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Revista da Sociedade Brasileira d e Medicina Tropical
28(3):199-203, jul-set, 1995.
SOROEPIDEMIOLOGIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA
HEPATITE A EM “MENINOS DE/NA RUA”
DE GOIÂNIA-GOIÁS
D.A.O. Queiroz, D.D.P. Ca rdoso , C.M.T. Martelli, R.M.B. Martins, S.O.B.
P orto , M.S.P. Azev edo, A.M.T. Bo rges e R.R . D ah er
Um estudo soroepidemiolõgico, p ar a anticorpos contra o vírus d a hepatite A (anti-
VHA total - IgM e IgG), fo i realizado no período d e 1991-1992, em 397 “meninos de/na
ru a” em G oiânia. Destes, 313 apresentavam vínculo fa milia r e desmvolviam, em sua
maioria, atividades d e trabalho informal, eitquanto qu e 84 n ão po ssuíam vínculo
fa miliar e se encontravam n a rua ou em Instituições do Governo Estadual. A taxa
média de prevalência fo i de 90,4%, varian do de 80,0% a 92,9%, sem contudo
apresentar diferença estatística significante relativa à id ade (7-21). Também não se
evidenciou qualquer diferença qu ando este grupo fo i estratificado pa ra presença ou
au sência de vínculo fam iliar ou mesmo quando analisado em relaçã o a outras
variáveis sócio-dem ogrãficas. Estes dados sugerem que a hepatite A ê end êmica na
popu lação de baixa con diç ão sócio-econôm ica da região e que nesta fa ix a etãria a
maioria dos indivíduos j á adquiriu a infecção. Outras investigações em grupos e
ca madas sociais diferentes são necessárias a fim d e param etr ar estratégias vacinais em
pa íses subdesenvolvidos.
Palavras-chaves: Hepatite A. Soroepidemiologia. "Meninos de/n a ru a”.
O padrão de infecção do vírus da hepatite
A (VHA), desde a década passada, vem
mudando sobremaneira, restringindo a
infecção a grupos de risco em países
industrializados23, ou mesmo retardando-a para
idades mais elevadas em países em
desenvolvimento7. Contudo, em países
subdesenvolvidos, a infecção pelo VHA
continua a ser alta na primeira infância,
chegando a atingir, por volta dos 10 anos,
taxas de prevalência em torno de 90%9.
No Brasil, Região Sudeste, um estudo
realizado em crianças menores de 11 anos e
adultos de baixa renda mostrou prevalências
de 75% e 100%. Já no grupo populacional
de nível médio, de mesma faixa etária,
o b s e rv a r a m-s e 40,3% e 91,9%,
respectivamente17. No Rio de Janeiro, uma
Laboratório de Virotogia, Departamento d e Microbiologia
do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP)
da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO.
Financiamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
(PRPPG) e Conselho de Ciência e Tecnologia do Estado de
Goiás (CONCITEG).
Endereço para c orre spondê ncia: Pro f. Divina Aparecida
Oliveira Queiroz. Laboratório de Virologia do Dept° de
Microbiologia/IPTSP/UFG. R. Delenda Rezende de Melo c/
l*Av., 7400 1-970 Goiânia, GO.Telefax: ( 062 ) 261 6414.
Recebido para publicação 23 /09 /94 .
in vestig açã o desenv olvid a em duas
co munidades u rbanas de p oder sócio -
econômico diferentes (Nova Iguaçu e Niterói),
mostrou prevalência de 90% nas faixas de 11 e
31 anos de idade1. Em outro estudo, realizado
em primodoadores, o percentual foi de 97%22.
Ainda no Rio de Janeiro, observou-se, em
universitários com média de idade de 21 anos
provenientes de 5 diferentes cursos da área de
ciências biológicas, 38,0% para os alunos de
medicina e 75,8% para os de enfermagem16.
Na Região Norte (Amazônia), encontrou-se
83,6% em crianças de 5-9 anos de baixo poder
aquisitivo e 100% nos indivíduos acima de 10
anos2. Na região Centro-Oeste (Goiânia),
observamos 69,7% em crianças de creches
públicas18.
Nos últimos 2 anos, poucos estudos
soroepidemiológicos sobre o anti-VHA têm
sido realizados, provavelmente, porque na
maioria dos países esse perfil já é conhecido.
Entretanto, com a liberação comercial da
vacina inativada e avanços no preparo de
outras vacinas, entendemos ser oportuna a
retomada desses estudos. Tivemos como
objetivos determinar a prevalência do anti-
VHA total e avaliar fatores de risco sócio-
demográficos associados à soropositividade ao
VHA em “meninos de/na rua” de Goiânia.
199
Queiroz DAO, Cardoso DDP, Martelli CMT, Martins RMB, Porto SOB, A zevedo MSP, Borges AMT, D aher RR.
Soroepidem iologia da infecção pelo vírus d a hepatite A em “meninos de/na ru a” de G oiânia - Goiás. Revista
da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 28:199-203, jul-set, 1995.
MATERIAL E MÉTODOS
Á rea e G rup o p op ulacion al: A pesquisa
foi realizada em Goiânia, no período de
novembro de 1990 a abril de 1992, em 397
indivíduos de 7 a 19 anos de idade,
vinculados, em sua maioria, à Secretaria de
Promoção Social do Estado de Goiás através
de instituições que atuam no atendimento
social da população carente, na faixa da
infância/adolescência. Foi adotada a seguinte
definição: “Meninos de rua” - menores que
perderam o vínculo familiar e portanto, ora
vivem nas ruas da cidade, ora são encontrados
institucionalizados (N=84). “Meninos na rua” -
menores que trabalham na rua e mantêm
vínculo com seus familiares e que praticam, na
maioria das vezes, atividades de trabalho
informal (N=313).
Não havia registro atualizado sobre o total
de “meninos de/na rua” em instituições e
órgãos o ficia is. Op tou -se po r triar
sorologicamente todos os indivíduos presentes
no momento da visita às instituições. Assim,
participaram do estudo 3 indivíduos com idade
entre 20 e 21 anos.
E n t r ev i s ta : Foram registrados, em
questionário padronizado, dados de
iden tificação e características sócio-
demográficas como: nome do indivíduo e do
responsável, endereço residencial, idade, sexo,
escolaridade, vínculo familiar, renda familiar,
tipo de moradia, disponibilidade de água
tratada, filtro caseiro, rede de esgoto, banheiro
com vaso sanitário, história pregressa de
hep atite ou icte rícia , e período de
permanência nas instituições.
E xa m es so ro ló gic os : Foram coletados
5ml de sangue e as amostras séricas foram
separadas e estocadas a -20°C até a realização
dos testes sorológicos. Para os “meninos na
rua”, foi obtida permissão das instituições. Para
os adolescentes sem vínculo institucional e
sem família, a solicitação foi feita de forma
individual, sendo que a coleta de sangue foi
realizada após consentimento expresso.
Todas as am ostras sé ricas foram
processadas, durante o primeiro semestre de
1992, pelo teste imunoenzimático (ELISA)20, do
tipo competitivo, para detecção do marcador
de infecção pelo VHA (anti-VHA total). Para
realização deste teste, preparou-se o antígeno
do VHA através do cultivo da amostra
HM 175 em células FRhK-4 e os demais
imunobiológicos foram cedidos pelo Centro de
Referência Nacional para Hepatites Virais
Fiofcruz/Biomanguinhos - Rio de Janeiro.
A nálise dos d ados: Estimativas de Risco
(Razão de prevalência) foram calculadas com
intervalo de 95% de confiança e testes de
significância em nível de 5%. Testes de x2 para
testar diferenças nas frequências de
distribuições, x2 para tendências e o teste exato
de Fischer foram utilizados quando
apropriados. O teste t foi aplicado para avaliar
diferenças entre médias.
RESULTADOS
A média de idade dos “meninos de rua”
(14,3) foi, estatisticamente, maior do que a dos
“meninos na rua” (13,3) (teste t = 3,82,
p<0,01). Referente ao sexo, observou-se a
razão de 30:1 do sexo masculino em relação
ao feminino na categoria na rua, enquanto esta
razão era de aproximadamente 2:1 nos
meninos sem vínculo familiar (de rua).
Com relação ao grau de instrução,
constatou-se que 78,0% dos “meninos na rua”
dispunham de no máximo instrução primária e
que 83,3% do grupo “meninos de rua” era
constituído de indivíduos sem nenhuma
escolaridade ou com apenas o curso primário
incompleto. Em termos de renda e habitação,
verificou-se que, aproximadamente, um quarto
dos “meninos na rua” (25,2%) tinha renda e
habitação regulares (renda igual ou superior a
2 salários mínimos, morava de aluguel ou em
residência própria e dispunha de água
tratada). Um percentual de 20,1% tinha
saneamento regular (rede de esgoto, vaso
sanitário e filtro caseiro). Os demais não eram
servidos por esses instrumentos sanitários.
A Tabela 1, mostra a soroprevalência de
anti-VHA total em “meninos de/na rua”. Em
relação à faixa etária, a prevalência média foi
de 90,4 variando de 80,0% a 92,9%. Não se
observou aumento estatístico significante da
prevalência por faixa etária. Com referência às
demais variáveis como: sexo, vínculo familiar,
grau de instru ção , renda, habitação e
saneamento, observaram-se prevalências
variáveis entre 82,5% e 100%, sem diferenças
estatísticas significantes.
Os resultados de prevalência no grupo
“meninos de/na rua” foram estratificados por
vínculo familiar e faixa etária a fim de
comparar a soropositividade entre os meninos
200
Queiroz DAO, Cardoso DDP, MartélH CMT, Martins RMB, Porto SOB, Azevedo MSP, Borges AMT, Daher KR.
Soroepidemiologia da infecção pelo vírus da hepatite A em “meninos de/na rua ” de Goiânia - Goiãs. Revista
da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 28:199-203, jul-set, 1995.
na rua e de rua. Entretanto, as prevalências
foram muito próximas e não evidenciaram
diferença estatística significante em relação a
vínculo familiar ou faixa etária (Figura 1).
Tabelo 1-Soroprevalência de anti-VHA total em
rua" em Goiânia, 1991-1992 ín=H97) “meninos de/na
Variáveis Ne +/TOTAL (%) x 2 e Valor de p
Se x o
masculino 326/362 (91,2) p - 0, 55a
feminino 33/35 (94,3)
Vinculo familiar
Na Rua 282/313 (90,1) x 2 - 0,19
De R ua 77/ 84 (91,7) p -0,66
Fatxa etária
7 - 10 28/32 (87,5) x 2! - 0 ,8b
11 - 14 231/251 (92,9) p-0,38
15 - 18 92/104 (88,5)
19 - 21 8/10 (80,0)
Grau de Instrução
nenhum 33/40 (82,5) x 2! - 0,6b
prim ário inco mp leto 220/239 (92,0) p - 0,4 5
prim ário com ple to 38/44 (86,3)
gin ásio inc omp ./com pleto 62/ 68 (91,2)
22 G rau inco mpl eto 6/6 (100,0)
Renda e habitação
regular 71/79 (89,9) x2 - 0,0 4
precária 288/318 (90,6) p=0,85
Saneamento
regular 55/63 (87,3)
IT.
CO
o'
II
precário 304/334 (91,0) p=0,36
a * T est e d e F isch er; b - x2 p ara t end ênci a, gl =■ 1
DISCUSSÃO
A prevalência de 87,5% do anti-VHA total
observada na faixa etária dos 7-10 anos indica
que já no final da primeira década de vida
quase não há indivíduos susceptíveis de
adquirir a infecção pelo VHA. Esta observação
é concordante com o padrão proposto para
países como o Brasil9. Nossos resultados estão
muito próximos dos observados em São Paulo,
que referiram 100% de soropositividade ao
anti-VHA em crianças de 8 anos, de baixo
poder aquisitivo, e 87,1% em indivíduos de 16-
20 anos, pertencentes ao nível sócio-
econômico médio17. Assemelham-se também
aos encontrados na Amazônia, que mostraram
83,6% em indivíduos de 5-9 anos, 100% nos
acima de 10 anos e, no mesmo estudo, outros
80,6% em indivíduos de 10-14 anos
provenientes de outras localidades, próximas
da citada, inclusive aldeias2. Também não
parecem diferentes dos 90% encontrados em
crianças de 11 anos de Nova Iguaçu (RJ)1.
Todavia, estes dados diferem dos
resultados observados em estudantes
universitários com idade média de 21 anos, no
Rio de Janeiro, que mostraram prevalências
variando de 38,0% a 79,6%16. Portanto, a
despeito de os universitários serem mais
velhos do que os “meninos de/na rua”, eles
apresentaram menor prevalência. Entretanto, a
literatura mostra claramente que a infecção
pelo VHA está diretamente relacionada à
condição sócio-econômica da população7151721.
Também há referência de declínio na
prevalência do marcador em países que
implementaram melhorias no padrão de vida
da população81011.
Em relação a outros países, com condições
melhores que as brasileiras, nossos dados
diferem dos já encontrados na Islândia, que
referiram 1,6% de soropositividade ao anti-
VHA na adolescência3; do Canadá, onde
observaram 4% e 10% em indivíduos de 10 e
16 anos, respectivamente6 e do Japão, onde
mostraram 10% em indivíduos de até 14 anos
de idade14. Também, mais recentem ente,
referiram 6% para crianças de 6-7 anos na
Tailândia12 e ainda, 1,9% e 9,5% em crianças de
6-8 anos e em indivíduos de 3-19 anos,
respectivamente, na Itália519.
Os índices de prevalência não mostraram
nenhuma associação com instrução escolar,
renda familiar e habitação ou saneamento
(p>0,05), diferente do observado na Itália19 e
em Taiwan4. Devemos ressaltar, entretanto,
que a população de “meninos de/na rua”
apresentou-se bastante homogênea do ponto
de vista sócio-econômico, o que difere dos
dois estudos acima mencionados, realizados
em 5 regiões distintas.
201
Queiróz DAO, Cardoso DDP, Martelli CMT, Martins RMB, Porto SOB, A zevedo MSP, Borges AMT, Dah er RR.
Soroepidem iologia da infecção pelo vírus d a hepatite A em “meninos d e/na ru a” de Goiânia - Goiãs. Revista
da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 28:199-203, jul-set, 1995.
Apesar de os “meninos de ru a” não
possuírem vínculo familiar e estarem na
categoria de vida precária, as prevalências não
se mostraram diferentes das observadas para
aquele percentual de “meninos na rua” que
dispunham de con dição de vida regular e
também de vínculo com a família. Assim,
inferimos que higiene pessoal e educação
sanitária devem ser precárias nos dois grupos.
Nossa investigação mostra prevalências do
marcador de imunidade em um segmento
populacional de baixa renda. Tendo em vista a
liberação comercial da vacina de vírus
inativado (HAVRIXtm)13 e a execução de vacina
de vírus a te nua do , o ut ros estu dos
soroep idemiológicos se fazem n ecessários
para que se possa avaliar o grau de infecção
do VHA em população infantil de outras
camadas sociais e também definir grupos de
risco que deverão, no futuro, serem vacinados
em nosso país.
SUMMARY
A cross-sectional study was pe rform ed to
determ ine the age-prevalence o f hepatitis A virus
CHAV) am ong street youth fro m G oiania city -
Central Brazil, an d to determ ine if any risk factors
cou ld be identified. The surveys were condu cted
between 1991/1992. The street you th were 3 97
individuals ag ed 7 to 21 years old living in
institutions an d teenagers working at streets. Then,
31 3 adolescents working at streets an d with fam ily
links, an d 84 institutionalized ones without fam ily
were sc reened fo r a ntibodie s against HAV.
Prevalences ran ged from 80.0% to 92.2% to total
anti-HAV a nd there was not a statistically
significant trend ofpositivity with ag e in this group.
Unvariate analysis fo r risk factors associated with
HAV infection was p erform ed with no statistically
significant d ifference fo r adolescents working at
streets an d living with parents, an d street youth with
fa mily links. Econom ic variables were not
statistically asso ciated with seropositivity, pr obable
due to homogenous characteristics o f the group. This
study disclosed that street youth have a high rate o f
HAV infection. These fin ding s do not suggest
differences between subgroups o f populations in
acquiring imm unity to HVA. The public health
im plication a nd th e nee d o f screening other
subgroups o f pop ulation o f the sa me city were
suggested in order to discuss vaccine strategy in
underdeveloped countries.
Key-words: Hepatitis A. Seroepidemiology. Street
youth.
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