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Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 31, n. 1, p. 053-061, Março 2009
EFEITO DO ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO E DO CLORETO
DE CÁLCIO NA REDUÇÃO DAS PERDAS PÓS-COLHEITA
EM UVA ‘NIAGARA ROSADA’1
MARCO ANTONIO TECCHIO2, MAURILO MONTEIRO TERRA3,6,
PATRÍCIA CIA4, ERASMO JOSÉ PAIOLI-PIRES3,6, MARA FERNANDES MOURA2,
JULIANA SANCHES4, ELIANE APARECIDA BENATO5, JOSÉ LUIZ HERNANDES2,
SÍLVIA REGINA DE TOLEDO VALENTINI5, JOSÉ MARIA MONTEIRO SIGRIST5
RESUMO - Com a finalidade de reduzir as perdas ocasionadas pela degrana e podridões na pós-colheita de
uva ‘Niagara Rosada’, foram realizados em 2005, em vinhedos localizados nos municípios de Jales e Louveira,
São Paulo-Brasil, experimentos utilizando-se de cinco concentrações de cloreto de cálcio (CaCl2) a 0; 5; 10;
15 e 20 g.L-1, com ou sem a aplicação de 100 mg.L-1 de ácido naftalenoacético (ANA). Com base nos
resultados obtidos, realizou-se, em 2006, experimento com quatro concentrações de ANA a 0; 50; 100 e 150
mg L-1, associadas ou não a 10 g.L-1 de CaCl2. As aplicações do ANA foram realizadas um dia antes da
colheita, e a do CaCl2, no início da maturação das bagas. Após a colheita, avaliaram-se o teor de sólidos
solúveis, a acidez titulável, o pH, a degrana e a incidência de podridões. Os cachos provenientes dos
diferentes tratamentos foram armazenados sob condição ambiente a 25°C/70% UR, por 5 dias, e sob
refrigeração a 1°C/85% UR, por 21 dias, seguido por transferência para condição ambiente por mais 5 dias,
sendo avaliadas após esses períodos as mesmas variáveis. O ANA foi eficiente na redução da degrana e da
incidência de podridões nos cachos, principalmente após acondicionamento dos mesmos sob condição
ambiente, sendo a concentração de 150 mg.L-1 a mais efetiva. Os tratamentos promoveram poucas alterações
nos teores de sólidos solúveis, pH e acidez titulável.
Termos para indexação: Vitis sp., degrana, podridões, regulador vegetal, auxina.
EFFECT OF NAPHTHALENE ACETIC ACID AND CALCIUM CHLORIDE
IN REDUCING POSTHARVEST LOSSES OF ‘NIGARA ROSADA’ GRAPES
ABSTRACT - It was evaluated the effect of the use of CaCl2 and NAA on ‘Niagara Rosada’ grapes in order
to reduce postharvest losses caused by rot and drop of berries. The experiments were carried out in vineyards
in Jales and Louveira, State of São Paulo, Brazil, in 2005 and 2006. In 2005 the effects of five concentrations
of CaCl2 (0; 5; 10; 15, and 20 g.L-1) with and without the use of 100 mg.L-1 of NAA were evaluated. Based on
those results, in 2006 another experiment was carried out in which the use of four concentrations of NAA (0;
50, 100, and 150 mg.L-1), with and without the use of 10g L-1 CaCl2 were tested. The different concentrations
of NAA were applied the day before harvest; meanwhile CaCl2 was applied at the beginning of the berry
ripening. Right after harvest, the grapes were evaluated for total soluble solids, titratable acidity, pH,
percentage of abscission post-harvest and decay incidence. The grapes of the different treatments were
stored under two conditions: 25°C/70% RH for 5 days and at 1°C /85% RH for 21 days followed by storage
at 25°C/70% RH for 5 more days. At the end of each storage period, the grapes were evaluated for the same
variables. The results indicate that application of NAA was effective in reducing the percentage of drop
berries and the incidence of decay, mainly in those fruits stored at 25°C/70% RH, being the concentration of
150 mg.L-1 the most effective. The treatments did not cause significant differences on total soluble solids,
pH, and titratable acidity.
Index terms: Vitis sp, abscission post-harvest, decay, growth regulator, auxin.
1(Trabalho 111-08). Recebido em: 06-05-2008. Aceito para publicação em 13-01-2009.
2Pesquisador Científico, Centro de Frutas do Instituto Agronômico – 13214-820 – Jundiaí-SP. tecchio@iac.sp.gov.br
3Pesquisador Científico, Centro de Ecofisiologia e Biofísica – Instituto Agronômico – CP 26, CEP 13201-970 – Campinas
- SP.
4Pesquisador Científico, Centro de Engenharia e Automação – Instituto Agronômico – CP 26, CEP 13201-970 – Jundiaí-
SP.
5Pesquisador Científico, Grupo de Engenharia e Pós-Colheita - Instituto de Tecnologia dos Alimentos, CP 139, CEP 13070-
178 – Campinas - SP.
6Bolsista do CNPq.
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INTRODUÇÃO
O Estado de São Paulo destaca-se como o
maior produtor nacional de uva para mesa, com
aproximadamente 39 milhões de plantas e produção
de 189,7 mil toneladas. As cultivares de uva comum,
representadas principalmente pela ‘Niagara Rosada’,
correspondem a 89,1% do total de plantas e 49,1%
da produção de uva no Estado (Instituto de
Economia Agrícola, 2007). Os municípios de Jundiaí
e Louveira são importantes centros produtores de
‘Niagara Rosada’ no Estado de São Paulo e, em Jales,
observou-se, nos últimos anos, um aumento
expressivo no cultivo dessa cultivar. Dentre os
fatores responsáveis por essa expansão, destacam-
se o menor custo de produção em relação ao cultivo
de uvas finas de mesa, as características de
rusticidade dessa cultivar, que exige um número
menor de pulverizações de defensivos agrícolas, e a
excelente aceitação pelo mercado consumidor,
favorecendo preços rentáveis na entressafra das
tradicionais regiões produtoras.
No entanto, verificou-se, nos últimos anos,
queda na rentabilidade da cultura, havendo a
necessidade de se adequar as técnicas de cultivo
visando à redução nos custos de produção e das
perdas ocorridas no período de pós-colheita.
Salienta-se que, para a cultivar Niagara Rosada, as
perdas pós-colheita devido à degrana e a problemas
fitossanitários são fatores de grande relevância.
Essas perdas podem ser minimizadas mediante
práticas culturais e pela utilização de técnicas de
manuseio pré ou pós-colheita (Cenci, 1994). Dentre
as técnicas pré-colheita utilizadas para a redução da
degrana, destaca-se a utilização do cloreto de cálcio
e do ácido naftalenoacético.
A utilização de tratamento pré ou pós-colheita
com cálcio tem sido estudada por vários autores,
visando a prolongar a conservação de frutas e
hortaliças. O cálcio é o nutriente associado à
qualidade das frutas (Sams, 1999). As pontes de
cálcio entre os ácidos pécticos ou entre esses e
outros polissacarídeos dificultam o acesso e a ação
de enzimas pectolíticas produzidas pela fruta que
causam amolecimento dos tecidos, e daquelas
produzidas pelos fungos e bactérias que causam
deterioração (Conway et al., 1992). Com isto, a
aplicação de soluções contendo cálcio pode inibir
ou prevenir o processo de abscisão dos frutos.
Em relação ao modo de aplicação, o cálcio
pode ser fornecido à planta via solo ou foliar. O cálcio
aplicado nas folhas não é translocado aos frutos,
motivo pelo qual as pulverizações devem ser
direcionadas aos cachos (Faust, 1991). A absorção
do cálcio pela cutícula é facilitada em frutos verdes,
onde a camada de pruína é reduzida. Nos frutos em
estádios avançados, em função da maior espessura
na camada de pruína, a absorção é bastante reduzida
(Yuri et al., 1995).
A abscisão de frutos é um processo de
senescência geneticamente programado,
envolvendo a atuação de enzimas que degradam a
lamela média e a parede celular. A auxina sintética,
ácido naftalenoacético (ANA), pode auxiliar na
inibição da queda dos frutos em pré-colheita, sendo
importante para maçãs, peras e citros (Gardner et al.,
1939, citado por Cenci & Chitarra, 1994). De acordo
com Cooper (1982), o ANA requer uma carência de 2
a 3 dias para tornar-se efetivo no controle da
abscisão, sendo que o período de efetividade é
relativamente curto, de aproximadamente 2 semanas
após a aplicação. Em função disso, há necessidade
de se aplicá-lo pouco antes da colheita, visando a
prolongar ao máximo seu efeito na pós-colheita.
Cenci & Chitarra (1994) estudaram o
potencial de conservação da uva ‘Niagara Rosada’
cultivada em Caldas-MG, quando submetida a
tratamentos pré-colheita com ANA e cloreto de cálcio
(CaCl2). Concluíram que os tratamentos com CaC12 e
ANA promoveram decréscimo na atividade das
enzimas pécticas e na porcentagem de degrana da
uva, havendo também, no tratamento com CaCl2,
aumento no teor de cálcio na região de abscisão.
Pelos resultados obtidos por Cenci &
Chitarra (1994), evidenciou-se a possibilidade de
utilização do CaCl2 e ANA visando à redução da
degrana da uva, havendo, no entanto, necessidade
de ajustes da concentração, tendo em vista que os
autores utilizaram apenas as doses de 1% de CaC12
e 100 ppm de ANA. Associado ao ajuste da
concentração, verificam-se na literatura variações
no efeito do regulador vegetal em função da região,
não havendo estudos nas regiões de Jundiaí e Jales
sobre o efeito desses produtos para a redução da
degrana de uva ‘Niagara Rosada’.
Com base no exposto, sendo a região de
Jundiaí importante polo vitícola e havendo grandes
possibilidades de a região de Jales tornar-se
importante polo produtor dessa cultivar, este trabalho
teve por objetivo avaliar os efeitos da aplicação de
ácido naftalenoacético e de cloreto de cálcio na
redução das perdas de uva ‘Niagara Rosada’
decorrentes da degrana e de podridões. Objetivou-
se também avaliar os efeitos do ANA e CaCl2 sobre
as características físico-químicas dos cachos,
durante armazenamento sob condição ambiente ou
refrigeração.
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MATERIAL E MÉTODOS
As aplicações de cloreto de cálcio e ácido
naftalenoacético em videira ‘Niagara Rosada’ foram
realizadas em 2005 e 2006, em vinhedos localizados
nos municípios de Jales e Louveira, Estado de São
Paulo. O município de Louveira situa-se a 23º17’S e
46º09’O, com altitude de 750 m, médias anuais de
1.400 mm de precipitação pluvial, temperatura média
de 19,5ºC e umidade relativa do ar média de 70,6%.
De acordo com a classificação da Embrapa (1999), o
tipo de solo é o Cambissolo Vermelho distrófico.
Jales localiza-se a 20º15’S e 50º30’O, com altitude de
483 m. Apresenta como indicadores climáticos
médios: precipitação pluvial anual de 1.312 mm e
temperatura média mensal de 23,6ºC. Há predomínio
do solo Argisolo Vermelho-Amarelo (Embrapa,
1999).
Em 2005, para a realização dos ensaios,
selecionaram-se vinhedos representativos e com
bom nível tecnológico nos municípios de Louveira
e de Jales. Em Louveira, o vinhedo selecionado
estava com dois anos de idade, sendo as videiras
sustentadas em espaldeira, no espaçamento 1,5 x
0,8m, enxertadas sobre o porta-enxerto IAC 766. No
experimento realizado em Jales, selecionou-se um
vinhedo com sete anos de idade, cujas videiras
estavam sustentadas sob o sistema de pérgula, com
espaçamento de 2,75 x 2,50 m e enxertadas sobre o
porta-enxerto IAC 572. Utilizou-se, nos dois
experimentos, o delineamento experimental em
blocos casualizados, dispostos em um fatorial 5x2,
com cinco repetições e parcelas experimentais
constituídas por 12 cachos selecionados em cada
planta. Dessa maneira, cada bloco constituiu-se de
10 plantas selecionadas na mesma linha de plantio.
Assim, os tratamentos foram constituídos por cinco
concentrações de cálcio na forma de cloreto de
cálcio a 0; 5; 10; 15 ou 20 g.L-1, aplicados no início
da maturação das bagas, com ou sem a aplicação de
ácido naftalenoacético a 100 mg L-1, um dia antes da
colheita. Realizou-se a aplicação do ANA um dia
antes da colheita, com base na metodologia adotada
por Cenci & Chitarra (1994). As aplicações do cloreto
de cálcio e do ANA foram realizadas por
pulverizações direcionadas aos cachos,
adicionando-se à solução o adjuvante
IHARAGUEN a 0,3%.
Após a colheita, os cachos de cada unidade
experimental foram separados em su-bamostras de
três cachos, utilizadas na determinação das variáveis
físico-químicas. As análises foram realizadas no dia
da colheita dos cachos e após o período de
armazenamento, sob condição ambiente (25±2°C/
70±5% UR), por cinco dias, ou sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), onde permaneceram por 21 dias,
sendo em seguida transferidos para condição
ambiente, por mais cinco dias. Após esses períodos,
determinaram-se a porcentagem de degrana, a
incidência de podridões, o teor de sólidos solúveis,
o pH e a acidez titulável, de acordo com as
metodologias descritas abaixo:
- Teor de sólidos solúveis (%): determinado
no suco da fruta, obtido pela prensagem de 10 bagas
por cacho, isto é, 30 bagas por repetição, utilizando-
se de refratômetro manual, marca Atago;
- pH: determinado potenciometricamente em
pHmetro Micronal B-274, no suco da fruta (1:9 v/v),
obtido pela prensagem de 30 bagas por repetição,
segundo a metodologia de Carvalho et al. (1990);
-Acidez titulável: determinada nas amostras
anteriormente preparadas para determinação de pH,
empregando-se NaOH (0,1 N) para titulação até atingir
pH 8,1. O resultado foi expresso em g ácido tartárico
100 mL-1 (Carvalho et al., 1990);
- Degrana: os cachos foram levemente
agitados, manualmente, por cinco vezes, e as bagas
degranadas foram pesadas. A degrana foi determinada
pela diferença de massa obtida pela pesagem dos
cachos e das bagas degranadas, sendo os resultados
expressos em porcentagem;
- Incidência de podridões: determinada pela
diferença de massa obtida pela pesagem das bagas
sadias e doentes para cada cacho, sendo os
resultados expressos em porcentagem.
Com os dados obtidos, realizou-se
inicialmente, no programa MINITAB, o teste de
normalidade para todas as variáveis avaliadas, com o
objetivo de determinar se os dados apresentavam
distribuição normal. Posteriormente, utilizando-se do
programa Sistema para Análise de Variância - SISVAR,
os dados foram submetidos à análise de variância,
teste de Tukey para comparar o efeito do ANA e
regressão polinomial para as concentrações de
cloreto de cálcio. Para os dados expressos em
porcentagem (degrana e podridão), utilizou-se a
transformação de dados, pela fórmula arc sen .
No período de 25 de agosto de 2006 a 03 de
janeiro de 2007, foi realizado um segundo experimento
no mesmo vinhedo localizado no município de
Louveira, com o objetivo de avaliar o efeito de
diferentes concentrações de ANA na redução da
degrana. Utilizou-se o delineamento experimental em
blocos casualizados, dispostos em um fatorial 4x2,
com cinco repetições, constituídas por parcelas
experimentais de 12 cachos selecionados em cada
planta. Cada bloco foi constituído por 8 plantas, nas
quais foram dispostos os tratamentos constituídos
(x 100)/
M. A. TECCHIO et al.
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por quatro concentrações de ácido naftalenoacético
(0; 50; 100 e 150 mg.L-1), aplicados um dia antes da
colheita, com ou sem a aplicação de 10 g.L-1 de cloreto
de cálcio, aplicado na época da maturação das bagas.
As aplicações do cloreto de cálcio e do ANA também
foram realizadas por pulverizações direcionadas aos
cachos, adicionando-se à solução o adjuvante
IHARAGUEN a 0,3%.
As avaliações dos cachos provenientes dos
diferentes tratamentos foram realizadas da mesma
maneira que nos experimentos anteriores.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No primeiro ensaio realizado em Louveira,
observou-se efeito estatístico significativo do ácido
naftalenoacético na redução da degrana e da
incidência de podridões durante o período de
armazenamento das frutas sob condição ambiente
ou refrigeração, não havendo influência do cloreto
de cálcio. Comparando-se com a testemunha, a
aplicação de 100 mg.L-1 de ANA proporcionou
redução de 66%, 65% e 63% na porcentagem de
degrana, após cinco dias sob condição ambiente, 21
dias sob refrigeração e aos 21 dias de refrigeração
seguido por período de transferência de cinco dias
para temperatura ambiente, respectivamente. Quanto
à incidência de podridões, determinou-se uma
redução de 66% e 61% após cinco dias de
armazenamento sob condição ambiente e aos 21 dias
de refrigeração seguidos por mais cinco dias sob
condição ambiente, respectivamente (Tabela 1).
Assim como constatado em Louveira, no
experimento realizado em Jales, observou-se que a
aplicação do ANA, um dia antes da colheita dos
cachos, foi bastante eficiente na redução da degrana
e da incidência de podridões, apresentando efeito
significativo após cinco dias de armazenamento sob
condição ambiente e aos 21 dias de refrigeração
seguido por período de transferência a 25±2°C/
70±5% UR. Comparando-se à testemunha, a redução
da degrana com a aplicação de ANA foi de 53% e
49%, respectivamente, aos cinco e 21+5 dias de
armazenamento. Quanto à incidência de podridões,
houve redução de 50% e 52%, aos cinco e 21+5,
respectivamente (Tabela 2). Os fungos de maior
incidência foram Colletotrichum spp, Botrytis spp e
Penicillium spp, além de leveduras. Em relação ao
cloreto de cálcio, não foi observado efeito na redução
da degrana e da incidência de podridões.
Sob tal aspecto, Cenci & Chitarra (1994)
demonstraram que o ácido naftalenoacético,
associado ao cloreto de cálcio em pré-colheita de
uva ‘Niagara Rosada’, reduziu a degrana das bagas,
bem como a atividade das enzimas poligalacturonase
e pectinametilesterase em relação às uvas não
tratadas, observando-se correlação entre a elevação
brusca na atividade das enzimas com aumento da
degrana das bagas. A abscisão de frutos, folhas e
flores dá-se pelo enfraquecimento das paredes
celulares devido à ação de enzimas, como a celulase
e a poligalacturonase. O etileno parece ser o principal
regulador do processo de abscisão, com a auxina
agindo como um supressor do efeito deste fitormônio
(Taiz & Zeiger, 2004).
Al-Masri & Barakat (2003) relataram que o
ANA reduziu a taxa de crescimento micelial, o peso
e o número de escleródios de Sclerotium
sclerotiorum in vivo em concentrações menores que
200 μg.mL-1 devido ao efeito supressivo da auxina
sobre o fungo. O ANA também reduziu o
desenvolvimento das lesões in vivo e a severidade
do mofo-branco em feijão e pepino. Os autores
relataram ainda que o produto, nas concentrações
de 200 e 400 μg mL-1, reduziu a severidade da doença
nas plantas devido ao efeito inibitório sobre o fungo
e a indução de resistência nos tecidos das plantas
tratadas com ANA.
Yu et al. (2008) constataram que a auxina AIA
(ácido indolacético) não apresentou atividade
antifúngica direta contra Botrytis cinérea quando o
intervalo de tempo entre o tratamento e a inoculação
foi de 2 horas. No entanto, reduziu drasticamente o
mofo-cinzento em maçãs quando aplicado 24 horas
antes da inoculação do patógeno.
Quanto aos atributos físico-químicos, para
o experimento realizado em Louveira, não houve
efeito dos tratamentos sobre a acidez titulável e foram
observadas poucas alterações nos teores de sólidos
solúveis e pH dos cachos devido à aplicação de
cloreto de cálcio ou ANA em pré-colheita (Tabela 3).
Observou-se que, somente aos cinco dias de
armazenamento sob condição ambiente, o teor de
sólidos solúveis foi influenciado significativamente
pela concentração de 15 g.L-1 de cloreto de cálcio.
No entanto, a redução de 3,62% nos sólidos solúveis,
considerada isoladamente, não sugere diferenças
detectáveis no sabor, assim como observado em
trabalho realizado por Lima et al. (2000), com
aplicação de cloreto de cálcio em uva ‘Itália’.
Em relação às variáveis físico-químicas do
experimento de Jales, observou-se efeito
significativo dos tratamentos apenas para os valores
de acidez titulável, aos 21 dias após a colheita, sendo
que os cachos tratados com ANA apresentaram
valores inferiores quando comparados com a
testemunha (Tabela 4). No entanto, a redução de
4,17% na acidez titulável da uva não sugere
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diferenças detectáveis no sabor.
Quanto aos efeitos do cloreto de cálcio, aos
21 e 21+5 dias após o armazenamento dos cachos,
ajustou-se o modelo de regressão quadrático para
expressar o aumento da acidez titulável da uva com
os maiores valores obtidos para a concentração de
10 g.L-1 (Figura 1). Quanto aos resultados do teor de
sólidos solúveis e pH, não se observaram diferenças
significativas entre os tratamentos. Lima et al. (2000),
avaliando o efeito do cloreto de cálcio a 0 e 1,5%,
aplicado por imersão dos cachos no inicio do
amolecimento das bagas de uva ‘Itália’, observaram
que a concentração de 1,5% determinou menor pH e
maior acidez titulável e teores de cálcio no engaço e
na baga. Gupta et al. (1980) também obtiveram maior
acidez titulável em uva ‘Perlette’ quando submetida
a tratamentos com Ca(NO3)2. Segundo os autores,
esse aumento, provavelmente, ocorreu devido à
desidratação das bagas, durante o armazenamento,
e à redução da taxa respiratória, que pode ter
resultado no acúmulo de ácidos orgânicos.
As frutas não-climatéricas, como a uva,
apresentam poucas modificações no teor de açúcares
e ácidos no período pós-colheita. No entanto, para
algumas frutas, pode ocorrer aumento no teor inicial
de açúcares como resultado do metabolismo de
polissacarídeos da parede celular (Chitarra &
Chitarra, 2005). Isso pode explicar as poucas
alterações observadas em uva ‘Niagara Rosada’
durante o período de armazenamento,
independentemente da aplicação de cálcio ou ANA.
Os resultados obtidos nos experimentos
realizados em Louveira e Jales, no primeiro ano de
ensaio, permitiram concluir que a aplicação do ANA,
em pré-colheita, foi eficiente na redução da degrana
e da incidência de podridões após o armazenamento
da uva sob temperatura ambiente ou sob refrigeração,
seguido de transferência para condição ambiente.
Quanto aos teores de sólidos solúveis, pH e acidez
titulável, houve alterações pouco expressivas em
decorrência da aplicação do ANA.
Em relação ao 2o experimento realizado em
Louveira no ciclo de produção 2006/07, utilizando-
se de quatro concentrações de ANA, associadas ou
não ao cloreto de cálcio, observou-se que o ANA
reduziu significativamente a degrana aos 21 e 21+5
dias de armazenamento (Figura 2A). Após 21 dias
sob refrigeração, para expressar a redução da
degrana, ajustou-se modelo de regressão quadrático,
com o ponto de mínimo obtido com a dose de 88 mg
L-1. Com essa concentração, o valor estimado da
degrana foi de 1,7%, sendo 63,4% menor quando
comparado com os 4,8% de degrana obtido para as
uvas não tratadas. Aos 21 dias de armazenamento,
seguidos de mais cinco dias de transferência para
condição ambiente (25±2°C/70±5%UR), houve
redução linear da degrana em função da aplicação
do ANA. Com as concentrações de 0 e 150 mg.L-1 do
ANA, a porcentagem de degrana foi de,
respectivamente, 22,5% e 11,1%, havendo redução
de 50,4% .
Quanto à incidência de podridões nos
cachos (Figura 2B), verificou-se que, após 21 dias
de armazenamento refrigerado, a utilização de ANA
um dia antes da colheita proporcionou um decréscimo
linear da incidência de podridões. Obteve-se com as
doses 0 e 150 mg.L-1 do ANA, respectivamente,
4,98% e 2,69% de podridão.
Levando-se em consideração o efeito do
ANA na redução da degrana e incidência de
podridões nos cachos, os melhores resultados foram
obtidos utilizando-se da concentração de 150 mg.L-
1. Quanto ao efeito do cloreto de cálcio, obtiveram-
se reduções na degrana e incidência de podridões
apenas aos 21 dias de armazenamento sob
refrigeração (Tabela 5). Verificou-se que a utilização
de 10 g.L-1 proporcionou redução significativa da
degrana, de 4,9% para 2,0%, e da incidência de
podridões, de 4,4% para 2,9%.
As variáveis químicas foram, novamente,
pouco influenciadas pelos tratamentos, observando-
se que, apenas após 21 dias de armazenamento
refrigerado, houve um decréscimo linear no teor de
sólidos solúveis com o aumento da concentração
do ANA (Figura 3). Em relação ao cloreto de cálcio,
não se verificou efeito significativo para os atributos
químicos avaliados, como sólidos solúveis, pH e
acidez titulável.
Os resultados obtidos no segundo
experimento realizado em Louveira permitiram
confirmar os efeitos positivos da utilização do ANA
na redução das perdas por degrana e podridões em
uva ‘Niagara Rosada’.
Oliveira et al. (2008) analisaram os custos e a
rentabilidade da uva ‘Niagara Rosada’ nas regiões
leste, sudoeste e noroeste do Estado de São Paulo,
considerando os sistemas de produção convencional
e com o tratamento de ANA e CaCl2. Observaram
que, para a região de Jundiaí, o tratamento com ANA
foi competitivo quando se obtêm preços com ágio
maiores de 15% do preço recebido pelo produtor.
Para a região de Jales, isso ocorre quando o valor do
ágio é superior a 6% do preço recebido pelo produtor.
M. A. TECCHIO et al.
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FIGURA 1- Acidez titulável da uva ‘Niagara Rosada’ submetida a aplicações de cloreto de cálcio em pré-
colheita, aos 21 dias de armazenamento refrigerado (1±1°C/85±5% UR), após período de cinco
dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
FIGURA 2- Degrana (%) aos 21 e 21+5 dias após a colheita (A) e incidência de podridões (%) aos 21 dias de
armazenamento (B) da uva ‘Niagara Rosada’, tratada com ácido naftalenoacético (ANA) em
pré-colheita. Louveira-SP, 2006/2007.
EFEITO DO ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO E DO CLORETO DE CÁLCIO ...
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Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 31, n. 1, p. 053-061, Março 2009
FIGURA 3- Teor de sólidos solúveis (%) da uva ‘Niagara Rosada’ submetida a concentrações do ácido
naftalefoacético (ANA), após 21 dias de armazenamento refrigerado (1±1°C/85±5% UR).
Louveira-SP, 2006/2007.
Concentração
ANA
% DEGRANA (Dias*) %PODRIDÕES (Dias*)
(mg L
-1
) 0 5 21 21+5 0 5 21 21+5
00,49A 4,19A 0,85A 8,79A 0,06A 2,76A 0,85A 4,41A
100 0,38A 1,42B 0,30B 3,25B 0,10A 0,93B 0,30A 1,72B
CV (%) 61,45 53,64 61,20 45,21 60,68 45,46 65,47 42,67
TABELA 1- Degrana (%) e incidência de podridões (%) após período de armazenamento da uva ‘Niagara
Rosada’, em função da aplicação em pré-colheita do ácido naftalenoacético (ANA) a 0 e 100
mg L-1. Louveira-SP, 2005/2006.
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
TABELA 2- Degrana (%) e incidência de podridões (%) após período de armazenamento da uva ‘Niagara
Rosada’, em função da aplicação em pré-colheita do ácido naftalenoacético (ANA) a 0 e 100
mg L-1. Jales-SP, 2005.
Concentração
ANA
% DEGRANA (Dias*) % PODRIDÕES (Dias*)
(mg L
-1
) 0 5 21 21+5 0 5 21 21+5
00,40A 8,61A 0,50A 3,65A 0 1,44A 0,25A 1,32A
100 0,33A 4,02B 0,57A 1,87B 0 0,72B 0,33A 0,64B
CV (%) 83,54 39,00 63.97 39,53 0 50,11 54,29 54,55
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
M. A. TECCHIO et al.
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TABELA 5- Degrana (%) e incidência de podridões (%) após período de armazenamento da uva ‘Niagara
Rosada’ submetida a doses do ácido naftalenoacético, com e sem aplicação de cloreto de
cálcio a 10g L-1. Louveira-SP, 2006.
Concentração
CaCl
2
% DEGRANA (Dias*) % PODRIDÃO (Dias*)
(mg L
-1
) 0 5 21 21+5 0 5 21 21+5
00,25A 6,0A 4,9A 19,8A 0,03A 9,4A 4,4A 10,0A
10 0,11A 6,7A 2,0B 14,8A 0,08A 9,7A 2,9B 9,9A
CV (%) 50,02 40,02 60,04 46,17 60,31 27,77 31,43 45,18
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
EFEITO DO ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO E DO CLORETO DE CÁLCIO ...
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
Concentração
ANA
Acidez titulável (g ácido tartárico 100 g
-1
)
(mg L
-1
) 0* 5 21 21+5
00,71A 0,61A 0,72A 0,64A
100 0,71A 0,64A 0,69B 0,65A
DMS 0,03 0,04 0,03 0,03
CV (%) 7,06 11,81 7,26 8,04
TABELA 4- Acidez titulável após período de armazenamento da uva ‘Niagara Rosada’, em função da aplicação
em pré-colheita do ácido naftalenoacético (ANA) a 0 e 100 mg L-1. Jales-SP, 2005.
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
TABELA 3- Teor de sólidos solúveis (%) e pH após período de armazenamento da uva ‘Niagara Rosada’, em
função da aplicação em pré-colheita do ácido naftalenoacético (ANA) a 0 e 100 mg L-1. Louveira-
SP, 2005/2006.
Concentração
ANA
Sólidos solúveis (%)
(mg L
-1
) 0* 5 21 21+5
011,74A 11,74A 11,93A 11,94A
100 11,85A 11,78A 11,89A 11,23B
DMS 0,37 0,37 0,11 0,46
CV (%) 5,40 5,44 4,91 6,87
pH
02,95B 2,86A 2,86B 2,95A
100 3,02A 2,87A 2,99A 2,92A
DMS 0,05 0,04 0,02 0,04
CV (%) 2,72 2,50 3,23 2,30
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CONCLUSÕES
O ácido naftalenoacético é eficiente na
redução da degrana e da incidência de podridões em
uva ‘Niagara Rosada’, principalmente após
acondicionamento dos mesmos sob condição
ambiente, sendo a concentração de 150 mg.L-1 a mais
efetiva. Os tratamentos promoveram poucas
alterações nos teores de sólidos solúveis, pH e acidez
titulável.
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