Tradução: Simão Mateus, 2007 Dados resultantes de um estudo longitudinal sobre a orientação sexual de adultos que foram criados, em crianças, por famílias lésbicas. Vinte e cinco filhos a de mães lésbicas, e um grupo de controlo de vinte e um filhos de mães solteiras heterossexuais, foram primeiro estudados com a idade média de nove anos e meio, e depois a uma idade média de vinte e três anos e meio. Entrevistas standard semelhantes foram usadas para a obtenção dos dados sobre a orientação sexual dos jovens adultos, no desenvolvimento do estudo, e, no início do estudo, nas características das famílias e seus desempenhos nos papéis de género das crianças e mães. Apesar de, aqueles que vinham de famílias lésbicas, serem mais aptos a explorar relações com o mesmo sexo, particularmente se o seu ambiente familiar na infância tiver sido caracterizado por uma abertura e aceitação de relações gays e lésbicas, a larga maioria desses filhos identificam-se como heterossexuais. We are grateful to Michael Rutter for his advice and encouragement at the early stages of the follow-up study and to Clare Murray for her help with coding data. We thank the Welicome Trust (U.K.) for funding this research and the staff at the National Health Service Central Register (U.K.) for their assistance in tracing participants. Os investigadores da psicologia e biologia dividem as opiniões entre sobre até que ponto é possível para os pais influenciarem a orientação sexual dos seus filhos. De uma perspectiva puramente biológica, os pais deveriam fazer pouca diferença. Em contraste, na área da psicologia acredita-se que a relação com os pais durante a infância é fulcral no desenvolvimento da orientação sexual na vida adulta. Pesquisas em adultos criados por famílias lésbicas dão uma oportunidade para testar os conceitos teóricos sobre o papel dos pais na orientação sexual dos seus filhos. Se os pais influenciam as suas crianças, quer estas cresçam como heterossexuais, lésbicas ou gays, então será de esperar que mães lésbicas tenham mais hipóteses, que pais heterossexuais, a virem a ter filhos gays e lésbicas. Com a excepção da investigação de Gottman's (1990) sobre filhas adultas de mães lésbicas, em que o actual comportamento sexual não é descrito, as pesquisas sobre famílias lésbicas têm-se focado nas crianças em detrimento dos adultos, e a orientação sexual não tem sido debatida. (Golombok, Spencer, & Rutter, 1983; Green, Mandel, Hotvedt, Gray, & Smith, 1986; Hoeffer, 198 1; Kirkpatrick, Smith, & Roy, 198 1; para uma revisão, ver Patterson, 1992).