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rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2013;54(S1):e1–e59 e3
conforme apropriado. O nível de significância foi estabelecido
em 0,05%.
Resultados: Resultados:. Neste estudo in vitro verificou-se
que a utilizac¸ão dos EGSS segundo os ciclos erosivos descritos
induziram diminuic¸ões significativas da microdureza quando
comparados com o grupo controlo. A diferenc¸a de constituin-
tes entre os dois EGSS motivou a uma menor diminuic¸ão da
microdureza no grupo A em que o estimulante possui acido
málico, flúor e xilitol na sua constituic¸ão (35,32% /-15,61),
embora essa diminuic¸ão não seja significativa quando com-
parado com o EGSS que possui ácido cítrico (45,35%/-18,67)
(Grupo C).
Conclusões: Neste estudo in vitro ambos os EGSS indu-
ziram uma diminuic¸ão significativa da microdureza das
amostras após os ciclos a que foram submetidas. Existe uma
tendência para uma menor diminuic¸ão da microdureza no
grupo em que o EGSS possui ácido málico. No entanto para
confirmac¸ão destas hipóteses sugere-se a elaborac¸ão de outro
estudo com um maior numero de amostras e a utilizac¸ão de
técnicas profilometricas.
http://dx.doi.org/10.1016/j.rpemd.2013.12.005
I-5. Que proteínas de origem microbiana
existem na cavidade oral?
Maria dos Reis Pereira∗, Nuno das Neves
Rosa, Marlene Tourais de Barros, Maria José
Correia
Universidade Católica Portuguesa (UCP)
Objetivos: Catalogar as proteínas identificadas em estudos
in vitro produzidas por bactérias da cavidade oral e depositar
a informac¸ão obtida na base de dados OralOme que suporta a
ferramenta bioinformática OralCard.
Materiais e métodos: Foi realizado o levantamento das bac-
térias presentes na cavidade oral, por consulta dos resultados
do Human Microbiome Project (HMP). Foi realizada a pesquisa
bibliográfica usando o nome de cada microrganismo obtido,
seguido de “proteom*”, no repositório de citac¸ões PubMed
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov). Foram selecionados os artigos
referentes a estudos de identificac¸ão das proteínas microbia-
nas in vitro, e feito o levantamento das proteínas verificadas
experimentalmente. Todas as identificac¸ões foram registadas
com um código Uniprot - Uniprot Knwoledgebase seguindo-se
a anotac¸ão das proteínas usando a ferramenta bioinformática
STRAP (Software Tool for Researching Annotations of Pro-
teins).
Resultados: Foram consideradas 448 espécies bacterianas
da cavidade oral. O número de estudos que cumpriram os cri-
térios de inclusão nesta análise foi de 79. Nesses estudos foram
identificadas 9818 proteínas adicionadas à base de dados Ora-
lOme. Das proteínas obtidas, a grande maioria pertence ao
género Streptococcus e à espécie Porphyromonas gingivalis.
Globalmente, a maioria das bactérias para as quais há pro-
teínas identificadas, estão envolvidas em patologias orais (ex:
Periodontite) e sistémicas (ex: Meningite). A anotac¸ão das
proteínas bacterianas, apesar de pouco específica, revelou pro-
teínas intervenientes em processos celulares como invasão
dos tecidos do hospedeiro, modulac¸ão do sistema imunitário,
degradac¸ão da matriz extra-celular, proteínas com atividade
antimicrobiana e ainda a presenc¸a de toxinas e leucotoxinas.
Conclusões: A quantidade de proteínas potencialmente
expressas in vivo pelas bactérias presentes na cavidade oral
é muito maior que a atualmente identificada nos estudos de
metaproteómica de amostras salivares e outros tecidos orais,
ficando ainda aquém do potencial estimado de codificac¸ão
das bactérias da cavidade oral. As bactérias para as quais
existe mais informac¸ão em termos de proteómica são espé-
cies associadas a patologias humanas orais ou sistémicas.
A anotac¸ão das proteínas bacterianas é ainda pouco especí-
fica havendo muitas proteínas cuja classificac¸ão ontológica
apresenta designac¸ões pouco informativas. A base de dados
OralOme foi atualizada e passou a disponibilizar toda a
informac¸ão obtida neste estudo à comunidade científica de
forma interativa através do OralCard.
http://dx.doi.org/10.1016/j.rpemd.2013.12.006
I-6. Oraloma da Diabetes Melitos tipo1e2-
um estudo comparativo
Vítor Daniel Moreira Brás∗, Maria José
Correia, Nuno das Neves Rosa, Marlene
Tourais de Barros
Universidade Católica Portuguesa (UCP)
Objetivos: Comparar os oralomas da Diabetes Melitos tipo 1
e tipo 2, com recurso a inferência estatística e técnicas de aná-
lise in silico, tendo por base dados de estudos de proteómica
da cavidade oral. Atualizac¸ão dos dados de DMT1 e DMT2 na
ferramenta OralCard.
Materiais e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica
dos estudos de proteómica da cavidade oral em pacientes com
DMT1 e DMT2 utilizando o repositório de citac¸ões Pubmed.
Dos artigos seleccionados foram anotadas todas as proteínas
mencionadaseorespetivo código Uniprot por forma a esta-
belecer o OralOma dos dois tipos de Diabetes Melitos. Estes
resultados foram confrontados com a informac¸ão existente
na ferramenta OralCard e as proteínas novas foram adiona-
das à base de dados que a suporta, o OralOme. Foi utilizada
a ferramenta bioinformática PANTHER para caracterizar os
dois Oralomas segundo ontologias e compará-las. Os dados
provenientes desta caracterizac¸ão foram comparados através
de um cálculo de diferenc¸a fraccional e com recurso a um
teste binomial foi calculada a significância estatística (p-value)
de cada comparac¸ão. As interac¸ões proteicas presentes em
cada oraloma foram interpretadas com recurso à ferramenta
STRING. Foi igualmente realizada uma pesquisa bibliográ-
fica de estudos de microbiologia oral de pacientes com
DMT1 e DMT2, os resultados dos estudos foram anotados e
comparados.
Resultados: Foram anotadas 503 proteínas no Oraloma da
DMT2 com base em 12 artigos científicos, e 34 no Oraloma
da DMT1 a partir de 8 artigos científicos. Foram adicionadas
58 proteínas ao oraloma da DMT2 e 20 proteínas no oraloma
de DMT1. O oraloma da DMT1 afecta 21 vias de sinalizac¸ão e
10 processos biológicos. O oraloma da DMT2 afecta 8 vias de
sinalizac¸ão e 14 processos biológicos. Todos os valores regis-
tados no oraloma da DMT1 são superiores aos expetáveis em
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