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Caracterização física e sensorial do café produzido nas condições topoclimáticas de Jesuitas, Paraná = Physical and sensory characterization of coffee produced in the topoclimatic conditions at Jesuítas, Paraná State (Brazil)

Authors:

Abstract

A variação das condições climáticas interfere na formação e na maturação dos frutos, alterando suas características intrínsecas, as quais podem permitir diferentes qualidades de bebida, com potencial de produção de café especial. O objetivo deste estudo foi verificar o efeito das condições ambientais e da prática de cultivo no aspecto físico e sua conseqüência na qualidade de bebida de cafés da região de Jesuítas, Estado do Paraná. Na mesma safra em que foi realizado este estudo (2002-2003), avaliou-se a qualidade de bebida de cafés paranaenses entre os produtores nos diversos municípios cafeeiros do Estado e verificou-se que 86% das amostras apresentaram bebida classificadas como apenas “mole” e “dura”, e 14% com bebida “riada/rio”. Os resultados obtidos permitiram concluir que aspráticas adotadas pelos agricultores, colaboradores do presente estudo, refletiram positivamente na qualidade final da bebida, quando se comparou com os resultados de qualidade de bebida do Estado. As condições climáticas e as práticas de cultivo e de colheitade Jesuítas, Estado do Paraná, permitiram a obtenção de café encorpado e de baixa acidez, de qualidade comparável aos cafés de alta qualidade produzidos tanto em nível nacional quantointernacional. Climatic variations influence formation and maturation of coffee grains by altering their intrinsic characteristics, which can allow for several types of coffee qualities, including the potentialfor production of special coffee. This study was carried out to verify the effect of environmental conditions and crop cultivation on chemical composition and their consequences in cup quality of coffees from region of Jesuítas, Paraná State. During the same crop season this study was accomplished (2002-2003), cup quality was evaluatedamong the producers in several coffee-growing municipalities in Paraná State. It was observed that 86% of samples were classified simply as “soft” (smooth flavor) or “hard” (bolder flavor), and 14% were classified as rioysh/rio (strong unpleasant taste). The resultsconcluded that the practices adopted by producers, who have collaborated with the study, reflected positively on the final cup quality, when compared to the overall quality results in the State. The climatic conditions and practices of crop management and harvest in the Jesuitas region made for bolder coffee with low acidity, comparable to high quality coffees produced in Brazil and abroad.
Acta Sci. Agron. Maringá, v. 30, n. 3, p. 353-358, 2008
Caracterização física e sensorial do café produzido nas condições
Caracterização física e sensorial do café produzido nas condições Caracterização física e sensorial do café produzido nas condições
Caracterização física e sensorial do café produzido nas condições
topoclimáticas de Jesuitas, Paraná
topoclimáticas de Jesuitas, Paranátopoclimáticas de Jesuitas, Paraná
topoclimáticas de Jesuitas, Paraná
Roberto Natal Dal Molin
1
, Marcelo Andreotti
2*
, André Rodrigues dos Reis
3
, Enes
Furlani Junior
4
, Gilberto Costa Braga
1
e Maria Brígida dos Santos Scholz
5
1
Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, Paraná, Brasil.
2
Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos, Universidade Estadual Paulista, Cx. Postal 31, 15385-000, Ilha
Solteira, São Paulo, Brasil.
3
Departamento de Produção Vegetal, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo, Piracicaba, São Paulo, Brasil.
4
Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e
Socioeconômica, Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil.
5
Instituto Agronômico do Paraná, Londrina,
Paraná, Brasil. *Autor para correspondência. E-mail: dreotti@agr.feis.unesp.br
RESUMO. A variação das condições climáticas interfere na formação e na maturação dos
frutos, alterando suas características intrínsecas, as quais podem permitir diferentes
qualidades de bebida, com potencial de produção de café especial. O objetivo deste estudo
foi verificar o efeito das condições ambientais e da prática de cultivo no aspecto físico e sua
conseqüência na qualidade de bebida de cafés da região de Jesuítas, Estado do Paraná. Na
mesma safra em que foi realizado este estudo (2002-2003), avaliou-se a qualidade de bebida
de cafés paranaenses entre os produtores nos diversos municípios cafeeiros do Estado e
verificou-se que 86% das amostras apresentaram bebida classificadas como apenas “mole” e
“dura”, e 14% com bebida “riada/rio”. Os resultados obtidos permitiram concluir que as
práticas adotadas pelos agricultores, colaboradores do presente estudo, refletiram
positivamente na qualidade final da bebida, quando se comparou com os resultados de
qualidade de bebida do Estado. As condições climáticas e as práticas de cultivo e de colheita
de Jesuítas, Estado do Paraná, permitiram a obtenção de café encorpado e de baixa acidez, de
qualidade comparável aos cafés de alta qualidade produzidos tanto em nível nacional quanto
internacional.
Palavras-chave: Coffea arabica, qualidade de bebida, acidez.
ABSTRACT. Physical and sensory characterization of coffee produced in the
topoclimatic conditions at Jesuítas, Paraná State (Brazil). Climatic variations
influence formation and maturation of coffee grains by altering their intrinsic
characteristics, which can allow for several types of coffee qualities, including the potential
for production of special coffee. This study was carried out to verify the effect of
environmental conditions and crop cultivation on chemical composition and their
consequences in cup quality of coffees from region of Jesuítas, Paraná State. During the
same crop season this study was accomplished (2002-2003), cup quality was evaluated
among the producers in several coffee-growing municipalities in Paraná State. It was
observed that 86% of samples were classified simply as “soft” (smooth flavor) or “hard”
(bolder flavor), and 14% were classified as rioysh/rio (strong unpleasant taste). The results
concluded that the practices adopted by producers, who have collaborated with the study,
reflected positively on the final cup quality, when compared to the overall quality results in
the State. The climatic conditions and practices of crop management and harvest in the
Jesuitas region made for bolder coffee with low acidity, comparable to high quality coffees
produced in Brazil and abroad.
Key words: Coffea arabica, cup quality, acidity.
Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
A posição privilegiada do Brasil de ser o maior
produtor de café do mundo não o tem favorecido na
ocasião de vender o produto brasileiro no mercado
internacional. Ocorre que o café brasileiro perde
muito em qualidade, quando comparado aos cafés
produzidos em países tais como Colômbia, Jamaica,
Costa Rica, Etiópia e Quênia, todos eles preferidos
pelos consumidores americanos e europeus, em
função da qualidade da bebida (Androcioli et al.,
2003).
A qualidade do café produzido, no Paraná, é
considerada baixa quando comparada com outras
regiões do Brasil. Várias situações contribuem para a
354 Dal Molin et al.
Acta Sci. Agron. Maringá, v. 30, n. 3, p. 353-358, 2008
baixa qualidade do café no Paraná, destacando-se,
entre elas, os fatores climáticos, uso inadequado de
cultivares para cada região, métodos inadequados de
colheita, processamento e secagem, além da maneira
tradicionalista de o cafeicultor tratar a cultura e a
comercialização do café (Dal Molin et al., 2003).
A região cafeeira, no Paraná, está situada em
elevada latitude, entretanto a região oeste do Estado
está localizada numa região de transição climática e
de menor altitude, que apresenta grande diversidade
de clima e de solo. Estas condições interferem na
formação e na maturação dos frutos, alterando suas
características intrínsecas e possibilitando a obtenção
de variados tipos de café, com potencial para a
exploração de cafés especiais. Normalmente, o café
de região mais fria recebe maiores notas referentes
ao sabor, ao aroma e à doçura e corpo, que as
amostras de regiões mais quentes, em virtude,
principalmente, da maturação mais lenta e
conseqüente acúmulo de açúcares totais nos grãos
(Androcioli et al., 2003).
As condições climáticas, principalmente a
temperatura e o regime hídrico, são determinantes
para o bom desempenho da cultura do café. Quando
as temperaturas, durante a formação dos frutos, são
muito elevadas, ocorre redução dos ciclos entre as
floradas e a maturação dos mesmos, especialmente
na fase final do ciclo (Ortolani
et al., 2000).
São várias as tentativas para se associar à
composição física do café verde, ou seja, frutos que
atingiram o climatério respiratório, entretanto ainda
não caracterizados como cereja, com a qualidade da
bebida. No entanto, sabe-se que esta qualidade está
estritamente relacionada aos diversos constituintes
físico-químicos, tais como os compostos
nitrogenados (proteínas, cafeína, trigonelina),
carboidratos, lipídios e os compostos fenólicos
presentes no endosperma da semente, que são os
responsáveis pelos sabores e pelos aromas
característicos da bebida (Franca
et al., 2006).
O café verde não possui o aroma e o sabor típicos
da bebida do café, e, assim, a torração é essencial
para a produção de compostos que conferem as
características de bebida do que caracteriza-se como
café. Durante a torração, os diferentes compostos são
degradados e ou reagem entre si, formando novos
compostos que resultam em novos compostos
aromáticos (Banks et al., 1999).
No Brasil, a qualidade do café é avaliada em
função de dois métodos de classificação, sendo que
um deles se baseia nas características físicas de
aspecto e de pureza e outro, nas características
sensoriais da bebida, principalmente no seu aroma e
no sabor. Esta classificação é normalmente praticada
nas transações comerciais nacionais e internacionais
(Prete, 1992). No entanto, esta classificação sensorial
é baseada na prova da xícara, ou seja, gustativa, por
meio de provadores, sendo, muitas vezes, variável de
uma região produtora para outra e não
caracterizando os reais constituintes físico-químicos
que determinam a melhor qualidade da bebida.
Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o
efeito das condições ambientais e de cultivo na
composição química e sua conseqüência na
qualidade de bebida de cafés da região de Jesuítas,
Estado do Paraná.
Mate
MateMate
Material e métodos
rial e métodosrial e métodos
rial e métodos
Plantações de café, condições edafoclimáticas, colheita e
Plantações de café, condições edafoclimáticas, colheita e Plantações de café, condições edafoclimáticas, colheita e
Plantações de café, condições edafoclimáticas, colheita e
preparo das amostras
preparo das amostras preparo das amostras
preparo das amostras
As amostras de grãos de café foram coletadas, no
município de Jesuítas, Estado do Paraná, situado em
uma região de latitude Sul que variou de 24º19’38” a
24º29’48”, longitude Oeste 53º21’59” à 53º23’59”, e
altitude entre 407 e 539 m acima do nível do mar.
Todas as propriedades foram visitadas durante o
período da colheita, anotando-se os dados de
latitude, longitude e altitude, mediante o emprego
do aparelho GPS (Garmin 76 S MAP, com erro
inferior a 3 m) do talhão da amostra coletada, tendo
como base um ponto localizado cerca de dez metros
do caminho entre as plantas.
O clima do município é classificado, conforme
Köppen, como macro clima Cfa - Clima subtropical,
com temperatura média, no mês mais frio, inferior a
18ºC (mesotérmico), e temperatura média, no mês
mais quente, acima de 22ºC. Os verões são quentes,
as geadas pouco freqüentes, e com tendência de
concentração das chuvas nos meses de verão,
contudo sem estação seca definida (Iapar, 1994). A
temperatura média anual da região é de 20ºC, com a
média das mínimas de 16ºC, e média das máximas
de 26ºC, sendo considerada apta para o cultivo do
café, com possibilidades de ocorrência de uma geada
a cada quatro anos (Caramori et al., 2003).
Durante o período de formação dos frutos das
plantas de café, da florada à colheita (setembro de 2002
a maio de 2003), foi verificada, na região, precipitação
de 1.959 mm (Cooperativa Agrícola Consolata Ltda. -
Copacol de Jesuítas). Esta precipitação média foi
bastante próxima da precipitação média anual dos
últimos 12 anos (2.059 mm), determinada no mesmo
local. No entanto, observou-se precipitação superior à
média no período de outubro a dezembro, quando se
iniciou o desenvolvimento dos frutos (Figura 1), e
precipitação significativamente inferior à média no
período de colheita (maio-junho).
Caracterização física e sensorial do café produzido em Jesuítas, Paraná 355
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Figura 1. Precipitações pluviais médias no município de Jesuítas
durante o período de setembro/03 a julho /04 (Dados fornecidos
pela Cooperativa Agrícola Consolata Ltda. - Copacol de Jesuítas,
Estado do Paraná).
No município de Jesuítas, são basicamente três
os grupos de solos encontrados, sendo eles: o
Nitossolo Vermelho eutroférrico pico (NVef2), o
Latossolo Vermelho eutroférrico típico, (LVef1) e o
Latossolo Vermelho eutrófico típico, (LVe1)
(Embrapa, 1999).
No município de Jesuítas, Estado do Paraná
foram coletadas amostras de café, cultivar Iapar 59,
cujos frutos se encontravam no estádio de cereja,
por meio de derriça no pano. Deste estudo,
participaram 46 produtores com propriedades de
área média de 14,34 ha dos quais 5,76 ha eram
implantados com café. De cada propriedade, foram
colhidos 50 kg de frutos de café, foram secados em
terreiro de alvenaria, ocupando área de cerca de 1
m
2
. A secagem em terreiro (processo de secagem
natural) foi conduzida pelo produtor, com a
orientação do Instituto Paranaense de Assistência
Técnica e Extensão Rural - Emater-PR, em
parceria com a Cooperativa Agrícola Consolata
Ltda. - Copacol, de Jesuítas, e a Secretaria
Municipal da Agricultura. Todos os agricultores
participaram de uma reunião técnica na qual foram
instruídos como proceder no processamento do
café. Receberam uma ficha de acompanhamento
das atividades de colheita e de secagem do café
(Figura 2). Quando os frutos secos atingiram 12%
de umidade, foi retirada uma quantidade
aproximada de 20 kg de café seco, em coco, que
foram beneficiadas e preparadas na Unidade de
Beneficiamento de Café da Copacol de Jesuítas,
Estado do Paraná.
FICHA DE INSTRUÇÃO RECEBIDA PELOS COLABORADORES.
Coletar um saco (50 a 60 litros) de café, variedade Iapar 59 safra
2002/2003.
Selecionar somente grãos maduros, na fase de cereja, de preferência com
nenhum grão verde, ou com o menor número possível de verdes secos
ou mal granados.
Esparramar o café logo depois de colhido, no terreiro, em cerca de dois
metros quadrados, numa espessura de 2 a 3 cm..
Movimentar o café, de preferência, a cada meia hora ou o maior número
de vezes possível durante o dia.
À noite, amontoar, no início, em camadas finas, aumentando à medida
que o café vai murchando.
Cobrir o café à noite, com lona, colocando um saco de estopa para
absorver a umidade.
A partir da meia seca, o café não pode mais reabsorver umidade ou tomar
chuva.
Quando a amostra estiver seca, comunicar a Emater, que irá buscá-la e
armazená-la para posterior análise.
O sucesso deste trabalho bem como os resultados de como nosso café
será descrito vai depender diretamente da condução, qualidade da
colheita e secagem das amostras, vão ser necessários cerca de sessenta
colaboradores, e estas amostra, após coletadas, serão classificadas por tipo
e porcentagem de peneiras, levando em consideração a tabela oficial de
classificação; esta mesma amostra vai ser enviada para os degustadores do
centro de comércio de café que irão descrever a bebida; outra amostra
será analisada nos laboratórios da Unioeste, Marechal Cândido Rondon
ou do Iapar, Londrina, para verificar a quantidade de óleos, pH, cafeína,
açúcares entre outros, e estes dados serão cruzados e analisados na língua
eletrônica da Embrapa.
Município:
Nome do produtor:
Área de café:
Estrada:
Latitude: Longitude: Altitude:
Data de colheita: Nº de dias secagem:
Tipo de terreiro:
Idade da lavoura:
Figura 2. Ficha de acompanhamento das atividades de colheita e
de secagem do café, Jesuítas, Estado do Paraná.
Análises físicas
Análises físicasAnálises físicas
Análises físicas
As avaliações físicas constaram da classificação e da
contagem dos defeitos em 300 gramas de café
beneficiado (Brasil, 2003). As anormalidades
presentes, nas amostras e consideradas defeitos, foram
separadas e classificadas de acordo com a “Tabela de
defeitos”, descrita na Instrução Normativa 8
(Mapa), sendo que os resultados foram expressos em
porcentagem. Os grãos foram classificados conforme
a porcentagem de grãos retidos em peneiras com
crivos frações de 16/64 avos da polegada, dimensões
estas que constituem tamanho de grãos de maior
aceitabilidade na comercialização do café. A densidade
aparente dos grãos de cada amostra foi determinada
pelo método da queda livre, descrito por
Buenaventura-Serrano e Castaño-Castrillón (2002).
356 Dal Molin et al.
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Avaliações sensoriais
Avaliações sensoriaisAvaliações sensoriais
Avaliações sensoriais
A classificação da bebida foi efetuada conforme a
Instrução Normativa 8 do MAPA (Brasil, 2003).
Para estas avaliações, a amostra de café, após
beneficiamento, foi torrada em torrador RODO-
BEL, até ponto de torra clara, moída e apresentada
aos três provadores, em cinco xícaras, contendo 7 g
de café para 100 mL de água em ponto de fervura.
Os provadores, credenciados e experientes,
coordenados pelo Denac-Mara (Departamento
Nacional do Café, Ministério da Agricultura e
Reforma Agrária), Londrina, Estado do Paraná,
identificaram as seguintes categorias de bebida:
mole, apenas mole, dura, riada e rio, de cada
amostra, e a seguir atribuíram nota de qualidade
global, em uma escala não-estruturada de 10 pontos,
para cada amostra.
Na caracterização da bebida das lavouras cafeeiras
de Jesuítas, Estado do Paraná foi realizada a análise
descritiva da bebida do café por provadores do Cirad
- (Centro de Cooperação Internacional de Pesquisa
Agronômica para o Desenvolvimento) Montpellier -
França. As amostras foram torradas em torrador
Probat, até uma perda de massa entre 13-14%. A
seguir, elas foram moídas e, posteriormente,
preparou-se a bebida de café em cafeteiras de pistão
(Bodun), utilizando-se água mineral (Volvic)
aquecida a 95°C e deixada por 5 minutos em
contacto com o pó do café. A seguir, a bebida foi
filtrada com filtro metálico, com espessura
semelhante a um filtro de papel. Como passo
seguinte, cerca de 50 mL da bebida de cada amostra
foram servidas em xícara de porcelana de 90 mL de
capacidade e provadas a 55°C (Norma ISO 6668-
1991). Nestas amostras, avaliaram-se os seguintes
atributos: qualidade de aroma, corpo, amargor,
acidez, adstringência, sabor residual e qualidade
global da infusão/bebida de cada amostra. Os dados
foram avaliados pela descrição direta da qualidade de
cada amostra avaliada.
Resultados e discussão
Resultados e discussãoResultados e discussão
Resultados e discussão
Defeitos e características físicas dos grãos de 'café verde'
Defeitos e características físicas dos grãos de 'café verde'Defeitos e características físicas dos grãos de 'café verde'
Defeitos e características físicas dos grãos de 'café verde'
Os principais defeitos encontrados nas amostras
de café beneficiado foram os grãos verdes,
decorrentes de frutos colhidos imaturos, e frutos
ardidos, resultantes de processos de secagem
incorretos, tais como a secagem em camadas finas ou
secagem muito rápida.
No presente estudo, a porcentagem de defeitos
encontrados foi bastante reduzida, com valores
médios de 4,63%, sendo a presença de 'grãos verdes'
o defeito predominante (Tabela 1). Em estudos
realizados em São Jerônimo da Serra, Estado do
Paraná, para a avaliação do potencial de qualidade de
cafés, foi encontrada uma porcentagem média de
16,95% de defeitos, com predominância do defeito
‘grãos verdes’ (Androcioli et al., 2003).
Tabela 1. Porcentagem de defeitos (DT), defeito principal,
porcentagem do defeito principal (%DP), porcentagem de grãos
retidos em peneira 16 (PEN 16), densidade aparente (DEN), nota
de bebida (NB) e grupo de bebida de cafés de Jesuítas, Estado do
Paraná.
Amostra DT
(%)
Defeito
principal
DP
(%)
PEN
16 DEN
NB Grupo de bebida
1 2,7 ardido 1,7 93 0,67 5,5 dura
2 2,9 verde 1,6 88 0,64 7,0 mole
3 4,4 ardido 2,3 83 0,66 3,2 riada
4 5,7 ardido 3,1 76 0,65 5,5 dura
5 4,7 ardido 2,6 92 0,68 6,8 mole
6 5,2 quebrado
3,2 96 0,63 2,7 dura
7 4,4 verde 2,4 95 0,66 6,8 mole
8 6,8 verde 3,6 86 0,65 5,2 dura
9 5,7 verde 2,9 82 0,65 5,7 dura
10 8,1 verde 5,9 82 0,67 5,0 dura
11 11,5
verde 6,8 92 0,68 6,0 dura
12 5,8 quebrado
3,5 71 0,63 5,7 dura
13 2,3 quebrado
1,5 96 0,68 6,0 dura
14 5,5 verde 2,4 75 0,65 7,0 mole
15 1,9 verde 1,2 65 0,67 6,0 dura
16 3,1 verde 2,0 93 0,65 5,2 dura
17 9,5 verde 4,0 93 0,66 3,0 riada
18 2,7 verde 1,0 89 0,65 5,8 dura
19 1,8 verde 1,2 72 0,67 5,5 dura
20 4,4 verde 3,3 59 0,66 4,5 dura
21 6,8 quebrado
4,1 87 0,63 7,0 mole
22 3,4 verde 1,4 79 0,66 5,5 dura
23 3,2 quebrado
1,7 76 0,67 5,8 dura
24 9,5 verde 5,6 91 0,65 5,2 dura
25 6,8 verde 4,5 90 0,63 6,8 dura
26 3,7 verde 2,1 82 0,66 5,5 dura
27 2,6 quebrado
1,8 86 0,62 7,5 mole
28 2,7 quebrado
2,0 72 0,64 6,0 dura
29 6,6 verde 4,2 82 0,67 7,3 dura
30 4,7 verde 2,9 89 0,64 6,5 dura
31 1,9 quebrado
1,2 77 0,62 4,8 dura
32 5,3 verde 4,0 76 0,65 6,0 dura
33 4,2 verde 3,1 84 0,68 6,8 dura
34 2,8 verde 1,8 67 0,65 6,0 dura
35 6,1 verde 3,8 95 0,66 6,3 dura
36 3,1 verde 2,0 91 0,67 6,0 dura
37 4,7 quebrado
3,0 93 0,65 6,7 mole
38 2,8 verde 1,8 89 0,66 5,7 dura
39 5,4 verde 3,7 82 0,65 5,7 dura
40 3,6 verde 2,6 91 0,66 6,7 mole
41 5,2 verde 4,0 80 0,64 6,2 dura
42 2,9 verde 2,0 89 0,63 6,7 dura
43 4,8 verde 3,4 81 0,68 5,8 dura
44 2,5 verde 1,7 82 0,64 5,3 dura
45 2,3 verde 1,2 76 0,68 7,2 mole
46 6,9 verde 5,9 93 0,68 8,7 mole
A baixa presença de 'grãos verdes', nas amostras
demonstrou que foi possível colher café com elevada
% de frutos maduros e que os produtores realmente
seguiram as recomendações exigidas para a produção
de café de qualidade (Figura 2). Além disso, a
precipitação pluvial ocorrida no período de formação
dos frutos (outubro a dezembro), certamente,
contribuiu para maior pegamento da primeira
Caracterização física e sensorial do café produzido em Jesuítas, Paraná 357
Acta Sci. Agron. Maringá, v. 30, n. 3, p. 353-358, 2008
florada e, conseqüentemente, para maturação mais
uniforme, resultando, então, em baixa porcentagem
de frutos verdes, por ocasião da colheita, uma vez
que, pela maior quantidade de drenos (frutos)
advindos desta primeira florada, as subseqüentes
representaram pouco na produção final por planta, e,
assim, a maturação seguiu padronização uniforme
(Rena e Maestri, 1986; Malavolta, 2000).
Quanto ao tamanho dos grãos (Tabela 1),
observou-se que, na maioria das amostras, houve
uma boa formação de grãos, e, conseqüentemente,
uma elevada porcentagem de grãos retidos em
peneira maior que 16. Exceto em duas amostras, as
demais apresentaram mais que 70% dos grãos retidos
em peneira maior que 16, indicando a boa qualidade
física dos grãos, que, juntamente com outras
qualidades (baixo teor % de defeitos), atende às
especificações do mercado de café expresso. De
forma análoga, a qualidade dos grãos presentes na
maioria das amostras atendeu às exigências dos
concursos nacionais e internacionais de cafés
especiais (ABIC, 2003; BSCA, 2005).
Os grãos de café são classificados por seu
tamanho, em grandes, médios ou pequenos, tendo
maior aceitação no mercado, os grandes, pois este
maior tamanho dos grãos está associado à boa
formação e uniformidade de torra. A cultivar, local
da propriedade, manejo do cafezal e precipitação
pluvial influenciam sobremaneira no tamanho dos
grãos, visto que afetam diretamente a maturação dos
frutos (Duicela et al., 2003).
Na avaliação de densidade dos grãos de 'café
verde', as amostras variaram de 0,62 g mL
-1
a 0,68 g
mL
-1
, com um valor médio de 0,65 g mL
-1
(Tabela
1). Tal fato demonstra que, mesmo em altitudes
consideradas baixas para a cultura do café (em média
473 m), a região de Jesuítas, Estado do Paraná
proporcionou a colheita de grãos com densidade
comparável a cafés colhidos em regiões de maior
altitude, tais como os encontrados por Anjos et al.
(2001). A densidade de cafés de boa qualidade de
diferentes regiões do Brasil apresenta variação entre
0,600 a 0,676 g mL
-1
na maioria das amostras (Anjos
et al., 2001). No Paraná, Androcioli et al. (2003)
avaliaram cafés da região de São Jerônimo da Serra e
encontraram valores semelhantes, os quais variaram
de 0,64 a 0,67 g mL
-1
, com um valor médio de 0,65 g
mL
-1
.
Por sua vez, os valores de densidade do café de
boa qualidade, procedentes da Colômbia apresentam
densidades que variam de 0,72 para cafés oriundos
de região com altitudes de 1.650 m, a 0,68 g mL
-1
para regiões com altitudes de 1.050 m, indicando
que estas condições climáticas de 1050 m propiciam
boa formação dos grãos (Buenaventura-Serrano e
Castaño-Castrillón, 2002).
Avaliação da bebida de café
Avaliação da bebida de café Avaliação da bebida de café
Avaliação da bebida de café
Na avaliação da qualidade de bebida, constata-se
a elevada qualidade do café da região de Jesuítas,
Estado do Paraná, com 96% das amostras sendo
classificadas como bebida 'apenas mole' e 'dura', que
são grupos de alta qualidade e elevada aceitação
comercial (Figura 3). As possíveis causas de algumas
amostras apresentarem baixa qualidade (gosto
'rio/riado') podem ser atribuídas às condições
climáticas durante a colheita, pois, mesmo com as
precipitações abaixo da média, houve períodos
intercalares com elevada umidade que,
possivelmente, favoreceram o desenvolvimento de
microrganismos causadores deste atributo
indesejável. Na mesma safra em que foi realizado
este estudo (2002-2003), foi avaliada a qualidade de
bebida de cafés paranaenses oriundos dos diversos
municípios do Estado, constatando-se que 86% das
amostras foram classificadas como bebida 'apenas
mole' e 'dura', e 14% com bebida 'riada/rio' (Carneiro
Filho et al., 2003). Pode-se, então, constatar que as
práticas adotadas (Figura 2) pelos agricultores
colaboradores do presente estudo refletiram
positivamente na qualidade final da bebida quando
se comparou a resultados de qualidade de bebida do
café colhido nas demais regiões do Paraná.
Figura 3. Avaliação da qualidade de bebida de café no município
de Jesuítas, Estado do Paraná.
Descrição da bebida
Descrição da bebida Descrição da bebida
Descrição da bebida
A análise descritiva indicou que o café da região
de Jesuítas apresentou aroma intenso (2,7) de
qualidade mediana (2,4). Estes cafés apresentaram
caráter de adstringência (1,5), amargor (2,8) e pouco
ácido (1,5). A característica encorpada foi verificada
(2,8), com sabor residual mediano (2,8) e de
qualidade global média (2,0). Quando se compara
estes resultados com café de outros países (Puerta-
358 Dal Molin et al.
Acta Sci. Agron. Maringá, v. 30, n. 3, p. 353-358, 2008
Quintero, 1998; Duicela et al., 2003; Guyot et al.,
1996), constata-se que o café de Jesuítas apresentou,
como características principais, ser bastante
encorpado e de baixa acidez, confirmando, de certa
maneira, a qualidade difundida e a aceitabilidade
junto ao mercado de comercialização de café verde
(corretores, torradores e exportadores). Estas
características sensoriais encontradas são
comparáveis as de cafés de cultivares plantadas em
outras regiões do Brasil, porém apresentam menor
aroma e acidez e maior corpo e mais amargo que as
cultivares avaliadas por Aguiar (2005).
Conclusão
ConclusãoConclusão
Conclusão
Na região de Jesuítas, Estado do Paraná, mesmo
em baixas altitudes, foi possível produzir café de alta
densidade, com baixa porcentagem de defeitos e
com qualidade de bebida 'apenas mole' e 'dura'.
As condições climáticas, as práticas de cultivo e a
colheita no pano, do café produzido em Jesuítas,
Estado do Paraná, permitiram a obtenção de café
encorpado e de baixa acidez, de qualidade
comparável aos cafés de alta qualidade produzidos
nacional e internacionalmente.
Referências
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85.
Received on November 16, 2006.
Accepted on July 31, 2007.
... However, even regions propitious for producing specialty coffees have a climatic diversity that causes variation in the beverage (Alves et al., 2011). Variation in climatic conditions may interfere with the formation and maturation of coffee fruits (Dal Molin et al., 2008), which allows differences in the final sensory profile of the beans. The Mundo Novo cultivar (G1) is widely cultivated in Brazil, mainly because it has a high yield (Carvalho et al., 2006; Fazuoli et al., 2005). ...
Article
Defective coffee beans are widely known to negatively affect beverage quality. In Brazil, the defective beans represent a population of about 20% of the total coffee production. These defective beans are separated from the non-defective ones prior to commercialization in the international market and are dumped in the Brazilian internal market, thus depreciating the quality of the roasted coffee consumed in Brazil. In order to offer more attractive alternative uses for these beans, an assessment of their physical and chemical attributes is of relevance. In this study, physical attributes, such as bean and bulk densities, bean volume and colour, and also chemical attributes, such as caffeine, trigonelline and chlorogenic acids, were evaluated in defective and non-defective coffee beans, both in the crude and roasted state. With the determined physical and chemical attributes, it was possible to differentiate the types of defective beans, and it was also demonstrated that both black and sour beans roast to a lesser degree than the other types of beans, under the same roasting conditions.
Atributos químicos de espécies de café Tese (Doutorado em Fitotecnia)-Escola Superior de Agricultura ANDROCIOLI, A. et al. Caracterização da qualidade de bebida dos cafés produzidos em diversas regiões do Paraná
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Condutividade elétrica do exsudato de grãos de café (Coffea arabica L.) e sua relação com a qualidade de bebida
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Tese (Doutorado em Fitotecnia)-Escola Superior de Agricultura " Luiz de Queiroz ", Universidade de São Paulo, 2005.
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