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Effect of naphthalene acetic acid and calcium chloride in reducing postharvest losses of 'Nigara Rosada' grapes

Authors:

Abstract

It was evaluated the effect of the use of CaCl 2 and NAA on 'Niagara Rosada' grapes in order to reduce postharvest losses caused by rot and drop of berries. The experiments were carried out in vineyards in Jales and Louveira, State of São Paulo, Brazil, in 2005 and 2006. In 2005 the effects of five concentrations of CaCl 2 (0; 5; 10; 15, and 20 g.L -1) with and without the use of 100 mg.L -1 of NAA were evaluated. Based on those results, in 2006 another experiment was carried out in which the use of four concentrations of NAA (0; 50, 100, and 150 mg.L -1), with and without the use of 10g L -1 CaCl 2 were tested. The different concentrations of NAA were applied the day before harvest; meanwhile CaCl 2 was applied at the beginning of the berry ripening. Right after harvest, the grapes were evaluated for total soluble solids, titratable acidity, pH, percentage of abscission post-harvest and decay incidence. The grapes of the different treatments were stored under two conditions: 25°C/70% RH for 5 days and at 1°C /85% RH for 21 days followed by storage at 25°C/70% RH for 5 more days. At the end of each storage period, the grapes were evaluated for the same variables. The results indicate that application of NAA was effective in reducing the percentage of drop berries and the incidence of decay, mainly in those fruits stored at 25°C/70% RH, being the concentration of 150 mg.L -1 the most effective. The treatments did not cause significant differences on total soluble solids, pH, and titratable acidity.
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EFEITO DO ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO E DO CLORETO
DE CÁLCIO NA REDUÇÃO DAS PERDAS PÓS-COLHEITA
EM UVA ‘NIAGARA ROSADA1
MARCO ANTONIO TECCHIO2, MAURILO MONTEIRO TERRA3,6,
PATRÍCIA CIA4, ERASMO JOSÉ PAIOLI-PIRES3,6, MARA FERNANDES MOURA2,
JULIANA SANCHES4, ELIANE APARECIDA BENATO5, JOSÉ LUIZ HERNANDES2,
SÍLVIA REGINA DE TOLEDO VALENTINI5, JOSÉ MARIA MONTEIRO SIGRIST5
RESUMO - Com a finalidade de reduzir as perdas ocasionadas pela degrana e podridões na pós-colheita de
uva ‘Niagara Rosada’, foram realizados em 2005, em vinhedos localizados nos municípios de Jales e Louveira,
São Paulo-Brasil, experimentos utilizando-se de cinco concentrações de cloreto de cálcio (CaCl2) a 0; 5; 10;
15 e 20 g.L-1, com ou sem a aplicação de 100 mg.L-1 de ácido naftalenoacético (ANA). Com base nos
resultados obtidos, realizou-se, em 2006, experimento com quatro concentrações de ANA a 0; 50; 100 e 150
mg L-1, associadas ou não a 10 g.L-1 de CaCl2. As aplicações do ANA foram realizadas um dia antes da
colheita, e a do CaCl2, no início da maturação das bagas. Após a colheita, avaliaram-se o teor de sólidos
solúveis, a acidez titulável, o pH, a degrana e a incidência de podridões. Os cachos provenientes dos
diferentes tratamentos foram armazenados sob condição ambiente a 25°C/70% UR, por 5 dias, e sob
refrigeração a 1°C/85% UR, por 21 dias, seguido por transferência para condição ambiente por mais 5 dias,
sendo avaliadas após esses períodos as mesmas variáveis. O ANA foi eficiente na redução da degrana e da
incidência de podridões nos cachos, principalmente após acondicionamento dos mesmos sob condição
ambiente, sendo a concentração de 150 mg.L-1 a mais efetiva. Os tratamentos promoveram poucas alterações
nos teores de sólidos solúveis, pH e acidez titulável.
Termos para indexação: Vitis sp., degrana, podridões, regulador vegetal, auxina.
EFFECT OF NAPHTHALENE ACETIC ACID AND CALCIUM CHLORIDE
IN REDUCING POSTHARVEST LOSSES OF ‘NIGARA ROSADA’ GRAPES
ABSTRACT - It was evaluated the effect of the use of CaCl2 and NAA on ‘Niagara Rosada’ grapes in order
to reduce postharvest losses caused by rot and drop of berries. The experiments were carried out in vineyards
in Jales and Louveira, State of São Paulo, Brazil, in 2005 and 2006. In 2005 the effects of five concentrations
of CaCl2 (0; 5; 10; 15, and 20 g.L-1) with and without the use of 100 mg.L-1 of NAA were evaluated. Based on
those results, in 2006 another experiment was carried out in which the use of four concentrations of NAA (0;
50, 100, and 150 mg.L-1), with and without the use of 10g L-1 CaCl2 were tested. The different concentrations
of NAA were applied the day before harvest; meanwhile CaCl2 was applied at the beginning of the berry
ripening. Right after harvest, the grapes were evaluated for total soluble solids, titratable acidity, pH,
percentage of abscission post-harvest and decay incidence. The grapes of the different treatments were
stored under two conditions: 25°C/70% RH for 5 days and at 1°C /85% RH for 21 days followed by storage
at 25°C/70% RH for 5 more days. At the end of each storage period, the grapes were evaluated for the same
variables. The results indicate that application of NAA was effective in reducing the percentage of drop
berries and the incidence of decay, mainly in those fruits stored at 25°C/70% RH, being the concentration of
150 mg.L-1 the most effective. The treatments did not cause significant differences on total soluble solids,
pH, and titratable acidity.
Index terms: Vitis sp, abscission post-harvest, decay, growth regulator, auxin.
1(Trabalho 111-08). Recebido em: 06-05-2008. Aceito para publicação em 13-01-2009.
2Pesquisador Científico, Centro de Frutas do Instituto Agronômico – 13214-820 – Jundiaí-SP. tecchio@iac.sp.gov.br
3Pesquisador Científico, Centro de Ecofisiologia e Biofísica – Instituto Agronômico – CP 26, CEP 13201-970 – Campinas
- SP.
4Pesquisador Científico, Centro de Engenharia e Automação – Instituto Agronômico – CP 26, CEP 13201-970 – Jundiaí-
SP.
5Pesquisador Científico, Grupo de Engenharia e Pós-Colheita - Instituto de Tecnologia dos Alimentos, CP 139, CEP 13070-
178 – Campinas - SP.
6Bolsista do CNPq.
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INTRODUÇÃO
O Estado de São Paulo destaca-se como o
maior produtor nacional de uva para mesa, com
aproximadamente 39 milhões de plantas e produção
de 189,7 mil toneladas. As cultivares de uva comum,
representadas principalmente pela ‘Niagara Rosada’,
correspondem a 89,1% do total de plantas e 49,1%
da produção de uva no Estado (Instituto de
Economia Agrícola, 2007). Os municípios de Jundiaí
e Louveira são importantes centros produtores de
‘Niagara Rosada’ no Estado de São Paulo e, em Jales,
observou-se, nos últimos anos, um aumento
expressivo no cultivo dessa cultivar. Dentre os
fatores responsáveis por essa expansão, destacam-
se o menor custo de produção em relação ao cultivo
de uvas finas de mesa, as características de
rusticidade dessa cultivar, que exige um número
menor de pulverizações de defensivos agrícolas, e a
excelente aceitação pelo mercado consumidor,
favorecendo preços rentáveis na entressafra das
tradicionais regiões produtoras.
No entanto, verificou-se, nos últimos anos,
queda na rentabilidade da cultura, havendo a
necessidade de se adequar as técnicas de cultivo
visando à redução nos custos de produção e das
perdas ocorridas no período de pós-colheita.
Salienta-se que, para a cultivar Niagara Rosada, as
perdas pós-colheita devido à degrana e a problemas
fitossanitários são fatores de grande relevância.
Essas perdas podem ser minimizadas mediante
práticas culturais e pela utilização de técnicas de
manuseio pré ou pós-colheita (Cenci, 1994). Dentre
as técnicas pré-colheita utilizadas para a redução da
degrana, destaca-se a utilização do cloreto de cálcio
e do ácido naftalenoacético.
A utilização de tratamento pré ou pós-colheita
com cálcio tem sido estudada por vários autores,
visando a prolongar a conservação de frutas e
hortaliças. O cálcio é o nutriente associado à
qualidade das frutas (Sams, 1999). As pontes de
cálcio entre os ácidos pécticos ou entre esses e
outros polissacarídeos dificultam o acesso e a ação
de enzimas pectolíticas produzidas pela fruta que
causam amolecimento dos tecidos, e daquelas
produzidas pelos fungos e bactérias que causam
deterioração (Conway et al., 1992). Com isto, a
aplicação de soluções contendo cálcio pode inibir
ou prevenir o processo de abscisão dos frutos.
Em relação ao modo de aplicação, o cálcio
pode ser fornecido à planta via solo ou foliar. O cálcio
aplicado nas folhas não é translocado aos frutos,
motivo pelo qual as pulverizações devem ser
direcionadas aos cachos (Faust, 1991). A absorção
do cálcio pela cutícula é facilitada em frutos verdes,
onde a camada de pruína é reduzida. Nos frutos em
estádios avançados, em função da maior espessura
na camada de pruína, a absorção é bastante reduzida
(Yuri et al., 1995).
A abscisão de frutos é um processo de
senescência geneticamente programado,
envolvendo a atuação de enzimas que degradam a
lamela média e a parede celular. A auxina sintética,
ácido naftalenoacético (ANA), pode auxiliar na
inibição da queda dos frutos em pré-colheita, sendo
importante para maçãs, peras e citros (Gardner et al.,
1939, citado por Cenci & Chitarra, 1994). De acordo
com Cooper (1982), o ANA requer uma carência de 2
a 3 dias para tornar-se efetivo no controle da
abscisão, sendo que o período de efetividade é
relativamente curto, de aproximadamente 2 semanas
após a aplicação. Em função disso, há necessidade
de se aplicá-lo pouco antes da colheita, visando a
prolongar ao máximo seu efeito na pós-colheita.
Cenci & Chitarra (1994) estudaram o
potencial de conservação da uva ‘Niagara Rosada’
cultivada em Caldas-MG, quando submetida a
tratamentos pré-colheita com ANA e cloreto de cálcio
(CaCl2). Concluíram que os tratamentos com CaC12 e
ANA promoveram decréscimo na atividade das
enzimas pécticas e na porcentagem de degrana da
uva, havendo também, no tratamento com CaCl2,
aumento no teor de cálcio na região de abscisão.
Pelos resultados obtidos por Cenci &
Chitarra (1994), evidenciou-se a possibilidade de
utilização do CaCl2 e ANA visando à redução da
degrana da uva, havendo, no entanto, necessidade
de ajustes da concentração, tendo em vista que os
autores utilizaram apenas as doses de 1% de CaC12
e 100 ppm de ANA. Associado ao ajuste da
concentração, verificam-se na literatura variações
no efeito do regulador vegetal em função da região,
não havendo estudos nas regiões de Jundiaí e Jales
sobre o efeito desses produtos para a redução da
degrana de uva ‘Niagara Rosada’.
Com base no exposto, sendo a região de
Jundiaí importante polo vitícola e havendo grandes
possibilidades de a região de Jales tornar-se
importante polo produtor dessa cultivar, este trabalho
teve por objetivo avaliar os efeitos da aplicação de
ácido naftalenoacético e de cloreto de cálcio na
redução das perdas de uva ‘Niagara Rosada’
decorrentes da degrana e de podridões. Objetivou-
se também avaliar os efeitos do ANA e CaCl2 sobre
as características físico-químicas dos cachos,
durante armazenamento sob condição ambiente ou
refrigeração.
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MATERIAL E MÉTODOS
As aplicações de cloreto de cálcio e ácido
naftalenoacético em videira ‘Niagara Rosada’ foram
realizadas em 2005 e 2006, em vinhedos localizados
nos municípios de Jales e Louveira, Estado de São
Paulo. O município de Louveira situa-se a 23º17’S e
46º09’O, com altitude de 750 m, médias anuais de
1.400 mm de precipitação pluvial, temperatura média
de 19,5ºC e umidade relativa do ar média de 70,6%.
De acordo com a classificação da Embrapa (1999), o
tipo de solo é o Cambissolo Vermelho distrófico.
Jales localiza-se a 20º15’S e 50º30’O, com altitude de
483 m. Apresenta como indicadores climáticos
médios: precipitação pluvial anual de 1.312 mm e
temperatura média mensal de 23,6ºC. Há predomínio
do solo Argisolo Vermelho-Amarelo (Embrapa,
1999).
Em 2005, para a realização dos ensaios,
selecionaram-se vinhedos representativos e com
bom nível tecnológico nos municípios de Louveira
e de Jales. Em Louveira, o vinhedo selecionado
estava com dois anos de idade, sendo as videiras
sustentadas em espaldeira, no espaçamento 1,5 x
0,8m, enxertadas sobre o porta-enxerto IAC 766. No
experimento realizado em Jales, selecionou-se um
vinhedo com sete anos de idade, cujas videiras
estavam sustentadas sob o sistema de pérgula, com
espaçamento de 2,75 x 2,50 m e enxertadas sobre o
porta-enxerto IAC 572. Utilizou-se, nos dois
experimentos, o delineamento experimental em
blocos casualizados, dispostos em um fatorial 5x2,
com cinco repetições e parcelas experimentais
constituídas por 12 cachos selecionados em cada
planta. Dessa maneira, cada bloco constituiu-se de
10 plantas selecionadas na mesma linha de plantio.
Assim, os tratamentos foram constituídos por cinco
concentrações de cálcio na forma de cloreto de
cálcio a 0; 5; 10; 15 ou 20 g.L-1, aplicados no início
da maturação das bagas, com ou sem a aplicação de
ácido naftalenoacético a 100 mg L-1, um dia antes da
colheita. Realizou-se a aplicação do ANA um dia
antes da colheita, com base na metodologia adotada
por Cenci & Chitarra (1994). As aplicações do cloreto
de cálcio e do ANA foram realizadas por
pulverizações direcionadas aos cachos,
adicionando-se à solução o adjuvante
IHARAGUEN a 0,3%.
Após a colheita, os cachos de cada unidade
experimental foram separados em su-bamostras de
três cachos, utilizadas na determinação das variáveis
físico-químicas. As análises foram realizadas no dia
da colheita dos cachos e após o período de
armazenamento, sob condição ambiente (25±2°C/
70±5% UR), por cinco dias, ou sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), onde permaneceram por 21 dias,
sendo em seguida transferidos para condição
ambiente, por mais cinco dias. Após esses períodos,
determinaram-se a porcentagem de degrana, a
incidência de podridões, o teor de sólidos solúveis,
o pH e a acidez titulável, de acordo com as
metodologias descritas abaixo:
- Teor de sólidos solúveis (%): determinado
no suco da fruta, obtido pela prensagem de 10 bagas
por cacho, isto é, 30 bagas por repetição, utilizando-
se de refratômetro manual, marca Atago;
- pH: determinado potenciometricamente em
pHmetro Micronal B-274, no suco da fruta (1:9 v/v),
obtido pela prensagem de 30 bagas por repetição,
segundo a metodologia de Carvalho et al. (1990);
-Acidez titulável: determinada nas amostras
anteriormente preparadas para determinação de pH,
empregando-se NaOH (0,1 N) para titulação até atingir
pH 8,1. O resultado foi expresso em g ácido tartárico
100 mL-1 (Carvalho et al., 1990);
- Degrana: os cachos foram levemente
agitados, manualmente, por cinco vezes, e as bagas
degranadas foram pesadas. A degrana foi determinada
pela diferença de massa obtida pela pesagem dos
cachos e das bagas degranadas, sendo os resultados
expressos em porcentagem;
- Incidência de podridões: determinada pela
diferença de massa obtida pela pesagem das bagas
sadias e doentes para cada cacho, sendo os
resultados expressos em porcentagem.
Com os dados obtidos, realizou-se
inicialmente, no programa MINITAB, o teste de
normalidade para todas as variáveis avaliadas, com o
objetivo de determinar se os dados apresentavam
distribuição normal. Posteriormente, utilizando-se do
programa Sistema para Análise de Variância - SISVAR,
os dados foram submetidos à análise de variância,
teste de Tukey para comparar o efeito do ANA e
regressão polinomial para as concentrações de
cloreto de cálcio. Para os dados expressos em
porcentagem (degrana e podridão), utilizou-se a
transformação de dados, pela fórmula arc sen .
No período de 25 de agosto de 2006 a 03 de
janeiro de 2007, foi realizado um segundo experimento
no mesmo vinhedo localizado no município de
Louveira, com o objetivo de avaliar o efeito de
diferentes concentrações de ANA na redução da
degrana. Utilizou-se o delineamento experimental em
blocos casualizados, dispostos em um fatorial 4x2,
com cinco repetições, constituídas por parcelas
experimentais de 12 cachos selecionados em cada
planta. Cada bloco foi constituído por 8 plantas, nas
quais foram dispostos os tratamentos constituídos
(x 100)/
M. A. TECCHIO et al.
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por quatro concentrações de ácido naftalenoacético
(0; 50; 100 e 150 mg.L-1), aplicados um dia antes da
colheita, com ou sem a aplicação de 10 g.L-1 de cloreto
de cálcio, aplicado na época da maturação das bagas.
As aplicações do cloreto de cálcio e do ANA também
foram realizadas por pulverizações direcionadas aos
cachos, adicionando-se à solução o adjuvante
IHARAGUEN a 0,3%.
As avaliações dos cachos provenientes dos
diferentes tratamentos foram realizadas da mesma
maneira que nos experimentos anteriores.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No primeiro ensaio realizado em Louveira,
observou-se efeito estatístico significativo do ácido
naftalenoacético na redução da degrana e da
incidência de podridões durante o período de
armazenamento das frutas sob condição ambiente
ou refrigeração, não havendo influência do cloreto
de cálcio. Comparando-se com a testemunha, a
aplicação de 100 mg.L-1 de ANA proporcionou
redução de 66%, 65% e 63% na porcentagem de
degrana, após cinco dias sob condição ambiente, 21
dias sob refrigeração e aos 21 dias de refrigeração
seguido por período de transferência de cinco dias
para temperatura ambiente, respectivamente. Quanto
à incidência de podridões, determinou-se uma
redução de 66% e 61% após cinco dias de
armazenamento sob condição ambiente e aos 21 dias
de refrigeração seguidos por mais cinco dias sob
condição ambiente, respectivamente (Tabela 1).
Assim como constatado em Louveira, no
experimento realizado em Jales, observou-se que a
aplicação do ANA, um dia antes da colheita dos
cachos, foi bastante eficiente na redução da degrana
e da incidência de podridões, apresentando efeito
significativo após cinco dias de armazenamento sob
condição ambiente e aos 21 dias de refrigeração
seguido por período de transferência a 25±2°C/
70±5% UR. Comparando-se à testemunha, a redução
da degrana com a aplicação de ANA foi de 53% e
49%, respectivamente, aos cinco e 21+5 dias de
armazenamento. Quanto à incidência de podridões,
houve redução de 50% e 52%, aos cinco e 21+5,
respectivamente (Tabela 2). Os fungos de maior
incidência foram Colletotrichum spp, Botrytis spp e
Penicillium spp, além de leveduras. Em relação ao
cloreto de cálcio, não foi observado efeito na redução
da degrana e da incidência de podridões.
Sob tal aspecto, Cenci & Chitarra (1994)
demonstraram que o ácido naftalenoacético,
associado ao cloreto de cálcio em pré-colheita de
uva ‘Niagara Rosada’, reduziu a degrana das bagas,
bem como a atividade das enzimas poligalacturonase
e pectinametilesterase em relação às uvas não
tratadas, observando-se correlação entre a elevação
brusca na atividade das enzimas com aumento da
degrana das bagas. A abscisão de frutos, folhas e
flores dá-se pelo enfraquecimento das paredes
celulares devido à ação de enzimas, como a celulase
e a poligalacturonase. O etileno parece ser o principal
regulador do processo de abscisão, com a auxina
agindo como um supressor do efeito deste fitormônio
(Taiz & Zeiger, 2004).
Al-Masri & Barakat (2003) relataram que o
ANA reduziu a taxa de crescimento micelial, o peso
e o número de escleródios de Sclerotium
sclerotiorum in vivo em concentrações menores que
200 μg.mL-1 devido ao efeito supressivo da auxina
sobre o fungo. O ANA também reduziu o
desenvolvimento das lesões in vivo e a severidade
do mofo-branco em feijão e pepino. Os autores
relataram ainda que o produto, nas concentrações
de 200 e 400 μg mL-1, reduziu a severidade da doença
nas plantas devido ao efeito inibitório sobre o fungo
e a indução de resistência nos tecidos das plantas
tratadas com ANA.
Yu et al. (2008) constataram que a auxina AIA
(ácido indolacético) não apresentou atividade
antifúngica direta contra Botrytis cinérea quando o
intervalo de tempo entre o tratamento e a inoculação
foi de 2 horas. No entanto, reduziu drasticamente o
mofo-cinzento em maçãs quando aplicado 24 horas
antes da inoculação do patógeno.
Quanto aos atributos físico-químicos, para
o experimento realizado em Louveira, não houve
efeito dos tratamentos sobre a acidez titulável e foram
observadas poucas alterações nos teores de sólidos
solúveis e pH dos cachos devido à aplicação de
cloreto de cálcio ou ANA em pré-colheita (Tabela 3).
Observou-se que, somente aos cinco dias de
armazenamento sob condição ambiente, o teor de
sólidos solúveis foi influenciado significativamente
pela concentração de 15 g.L-1 de cloreto de cálcio.
No entanto, a redução de 3,62% nos sólidos solúveis,
considerada isoladamente, não sugere diferenças
detectáveis no sabor, assim como observado em
trabalho realizado por Lima et al. (2000), com
aplicação de cloreto de cálcio em uva ‘Itália’.
Em relação às variáveis físico-químicas do
experimento de Jales, observou-se efeito
significativo dos tratamentos apenas para os valores
de acidez titulável, aos 21 dias após a colheita, sendo
que os cachos tratados com ANA apresentaram
valores inferiores quando comparados com a
testemunha (Tabela 4). No entanto, a redução de
4,17% na acidez titulável da uva não sugere
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diferenças detectáveis no sabor.
Quanto aos efeitos do cloreto de cálcio, aos
21 e 21+5 dias após o armazenamento dos cachos,
ajustou-se o modelo de regressão quadrático para
expressar o aumento da acidez titulável da uva com
os maiores valores obtidos para a concentração de
10 g.L-1 (Figura 1). Quanto aos resultados do teor de
sólidos solúveis e pH, não se observaram diferenças
significativas entre os tratamentos. Lima et al. (2000),
avaliando o efeito do cloreto de cálcio a 0 e 1,5%,
aplicado por imersão dos cachos no inicio do
amolecimento das bagas de uva ‘Itália’, observaram
que a concentração de 1,5% determinou menor pH e
maior acidez titulável e teores de cálcio no engaço e
na baga. Gupta et al. (1980) também obtiveram maior
acidez titulável em uva ‘Perlette’ quando submetida
a tratamentos com Ca(NO3)2. Segundo os autores,
esse aumento, provavelmente, ocorreu devido à
desidratação das bagas, durante o armazenamento,
e à redução da taxa respiratória, que pode ter
resultado no acúmulo de ácidos orgânicos.
As frutas não-climatéricas, como a uva,
apresentam poucas modificações no teor de açúcares
e ácidos no período pós-colheita. No entanto, para
algumas frutas, pode ocorrer aumento no teor inicial
de açúcares como resultado do metabolismo de
polissacarídeos da parede celular (Chitarra &
Chitarra, 2005). Isso pode explicar as poucas
alterações observadas em uva ‘Niagara Rosada’
durante o período de armazenamento,
independentemente da aplicação de cálcio ou ANA.
Os resultados obtidos nos experimentos
realizados em Louveira e Jales, no primeiro ano de
ensaio, permitiram concluir que a aplicação do ANA,
em pré-colheita, foi eficiente na redução da degrana
e da incidência de podridões após o armazenamento
da uva sob temperatura ambiente ou sob refrigeração,
seguido de transferência para condição ambiente.
Quanto aos teores de sólidos solúveis, pH e acidez
titulável, houve alterações pouco expressivas em
decorrência da aplicação do ANA.
Em relação ao 2o experimento realizado em
Louveira no ciclo de produção 2006/07, utilizando-
se de quatro concentrações de ANA, associadas ou
não ao cloreto de cálcio, observou-se que o ANA
reduziu significativamente a degrana aos 21 e 21+5
dias de armazenamento (Figura 2A). Após 21 dias
sob refrigeração, para expressar a redução da
degrana, ajustou-se modelo de regressão quadrático,
com o ponto de mínimo obtido com a dose de 88 mg
L-1. Com essa concentração, o valor estimado da
degrana foi de 1,7%, sendo 63,4% menor quando
comparado com os 4,8% de degrana obtido para as
uvas não tratadas. Aos 21 dias de armazenamento,
seguidos de mais cinco dias de transferência para
condição ambiente (25±2°C/70±5%UR), houve
redução linear da degrana em função da aplicação
do ANA. Com as concentrações de 0 e 150 mg.L-1 do
ANA, a porcentagem de degrana foi de,
respectivamente, 22,5% e 11,1%, havendo redução
de 50,4% .
Quanto à incidência de podridões nos
cachos (Figura 2B), verificou-se que, após 21 dias
de armazenamento refrigerado, a utilização de ANA
um dia antes da colheita proporcionou um decréscimo
linear da incidência de podridões. Obteve-se com as
doses 0 e 150 mg.L-1 do ANA, respectivamente,
4,98% e 2,69% de podridão.
Levando-se em consideração o efeito do
ANA na redução da degrana e incidência de
podridões nos cachos, os melhores resultados foram
obtidos utilizando-se da concentração de 150 mg.L-
1. Quanto ao efeito do cloreto de cálcio, obtiveram-
se reduções na degrana e incidência de podridões
apenas aos 21 dias de armazenamento sob
refrigeração (Tabela 5). Verificou-se que a utilização
de 10 g.L-1 proporcionou redução significativa da
degrana, de 4,9% para 2,0%, e da incidência de
podridões, de 4,4% para 2,9%.
As variáveis químicas foram, novamente,
pouco influenciadas pelos tratamentos, observando-
se que, apenas após 21 dias de armazenamento
refrigerado, houve um decréscimo linear no teor de
sólidos solúveis com o aumento da concentração
do ANA (Figura 3). Em relação ao cloreto de cálcio,
não se verificou efeito significativo para os atributos
químicos avaliados, como sólidos solúveis, pH e
acidez titulável.
Os resultados obtidos no segundo
experimento realizado em Louveira permitiram
confirmar os efeitos positivos da utilização do ANA
na redução das perdas por degrana e podridões em
uva ‘Niagara Rosada’.
Oliveira et al. (2008) analisaram os custos e a
rentabilidade da uva ‘Niagara Rosada’ nas regiões
leste, sudoeste e noroeste do Estado de São Paulo,
considerando os sistemas de produção convencional
e com o tratamento de ANA e CaCl2. Observaram
que, para a região de Jundiaí, o tratamento com ANA
foi competitivo quando se obtêm preços com ágio
maiores de 15% do preço recebido pelo produtor.
Para a região de Jales, isso ocorre quando o valor do
ágio é superior a 6% do preço recebido pelo produtor.
M. A. TECCHIO et al.
Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 31, n. 1, p. 053-061, Março 2009
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FIGURA 1- Acidez titulável da uva ‘Niagara Rosada’ submetida a aplicações de cloreto de cálcio em pré-
colheita, aos 21 dias de armazenamento refrigerado (1±1°C/85±5% UR), após período de cinco
dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
FIGURA 2- Degrana (%) aos 21 e 21+5 dias após a colheita (A) e incidência de podridões (%) aos 21 dias de
armazenamento (B) da uva ‘Niagara Rosada’, tratada com ácido naftalenoacético (ANA) em
pré-colheita. Louveira-SP, 2006/2007.
EFEITO DO ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO E DO CLORETO DE CÁLCIO ...
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Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 31, n. 1, p. 053-061, Março 2009
FIGURA 3- Teor de sólidos solúveis (%) da uva ‘Niagara Rosada’ submetida a concentrações do ácido
naftalefoacético (ANA), após 21 dias de armazenamento refrigerado (1±1°C/85±5% UR).
Louveira-SP, 2006/2007.
Concentração
ANA
% DEGRANA (Dias*) %PODRIDÕES (Dias*)
(mg L
-1
) 0 5 21 21+5 0 5 21 21+5
00,49A 4,19A 0,85A 8,79A 0,06A 2,76A 0,85A 4,41A
100 0,38A 1,42B 0,30B 3,25B 0,10A 0,93B 0,30A 1,72B
CV (%) 61,45 53,64 61,20 45,21 60,68 45,46 65,47 42,67
TABELA 1- Degrana (%) e incidência de podridões (%) após período de armazenamento da uva ‘Niagara
Rosada’, em função da aplicação em pré-colheita do ácido naftalenoacético (ANA) a 0 e 100
mg L-1. Louveira-SP, 2005/2006.
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
TABELA 2- Degrana (%) e incidência de podridões (%) após período de armazenamento da uva ‘Niagara
Rosada’, em função da aplicação em pré-colheita do ácido naftalenoacético (ANA) a 0 e 100
mg L-1. Jales-SP, 2005.
Concentração
ANA
% DEGRANA (Dias*) % PODRIDÕES (Dias*)
(mg L
-1
) 0 5 21 21+5 0 5 21 21+5
00,40A 8,61A 0,50A 3,65A 0 1,44A 0,25A 1,32A
100 0,33A 4,02B 0,57A 1,87B 0 0,72B 0,33A 0,64B
CV (%) 83,54 39,00 63.97 39,53 0 50,11 54,29 54,55
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
M. A. TECCHIO et al.
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TABELA 5- Degrana (%) e incidência de podridões (%) após período de armazenamento da uva ‘Niagara
Rosada’ submetida a doses do ácido naftalenoacético, com e sem aplicação de cloreto de
cálcio a 10g L-1. Louveira-SP, 2006.
Concentração
CaCl
2
% DEGRANA (Dias*) % PODRIDÃO (Dias*)
(mg L
-1
) 0 5 21 21+5 0 5 21 21+5
00,25A 6,0A 4,9A 19,8A 0,03A 9,4A 4,4A 10,0A
10 0,11A 6,7A 2,0B 14,8A 0,08A 9,7A 2,9B 9,9A
CV (%) 50,02 40,02 60,04 46,17 60,31 27,77 31,43 45,18
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
EFEITO DO ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO E DO CLORETO DE CÁLCIO ...
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
Concentração
ANA
Acidez titulável (g ácido tartárico 100 g
-1
)
(mg L
-1
) 0* 5 21 21+5
00,71A 0,61A 0,72A 0,64A
100 0,71A 0,64A 0,69B 0,65A
DMS 0,03 0,04 0,03 0,03
CV (%) 7,06 11,81 7,26 8,04
TABELA 4- Acidez titulável após período de armazenamento da uva ‘Niagara Rosada’, em função da aplicação
em pré-colheita do ácido naftalenoacético (ANA) a 0 e 100 mg L-1. Jales-SP, 2005.
*Análises realizadas no momento da colheita (0 dia), após cinco dias a 25±2°C/70±5% UR, aos 21 dias sob refrigeração
(1±1°C/85±5% UR), e após período de cinco dias de transferência para condição ambiente (25±2°C/70±5% UR, 21+5 dias).
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não apresentam diferença significativa entre si (Tukey = 0,05).
TABELA 3- Teor de sólidos solúveis (%) e pH após período de armazenamento da uva ‘Niagara Rosada’, em
função da aplicação em pré-colheita do ácido naftalenoacético (ANA) a 0 e 100 mg L-1. Louveira-
SP, 2005/2006.
Concentração
ANA
Sólidos solúveis (%)
(mg L
-1
) 0* 5 21 21+5
011,74A 11,74A 11,93A 11,94A
100 11,85A 11,78A 11,89A 11,23B
DMS 0,37 0,37 0,11 0,46
CV (%) 5,40 5,44 4,91 6,87
pH
02,95B 2,86A 2,86B 2,95A
100 3,02A 2,87A 2,99A 2,92A
DMS 0,05 0,04 0,02 0,04
CV (%) 2,72 2,50 3,23 2,30
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CONCLUSÕES
O ácido naftalenoacético é eficiente na
redução da degrana e da incidência de podridões em
uva ‘Niagara Rosada’, principalmente após
acondicionamento dos mesmos sob condição
ambiente, sendo a concentração de 150 mg.L-1 a mais
efetiva. Os tratamentos promoveram poucas
alterações nos teores de sólidos solúveis, pH e acidez
titulável.
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18, p.105-127, 1995.
M. A. TECCHIO et al.
... In the literature, it is observed that GA 3 improves the quality of bunch and berries. However, it was also observed that there are variations in the results which depend to several other factors, such as cultivar, rootstock, GA 3 concentration, application time and edaphoclimatic conditions (Tecchio et al., 2009). However, there is still little information about the use of GA 3 in grapevine cultivation, as well as the effect of different doses of this product for the reduction of bunch rot incidence. ...
Article
Full-text available
Pinot Noir' grape shows sensitivity to cluster rot (Botrytis cinerea) because bunches are small and compact, causing economic and qualitative losses in vinery and fresh grapes. The objective of this work was to evaluate the effect of different doses of gibberellic acid (GA3) on rot incidence of 'Pinot Noir' grapevine. The experiment was carried out for two years. The treatments were GA3 doses of 0; 2; 4; 6 and 8 mg L⁻¹ applied at the developed inflorescence (DI) on 14-year-old plants. The results showed that rot percentage in the two crops decreased from 24.75% to 20.72% with application of GA3. The clusters length was higher when GA3 doses of 4; 6 and 8 mg L⁻¹ were applied, compared to the control and 2 mg L⁻¹ of GA3. The rachis length increased after 4; 6 and 8 mg L⁻¹ of GA3 application doses, when compared to the control and 2 mg L⁻¹ of GA3. The cluster width increased after application of GA3 doses, compared to control. Larger rachis width was observed after application of 4, 6 and 8 mg L⁻¹ GA3, compared to the control. Bunch mass was increased with the use of GA3 at 2 and 4 mg L⁻¹ doses, compared to the control and GA3 6 and 8 mg L⁻¹ doses. Regarding the soluble solids, there were higher values in the control and 2 mg L⁻¹ of GA3. Thus, in the 'Pinot Noir' grapevine, application of GA3 decreased clusters rotting and increased clusters and rachis lenghts.
... Rizk-Alla et al. (2011) reported that 20 ppm GA 3 + 75 ppm NAA at preharvest stage resulted in lowest weight loss percentage i.e. 5.63 and 6.57 per cent after four weeks of cold storage. Tecchio et al. (2009) also found that NAA significantly reduced the increase in weight loss (per cent) during storage of grapes. Among different treatments, the maximum fruit weight was observed in T 6 (75 ppm GA 3 ) i.e. 109.30 ...
Article
Full-text available
Shelf-life and disease incidence of Kinnow mandarin treated with bio-regulators at pre-harvest stage were studied wherein results revealed that fruit weight, length, volume, rind weight, rind thickness, juice percentage, acidity and ascorbic acid decreased with the increase in storage period. During first two weeks least stained/shriveled/wrinkled fruits were observed in the fruits treated with 75 ppm GA 3 and 20 ppm 2,4-D and maximum losses were found in fruits treated with 15 ppm NAA. Maximum PDI was recorded in the fruits treated with 15 ppm NAA, however, maximum PLW was recorded with 75 ppm NAA. Better shelf-life of Kinnow mandarin up to one week was observed with 75 ppm GA 3 .
... They also suggested that during storage, fruits utilize organic acids for metabolic activities and these results decrease the TA content during the storage periods. TECCHIO et al. (2009) reported that preharvest application of NAA reduced the incidence of decay of 'Nigara Rosada' grapes in post harvest storage. Our results related to browning index are supported by the results of AL-OBEED (2012) who reported that preharvest NAA application reduced the browning index of Jujube. ...
Article
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Results of this study represent the first report of the effect of Naphthalene Acetic Acid (NAA) on the pre and post harvest quality of wax apple fruit. The wax apple trees were spray treated with 0, 5, 10 and 20 mg L-1 NAA under field conditions during 2008 to 2011. The experiments were carried out in Completely Randomized Design (CRD) with six replications. Leaf chlorophyll content, chlorophyll fluorescence, photosynthetic yield, net photosynthetic rate, drymatter content of leaves and total soluble solids and K + content of wax apple fruits were significantly increased after treatments with 10 mg L-1. Polygalacturonase activity significantly decreased with NAA treatments. The application of 5 mg L-1 NAA increased 27% more bud and reduced 42% less fruit drop compared to the control. In addition, higher protein and phosphate synthase activity of leaves, fruit set, fruit growth, larger fruit size and yield were recorded in NAA treated plants. In storage, treated fruits exhibited higher TSS and firmness and less weight loss, browning, titratable acidity, respiration and ethylene production than the control. It is concluded that spraying with 5 and 10 mg L-1 NAA once a week under field conditions produced better fruit growth and yield of the wax apple and maintained better fruit quality in postharvest storage.
Article
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A field experiment was carried out at different farmer's field Abohar, Fazilka district of Punjab during June to December 2021. In total 27 kinnow plants were selected for the study. The results reported that the fruits treated with GA3 (20 ppm) and Kinetin (25 ppm) is best option to enhancement shelf life of Kinnow under Abohar conditions of Punjab.
Article
The fruits of noni (Morinda citrifolia L.) adapt very well to tropical and subtropical climates. However, the effect of using lower temperatures for their conservation is still unknown. This work evaluated the effect of cold damage on postharvest quality of noni fruits submitted to storage at low temperatures. The sanitized fruits were stored at different temperatures (6–12 °C) for 120 h. The influence of cold on the physical-chemical characteristics (incidence of damage, soluble solids and electrolyte extravasation), bioactive (phenolic compounds) and enzymatic (peroxidase activity and lipid peroxidation) was investigated. It was observed that the fruits submitted to the lowest temperatures (6 and 7 °C) and exposed for longer periods of time (72–120 h) presented a higher incidence of damage, which affected their normal ripening process. On the other hand, the fruits stored at temperatures above 10 °C maintained their normal metabolic processes and showed no signs of damage caused by cold. In addition, are strongly indicated for the storage of noni fruits because they promote better conservation, maintain normal color, and increase the content of phenolic compounds.
Article
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The ber (Zizyphus mauritiana L.) fruits of cv. Gola were subjected to various treatments of naphthalene acetic acid (NAAI) and ferrous sulphate to determine their effect on physico-chemical characteristics and shelf life of fruits. NAA @ 0, 50, 75 and 100 ppm and ferrous sulphate @ 0, 0.2, 0.3 and 0.4% were applied alone as well as in combination form during fruit development stage (pea size). The results revealed that 100 ppm NAA and 0.4% FeSO4 was found most effective in significantly increasing the fruit weight (18.35 & 22.95%), fruit length (23.11 & 27.95%) and fruit width (20.15 & 17.9%) respectively over the control. Though, the TSS of fruits was slightly reduced. The application of 75 ppm NAA and 0.3% FeSO4 helped in maintaining the marketability and also reduced the fruit weight loss (2.19 and 2.41%) and fruit decay loss (10.37 and 9.81%), respectively over the control. Application of 100 ppm NAA and 0.4% FeSO4 was found most economical than the other treatments.
Article
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The postharvest losses index for fruits in Brazil is high. To attend the quality exigencies and minimize those losses, it is initially necessary to detect the problems on the commercialization chain. Because of that, this study aimed to evaluate the postharvest losses in table grapes during the operations carried out in packinghouses of firms located in Petrolina-Pernambuco State/Juazeiro-Bahia State region and during the commercialization in Mercado do Produtor de Juazeiro. The study was carried out in three packinghouses and in three sell places of the Mercado do Produtor de Juazeiro. In the packinghouses, it was observed one day of activity, following the normal procedures. For sampling, the wasted fruits were weighted, characterized according the kind of loss and quantified before doing another weighting for each identified category. In Mercado do Produtor de Juazeiro, the study was carried out in a similar way, including the same evaluations. Because of the rigorous quality criteria, the percentage of losses in table grapes in packinghouses was 3.9%. This percentage was higher than the value observed in Mercado do Produtor de Juazeiro, which was 1.5%. The main cause of postharvest losses in grapes was mechanical injury in both studied conditions.
Article
The ber (Zizyphus mauritiana L.) fruits of cv. Gola were subjected to various treatments of naphthalene acetic acid (NAAI) and ferrous sulphate to determine their effect on physico-chemical characteristics and shelf life of fruits. NAA @ 0, 50, 75 and 100 ppm and ferrous sulphate @ 0, 0.2, 0.3 and 0.4% were applied alone as well as in combination form during fruit development stage (pea size). The results revealed that 100 ppm NAA and 0.4% FeSO4 was found most effective in significantly increasing the fruit weight (18.35 & 22.95%), fruit length (23.11 & 27.95%) and fruit width (20.15 & 17.9%) respectively over the control. Though, the TSS of fruits was slightly reduced. The application of 75 ppm NAA and 0.3% FeSO4 helped in maintaining the marketability and also reduced the fruit weight loss (2.19 and 2.41%) and fruit decay loss (10.37 and 9.81%), respectively over the control. Application of 100 ppm NAA and 0.4% FeSO4 was found most economical than the other treatments.
Article
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This work was carried out to show the current situation of the temperate fruit crops in São Paulo state, Brazil, with an emphasis on grapes, peaches, apples, plums, nectarines and pears crops. Current economic data of crops, major growing regions, main cultivars produced, as well as the new technologies generated by research are presented. Regarding the grape crop, a decrease in the national production as well as in the major growing states was observed. The main grapes growing centers in São Paulo state are presented, highlighting its peculiarities regarding cultivars, cultural crop management and current researches. A trend has been observed toward increasing Niagara Rosada grape growing area rather than the fine table grape cultivars. It was also observed the adoption of cultural practices, aiming to increase productivity, to improve the fruits quality and to reduce manpower necessity. In terms of stone fruits, peaches are the most widely cultivated in São Paulo state, followed by plums and nectarines. Both for stone fruits crop and for apples and pears crops, statistics and comments are presented on the crops evolution as well as the current researches results and the requirements of these fruit crops in São Paulo state, Brazil.
Article
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'Isabel' grapes were treated postharvest with calcium chloride (CaCl2) and in modified atmosphere (MA) aiming its quality maintenance during storage at 12±1 ºC and 85 +2% RH. The experiment was carried on a completely randomized design, in a factorial scheme 5 x 2 x 5 with three replications, with five levels of CaCl2 (0,0; 0,5; 1,0; 2,0 and 4,0%), two types of atmosphere [room and modified atmospheres (MA)] and five evaluations, during cold storage. The evaluations were titratable acidity (TA), soluble solids (SS), SS/TA ratio, pH, ascorbic acid, decay incidence, mass loss, rachis appearance, and berry drop index. MA reduced mass loss, incidence of decay, and maintained the green rachis appearance. CaCl2 doses among 0,5 and 2,0% reduced decay incidence. The application of CaCl2 associated with MA reduced berry drop index in 'Isabel' grape during cold storage.
Article
This study evaluated the effect of a yeast antagonist Cryptococcus laurentii and a plant regulator indole-3-acetic acid (IAA) on inhibition of Botrytis cinerea infection in harvested apple fruit. The results showed that the combined treatment with C. laurentii and IAA at 20 μg/ml was a more effective approach to reduce the gray mold rot in apple wounds than the C. laurentii alone. After 4 days of incubation, gray mold incidence in the combined treatment with C. laurentii and IAA was about 18%, which was a 50% reduction in incidence compared to the treatment with C. laurentii alone. Although IAA had no direct antifungal activity against B. cinerea infection when the time interval between IAA treatment and pathogen inoculation was within 2 h, application of IAA strongly reduced gray mold infection when IAA was applied 24 h prior to inoculation with B.cinerea in apple fruit wounds. Moreover, combination of IAA and C. laurentii stimulated the activities of superoxide dismutase, catalase and peroxidase with above 1.5-fold higher than that treatment with C. laurentii alone at 48 h. Therefore, combination of C. laurentii with IAA, which integrated the dual biological activity from the antagonistic yeast and plant regulator, might be developed to be a useful approach to control gray mold in harvested apple fruit.
Article
Texture in food products is generally defined as the overall feeling that a food gives in the mouth and is therefore comprised of properties that can be evaluated by touch. Biochemical components such as lipid content, cell wall content and composition, particle size and shape, moisture content and mechanical factors all contribute to food texture. Texture can be determined by both subjective (direct human evaluation) and objective (quantitative instruments such as shear and pressure testers) methods. A large number of factors affect the texture of a plant product. This review will focus on the preharvest factors that influence texture. Abiotic factors such as available soil moisture, temperature, relative humidity, and nutrient availability directly influence texture. There is also a genetic influence on texture, and cultivars within a species vary significantly in textural attributes. Within a cultivar there is often a large difference in texture associated with maturity at the time of harvest. The preharvest environmental, cultural, physiological and genetic factors affecting texture will be discussed in general, with emphasis given to preharvest plant nutrition as it affects textural quality of fruits and vegetables.
Produção e número de plantas de videira no Estado de São Paulo: Disponível em
  • Instituto De
  • Economia Agrícola
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA. Produção e número de plantas de videira no Estado de São Paulo: Disponível em: <http:// www.iea.sp.gov.br.>. Acesso em: 24 mai. 2007.
Pós-colheita de frutas e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2
  • M I F Chitarra
CHITARRA, M.I.F.; CHITARRA, A.D. Pós-colheita de frutas e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2.ed. Lavras: FAEPE, 2005. 785p.
Cálcio em pomaceas: la experiência chilena
  • J Yuri
  • C Moggia
  • J Retamales
YURI, J.; MOGGIA, C.; RETAMALES, J. Cálcio em pomaceas: la experiência chilena. Universidad de Talca. Escuela de Agronomia. Simposio Internacional Calcio en Fruticultura, Talca, n.17-18, p.105-127, 1995.
Manejo de uva de mesa
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Controle de abscisão pós-colheita de uva Niagara Rosada Vitis (labrusca L. x vinifera L.): Mecanismos decorrentes da aplicação de ANA e cálcio no campo
  • S A Cenci
  • M I F Chitarra
CENCI, S. A.; CHITARRA, M. I. F. Controle de abscisão pós-colheita de uva Niagara Rosada Vitis (labrusca L. x vinifera L.): Mecanismos decorrentes da aplicação de ANA e cálcio no campo. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 16, n.1, p. 146-155, 1994.
Variabilidade econômica em tratamento antidegrana em uva 'Niagara Rosada' no Estado de São Paulo
  • M D M Silva
  • P R Amaro
  • A A Tecchio
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Spraying with plant growth substance for control of pre-harvest drop of apples
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