J. curcas apresenta significante atividade
antiinflamatória em ratos e camundongos, sendo eficaz
no modelo do edema de patas. O mecanismo envolve a
42
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
inibição de mediadores do ciclo do ácido araquidônico
pela via das ciclo-oxigenases (MUJUMDAR; MISAR, 2004).
As folhas contêm apigenina, isovitexin e vitexin que, jun-
tamente com outros fatores podem ser usadas contra a
malária, doenças reumáticas e dores musculares (THO-
MAS et al., 2008). Estudo em laboratório realizado com
ratos de infectados pelo Plasmodium falciparum (malária)
demonstrou que decocção contendo extratos vegetais,
incluindo a J. curcas, é eficaz no tratamento da malária
(ANKRAH et al., 2003). Segundo PLETSCH & CHARLWOOD
(1997) o princípio ativo responsável pelas atividades far-
macológicas da Jatropha curcas L. é o diterpenóide ma-
crocíclico jatrophona.
Toxidez
O óleo da J. curcas L. é utilizado como laxante e outras
aplicações. Entretanto, possui também diversas apli-
cações industriais. Isso justifica a importância do seu
estudo toxicológico. Trata-se de uma planta tóxica ao
consumo humano, podendo causar carcinogênese,
devido a presença dos ésteres diterpênicos (GMINSKI;
HECKER, 1998; MAKKAR et al., 2009). Em 1984, na África,
a J.curcas foi responsável pela intoxicação aguda de 30
crianças (JOUBERT et al., 1984). No ano de 1995, no Cen-
tro de Controle de Intoxicações (CCI) de Maringá-PR, foi
a espécie responsável por 40% das intoxicações agudas
causadas por espécies vegetais (AMADOR, 1997). A in-
gestão de 3 a 5 sementes causa náuseas, irritação gas-
trointestinal, dores abdominais, vômito e diarréia. Em
casos mais graves, causa desidratação (JOUBERT et al.,
1984; ABDU-AGUYE, 1986; MAMPANE et al., 1987).
O núcleo da semente constitui 62% e contém 52% de
óleo. A LD 50 em ratos é de 6 mL/kg. O óleo da semente
causa diarréia grave e infecção gastrointestinal em ani-
mais. A fração tóxica (2,4%) contém ésteres de forbol,
e quando aplicada na pele de coelhos e ratos, produz
uma severa irritação, seguida de necrose. Em camun-
dongos, essa fração tem efeito tóxico letal Dessa forma,
é essencial a remoção completa dos componentes tó-
xicos presente no óleo das sementes antes de sua utili-
zação na medicina humana e em suas aplicações indus-
triais (GANDHI et al., 1995).
A presença de ésteres de forbol altamente tóxicos, e
de antinutrientes nas sementes, tais como inibidores
da tripsina, lectinas e fitatos, impede o seu uso na ali-
mentação animal (MAKKAR et al., 2008). Dessa forma,
existem vários estudos que abordam processos de des-
toxificação de sementes e frutos de J. curcas, para que
possam ser usados na nutrição animais. Essa destoxifi-
cação implica na inativação dos ésteres phorbóis e das
lectinas, o que exige tratamentos químicos prévios e
resulta na remoção de até 89% das substâncias tóxicas.
No entanto, a quantidade remanescente de substân-
cias tóxicas ainda pode intoxicar significativamente os
animais, principalmente no aparelho digestivo (HASS &
MITTELBACH, 2000; RAKSHIT et al., 2008).
A produção de proteínas para alimentação humana
e animal, a partir de sementes da J. curcas conseguiu
avançar a partir da introdução de novas técnicas de
destoxificação, que interferem na atividade do inibidor
de tripsina em 90-97% e reduzem o conteúdo de fitato,
tanino e saponina de 90, 85 e 98%, respectivamente;
enquanto promovem também uma diminuição dos és-
teres phorbóis e glicosídeos cianogênicos até níveis in-
detectáveis (DEVAPPA; SWAMYLINGAPPA, 2008; KUMAR
et al., 2008). Esta diminuição da toxicidade da espécie
pode ser o primeiro passo para sua utilização futura
como alimento.
O efeito da fruta da J. curcas na regulação da fertilidade
foi investigado pela administração oral de diferentes ex-
tratos em ratas grávidas durante um período de tempo
variável. Os resultados apontam para as propriedades
abortivas da fruta, pois ela é capaz de interromper a
gravidez na fase inicial, após implantação embrionária.
Durante a pesquisa, os animais apresentaram intoxica-
ção aguda e perda de peso (GOONASEKERA et al., 1995).
Essa constatação corrobora o uso popular da espécie
como abortiva.
O extrato metanólico de J. curcas apresenta atividade
moluscicida contra o caramujo Biomphalaria glabrata,
que é o hospedeiro de Schistosoma mansoni e S. haema-
tobium, sendo também tóxico contra as larvas do pró-
prio Schistosoma – o que sugere o potencial da espécie
no controle da esquistossomose (RUG; RUPPEL, 2000). O
mesmo extrato também é capaz de causar anemia mi-
crocíticas e hipocrômica em ratos albinos, diminuindo
o volume celular e as concentrações de hemoglobina e
43
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
glóbulos vermelhos (OLUWOLE; BOLARINWA, 1997). O
extrato metanólico das folhas da J. curcas foi tóxico aos
camarões em salmoura, indicando sua capacidade de
inibição tumoral, ao apresentar citotoxicidade e alta ca-
pacidade de intercalar com o DNA (GUPTA et al., 1996).
O extrato aquoso das sementes também apresenta ati-
vidade moluscicida (CHIMBARI; SHIFF, 2008; LIU et al.,
1997; VASSILIADES, 1984). O fato interessante é que sua
potência depende tanto da fase de desenvolvimento
do fruto e da espécie-alvo de caracol. A Biomphalaria
glabrata, por exemplo, foi mais suscetível ao extrato
das sementes provenientes do fruto imaturo, enquanto
que a Bulinus globosus foi mais suscetível ao extrato das
sementes oriundas de frutos sobremaduros (CHIMBA-
RI; SHIFF, 2008). O óleo das sementes possui atividade
ovicida contra a espécie de besouro Callosobruchus ma-
culatus, podendo ser utilizado como inseticida (ADEBO-
WALE; ADEDIRE, 2006). Já o pó das sementes apresenta
atividade inseticida contra o carruncho-do-feijão Callo-
sobruchus maculatus (F.) (Coleoptera: Bruchidae). O
é capaz de reduzir a oviposição e emergência de inse-
tos adultos (EMEASOR et al., 2005). O jatropherol-I (di-
terpeno forbol), encontrado nas sementes da J. curcas
é altamente tóxico para larvas do bicho-da-seda; fato
associado a várias mudanças enzimáticas da larva e al-
terações patológicas das células epiteliais do intestino
médio (JING et al., 2005).
Em estudos comparativos entre a toxicidade das semen-
tes da J. curcas e Ricinus communis em pintos, observou-
se que esta última espécie é mais tóxica, pois a taxa de
mortalidade, assim como os efeitos tóxicos foram maio-
res nos pintos que se alimentaram com a mamona (EL-
BADWI et al., 1995) do que com a mistura de mamona e
pinhão-manso. Dentre os sintomas de toxidez compa-
rada estão o fraco crescimento, perturbações motoras
e distúrbios químicos e hematológicos (ELBADWI et al.,
1992). Doses orais das sementes da J. curcas também
são letais para cabritos (BECKER; MAKKAR, 1998; GADIR
et al., 2003), causando diarréia sanguinolenta, dispnéia,
desidratação, paralisia dos membros posteriores e de-
cúbito antes da morte. As lesões nos animais afetados
incluíam congestão e hemorragias generalizadas, en-
terohepatonefrotoxicicidade, hemorragia pulmonar,
enfisema e cianose, ascite e hidropericárdio (GADIR et
al., 2003). A semente da Jatropha curcas L. como com-
ponente da dieta de frangos diminui a retenção de pro-
teínas, fibras e gorduras e causa perda de peso das aves,
além de causar mortalidade em algumas delas. Dessa
forma, há necessidade de um maior processamento das
sementes antes que ela possa ser efetivamente utiliza-
da como ingrediente de rações para aves (ADEYEMI et
al., 2001). Após a dieta à base de sementes de J. curcas
em pintos, os exames para avaliar a função hepática e
renal dos animais indicaram a intoxicação nos animais,
caracterizada por diminuição do crescimento, hepato-
nefropatias, hemorragias generalizadas e congestão
(ELBADWI et al., 1991.
Aspectos biotecnológicos
Existem muitas publicações que abordam o uso do óleo
das sementes da J. curcas como fonte de matéria-prima
para a produção de combustível de motores de ignição,
substituindo o óleo diesel, além da produção de biocom-
bustível (MARTIN et al., 1984; TAKEDA, 1982). Técnicas
para a regeneração de J. curcas provenientes de diversos
explantes foram desenvolvidas. Avaliaram-se as regene-
rações de hipocótilo, pecíolo e explantes foliares em uma
gama de concentrações de zeatina, cinetina e N-6 benzi-
ladenina (BA), quer individualmente ou em combinação
com ácido indol-3-butírico? (AIB). A maior regeneração
de hipocótilo e pecíolo foi obtida nos meios BA com
IBA. Discos foliares a partir da terceira expansão exibiram
maior potencial de regeneração do que aqueles a partir
da quarta folha. Independente do tipo de explante, a in-
dução de gemas e brotações diretas foi maior no meio
MS com 2,22 M um BA e 4,9 M um AIB. Após simples
procedimentos de endurecimento, as plantas crescidas
in vitro puderam ser transferidas para o solo e cultivadas
para a maturidade em campo (SUJATHA et al., 1996). Para
o cultivo de embriões, o meio MS suplementado com 60
g.L-1 de sacarose proporciona bom desenvolvimento de
embriões. Embriões oriundos de frutos secos apresen-
tam maior crescimento in vitro e embriões provenientes
de frutos imaturos necessitam da suplementação de sa-
carose no meio de cultura, para sustentar sua germina-
ção. A associação de carvão ativado e água de coco não
influenciam na germinação dos embriões. No entanto, a
presença de carvão ativado ao meio favorece o enraiza-
mento dos embriões (NUNES, 2007). Os melhores subs-
tratos para a germinação das sementes de J. curcas foram
44
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
areia e papel toalha. A temperatura ideal para a germi-
nação variou entre 20 e 30 graus Celsius (MARTINS et al.,
2008). A propagação clonal in vitro foi alcançada utilizan-
do-se explantes nodais em meio MS. Após esse processo
as plântulas foram aclimatadas com sucesso, obtendo-se
uma taxa de sobrevivência de 87% (DATTA et al., 2007).
Um protocolo de indução de brotações e regeneração
de J. curcas a partir dos discos das folhas está em de-
senvolvimento, e pode ser útil na produção em mas-
sa dessa planta e na produção de plantas transgênicas
(DEORE & JOHNSON, 2008). As plantas regeneradas
após 2 meses de aclimatação foram transferidas com
êxito para o campo visível, sem variação morfológica. Já
existe um protocolo de propagação in vitro de varieda-
des não tóxicas da J. curcas pela proliferação de gema
axilar e regeneração de segmentos foliares (SUJATHA
et al., 2005). O estágio de amadurecimento da cápsula
do fruto da Jatropha curcas L. influencia na germinação
e vigor das plântulas dessa espécie vegetal A taxa de
germinação das sementes do fruto maduro foi maior
do que a do fruto verde (KAUSHIK, 2003). A embriogê-
nese somática é uma poderosa ferramenta da biotec-
nologia para aumentar a qualidade produção vegetal e
torná-la mais rápida. Essa técnica tem sido aplicada com
sucesso para regenerar o pinhão-manso. Calos embrio-
gênicos foram obtidos a partir de explantes foliares em
meio MS basal suplementada apenas com 9,3 mM Kn. A
combinação do meio MS com 2,3 mM Kn e 1,0 mM IBA é
a mais eficaz para indução de embriões somáticos de J.
curcas (JHA et al., 2007).
O desenvolvimento de embriões oriundos de frutos da
J. curcas em seus diversos estágios de maturação é mais
expressivo em meio MS com sacarose. Além disso, a as-
sociação de carvão ativado com água de coco promo-
veu um melhor crescimento das mudas provenientes
de embriões extraídos das sementes de frutos secos
(NUNES et al., 2008). Um eficiente método de regene-
ração in vitro via explantes de brotos foi desenvolvido
para a J. curcas (RAJORE; BATRA, 2005; THEPSAMRAN et
al., 2008). Brotos foram proliferados nos meios MS com
BAP (2,0 mg.L-1) e AIA (0,5 mg.L-1), juntamente com sul-
fato de adenina, glutamina e carvão ativado. A maior
freqüência de indução raiz foi observado no meio com
3,0 mg.L-1 IBA. As plântulas regeneradas foram transferi-
das para campo com sucesso, após a aclimatação inicial
(RAJORE; BATRA, 2005).
O tratamento ultrassônico das sementes da J. curcas
antes da realização do processo de extração do óleo re-
duziu o tempo do processo de 18 para 6 horas (SHAH
et al., 2005). Além disso, a combinação de sonicação e
tratamento enzimático com uma preparação comercial
de proteases fúngicas levaram a um rendimento de
97% para a extração de óleo das sementes (SHAH et al.,
2004). Outros métodos diversos de extração de óleo das
sementes são utilizados, dentre eles a utilização de sol-
ventes orgânicos e água. Os rendimentos das extrações
com n-hexano e com água produziram 98% e 38% de
extratos, respectivamente. Constatou-se também que a
utilização de proteases que quebram a parede celular
pode melhorar o rendimento da extração com água;
com o uso de proteases alcalinas, o rendimento das
extrações aquosas aumentou de 38% para 86%, num
processo cuja vantagem é ser menos tóxico que os de-
mais (WINKLER et al., 1997). O processo de extração do
óleo das sementes também gera grande quantidade de
biomassa, que pode ser usada na produção de adubo
orgânico ou de enzimas, assim como fermentada para
produção de etanol (SHARMA et al., 2009).
O teor de óleo, o perfil lipídico e a concentração de es-
teróis foram correlacionados com a fenologia da espé-
cie J. curcas, durante seu desenvolvimento. As sementes
foram coletadas em diferentes estágios de desenvolvi-
mento a partir de uma semana após a fertilização, num
intervalo de cinco dias após essa data até a maturidade.
Estas foram classificadas como estágio I até VII. O teor
de umidade das sementes variou de 8,8 a 90,3%; o me-
nor teor foi na fase VII (sementes maduras) e o teor mais
elevado foi na fase I. A monitoria deste processo por
espectroscopia de RMN 1H dos extratos hexânicos re-
velou a presença de ácidos graxos livres (AGL), seus és-
teres metílicos (FAME) e derivados triglicerídeos (TAG),
juntamente com pequena quantidade de esteróis. As
sementes jovens sintetizaram predominantemente lipí-
deos polares. A síntese de lipídeos foi notada quase três
semanas após a fertilização. A partir da quarta semana,
as sementes sintetizaram TAG. A fase III foi considerada o
ponto de viragem do desenvolvimento das sementes já
que, nesta fase, a concentração de esteróis baixou ao ní-
45
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
vel negligenciável, houve baixíssima formação de FAME,
a acumulação de TAG aumentou substancialmente, e
houve uma súbita queda na concentração FFA. Os re-
sultados podem ser úteis para se compreender e me-
lhorar a biossíntese de TAG, no sentido de reduzir o teor
de AGL nas sementes maduras (ANNARAO et al., 2008).
Um estudo do efeito do NaCl no crescimento da J. cur-
cas, monitorando-se a atividade enzimática e outros pa-
râmetros, apontaram para um aumento da atividade das
enzimas antioxidantes; fato que poderia ser explicado
como uma resposta ao dano celular induzido pelo NaCl.
Contudo, o aumento da atividade dessas enzimas não
é suficiente para interromper os efeitos deletérios do
NaCl e sim para reduzir a gravidade do estresse salínico
e permitir o crescimento celular. Além disso, observou-
se que, quanto maior a concentração de NaCl, menor o
crescimento dos calos do pinhão-manso (KUMAR et al.,
2008). Já na influência do níquel na germinação das se-
mentes da espécie, observou-se que a massa seca das
plântulas diminuiu, enquanto o peso seco aumentou
após exposição ao metal Além disso, o níquel causou
alteração na atividade enzimática (YAN et al., 2008).
Ômicas
Foi definido o tamanho do genoma, a composição da
base e do cariótipo da J. curcas. O cariótipo é composto
de 22, relativamente pequenos, cromossomos meta-
cêntricos e submetacêntricos, cujas dimensões variam
de 1,71 a 1,24 mm. A possibilidade de um evento po-
liploidização na história evolutiva de J. curcas está em
discussão (CARVALHO et al., 2008). No Sul da China,
uma coleção de germoplasma da J. curcas L. está sen-
do montada com base na localização geográfica da
espécie. Todavia, esta coleção não foi caracterizada
utilizando técnicas moleculares associadas à gestão e
utilização do germoplasma. Neste estudo, as relações
genéticas de 58 acessos da espécie foram avaliadas
com base na SSR e AFLP. Dezessete marcadores micros-
satélites foram desenvolvidos utilizando o FIASCO (Fast
Isolation by AFLP of Sequences Containing Repeats) e ape-
nas um foi através da SSR primers polimórficos com dois
alelos. O agrupamento dos genótipos com base em
marcadores AFLP, mostrou que a diversidade genética
do pinhão-manso em Guizhou foi notavelmente dife-
rente que de outras amostras (SUN et al., 2008). Estudos
realizados na Índia com espécimes de J. curcas coleta-
dos em dez fontes diferentes, revelaram diferenças em
relação ao peso e teor das sementes, altura, diâmetro,
área foliar, dentre outros parâmetros, para as espécies
coletadas. Essa constatação é explicada pelas diferenças
fenotípicas e genotípicas das espécies. Análises como
esta podem otimizar a escolha do fenótipo e genótipo
mais adequado para se obter um maior teor de óleo das
sementes. Essa seleção é muito importante visto a im-
portância econômica e medicinal da espécie (GINWAL
et al., 2004). Foi identificado um gene da J. curcas que
codifica uma enzima envolvida no processo de adap-
tação dessa espécie ao estresse ambiental Esse gene é
denominado JcBD1 e tem maior expressão em folhas
e caules das plantas submetidas a tensões ambientais,
tais como: seca, calor, e estresse salínico (ZHANG et al.,
2008).
Produção Agronômica
A temperatura mínima letal para plantas jovens de
pinhão-manso foi determinada, além disso, foram de-
finidas e mapeadas as regiões que apresentam condi-
ções térmicas aptas ao seu cultivo, visando subsidiar
a expansão desta cultura no sul do Brasil, como alter-
nativa para produção de biodiesel (ANDRADE, 2007).
A temperatura mínima de –3 ºC provocou a morte das
folhas em 60% das plantas. A exposição a –4ºC foi letal
para 60% das plantas, enquanto que a -5 ºC todas as
plantas morreram. A fotossíntese foi prejudicada pelas
baixas temperaturas e nos tratamentos a -4ºC e -5ºC os
valores foram negativos, demonstrando que o processo
foi completamente paralisado e as plantas estavam so-
mente respirando. A atividade da peroxidase se elevou
nos tratamentos +1 ºC, 0 ºC, -1 ºC e -2 ºC, decrescendo
sob temperaturas iguais ou inferiores a -3ºC. Os teores
de proteínas totais solúveis foram maiores quanto me-
nores as temperaturas a que as plantas foram submeti-
das. Dessa forma, as baixas temperaturas aumentam a
atividade da enzima peroxidase do pinhão-manso até
o ponto em que se iniciam os danos, quando a ativida-
de passa a decrescer e assim pode ser utilizada como
indicativo de sensibilidade a baixas temperaturas. Com
base nos danos verificados, estabeleceu-se a tempera-
tura mínima crítica de 0 ºC no abrigo meteorológico
46
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
como limitante ao cultivo (ANDRADE, 2007). A espécie
tolera temperaturas elevadas e baixa umidade (AUGUS-
TUS et al., 2004).
A água salina pode ser utilizada com sucesso no cul-
tivo da Jatropha curcas L. A salinidade não afetou o
crescimento da espécie, o amadurecimento dos frutos
e a absorção de sódio e potássio (DAGAR et al., 2006).
A espécie é prudente na utilização de água. Ela possui
mecanismos que controlam sua transpiração durante
o verão (GUSH, 2008). Demonstrou-se que a proteína
aquaporin JcPIP2 está envolvido na resposta da J. cur-
cas às secas, provavelmente auxiliando no processo de
condutividade da água através de membrana (ZHANG
et al., 2007). O tipo de solo possui influencia no desen-
volvimento das plântulas da J. curcas. Entre os tipos de
solo, a sobrevivência das mudas e o tamanho das plân-
tulas são maiores em argila dos solos aluviais (KATHIRA-
VAN et al., 2008). A espécie é capaz de crescer em solos
contaminados com metais pesados desde que este seja
tratado previamente com biofertilizante e biosludge (re-
síduos orgânicos). Em solo contaminado sem tratamen-
to, quanto maior a concentração de metais pesados no
solo, maior é a concentração na planta. Com a adição
de resíduos orgânicos no solo, essa situação muda, pois
a matéria orgânica ali presente age como quelante, re-
duzindo a toxidez dos metais para a planta (JUWARKAR
et al., 2008; KUMAR et al., 2008). A J. curcas também é
utilizada para recuperação e aumentar a qualidade de
solos degradados, uma vez que mantém o estoque de
carbono orgânico e de nitrogênio, além de aumentar
a taxa de seqüestro de carbono e garantir uma maior
infiltração da água. O uso dessa planta é uma alternativa
sustentável de recuperação de solos (OGUNWOLE et al.,
2008).
A espécie, após passar por tratamento utilizando fi-
toproteínas, melhora de forma acentuada seu cresci-
mento vegetativo, enraizamento, floração, frutificação e
formação de sementes. Isso contribui de forma positiva
para o uso da espécie na recuperação de terrenos bal-
dios com o solo degradado (DEBNATH; VERMA, 2008).
A concentração de nutrientes das folhas da J. curcas foi
classificada na seguinte ordem: N> Ca> K> Mg> P> S>
Mn> Fe> B> Zn> Cu; e nos frutos foi: N> K> Ca> P 2
Mg> S> Mn> F e> B> Zn> Cu. A N. A concentração de
K nas folhas foi de 2,3 e 1,4 nos frutos, o que indica que
a exigência de potássio aumenta quando a unidade co-
meça produção de frutas. Este estudo sugere que altas
quantias de nutrientes são extraídas da planta durante
a colheita, assim, a cultura exige adubação adequada
para evitar a exaustão do solo após longos anos de cul-
tivo (LAVIOLA; DIAS, 2008). Em testes in vitro, o extrato
das folhas de J. curcas foi capaz de controlar a mancha
marrom, uma doença que atinge o feijão-caupi (Vigna
unguiculata) e é causada pelo Colletotrichum capsici.
Esse fato aponta para a utilização da espécie no manejo
de doenças de plantas (ONUH et al., 2008).
Valor Econômico
No México, a J. curcas demonstrou possuir um alto
potencial agro-industrial por causa dos vários deriva-
dos que são possíveis de preparar. O óleo extraído
das sementes pode ser utilizado como um substituto
do diesel depois de sofrer transesterificação e outros
processos. Atualmente, o biodiesel tem elevada pro-
cura nos Estados Unidos e Europa e vem sendo de-
senvolvido em países emergentes, como a Índia e o
Brasil. Por ser tratar de uma matéria-prima promissora
para produzir energia a partir de recursos renováveis.
Assim, possui grande valor econômico. Os motores a
combustão interna por compressão utilizam tradicio-
nalmente como combustível o óleo diesel de origem
mineral A recente adição, em pequenas proporções,
de óleo de origem vegetal – biodiesel – ao óleo mi-
neral, justificada pelos especialistas na área como
contraponto à escassez do petróleo, e por outros
como uma redução das emissões de gases contri-
buintes para o efeito estufa, abre uma perspectiva de
utilização de óleos de fontes renováveis, em larga es-
cala. As possibilidades de produção de óleo combus-
tível de origem vegetal, no Brasil, são amplas, visto
que são várias as oleaginosas disponíveis, incluindo
plantas adaptadas à região nordeste do país, como o
dendezeiro – Elaeis guineensis – e a mamoneira – Rici-
nus communis – ou nativas como o pinhão de purga
Jatropha curcastambém conhecido como pinhão
manso (VALENTE, 2007). A biomassa gerada a partir da
extração do óleo das sementes é rica em proteínas e
carboidratos; entretanto, não pode ser utilizada como
alimento de animais sem passar por tratamento prévio
47
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
que elimine suas toxinas. Dessa forma, outro destino
que pode ser dado a esse material é a produção de
biogás. É possível produzir biogás a partir das semen-
tes da planta, quando o uso de filtro anaeróbico con-
duz a 70% de rendimento em metano, (STAUBMANN
et al., 1997). Para os países em desenvolvimento, como
a Nicarágua, a J. curcas se afigura como uma planta
muito promissora em termos de produção de energia,
já que pode ser cultivada em solos muito pobres e for-
nece alto rendimento médio de sementes. A produção
de ésteres metílicos do óleo através de transesterifica-
ção foi demonstrada, e o éster combustível pode ser
usado diretamente em motores existentes, sem modi-
ficações. Hoje, a produção de ésteres metílicos é muito
mais promissora, porém, sobretudo para países produ-
tores de etanol, a produção de ácidos graxos – ésteres
etílicos pode ser uma alternativa no futuro (FOIDL et
al., 1996). Existem diversas publicações recentes que
abordam o uso da J. curcas como biocombustível
processo de produção, processo de extração do óleo
das sementes, tratamento químico do óleo que otimi-
za a produção, inovações tecnológicas, dentre outros
(ACHTEN et al., 2007; AGARWAL, 2007; AZAM et al.,
2005; BANAPURMATH et al., 2008; BERCHMANS; HIRA-
TA, 2008; BORA et al., 2008; CATHARINO et al., 2007; ;
CHHETRI et al., 2008; DEMAFELIS, 2008; DEMIRBAS,
2009; DERNIRBAS, 2008; ESCOBAR et al., 2008; FRANCIS
et al., 2005; GRESSEL, 2008; KAUL et al., 2007; KAUSHIK
et al., 2007; KUMAR et al., 2003; KUMAR; SHARMA, 2008;
MENDONZA et al., 2007; MIN & YAO, 2007; MODI et al.,
2007; MODI et al., 2006; PRAMANIK, 2003; PRASAD et
al., 2000; RAJAGOPAL, 2008; RAO et al., 2007; RATHORE;
MADRAS, 2007; RAZON, 2008; SARIN et al., 2007; SHAH
et al., 2004; SHAH et al., 2003; SRICHAROENCHAIKUL
et al., 2008; SU; WEI, 2008; SUBRAMANIAN et al., 2005;
TAMALAMPUDI et al., 2008; TANG et al., 2007; TAPANES
et al., 2008; TIWARI et al., 2007; TIWARI et al., 2006; VAN
EIJCK & ROMIJN, 2008; VASUDEVAN et al., 2005; ZHANG
et al., 2009; ZHOU et al., 2006; ZHU et al., 2006; WAH-
LEN et al., 2008; WINAYANUWATTIKUN et al., 2008).
Patentes
Não foi encontrada nenhuma patente referente à J.
curcas no banco de dados do INPI e EPO. Todas as pa-
tentes encontradas para a espécie estão publicadas na
base de dados Web of Science. A primeira patente so-
bre a espécie refere-se ao uso do óleo das sementes
de Jatropha curcas L. como combustível em motores a
diesel e gasolina. Em testes realizados em motores de
caminhão, o óleo da semente apresentou desempenho
semelhante ao óleo diesel, com a vantagem de baixa de
emissão de gás carbônico e outros gases, além de ser
um combustível originado de uma matéria-prima reno-
vável (YUKO, 1984). Existe também uma patente sobre a
produção de resinas alquídicas (material de revestimen-
to) resistentes ao calor, a partir do óleo das sementes
(DAINIPPON et al., 1992). Outras patentes diversas refe-
rem o uso do óleo da J. curcas como combustível. Estas
patentes descrevem métodos de fabricação, novas téc-
nicas de produção, formulações, etc. (AGARWAL, 2008;
GHOSH et al., 2006; ZHANG et al., 2008; ZHANG et al.,
2008; WANG, 2008; YUKO, 1985). Foi patenteado um mé-
todo de extração do óleo das sementes da J. curcas com
solventes orgânicos (TAMA et al., 1994), assim como um
processo a partir de fermentação com microorganis-
mos. Segundo os depositantes, esse método possui a
vantagem de reduzir o custo de produção e melhorar o
rendimento da extração (QIU et al., 2008).
Seguindo a tendência apresentada em algumas publi-
cações sobre a espécie referente ao seu uso na nutrição
animal, já existe patente de uma ração para peixe con-
tendo J. curcas (YUAN et al., 2008). Outro depósito refere-
se à produção de proteína vegetal a partir das sementes
do pinhão-manso, como aditivo em alimentos (WHANG;
ZHU, 2005). Comprovando várias publicações que apon-
tam a atividade moluscicida do pinhão-manso, há uma
patente de um produto em com esta propriedade,
produzido a partir das sementes da planta, além de seu
processo de extração e aplicação. Esse moluscicida não
é tóxico para peixes, não causa poluição ambiental e é
muito eficaz no combate de caracóis (LIU et al., 2000).
Existem vários depósitos de patentes referentes
a produção agronômica e biotecnologia vegetal,
como citadas a seguir: método de micropropagação
(JOHNSON; DEORE, 2008); método para o armazena-
mento de sementes, envolvendo tratamento prévio
para garantir mais de 90% de pureza, além da reali-
zação de ensaios de teor de água (deve estar entre 7
e 9%) das mesmas antes de serem embaladas, num
48
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
processo que mantém a qualidade das sementes de
forma efetiva, reduz a perda por oxidação e mantém
a sobrevida das sementes acima de 90% (YUAN et
al., 2008). Outra invenção refere-se ao método para
prolongar o tempo de armazenamento do óleo da
J. curcas usando-se antioxidante rosmarínico, contri-
buindo para o aumento da vida útil do óleo da planta
(LI et al., 2006). Foi patenteado também um método
referente ao plantio intercalado de Euphorbia lathyris
e J. curcas, que traz benefícios econômicos pelo au-
mento da produtividade de matéria-prima a partir
das duas espécies; um ponto importante quando
se almeja torná-las fontes de produção de bioener-
gia (YUAN et al., 2008). Um método para melhorar o
início de um enxerto do ramo da J. curcas envolve a
seleção da época adequada de realização da enxertia
dentre outros parâmetros, resultando numa melho-
ra em cerca de 98% da taxa de sobrevivência da es-
pécie (DUAN et al., 2008). Outro método melhorado
envolveu a garantia da maturação do fruto a partir
da análise de sua coloração. Estes são colhidos com
um facão ou poda anexada a um pau de bambu, e
após a secagem, são embalados separadamente. O
método considera características reprodutivas da es-
pécie, reduz custos e recursos humanos (YUAN et al.,
2008). A J. curcas pode ser utilizada como fertilizan-
te em combinação com os fungos micorrízicos. Esse
adubo pode aumentar a taxa de absorção do solo, a
nutrição da raiz da J. curcas, satisfazer a nutrição ne-
cessária para o crescimento da espécie, favorecer o
desenvolvimento de frutos e aumentar o rendimento
das sementes sem causar danos ecológicos (ZHAO et
al., 2008). Existem duas patentes referentes à produ-
ção de um tipo de clone de matrizes de J. curcas em
meio contendo fito-hormônios a partir de explantes
meristemáticos. Segundo os depositantes, esse pro-
cesso deve movimentar a economia, já que permitirá
o cultivo padronizado de espécies com qualidade em
grande escala para uso comercial Essa planta é útil
para, por exemplo, tratamento do cancro, a limpeza
dos dentes, e como um antídoto para mordidas de
serpentes. Além disso, o óleo das sementes pode
ser usado em motores a diesel e para fazer sabão. É
importante ressaltar, que uma grande vantagem am-
biental do uso do óleo da espécie é a não emissão de
fumaça durante a queima (MURALI et al., 2008)
Existem patentes relacionadas ao uso farmacêutico da
espécie. O extrato de J. curcas L. e de outras plantas da fa-
mília Euphorbiaceae estão presentes na formulação de
um estimulante de crescimento capilar para prevenção
da alopecia (SHISEIDO, 1996) e em cosméticos (TAMA
et al., 1994). Além disso, o extrato do ramo e das folhas
está presente num agente antiviral ativo contra herpes,
poliomielite, sarampo, varicela zoster, citomegalovírus e
os vírus do DNA ou RNA (HOZUMI et al., 1993). Foi pa-
tenteado um medicamento de uso tópico contendo J.
curcas em sua formulação, utilizado para tratar queima-
duras, cortes e ferimentos da pele. Além de auxiliar no
processo de cicatrização, possui ação antimicrobiana
e evita a formação de cicatriz (PUSHPANGADAN et al.,
2004). O isolamento do complexo (5-hydroxi-pirrolidin-
2-ona e pirimidin-2,4-diona) das folhas da J. curcas, usa-
do como agente antiinflamatório também foi patentea-
do (SUCHER & HOLZER, 1994). Em relação às ômicas, foi
patenteado um fator de transcrição da J. curcas utilizado
para cultivar plantas mais resistentes (SHEN et al., 2006).
Foi patenteada a produção de matérias-primas úteis para
grandes indústrias a partir do óleo das sementes da Ja-
tropha curcas L, são elas: a parodução de bio-polyol (RUI
et al., 2008) e a preparação de espuma plástica de poliu-
retano, última patente depositada na base de dados do
Web of Science em 2009. Essa espuma é utilizada em gela-
deiras, materiais construção e tem a vantagem de possuir
excelente biodegradabilidade (RUI et al., 2009)
Referências
ABDU-AGUYE, I.; SANNUSI, A.; ALAFIYA-TAYO, R.A.; BHUS-
NURMATH, S.R. Acute toxicity studies with Jatropha cur-
cas L. Human Toxicology, v.5, p.269-274, 1986.
ACHTEN, W.M.J.; MATHIJS, E.; VERCHOT, L. Jatropha
biodiesel fueling sustainability? Biofuels Bioproducts &
Biorefining (Biofpr), v.1, p.283-291, 2007.
ACHTEN, W.M.J.; VERCHOT, L.; FRANKEN, Y.J. Jatropha
bio-diesel production and use. Biomass & Bioenergy,
v.32, p.1063-1084, 2008.
ADEBOWALE, K. O.; ADEDIRE, C.O. Chemical composi-
tion and insecticidal properties of the underutilized Jat-
49
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
ropha curcas seed oil. African Journal of Biotechnology,
v.5, p.901-906, 2006.
ADEYEMI, O.A.; BALOGUN, M.O.; FASINA, O.E. Response of
finishing broilers to graded levels of boiled Jatropha seeds.
Indian Journal of Animal Sciences, v.71, p.800-803, 2001.
ADOLF, W.; OPFERKUCH, H.J.; HECKER, E. Irritant forbol
derivatives from four Jatropha species. Phytochemistry,
v23, p.129-132, 1984.
AGARWAL, D.; AGARWAL, A.K. Performance and emissions
characteristics of Jatropha oil (preheated and blends) in
a direct injection compression ignition engine. Applied
Thermal Engineering, v.27, p.2314-2323, 2007.
AGARWAL, R. Process of extracting Jatropha Cur-
cas Oil for use in diesel engines. Patent Number (s):
IN200100744-I1, 2008.
AMADOR, J.C. Perfil das intoxicações agudas exógenas
infantis na cidade de Maringá e região. Dissertação de
Mestrado. Universidade Estadual de Londrina - Saúde
Coletiva, 108 pp., 1997.
ANDRADE, G.A. Temperatura mínima letal e delimitação
das áreas de baixo risco de geadas para o cultivo do
pinhão-manso (Jatropha curcas L.) no Estado do Para-
ná. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual De
Londrina – Agronomia, 69 pp., 2007.
ANNARAO, S.; SIDHU, O.P.; ROY, R. Lipid profiling of devel-
oping Jatropha curcas L. seeds using H-1 NMR spectros-
copy. Bioresource Technology, v.99, p.9032-9035, 2008.
ASSELEIH, L.M.C.; PLUMBLEY, R.A.; HYLANDS, P.J. Purifi-
cation and partial characterization of a hemagglutinin
from seeds of Jatroph curcas. Journal of Food Biochem-
istry, v.13, p.1-20, 1989.
AUGUSTUS, G.D.P.R.; MEHALINGAM, P.; KANNAN, D. Evalua-
tion and bioinduction of energy components in Jatropha
curcas L. Asian Journal of Chemistry, v.16, p.1415-1420, 2004.
AUVIN, C.; BARAGUEY, C.; BLOND, A. Curcacycline B, a
cyclic nonapeptide from Jatropha curcas enhancing
rotamase activity of cyclophilin. Tetrahedron Letters,
v.38, p.2845-2848, 1997.
AZAM, M.M; WARIS, A.; NAHAR, N.M. Prospects and po-
tential of fatty acid methyl esters of some non-tradition-
al seed oils for use as biodiesel in India. Biomass & Bio-
energy, v.29, p.293-302, 2005.
BANAPURMATH, N.R.; TEWARI, P.G.; HOSMATH, R.S. Per-
formance and emission characteristics of a DI com-
pression ignition engine operated on Honge, Jatropha
and sesame oil methyl esters. Renewable Energy, v.33,
p.1982-1988, 2008.
BECKER, K.; MAKKAR, H.P.S. Effects of forbol esters in carp
(Cyprinus carpio L). Veterinary and Human Toxicology,
v.40, p.82-86, 1998.
BERCHMANS, H.J.; HIRATA, S. Biodiesel production from
crude Jatropha curcas L. seed oil with a high content of
free fatty acids. Bioresource Technology, v.99, p.1716-
1721, 2008.
BORA, D.K.; DAS, L.M.; BABU, M.K. G. Performance of a
mixed biodiesel fueled diesel engine. Journal of Scien-
tific & Industrial Research, v.67, p.73-76, 2008.
CARVALHO, C.R.; CLARINDO, W.R.; PRACA, M.M. Ge-
nome size, base composition and karyotype of Jat-
ropha curcas L., an important biofuel plant. Plant
Science, v.174, p.613-617, 2008.
CATHARINO, R.R.; MILAGRE, H.M.S.; SARAIVA, S.A. Biodie-
sel typification and quality control by direct infusion
electrospray ionization mass spectrometry fingerprint-
ing. Energy & Fuels, v.21, p.3698-3701, 2007.
CHEN, M.; HOU, L.; ZHANG, G. The diterpenoids from
Jatropha curcas. Zhiwu Xuebao, v.30, p.308-311, 1988.
Chemical Abstracts, v.110, 21068h, 1989.
CHHABRA, S.C.; MAHUNNAH, L.A.; MSHIU, E.N. Plants
used in traditional medicine in eastern Tanzania. IlL
Angiosperms (Euphorbiaceae to Menispermaceae).
Journal of Ethnopharmacology, v.28, p.255-283,
1990.
50
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
CHHETRI, A.B.; TANGO, M.S.; BUDGE, S.M. Non-edible
plant oils as new sources for biodiesel production. Inter-
national Journal of Molecular Sciences, v.9, p.169-180,
2008.
DAGAR, J.C.; TOMAR, O.S.; KUMAR, Y. Performance of
some under-explored crops under saline irrigation in a
semiarid climate in northwest India. Land Degradation
& Development, p.17, v.285-299, 2006.
DAINIPPON INK & CHEMICALS INC.; YUKO, K.K. Heat re-
sistant alkyd resin coating material obtained using type
of tung oil obtained from seeds of Jatropha curcas. Pat-
ent Number(s): JP4028780-A, 1992.
DAS, B.; REDDY, M.R.; RAVINDRANATH, N. A substituted
imidazole derivative from Jatropha curcas. Indian Jour-
nal of Chemistry Section B – Organic Chemistry Includ-
ing Medicinal Chemistry, v.44, p.1119-1120, 2005.
DATTA, M.M.; MUKHERJEE, P.; GHOSH, B. In vitro clonal
propagation of biodiesel plant (Jatropha curcas L.). Cur-
rent Science, v.93, 1438-1442, 2007.
DEBNATH, M.; VERMA, H.N. Effect of phytoprotein treat-
ment on Jatropha curcas for wasteland reclamation. Af-
rican Journal of Biotechnology, v.7, p.613-616, 2008.
DEMAFELIS, R.B. Towards a village-scale biodiesel pro-
cessing of Jatropha curcas in the Philippines. Philippine
Journal of Crop Science, v.33, p.59-68, 2008.
DEMIRBAS, A. New liquid biofuels from vegetable oils
via catalytic pyrolysis. Energy Education Science and
Technology, v.21, p.1-59, 2008.
DEORE, A.C.; JOHNSON, T.S. High-frequency plant re-
generation from leaf-disc cultures of Jatropha curcas L.:
an important biodiesel plant. Plant Biotechnology Re-
ports, v.2, p.7-11, 2008.
DEVAPPA, R.K.; SWAMYLINGAPPA, B. Biochemical and
nutritional evaluation of Jatropha protein isolate pre-
pared by steam injection heating for reduction of
toxic and antinutritional factors. Journal of the Sci-
ence of Food and Agriculture, v.88, p.911-919, 2008.
DIMRI, U.; SHARMA, M.C. Effects of sarcoptic mange
and its control with oil of Cedrus deodara, Pongamia
glabra, Jatropha curcas and benzyl benzoate, both
with and without ascor bic acid on growing sheep:
Assessment of weight gain, liver function, nutrient di-
gestibility, wool production and meat quality. Journal
of Veterinary Medicine Series A – Physiology Pathol-
ogy Clinical Medicine, v.51, p.79-84, 2004.
DIMRI, U.; SHARMA, M.C. Effects of sarcoptic mange and
its control with oil of Cedrus deodara, Pongamia glabra,
Jatropha curcas and benzyl benzoate, both with and
without ascorbic acid on growing sheep: Epidemiology;
assessment of clinical, haematological, cell-mediated
humoral immune responses and pathology. Journal of
Veterinary Medicine Series A – Physiology Pathology
Clinical Medicine, v.51, p.71-78, 2004.
DUAN, Y.; HE, L.; YUAN, L. Jatropha curcas branch top
graft improving method, involves selecting proper
season for grafting jatropha curcas branch, scion
and stock, grafting operation, forming proper sea-
son from middle ten days of February to last ten
days of March. Yunan Academy of Agricultural Sci-
ences. Patent Number(s): CN101283660-A, 2008.
DUKE, J.A.; RATON, F.L. CRC Handbook of Medicinal
Herbs. CRC Press, Boca Raton, p.253-54, 1988.
ELBADWI, S.M.; ADAM, S.E.I.; HAPKE, H.J. Toxic effects of low-
levels of dietary Jatropha curcas seed on brown hisex chicks.
Veterinary and Human Toxicology, v.34, p.112-115, 1992.
ELBADWI, S.M.A.; MOUSA, H.M.; ADAM, S.E.I. Response
of brown hisex chicks to low-levels of Jatropha curcas,
Ricinus communis or their mixture. Veterinary and Hu-
man Toxicology, v.34, n.304-306, 1992.
ELBADWI, S.M.A.; ADAM, S.E.I.; HAPKE, H.J. Compara-
tive toxicity of Ricinus communis and Jatropha curcas
in brown hisex chicks. Deutsche Tierarztliche Wochen-
schrift, v.102, p.75-77, 1995.
EMEASOR, K.C.; OGBUJI, R.O.; EMOSAIRUE, S.O. Insecti-
cidal activity of some seed powders against Callosobru-
chus maculatus (F.) (Coleoptera: Bruchidae) on stored
51
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
cowpea. Zeitschrift Fur Pflanzenkrankheiten Und Pflan-
zenschutz – Journal of Plant Diseases and Protection,
v.112, p.80-87, 2005.
ESCOBAR, E.C.; DERNAFELIS, R.B.; PHAM, L.J. Biodiesel
Production from Jatropha curcas L. Oil by Transesterifi-
cation with Hexane as Cosolvent. Philippine Journal of
Crop Science, v.33, p.1-13, 2008.
FAGBENRO-BEYIOKU, A.F.; OYIBO, W.A. ; ANUFOROM,
B.C. Disinfectant/antiparasitic activities of Jatropha cur-
cas. East African Medical Journal, v.75, p.508-51, 1998.
FOIDL, N.; FOIDL, G.; SANCHEZ, M. Jatropha curcas L as a
source for the production of biofuel in Nicaragua. Biore-
source Technology, v.58, p.77-82, 1996.
FRANCIS, G.; EDINGER, R.; BECKER, K. A concept for simul-
taneous wasteland reclamation, fuel production, and so-
cio-economic development in degraded areas in India:
Need, potential and perspectives of Jatropha plantations.
Natural Resources Forum, v.29, p.12-24, 2005.
GADIR, W.S.A.; ONSA, T.O.; ALI, W.E.M. Comparative tox-
icity of Croton macrostachys, Jatropha curcas and Piper
abyssinica seeds in Nubian goats. Small Ruminant Re-
search, v.48, p.61-67, 2003.
GANDHI, V.M.; CHERIAN, K.M.; MULKY, M.J. Toxicological
studies on ratanjyot oil. Food and Chemical Toxicology,
v.33, p.39-42, 1995.
GHOSH, P.K.; ADIMURTHY, S.; GANDHI, M.R. Prepara-
tion of fatty acid methyl ester useful as biodiesel in-
volves transesterification of mechanically oil expelled
obtained from plant materials by treatment with alkali
followed by antioxidant and methanolic-potassium hy-
droxide solution. Council of Scientific & Industrial Re-
search of India. Patent Number(s): US2006080891-A1;
IN200402056-I1; WO2006043281-A1, 2006.
GHOSH, P.K.; SHETHIA, B.D.; PARMAR, D.R. Preparing fatty
acid methyl ester from triglyceride oil comprises neu-
tralizing free fatty acid in oil; adding antioxidant; treat-
ing with methanolic-potassium hydroxide, fatty acid
methyl ester layer and flue gas; and collecting glycerol.
Council of Scientific & Industrial Research of India. Pat-
ent Number(s): WO2006043281-A1, 2006.
GINWAL, H.S.; RAWAT, P.S.; SRIVASTAVA, R.L. Seed source
variation in growth performance and oil yield of Jatro-
pha curcas Linn. in central India. Silvae Genetica, v.53,
p.186-192, 2004.
GMINSKI, R.; HECKER, E. Predictive and preventive toxi-
cology of innovative industrial crops of the spurge (Eu-
phorbiaceae) family. Interdisciplinary Science Reviews,
v.23, p.99-112, 1998.
GOONASEKERA, M. M.; GUNAWARDANA, V. K.; JAYASE-
NA, K. Pregnancy terminating effect of Jatropha curcas
in rats. Journal of Ethnopharmacology, v.47, p.117-123,
1995.
GRESSEL, J. Transgenics are imperative for bio-
fuel crops. Plant Science, v.74, p.246-263, 2008.
GUBITZ, G.M.; MITTELBACH, M.; TRABI, M. Exploitation of
the tropical oil seed plant Jatropha curcas L. Bioresource
Technology, v.67, p.73-82, 1999.
GUPTA, M.P.; MONGE, A.; KARIKAS, G.A. Screening of
Panamanian medicinal plants for brine shrimp toxicity,
crown gall tumor inhibition, cytotoxicity and DNA inter-
calation. International Journal of Pharmacognosy, v.34,
p.19-27, 1996.
GUPTA, P.K.; KUMAR, R.; PANESAR, B.S. Studies on char-
acterization of selected plant oils and their bio-diesels.
Ama-Agricultural Mechanization in Asia, Africa and Lat-
in America, v.39, p.14-18, 2008.
GUSH, M.B. Measurement of water-use by Jatropha cur-
cas L. using the heat-pulse velocity technique. Water SA,
v.34, p.579-583, 2008.
HAAS, W.; MITTELBACH, M. Detoxification experiments
with the seed oil from Jatropha curcas L. Industrial Crops
and Products, v.12, p.111-118, 2000.
HAAS, W.; STERK, H.; MITTELBACH, M. Novel 12-deoxy-
16-hydroxyforbol diesters isolated from the seed oil of
52
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
Jatropha curcas. Journal of the Natural Products, v.65,
p.1434-1440, 2002.
HELLER, J. Physic Nut. Jatropha curcas L. Promoting the
Conservation and use of Underutilized and Neglected
Crops. I. Institute of Plant Genetics and Crop Plant Re-
search, Gatersleben/International Plant Genetic Re-
sources Institute, Rome, 1.
HENNING, K. Fuel production improves food produc-
tion: the jatropha project in Mali. In: Biofuels and Indus-
trial Products from Jatropha Curcas. Giibitz, G.M., Mittel-
bach, M., Trabi, M. (Eds.), p.92-97. DBV Graz., 1997.
HIROTA, M.; SUTTAJIT, M.; SUGURI, H.A new tumor
promoter from the seed oil of Jatropha curcas L.,
an intramolecular diester of 12-deoxy-16-hydroxy-
forbol. Cancer Research, v.48, p.5800-5804, 1988.
HOZUMI, T.; MATSUMOTO, T.; OOYAMA, H. Terpene(s)
steam-distilled from aromatic plants especially active
against herpes, polio, measles, varicella zoster, cyto-
megalovirus and DNA or RNA viruses. Patent Number(s):
EP568001-A; EP568001-A2; JP6025003-A, 1995.
HUFFORD, C.D.; OGUNTIMEIN, B.O. Nonpolar constitu-
ents of Jatropha curcas. Lloydia – The Journal of Natural
Products, v.41, p.161-165, 1978.
JHA, T.B.; MUKHERJEE, P.; DATTA, M.M. Somatic embryogen-
esis in Jatropha curcas Linn., an important biofuel plant.
Plant Biotechnology Reports, v.1, p.135-140, 2007.
JING, L.; FANG, Y.; YING, X. Toxic impact of ingested Ja-
tropherol-I on selected enzymatic activities and the
ultrastructure of midgut cells in silkworm, Bombyx
mori L. Journal of Applied Entomology, v.129, p.98-
104, 2005.
JOHNSON, T.S.; DEORE, A.C. Producing micropropa-
gated true-to-type Jatropha curcas plant useful for
pharmaceutical or dermatological products, by iso-
lating a leaf disc from the leaf of J. curcas, and mi-
cropropagating the leaf disc. Reliance Life Sciences
Pvt Ltd. Patent Number(s): WO2008012832-A2;
WO2008012832-A8; IN200600490-I3, 2008.
JOUBERT, P.H.; BROWN, J.M.M.; HAY, I.T. Acute-poison-
ing with Jatropha curcas (purging nut tree) in children.
South African Medical Journal, p.65, p.729-730, 1984.
JUWARKAR, A.A.; YADAV, S.K.; KUMAR, P. Effect of bio-
sludge and biofertilizer amendment on growth of Jatro-
pha curcas in heavy metal contaminated soils. Environ-
mental Monitoring and Assessment, v.145, p.7-15, 2008.
KATHIRAVAN, M.; PONNUSWAMY, A.S.; VANITHA, C. Influ-
ence of soil types on elite seedling production in Jatro-
pha (Jatropha curcas L.). Plant Archives, v.8, p.111-113,
2008.
KAUL, S.; SAXENA, R.C.; KUMAR, A. Corrosion behavior of
biodiesel from seed oils of Indian origin on diesel engine
parts. Fuel Processing Technology, v.88, p.303-307, 2007.
KAUSHIK, N.; KUMAR, K.; KUMAR, S. Potential of Jatropha
curcas for biofuels. Journal of Biobased Materials and
Bioenergy, v.1, p.301-314, 2007.
KAUSHIK, N. Effect of capsule maturity on germination
and seedling vigour in Jatropha curcas. Seed Science
and Technology, v.31, p.449-454, 2003.
KHAFAGY, S.M.; MOHAMED, Y.A.; ABDELSALAM, N.A.
Phytochemical study of Jatropha curcas. Planta Medica,
v.31, p.274-277, 1977.
KISANGAU, D.P.; HOSEA, K.M.; JOSEPH, C.C. In vitro an-
timicrobial assay of plants used in traditional medicine
in Bukoba Rural district, Tanzania African Journal of Tra-
ditional Complementary and Alternative Medicines, v.4,
p.510-523, 2007.
KPOVIESSI, D.S.S.; ACCROMBESSI, G.C.; KOSSOUOH, C.
Physicochemical properties and composition of pignut
(Jatropha curcas) non-conventional oil from different
regions of Benin. Comptes Rendus Chimie, v.7, p.1007-
1012, 2004.
KUMAR, M.S.; RAMESH, A.; NAGALINGAM, B. An experi-
mental comparison of methods to use methanol and
Jatropha oil in a compression ignition engine. Biomass
& Bioenergy, v.25, p.309-318, 2003.
53
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
KUMAR, A.; SHARMA, S. An evaluation of multipurpose
oil seed crop for industrial uses (Jatropha curcas L.): A
review. Industrial Crops and Products, v.28, p.1-10, 2008.
KUMAR, G.P.; YADAV, S.K.; THAWALE, P.R. Growth of Jatro-
pha curcas on heavy metal contaminated soil amended
with industrial wastes and Azotobacter – A greenhouse
study. Bioresource Technology, v.99, p.2078-2082, 2008.
KUMAR, N.; PAMIDIMARRI, S.D.V.N.; KAUR, M. Effects of
NaCl on growth, ion accumulation, protein, proline con-
tents and antioxidant enzymes activity in callus cultures
of Jatropha curcas. Biologia, v.63, v.378-382, 2008.
KUMAR, V.; MAKKAR, H.P.S.; BECKER, K. Detoxification of Jatro-
pha curcas seed meal and its utilization as a protein source in
fish diet. Comparative Biochemistry and Physiology A – Mo-
lecular & Integrative Physiology, v.151, S13-S14, 2008.
LAVIOLA, B.G.; DIAS, L.A.D. Nutrient concentration in
Jatropha curcas L. Leaves and fruits and estimated ex-
traction at harvest. Revista Brasileira de Ciência do Solo,
v.32, p.1969-1975, 2008.
LIMA, J.M.S. Etnofarmacologia de plantas Odontalgicas
no Assentamento Tarumã-Mirim. Dissertação de Mes-
trado. Universidade do Estado do Amazonas – Biotec-
nologia e Recursos Naturais da Amazônia, 110 pp., 2005.
LIN, J.; YAN, F.; TANG, L. Antitumor effects of curcin from
seeds of Jatropha curcas. Acta Pharmacologica Sinica,
v.24, p.241-246, 2003.
LIST, P.H.; HORHAMMERL L. Hager’s Handbuch der Phar-
mazeutischen Praxis, Springer, Berlin. 1979.
LI, C.; GAO, Y.; OU, L. Method for prolong storage time
of Jatropha curcas oil using rosemarinic antioxidant.
Yunnan University. Patent Number(s): CN1814720-A;
CN100410356-C, 2006.
LIU, S.; DAI, Y.; ZHOU, Z. Molluscicide powder comprising
Jatropha curcas seed and its extraction process and appli-
cation. Hubei Hubei Keqi Biological Engineering Co., Ltd.
Patent Number(s): CN1256082-A; CN1086272-C, 2000.
LIU, S.Y.; SPORER, F.; WINK, M. Anthraquinones in Rheum
palmatum and Rumex dentatus (Polygonaceae), and
forbol esters in Jatropha curcas (Euphorbiaceae) with
molluscicidal activity against the schistosome vector
snails Oncomelania, Biomphalaria and Bulinus. Tropical
Medicine & International Health, v.2, p.179-188, 1997.
LUO, M.J.; YANG, X.Y.; LIU, W.X. Expression, purifica-
tion and anti-tumor activity of curcin. Acta Biochi-
mica Et Biophysica Sinica, v.38, p.663-668, 2006.
MAKKAR, H.P.S.; ADERIBIGBE, A.O.; BECKER, K. Compara-
tive evaluation of non-toxic and toxic varieties of Jat-
ropha curcas for chemical composition, digestibility,
protein degradability and toxic factors. Food Chemistry,
v.62, p.207-215, 1998.
MAKKAR, H.P.S.; BECKER, K.; SPORER, F. Studies on nutri-
tive potential and toxic constituents of different prov-
enances of Jatropha curcas. Journal of Agricultural and
Food Chemistry, v.45, p.3152-3157, 1997.
MAKKAR, H.P.S.; FRANCIS, G.; BECKER, K. Protein
concentrate from Jatropha curcas screw-pressed
seed cake and toxic and antinutritional factors
in protein concentrate. Journal of the Science
of Food and Agriculture, v.88, p.42-1548, 2008.
MAMPANE, K.J.; JOUBERT, P.H.; HAY, I.T. Jatropha curcas: use
as a traditional Tswana medicine and its role as a cause of
acute poisoning. Phytotherapy Research, v.1, p.50-51, 1987.
MARTIN, G.; MAYEUX, A. Reflections on oil crops as
sources of energy .2. curcas oil (Jatropha curcas L.) - a
possible fuel. Oleagineux, v.39, p.283-287, 1984.
MARTINEZ-HERRERA, J.; SIDDHURAJU, P.; FRANCIS, G.
Chemical composition, toxic/antimetabolic constitu-
ents, and effects of different treatments on their levels,
in four provenances of Jatropha curcas L. from Mexico.
Food Chemistry, v.96, p.80-89, 2006.
MARTINS, C.C.; MACHADO, C.G.; CAVASINI, R. Tempera-
ture and substrate for the germination test of physic nut
seeds. Ciencia e Agrotecnologia, v.32, p.863-868, 2008.
54
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
MATSUSE, I.T.; LIM, Y.A.; HATTORI, M. A search for anti-
viral properties in Panamanian medicinal plants. The
effects on HIV and its essential enzymes. Journal Of
Ethnopharmacology, v.64, p.15-22, 1999.
MENDOZA, T.C.; CASTILLO, E.T.; AQUINO, A.L. Towards
making Jatropha curcas (tubang bakod) a viable source
of biodiesel oil in the Philippines. Philippine Journal of
Crop Science, v.32, p.29-43, 2007.
MIN, E.; YAO, Z.L. The development of biodiesel indus-
try in recent years - Peculiarity, predicament and coun-
termeasures. Progress in Chemistry, v.19, p.1050-1059,
2007.
MODI, M.K.; REDDY, J.R.C.; RAO, B.V.S.K. Lipase-mediated
conversion of vegetable oils into biodiesel using ethyl
acetate as acyl acceptor. Bioresource Technology, v.98,
p.1260-1264, 2007.
MODI, M.K.; REDDY, J.R.C.; RAO, B.V.S.K. Lipase-mediated
transformation of vegetable oils into biodiesel using
propan-2-ol as acyl acceptor. Biotechnology Letters,
v.28, p.637-640, 2006.
MUANGMAN, S.; THIPPORNWONG, M.; TOHTONG, R.
Anti-metastatic effects of curcusone B, a diterpene
from Jatropha curcas. In Vivo: International Journal
of Experimental and Clinical Pathophysiology, v.19,
p.265-268, 2005.
MUANZA, D.N.; EULER, K.L.; WILLIAMS, L. Screening for
antitumor and anti-hiv activities of 9 medicinal-plants
from Zaire. International Journal of Pharmacognosy,
v.33, p.98-106, 1995.
MUJUMDAR, A.M.; MISAR, A. Anti-inflammatory ac-
tivity of Jatropha curcas roots in mice and rats, Jour-
nal of Ethnopharmacology, v.90, p.11-15, 2004.
MURALI, K. S.; PATIL, M.; MAURYA, G. Producing a true-
to-type clone of Jatropha curcas mother plant useful
for e.g. treating cancer, cleaning teeth, as an antidote
for snake-bites involving culturing meristematic ex-
plant of Jatropha curcas in media with phytohor-
mones. Patent Number(s): US2008194026-A1, 2008.
NAENGCHOMNONG, W.; TARNCHOMPOO, B.; THEBTA-
RANONTH, Y. (+)-jatrophol, (+)-marmesin, propacin and
jatrophin from the roots of Jatropha curcas (Euphorbia-
ceae). Journal of the Science Society of Thailand, v.20,
p.73-83, 1994.
NAENGCHOMNONG, W.; THEBTARANONTH, Y.; WIRIY-
ACHITRA, P.; OKAMOTO, K.T.; CLARDY, J. Tetrahedron Let-
ters, v.27, p.2439, 5675, 1986.
NATH, L.K.; DUTTA, S.K. Extraction and purification of
curcain, a protease from the latex of Jatropha curcas
Linn. Journal of Pharmacy and Pharmacology, v.43,
p.111-114, 1991.
NUNES, C.F. Caracterização de frutos, sementes e plân-
tulas e cultivo de embriões de pinhão-manso (Jatropha
curcas L.). Dissertação de Mestrado. Universidade Fede-
ral De Lavras – Agronomia (Fitotecnia), 78 pp., 2007.
NUNES, C.F.; PASQUAL, M.; DOS SANTOS, D.N. Differ-
ent supplements for in vitro embryo culture of physic
nut. Pesquisa Agropecuaria Brasileira, v.43, p.9-14, 2008.
NWOSU, M.O.; OKAFOR, J.I. Preliminary studies of the an-
tifungal activities of some medicinal-plants against ba-
sidiobolus and some other pathogenic fungi. Mycoses,
v.38, p.191-195, 1995.
OGUNWOLE, J.O.; CHAUDHARY, D.R.; GHOSH, A. Contri-
bution of Jatropha curcas to soil quality improvement
in a degraded Indian entisol. Acta Agriculturae Scandi-
navica Section B – Soil and Plant Science, v.58, p.295-
251, 2008.
OLUWOLE, F.S.; BOLARINWA, A.F. Jatropha curcas extract
causes anaemia in rat. PHYTOTHERAPY RESEARCH, v.11,
p.538-539, 1997.
ONUH, M.O.; OHAZURIKE, N.C.; EMERIBE, E.O. Efficacy
of Jatropha curcas leaf extract in the control of brown
blotch disease of cowpea (Vigna unguiculata). Biological
Agriculture & Horticulture, v.25, p.201-207, 2008.
OPENSHAW, K. A review of Jatropha curcas: an oil plant of
unfulfilled promise. Biomass & Bioenergy, v.9, 1-15, 2000.
55
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
OSONIYI, O.; ONAJOBI, F. Coagulant and anticoagulant
activities in Jatropha curcas latex. Journal of Ethnophar-
macology, v.89, p.101-105, 2003.
PLETSCH, M.; CHARLWOOD, B.V. Accumulation of diter-
penoids in cell and root-organ cultures of Jatropha spe-
cies. Journal of Plant Physiology, v.150, p.37-45, 1997.
PRAMANIK, K. Properties and use of Jatropha cur-
cas oil and diesel fuel blends in compression igni-
tion engine. Renewable Energy, v.28, p.239-248, 2003.
PRASAD, C.M.V.; KRISHNA, M.V.S.M.; REDDY, C.P. Perfor-
mance evaluation of non-edible vegetable oils as substi-
tute fuels in low heat rejection diesel engines. Proceedings
of the Institution of Mechanical Engineers Part D – Jour-
nal of Automobile Engineering, v.214, p.181-187, 2000.
PRUEKSAKORN, K.; GHEEWALA, S.H. Full chain energy
analysis of biodiesel from Jatropha curcas L. in Thailand.
Environmental Science & Technology, v.42, p.3388-3393,
2008.
PUSHPANGADAN, P.; MEHROTRA, S.; RAWAT, A.K.S. Herbal
composition useful for the treatment of e.g. cuts, burns
and wounds comprises extracts of plants selected from
Jatropha curcas, clerodendrum infortunatum, centella
asiatica or utlaria solicifolia optionally with an additive.
Council of Scientific & Industrial Research of India. Pat-
ent Number(s): US2004121027-A1; WO2004056383-A1;
AU2002353388-A1, 2004.
QIU, S.; HUANG, Y.; WANG, G. Preparation of Jatropha
curcas seed oil comprises shelling Jatropha curcas seed,
crushing, sterilizing, activating and adding microorgan-
ism strain, adding dissolving agent, clarifying and sepa-
rating solution. Guizhou University. Patent Number(s):
CN101225416-A, 2008.
RAJAGOPAL, D. Implications of India’s biofuel policies for
food, water and the poor. Water Policy, v.10, p.95-106, 2008.
RAKSHIT, K.D.; DARUKESHWARA, J.; RAJ, K.R. Toxicity stud-
ies of detoxified Jatropha meal (Jatropha curcas) in rats.
Food and Chemical Toxicology, v.46, p.3621-3625, 2008.
RAJORE, S.; BATRA, A. Efficient plant regeneration via
shoot tip explant in Jatropha curcas L. Journal of Plant
Biochemistry and Biotechnology, v.14, p.73-75, 2005.
RAJU, A.J.S.; EZRADANAM, V. Pollination ecology and
fruiting behaviour in a monoecious species, Jatropha
curcas L. (Euphorbiaceae). Current Science, v.83, p.1395-
1398, 2002.
RAO, G.L.N.; PRASAD, B.D.; SAMPATH, S. Combus-
tion analysis of diesel engine fueled with Jatro-
pha oil methyl ester - Diesel blends. Internation-
al Journal of Green Energy, v.4, p.645-658, 2007.
RATHORE, V.; MADRAS, G. Synthesis of biodiesel from
edible and non-edible oils in supercritical alcohols and
enzymatic synthesis in supercritical carbon dioxide.
Fuel, v.86, p.2650-2659, 2007.
RAVINDRANATH, N.; RAMESH, C.; DAS, B. A rare dinordi-
terpene from Jatropha curcas. Biochemical Systematics
and Ecology, v.31, p.431-432, 2003.
RAVINDRANATH, N.; REDDY, M.R.; MAHENDER, G. Deoxy-
preussomerins from Jatropha curcas: are they also plant
metabolites? Phytochemistry, v.65, p.2387-2390, 2004.
RAVINDRANATH, N.; REDDY, M.R.; RAMESH, C. New lathy-
rane and podocarpane diterpenoids from Jatropha cur-
cas. Chemical & Pharmaceutical Bulletin, v.52, p.608-611,
2004.
RAZON, L.F. Selection of Philippine Plant Oils as Possible
Feedstocks for Biodiesel. Philippine Agricultural Scien-
tist, v.91, p.278-286, 2008.
ROJANAPO, W.; PIMBUA, J.; GLINSUKON, T. Failure of di-
terpenes from Jatropha curcas to induce mutation in
Salmonella typhimurium ta98 and ta100. Research Com-
munications in Chemical Pathology and Pharmacology,
v.58, p.397-400, 1987.
RUG, M.; RUPPEL, A. Toxic activities of the plant Jatro-
pha curcas against intermediate snail hosts and larvae of
schistosomes. Tropical Medicine & International Health,
v.5, p.423-430, 2000.
56
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
RUI, Y.; XING, Y.; CAI, D. Manufacture of bio-polyol in-
volves adding epoxidizing agent to Jatropha curcas oil,
mixing epoxy Jatropha curcas oil and open-loop agent
of active hydrogen, and reacting hydroxyl fatty acid
glyceride and alcohol or alcohol amine. Nanjing Hong-
baoli Co., Ltd. Patent Number(s): CN101108803-A, 2008.
RUI, J.; WEI, H.; YE, D. Preparation of polyurethane
plastic foam used in refrigerator and ice box, involves
forming mixed hydroxide fatty glyceride by reacting
Jatropha curcas oil epoxide with loop opening agent
having reactive hydrogen atom. Nanjing Hongbaoli
Co., Ltd. Patent Number(s): CN101125912-A, 2009.
SALIMON, J.; ABDULLAH, R. Physicochemical Properties
of Malaysian Jatropha curcas Seed Oil. Sains Malaysiana,
v.37, p.379-382, 2008.
SAMUELSSON, G.; FARAH, M.H.; CLAESON, P. Inventory of
plant used in traditional medicine in somalia .2. plants
of the families Combretaceae to Labiatae. Journal of
Ethnopharmacology, v.37, p.47-70, 1992.
SANDBERG, F.; PERERA-IVARSSON, P.; EL-SEEDI, H.R. A
Swedish collection of medicinal plants from Cameroon.
Journal of Ethnopharmacology, v.102, p.336-343, 2005.
SARIN, R.; SHARMA, M.; SINHARAY, S. Jatropha Palm
biodiesel blends: An optimum mix for Asia. Fuel, v.86,
p.1365-1371, 2007.
SASTRI, B.N. The Wealth of India, Ran’ Materials. Council
of Scientific and Industrial Research, New Delhi, p.293-
295, 1959.
SCHMOOK, B.; SERRALTA-PERAZA, L. J. curcas: distribution
and uses in the Yucatan Peninsula of Mexico. In: Biofuels
and Industrial Products from Jatropha Curcas. Giibitz, G.M.,
Mittelbach, M., Trabi, M. (Eds.), DBV Graz., p.53-57, 1997.
SHAH, S.; SHARMA, S.; GUPTA, M.N. Biodiesel preparation
by lipase-catalyzed transesterification of Jatropha oil.
ENERGY & FUELS, v.18, p.154-159, 2004.
SHAH, S.; SHARMA, S.; GUPTA, M.N. Enzymatic transes-
terification for biodiesel production. Indian Journal
of Biochemistry & Biophysics, v.40, p.392-399, 2003.
SHAH, S.; SHARMA, A.; GUPTA, M.N. Extraction of oil from
Jatropha curcas L. seed kernels by combination of ultra-
sonication and aqueous enzymatic oil extraction. Biore-
source Technology, v.96, p.121-123, 2005.
SHAH, S.; SHARMA, A.; GUPTA, M.N. Extraction of oil
from Jatropha curcas L. seed kernels by enzyme assisted
three phase partitioning. INDUSTRIAL CROPS AND PRO-
DUCTS, v.20, p.275-279, 2004.
SHETTY, S.; UDUPA, S.L.; UDUPA, A L. Wound healing
activities of Bark Extract of Jatropha curcas Linn in albi-
no rats. Saudi Medical Journal, v.27, p.1473-1476, 2006.
SHEN, S.; TANG, M.; LIU, J. Barbados nut cold-induced
transcription factor, its encoding gene and uses in
cultivating plants with increased resistance. Institu-
te of Botany, the Chinese Academy of Science. Patent
Number(s): CN1800212-A; CN100357319-C, 2006.
SHISEIDO CO., Ltd. Hair growth stimulants for prevention
of alopecia comprises e.g. hot water extract of Jatropha
curcas L. and Euphorbiaceae plants. Patent Number(s):
JP8231350-A, 1996.
SIREGAR, F.; AKBAR, S. Jatropha curcas latex inhi-
bit collagenase release by fibroblast. Jour-
nal of Dental Research, v.80, p.1377-1377, 2001.
SRICHAROENCHAIKUL, V.; PECHYEN, C.; AHT-ONG, D.
Preparation and characterization of activated carbon
from the pyrolysis of physic nut (Jatropha curcas L.) wa-
ste. Energy & Fuels, v.22, p.31-37, 2008.
SRIVASTAVA, S.K.; TEWARI, J.P.; SHUKLA, D.S. A folk dye
from leaves and stem of Jatropha curcas L. used by Tha-
ru tribes of Devipatan division. Indian Journal of Tradi-
tional Knowledge, v.7, p.77-78, 2008.
STAUBMANN, R.; FOIDL, G.; FOIDL, N. Biogas production
from Jatropha curcas press-cake. Applied Biochemistry
and Biotechnology, v.63/65, p.457-467, 1997.
STAUBMANN, R.; SCHUBERT-ZSILAVECZ, M.; HIERMANN,
A. A complex of 5-hydroxypyrrolidin-2-one and pyrimi-
dine-2,4-dione isolated from Jatropha curcas. Phytoche-
mistry, v.50, p.337-338, 1999.
57
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
SU, E.; WEI, D.Z. Improvement in lipase-catalyzed metha-
nolysis of triacylglycerols for biodiesel production using
a solvent engineering method. Journal of Molecular Ca-
talysis B-Enzymatic, v.55, p.3-4, 2008.
SUBRAMANIAN, S.S.; NAGARAJAN, S.; SULOCHANA, N.
Flavonoids of some Euphorbiaceous plants. Phytoche-
mistry, v.10, p.2548-2549, 1971.
SUBRAMANIAN, K.A.; SINGAL, S.K.; SAXENA, M. Utilization
of liquid biofuels in automotive diesel engines: An Indian
perspective. Biomass & Bioenergy, v.29, p.65-72, 2005.
SUCHER & HOLZER BAUPLANUNGS- UND HANDELSGE-
SELLSCHAFT. New complex of 5-hydroxy-pyrrolidin-2-
one and pyrimidine-2,4-dione, isolated from Jatropha
curcas leaves, used as antiinflammatory agent. Patent
Number(s): AT9702133-A; AT406674-B, 1999.
SUJATHA, M.; MAKKAR, H. P. S.; BECKER, K. Shoot bud
proliferation from axillary nodes and leaf sections of
non-toxic Jatropha curcas L. Plant Growth Regulation,
v.47, p.83-90, 2005.
SUJATHA, M.; MUKTA, N. Morphogenesis and plant re-
generation from tissues culture of Jatropha curcas. Plant
Cell Tissue and Organ Culture, v.44, p.135-141, 1996.
SUN, Q. B.; LI, L.F.; LI, Y. SSR and AFLP markers reveal low
genetic diversity in the biofuel plant Jatropha curcas in
China. Crop Science, v.48, p.1865-1871, 2008.
TAKEDA, Y. Development study on Jatropha cur-
cas (sabu dum) oil as a substitute for diesel-
engine oil in Thailand. Journal of the Agricul-
tural Association of China, v.120, p.1-8, 1982.
TALAPATRA, S.K.; MANDAL, K.; TALAPATRA, B. Terpenoi-
ds and related-compounds. 31. jatrocurin, a new te-
tracyclic triterpene from Jatropha curcas. Journal of the
Indian Chemical Society, v.70, p.543-548, 1993.
TAMA SEIKAGAKU, K.K. ; REAL KAGAKU, K.K. Seed oil ex-
tracted from seed of Jatropha curcas L., Euphorbiaceae
having high moisture retaining effects, used in cosmetic
material. Patent Number(s): JP6239719-A, 1994.
TAMALAMPUDI, S.; TALUKDER, M.R.; HAMA, S. Enzyma-
tic production of biodiesel from Jatropha oil: A compa-
rative study of immobilized-whole cell and commer-
cial lipases as a biocatalyst. Biochemical Engineering
Journal, v.39, p.185-189, 2008.
TANG, Z.Y.; WANG, L.Y.; YANG, J.C. Transesterification of
the crude Jatropha curcas L. oil catalyzed by micro-Na-
OH in supercritical and subcritical methanol. European
Journal of Lipid Science and Technology, v.109, p.585-
590, 2007.
TAPANES, N.C.O.; ARANDA, D.A.G.; CARNEIRO, J.W.D.
Transesterification of Jatropha curcas oil glycerides: The-
oretical and experimental studies of biodiesel reaction.
Fuel, v.87, p.2286-2295, 2008.
THEPSAMRAN, N.; THEPSITHAR, C.; THONGPUK-
DEE, A. In vitro induction of shoots and roots from
Jatropha curcas L. explants. Journal of Horticultu-
ral Science & Biotechnology, v.83, p.106-112, 2008.
THOMAS, R.; SAH, N.K.; SHARMA, .P.B. Therapeutic biolo-
gy of Jatropha curcas: A mini review. Current Pharma-
ceutical Biotechnology, v.9, p.315-324, 2008.
TIWARI, A.K.; KUMAR, A.; RAHEMAN, H. Biodiesel produc-
tion from Jatropha (Jatropha curcas) with high free fatty
acids: An optimized process. BIOMASS & BIOENERGY,
v.31, p.569-575, 2007.
TIWARI, S.K.; SHUKLA, P.K.; PANDEY, A. Callus establish-
ment in shoot proliferation in Jatropha curcas: A biodie-
sel plant through nodal explant culture. In Vitro Cellular
& Developmental Biology-Animal, v.42, p.37A, 2006.
VALENTE, O.S. Desempenho e emissões de um motor-
gerador de energia elétrica operando com biodiesel. Dis-
sertação de Mestrado. Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais – Engenharia Mecânica, 145 pp., 2007.
VAN EIJCK, J.; ROMIJN, H. Prospects for Jatropha biofuels
in Tanzania: An analysis with Strategic Niche Manage-
ment. Energy Policy, v.36, p.311-325, 2008.
VANDENBERG, A.J.J.; HORSTEN, S.F.A.J.; KETTENESVAN-
DENBOSCH, J.J. Curcacycline-A – a novel cyclic octa-
58
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
peptide isolated from the latex of Jatropha curcas L.
FEBS Letters, v.358, p.215-218, 1995.
VASSILIADES, G. Note on the molluscicidal properties of
2 euphorbiaceous plants – Euphorbia tirucalli and Jatro-
pha curcas. REVUE D ELEVAGE ET DE MEDECINE VETERI-
NAIRE DES PAYS TROPICAUX, v.37, p.32-34, 1984.
VILLEGAS, L.F.; FERNANDEZ, I.D.; MALDONADO, H. Evalu-
ation of the wound-healing activity of selected tradi-
tional medicinal plants from Peru. Journal of Ethnophar-
macology, v.55, p.193-200, 1997.
ZHANG, F.L.; NIU, B.; WANG, Y.C. A novel betaine aldehyde
dehydrogenase gene from Jatropha curcas, encoding
an enzyme implicated in adaptation to environmental
stress. Plant Science, v.174, p.510-518, 2008.
ZHANG, Y.; WANG, Y.X.; JIANG, L.D. Aquaporin JcPIP2 is
involved in drought responses in Jatropha curcas. Acta
Biochimica et Biophysica Sinica, v.39, p.787-794, 2007.
ZHANG, D.; TAN, X.; PENG, W. Jatropha curcas nutshell
liquid biological energy preparing method, involves
separating and vaporizing thermal cracked oil at
preset centigrade in vacuum with preset pressure,
and cooling evaporated matters to obtain biologi-
cal energy. Central South Forestry University. Patent
Number(s): CN101235307-A, 2008.
ZHANG, D.; TAN, X.; PENG W. Jatropha curcas oil cake
liquid biological energy preparing method, involves
separating and vaporizing thermal cracked oil at preset
centigrade in vacuum with preset pressure, and cool-
ing evaporated matters to obtain biological energy.
Central South Forestry University. Patent Number(s):
CN101235306-A, 2008.
ZHAO, Q.; YUAN, L.; GOU, P. Jatropha curcas mycorrhi-
zal fungi compound fertilizer contains one or more
arbuscular mycorrhizal fungi containing glomus and
gigaspora. Yunnan Shenyu New Energy Co Ltd. Patent
Number(s): CN101186542-A, 2008.
ZHOU, H.; LU, H.F.; LIANG, B. Solubility of multicomponent
systems in the biodiesel production by transesterification
of Jatropha curcas L. oil with methanol. Journal of Chemical
and Engineering Data, v.51, p.1130-1135, 2006.
ZHU, H.P.; WU, Z.B.; CHEN, Y.X. Preparation of biodiesel
catalyzed by solid super base of calcium oxide and
its refining process. Chinese Journal of Catalysis, v.27,
p.391-396, 2006.
WAHLEN, B.D.; BARNEY, B.A.; SEEFELDT, L.C. Syn-
thesis of Biodiesel from Mixed Feedstocks and
Longer Chain Alcohols Using an Acid-Catalyzed
Method. Energy & Fuels, v.22, p.4223-4228, 2008.
WANG, X.C.; MA, S.P.; LIU, J.H. Guaiane Sesquiterpenoids
from Jatropha curcas. Natural Product Communications,
v.3, p.1649-1652, 2008.
WANG, L.; ZHU, J. Production of vegetable protein. Pat-
ent Number(s): CN1711883-A, 2005.
WANG, C. Environmentally friendly bio-diesel oil compris-
es vegetable oil, methanol, ethanol, coal oil, zero diesel,
and additive. Patent Number(s): CN101082003-A, 2008.
WEI, Q.; LIAO, Y.; CHEN, Y. Isolation, characterisation and
antifungal activity of beta-1,3-glucanase from seeds of
Jatropha curcas. South African Journal of Botany, v.71,
p.95-99, 2005.
WINAYANUWATTIKUN, P.; KAEWPIBOON, C.; PIRI-
YAKANANON, K. Potential plant oil feedstock for lipase-
catalyzed biodiesel production in Thailand. Biomass &
Bioenergy, v.32, p.1279-1286, 2008.
WINKLER, E.; FOIDL, N.; GUBITZ, G.M. Enzyme-supported
oil extraction from Jatropha curcas seeds. Applied Bio-
chemistry and Biotechnology, v.63/65, p.449-456, 1997.
YAN, R.; GAO, S.; YANG, W. Nickel toxicity induced anti-
oxidant enzyme and phenylalanine ammonia-lyase ac-
tivities in Jatropha curcas L. cotyledons. Plant Soil And
Environment, v.54, p.294-300, 2008.
YIN, H.; YANG, S.; SONG, B. Preparation of curcas bio-
logical diesel oil by solid phase catalytic method. Gui-
zhou University. Patent Number(s): CN1824735-A;
CN100390251-C, 2007.
59
Vigilância Cientíca da Jatropha curcas L. - “Planta Biodiesel”
Estado de Arte / State of the Art
Revista Fitos Vol.4 Nº02 Dezembro 2009
YUAN, L.; YANG, S.; QU, W. Jatropha curcas seed storage
method, involves processing pretreatment for seeds
before storing to ensure more than ninety percent pu-
rity, and testing water content of seeds before packag-
ing. Yunan Academy of Agricultural Sciences. Patent
Number(s): CN101292596-A, 2008.
YUAN, L.; YANG, S.; QU, W. Jatropha curcas fruit col-
lecting method, involves separately packing ripe
and dried fruits while collecting Jatropha cur-
cas fruit, where fruit in high place is cut by high
pruning knife or fetched down by long bam-
boo stick. Yunan Academy of Agricultural Sci-
ences. Patent Number(s): CN101292595-A, 2008.
YUAN, L.; YANG, S.; ZHANG, D. Inter-planting Euphorbia
lathyris and Jatropha curcas involves opening inter-
planting land to strip-like flatland, digging Jatropha cur-
cas planting pond and two Euphorbia lathyris, remov-
ing grass, and adding fertilizer after fix planting. Yunan
Academy of Agricultural Sciences. Patent Number(s):
CN101283657-A, 2008.
YUAN, X.; YUAN, P. Fish feed preparation, comprises
fish powder, Jatropha curcas, wheat flour, vegetable
oil, inorganic salt, vitamin group, choline, gelatin and
water. Chinese Academy of Science - Wuhan Botani-
cal Garden. Patent Number(s): CN101133780-A, 2008.
YUKO CHEMICAL CO., LTD. Oil from Jatropha cur-
cas seeds useful as fuel in diesel and gasoline en-
gines. Patent Number(s): AU8315448-A, 1984.
YUKO KAGAKU KOGYO K. Internal combustion en-
gine fuel comprising pressed oil obtained from Jatro-
pha curcas seeds. Patent Number(s): JP60081291-A;
JP86060119-B, 1985.
ResearchGate has not been able to resolve any citations for this publication.
Article
Full-text available
Jatropha becomes a viable source of biodiesel oil at PhP40/L of crude oil under high fi uit yields (36, 000 kg/ha), high rates of oil extraction (34% and 38%) and by-products included as added income. At low fruit yields (12,000 kg/ha), it will become profitable for farmers if the current diesel oil price increases to about PhP90/L crude oil at 30% rate of oil extraction (the estimates exclude processing and marketing costs). The inherently low Jatropha seed yield explains the low revenue. Accelerated research must be done to increase further the seed yield of the Jatropha plant, to find ways that will maximize total farm yield, and explore other uses of the by-products. For Jatropha to become economic as biofuel source, considering the relatively long gestation period (5 years) before the crop reaches optimum fruiting and the low seed yield of the crop, optimal crop mixes (multiple cropping schemes) or compatible diverse cropping systems involving short maturing crops and high value fruit/wood trees have to be resorted to in order to increase the total farm yield and as a risk-minim izing farming strategy. Diverse cropping must be complied with by both the public and private agencies promoting the massive planting of Jatropha. Additionally, it must be recognized that the technology for processing of Jatropha into biofuel is yet to be established in the country. It is necessary to accelerate the optimization of processing raw oil into trans-esterified oil before it can be used as biodiesel oil. To add to farmers' income, the processing of by-products (press cake) into organic fertilizer or livestock feed and glycerol into high-priced products may also have to be considered Jatropha oil has high saponification value, making it an excellent substrate for soap-making. Two products may then be profitable from Jatropha: soap and biodiesel. Jatropha as source of biofuel presents enormous employment opportunities in the rural areas if comprehensive programs are designed to tap the potentials of the crop. Capital (financial and material) infusion in the rural areas will propel economic activities. On a national level, it is also recommended that other sources of renewable bio-energy such as sugarcane, corn and cassava which yield more bio-energy (ethanol) than Jatropha be explored. Technologies, systems and practices that improve energy-use efficiency should also be adopted, and alternative non-oil dependent systems, machines and other technologies studied.
Article
Full-text available
Two new guaiane sesquiterpenoids named jatrophaols A and B (1, 2), along with three known analogues, were isolated from the roots of Jatropha curcas. Their structures were determined by spectroscopic methods, including 1D and 2D NMR spectroscopy, HR-EI-MS, HR-ESI-MS, and X-ray diffraction, as well as by comparison of their spectral data with those of related compounds.
Article
Full-text available
By using fatty acid profiles from literature, 27 plant species found in the Philippines were evaluated for their potential to provide feedstock for the production of biodiesel. Of the 27 considered, 15 plant species were found to have the potential of providing biodiesel that will conform to the biodiesel standards of the European Standard Organization (CEN) and the American Society for Testing Materials (ASTM): Adenanthera pavonina, Calotropis gigantea, Calotropis procera, Canarium luzonicum, Canarium odontophyllum, Canarium ovatum pulp, Cerbera manghas, Cleome viscosa, Cryptostegia grandiflora, Dacryodes rostrata, Nephelium mutabile, Ptychosperma macarthuri, Psophocarpus tetragonolobus, Raphanus sativus and Sapindus saponaria.
Article
Studies were made to trace out the influence of soil types on survival and seedling establishment in Jatropha. The seeds were sown in black, red, clay and laterite soil and seedling emergence was noted at 30 days after sowing and other seedling characteristics were observed at 30, 60 and 9.0 days after sowing. Among the soil types, the seedling survival at 30 days was higher in clay alluvial soil (64%) followed by black (59%), laterite (52%) and red soil (47%). The seedling growth rate observed in terms of number of leaves seedling(-1) (9.8), stem girth (5.5 cm), root (27.05 cm) and shoot length (20.78 cm), root volume (2.41 cc), fresh and dry weight of root (7.74 and 2.27 g, respectively) were higher in clay alluvial soil and the order of preference of other soil types were black, laterite and red soil as in initial survival which insisting the selectivity of these soils for productivity of elite seedlings in Jatropha.
Article
An appropriate in vitro multiple shoot induction medium was established for Jatropha curcas L. from various explants. Shoot regeneration from apical shoots, nodes, axillary bud-derived shoots, petioles and leaf explants were assessed on Murashige and Skoog (MS) medium supplemented with different concentrations of N6-benzyladenine (BA) alone, or in combination with indole-3-yl-butyric acid (IBA). MS medium with 2.22 - 4.44 μM BA was effective for apical shoot culture, while 4.44 μM BA was suitable for node culture. MS medium with 2.22 μM BA and 0.049 μM IBA provided the best shoot proliferation from axillary bud-derived shoots. For petiole segments from leaves at the second, third and fourth nodes, the most effective growth regulator combination for callus induction during the first culture cycle, and subsequent shoot formation during the second culture cycle, was MS medium supplemented with 4.44 μM BA and 2.46 μM IBA. A combination of 8.88 μM BA and 4.90 μM IBA was suitable for callus induction and shoot formation from leaf segments at the second and third nodes of branches. For rooting, 4.90 μM IBA induced 85.71% rooting from shoots on basal rooting medium. The in vitro plantlets were acclimatised and transferred to potting mix, with 82% survival.
Article
The leaves and stem of Jatropha curcas L. (physicnuts) can be used as a natural source of dye was noticed from Tharu villagers of Devipatan division. The colouring matter was extracted from leaves and stems by boiling in water. The extract was evaporated to dryness. The extracted matter was used to dye cotton yarn using different methods. The dyed cotton yarn was tested for its fastness and other properties. It was found superior to synthetic chemical dyes.
Article
The peculiarity of biodiesel industry in USA, EU and India are reviewed. Newly emerging biodiesel feedstocks such as palm oil, Jatropha curcas and algae have been attracted much attention. Newly developed biodiesel manufacturing process and recent R&D of biodiesel producing technologies are introduced. Findings to meet the challenge of the rapid feedstocks prices rising are discussed. It is very important making high value chemicals to increase the profit.