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CICLO ECONÔMICO DO PAU-BRASIL - CAESALPINIA ECHINATA LAM., 1785
S. D’Agostini1, S. Bacilieri2, H. Hojo3, N. Vitiello1,
M.C.V. Bilynskyj1, A. Batista Filho4, M.M. Rebouças1
1Instituto Biológico, Centro de Comunicação e Transferência do Conhecimento, Museu/Centro
de Memória, Av. Cons. Rodrigues Alves, 1252, CEP 04014-002, São Paulo, SP, Brasil. E-mail:
dagostini@biologico.sp.gov.br
2Instituto Biológico, Centro de Comunicação e Transferência do Conhecimento, São Paulo, SP,
Brasil.
3Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal, São Paulo,
SP, Brasil.
4Instituto Biológico, Diretoria Geral, São Paulo, SP, Brasil.
RESUMO
O presente trabalho retrata os diversos caminhos e ações estabelecidas para
o pau-brasil, durante o período de 900 d.C. até os dias de hoje. Descrevem-se
as mais variadas passagens dessa cultura que, no passado, teve a sua reserva
quase que totalmente apagada por uma política extrativista. Apresentam-se,
também, as utilidades do pau-brasil e as políticas estabelecidas para a sua
sobrevivência.
PALAVRAS-CHAVE: Árvore, extrativismo, sobrevivência.
ABSTRACT
ECONOMIC CYCLES: BRAZILWOOD - CAESALPINIA ECHINATA LAM, 1785. This
work portrays the diverse ways and actions set for the Brazil wood, during
the period of 900 aC until the present day. It describes the various passages
of this culture which in the past had a reservation almost completely erased
by an extractive policy. We present also the utilities of Brazil wood and the
policies established for their survival.
KEY WORDS: Tree, extraction, survival
O Pau-Brasil, em sua origem, era chamado de ibirapitanga, nome dado pelos índios Tupis. É uma
árvore que atinge até quinze metros e tem seu tronco, galhos e vagens cobertos por espinhos.
Nativa do Brasil, era a demanda da Europa, nos anos de 1500. Com a descoberta do Brasil,
os portugueses viram a importância dessa árvore, para a utilização da madeira e de sua re-
sina. Calcula-se que, à época, cerca de 70 milhões de árvores eram distribuídas pelas matas
brasileiras.
No nal dos anos 1875, poucas árvores eram encontradas, devido à extração sem qualquer
reposição. Portugueses, franceses e holandeses comercializavam-nas largamente, para uti-
lização de sua madeira em móveis nos, bem como para a utilização de sua resina, como
corante de tecidos.
Tão devastadora foi a extração dessa árvore, que não mais oferecia a demanda necessária
para a Europa. E o interesse por novas culturas deu lugar a esse extermínio sem paralelo,
desaparecendo, assim, o extrativismo do pau-brasil.
FONTES
Hoje em dia, o pau-brasil é utilizado para fabricação de joias, canetas e arcos de violino,
sendo considerada uma madeira incorruptível, por não apodrecer e por não ser atacada
por insetos.
Em 2013, foi implantado um projeto, no Instituto Biológico, denominado “Ciclos Econômicos”.
O projeto objetiva a integração de estudantes dentro de um contexto pragmático, que apre-
senta as culturas do pau-brasil, da cana-de-açúcar, do café e da seringueira, de uma forma
didática, provocando o estudante a ter uma concepção diferente dos vários ciclos. Ele poderá
ver e sentir cada folha, cada tronco e as demais curiosidades que possam elevar a sua imagi-
nação para além das fronteiras do conhecimento dessas culturas tão importantes para todos.
Objetivou-se, no presente trabalho, um levantamento dos caminhos do pau-brasil por todo o
seu universo. Abordou-se desde a sua descoberta, nas Índias Orientais, até o processo de sua
integração, motivada por estratégias para sua conservação.
CAMINHOS DO PAU-BRASIL
Em 900 d.C., o pau-brasil era encontrado nas Índias Orientais, dentre as variedades de plan-
tas que possibilitavam, por força de sua cor avermelhada, a produção de um corante. Na
Europa, para onde eram levadas e destinadas ao uso, tanto a madeira quanto o corante eram
denominados “brecilis’, “brezil”, “brazily” ou “brasil”, todos nomes derivados da palavra latina
“brasília” que signica “cor de brasa” ou “vermelho”.
Em 1085, ocorrem as primeiras referências ao pau-brasil, na Europa, a partir do desem-
barque registrado de uma kerka de bersil (carga de bersil) nas alfândegas de Saint-Omer,
na França.
Em um tratado de Muratozi de Ferrara, em 1128, ocorre o primeiro registro escrito do nome
brasile, dado tanto ao corante quanto à madeira.
O mercador e navegador orentino Américo Vespúcio, acompanhando a expedição de Gaspar
Lemos, em 1501, constata a presença de pau-brasil. Em homenagem a Américo Vespúcio, as
terras descobertas por Cristóvão Colombo foram chamadas Américas.
Em 1502, tem início a exploração do pau-brasil, pelos colonizadores portugueses, a primeira
riqueza explorada pelos europeus em terras brasileiras. A mercadoria, usada para fabricar tin-
turas, teve grande aceitação no mercado econômico da Europa. A substância corante extraída
da madeira, embora tivesse valor inferior às mercadorias orientais, foi de grande interesse
para Portugal. Assim, a coroa portuguesa declarou a exploração do pau-brasil um monopólio
real, e decretou que só poderia dedicar-se a essa atividade quem obtivesse uma concessão e
pagasse um imposto. A primeira concessão de exploração foi conferida a Fernando de Noronha,
que, até 1504, era o único que tinha permissão para explorar o pau-brasil. A coroa portuguesa
doou a ele a ilha de São João, mais tarde designada por seu nome.
Os indígenas brasileiros participavam da extração do pau-brasil por meio da prática do es-
cambo, considerado, por muitos historiadores, como a primeira atividade comercial brasileira.
Por esse serviço, recebiam em troca utensílios como espelhos, facas, canivetes, pedaços de
tecidos e outras quinquilharias. Os índios cortavam as árvores e as levavam até os navios
portugueses na beira do mar.
O navegador francês Binot Paulmier de Gonneville, em viagem ao Brasil, em 1504, tem o
primeiro contato com essa madeira.
Em 1511, ocorre a primeira exportação de pau-brasil, para Portugal. A nau Bretoa leva, da
Bahia para Lisboa, 5 mil toras da madeira, muitos papagaios, macacos, tuins, saguis, gatos
e os primeiros escravos da história do Brasil: 40 indígenas. Tal fato atiçou a cobiça de outros
países, principalmente a França.
No ano de 1516, os portugueses enviam uma expedição guarda-costas, comandada pelo
navegante português Cristóvão Jacques, com o objetivo de policiar a costa brasileira, expulsar
os estrangeiros e assegurar o domínio português. A expedição percorreu a costa até 1519.
Em 1521, Cristóvão Jacques vem novamente ao Brasil e funda, em Pernambuco, a feitoria de
Itamaracá, um dos ancoradouros mais conhecidos do litoral brasileiro, onde havia abundância
de pau-brasil.
Portugal envia ao Brasil, em 1530, uma expedição, comandada por Martim Afonso de Souza,
navegador português, com a missão, entre outras, de combater os franceses que contraban-
deavam o pau-brasil no litoral.
Como toda atividade predatória, a extração do pau-brasil foi se tornando cada vez mais difícil
devido à escassez das árvores, que passaram a ser encontradas somente de 10 a 20 léguas
da costa. Já em 1530, em alguns locais do litoral, o pau-brasil se tornara escasso, embora o
Brasil tenha continuado a exportar a madeira até o início do século XIX.
Em 1532, é ocializado o monopólio da coroa portuguesa sobre a madeira. Renovado pelo
império brasileiro, após a independência, o monopólio estatal durou até 1859, quando as re-
servas naturais da espécie já estavam comprometidas.
A Coroa Portuguesa elabora a 1ª Carta Régia, em 1542, que estabelece normas disciplinares
para o corte de pau-brasil e determina punição ao desperdício da madeira nas regiões con-
quistadas. Esta foi a primeira medida tomada pela coroa portuguesa em defesa das orestas,
embora indiretamente, pois o interesse não foi despertado pela sensibilidade ao ameaçado
equilíbrio da natureza, mas pela evasão dessa riqueza, sem controle da corte. As normas,
porém, jamais foram cumpridas.
LUCRO FÁCIL
No Maranhão e em Pernambuco, entre 1578 e 1581, os corsários, entre eles o mais famoso, o
capitão inglês Francis Drake e, ainda, outros corsários ingleses, vêm buscar o pau-brasil para
comercializar. Também o açúcar era outro produto bem comerciável. Mais precisamente em
1581, 45 navios partem de Pernambuco carregados de madeira – era a voracidade extrativista.
Também, em 1627, o pirata holandês Piet Heyn saqueia, no litoral do Recôncavo Baiano, vários
navios carregados do já escasso pau-brasil, açúcar, tabaco e algodão.
O REGIMENTO DO PAU-BRASIL, VOLTADO À PROTEÇÃO DAS FLORESTAS
Felipe II, rei de Espanha e Portugal, é quem baixa o Regimento, xando a exploração em 600
toneladas por ano, com o objetivo de limitar a oferta de madeira no mercado europeu e man-
ter os preços elevados. Assim, surge, em 1605, a primeira lei de cunho ambiental no País: o
Regimento do Pau-Brasil, voltado à proteção das orestas.
EXPORTAÇÃO DE “QUINTAIS” DE PAU-BRASIL
Em 1761, São Lourenço da Mata, em Pernambuco, funciona como uma espécie de empório
(centro de comércio internacional) do pau-brasil enviado para a Europa. São embarcados
14.558 quintais (Quintal era a unidade de medida de peso vigente na época, equivalente a
aproximadamente 4 arrobas – cerca de 60 kg). Após 3 anos, por meio de vários embarques,
são exportados 34.428 quintais de pau-brasil. Mais adiante, em 1770, são exportados 10.444
quintais de pau-brasil de uma vez e 10.336 de outra e, no ano seguinte, são exportados 24.499
quintais de pau-brasil.
PUNIÇÕES
Em 1775, começa a punição para quem cortasse pau-brasil. O castigo vai do consco dos
bens até a pena de morte. Apesar disso, no Espírito Santo, a madeira era vendida a 240 réis
o quintal. Essa situação foi se perpetuando até 1875, quando é efetuado o último embarque
de pau-brasil para a Europa. Encerra-se, então, o ciclo do pau-brasil, após 374 anos de ex-
ploração predatória.
OS ARCOS DOS VIOLINOS
Em Paris, em 1775, o fabricante de arcos francês, François Tourte projeta o primeiro arco de
violino, com a madeira do pau-brasil. À época, a madeira era conhecida como “Fernambouc”,
uma corruptela de Pernambuco, local no qual teve início a exploração da madeira. O pau-brasil
continua, atualmente, sendo utilizado na fabricação de arcos de violino. O preço desses arcos
varia de US$ 50 a 10 mil dólares e sua comercialização mundial movimenta, anualmente,
cerca de 30 milhões de dólares.
OS NATURALISTAS
A ora e a fauna brasileira eram riquíssimas e os naturalistas estavam ávidos para encontrar
essas belezas na terra do pau-brasil. Caspar Bauhin, naturalista suíço, publica a primeira cita-
ção botânica sobre o pau-brasil, em 1623.
Em 1649, os naturalistas holandeses Piso e Marcgravena registram o pau-brasil com o nome
tupi de Ibirapitanga na “História Naturalis Brasiliae”. Outros botânicos e naturalistas também
batizaram o pau-brasil em diferentes épocas:
Leonard Plukenet – 1691 – Acacia gloriosa
Lamarck – 1789 – Caesalpinia echinata
Sprengel – 1825 – Guillandina echinata
Velloso – 1825 – Caesalpinia vesicaria
Voguel – 1837 – Caesalpinia obliqua
Em 1789, o naturalista francês Lamarck descreve o pau-brasil, conforme as normas da no-
menclatura botânica e dá a ele o nome de Caesalpinia echinata, em homenagem ao médico e
botânico italiano Andrea Cesalpino.
A COR DO CORANTE
Em 1856, William Perkin sintetiza o primeiro corante articial, a malveína, após se dedicar ao
estudo do corante do pau-brasil, e inaugura a era da indústria química. A partir disso, segue-
-se uma intensa atividade industrial para a obtenção de corantes articiais, da qual resultou
a síntese da brasilina, o pigmento do pau-brasil, por Robert Robinson, que chega à estrutura
química da substância responsável pela cor vermelha do pau-brasil. A brasilina é a precursora
do verdadeiro pigmento conhecido como brasileína, de coloração vermelha. Segue-se o declí-
nio do comércio do pau-brasil e, como consequência, em 1875, começam a surgir os corantes
articiais.
ESCRITORES E PINTORES
Em 1924, o Brasil deve, ao pau-brasil, uma de suas principais manifestações artísticas. O es-
critor modernista, Oswald de Andrade lança, em Paris, “O Manifesto da Poesia Pau-brasil”. A
relação do manifesto poético com nossa árvore símbolo diz respeito ao fato de ter sido o pau-
brasil nosso primeiro produto de exportação. Oswald, então, decide criar a primeira poesia de
exportação brasileira: a poesia pau-brasil. No manifesto, Oswald atenta a todo instante para
o fato de precisarmos estar mais voltados à nossa realidade, vendo o Brasil de “dentro para
fora” e não com a visão estereotipada e preconceituosa, típica dos colonizadores europeus que,
por tanto tempo, nos dominaram. Tanto quanto nossa primeira riqueza, a poesia pau-brasil
pretendia se revestir de um caráter primitivista, que assumisse criticamente os contrastes
históricos e culturais a que fomos submetidos.
Nas artes plásticas, Tarsila do Amaral foi quem melhor expressou a Pintura Pau-Brasil, com
cores e temas acentuadamente tropicais e brasileiros, redescobrindo, com sua arte, o pas-
sado colonial brasileiro, a exuberância da fauna e da ora brasileira e as máquinas e trilhos,
símbolos da modernidade urbana.
A QUASE EXTINÇÃO DO PAU-BRASIL
Em 1928, o pau-brasil já é considerado extinto. Mesmo assim, o estudante de agronomia João
Vasconcelos Sobrinho e o professor de botânica Bento Pickel vericam a existência do pau-
brasil em São Lourenço da Mata, no Engenho São Bento, hoje Estação Ecológica do Tapacurá,
pertencente à Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Décadas mais tarde, em 1981, o botânico brasileiro Francismar Francisco Alves Aguiar realiza
excursão pela “costa do pau-brasil” e encontra vários povoados com o nome de pau-brasil.
Em quase todos, a madeira já está extinta e os moradores não tem conhecimento de sua
importância.
ALGUMAS PROVIDÊNCIAS – 1969 a 1972
Em 1969, o presidente da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza, Dr. José
Cândido de Melo Carvalho, sugere à Coordenação Técnica da Comissão Executiva do Plano de
Lavoura Cacaueira (Ceplac) o estabelecimento de uma reserva biológica nos municípios de
Porto Seguro e de Santa Cruz Cabrália (BA), devido à ocorrência de um grande agrupamento
natural de pau-brasil. São, então, reunidas três propriedades, num total de 1.145 hectares,
com a denominação de Reserva Biológica do Pau-Brasil.
Em 1970, nasce o Movimento em Defesa do Pau-Brasil, por iniciativa isolada do professor per-
nambucano Roldão de Siqueira Fontes, sendo ampliado, em 1972, pela Universidade Federal
Rural de Pernambuco e pelo Governo Federal que, juntos, lançam uma Campanha de Âmbito
Nacional.
Ainda, em 1972, a Universidade Federal Rural de Pernambuco lança a primeira campanha
nacional em defesa do pau-brasil. Essa campanha, de divulgação e preservação da espécie,
recuperou a memória histórica do pau-brasil, desencadeou a iniciativa da produção e distri-
buição de mudas em todo território nacional e incentivou cultivos ornamentais e implantações
de bosques da espécie em todo o país.
PAU-BRASIL, QUASE SALVO
Em 1975, é criada a Estação Ecológica do Tapacurá, na qual são desenvolvidas diversas pes-
quisas na área de botânica, zoologia e ecologia. No local são realizadas atividades de produção
de mudas de espécies frutíferas e orestais de interesse da Mata Atlântica, com destaque para
o Pau-Brasil. E, em 1977, a Reserva Biológica do Pau-brasil passa a ser conhecida por Estação
Ecológica do Pau-Brasil, assumindo especial importância no contexto nacional, primeiro por ter
sido a primeira estação ecológica criada no país e, segundo, por apresentar uma exuberante
vegetação de porte arbóreo, um dos últimos maciços orestais remanescentes no leste do Brasil.
O Instituto de Botânica de São Paulo, em 1979, implanta um bosque de pau-brasil em sua
área de visitação pública, com o objetivo de preservá-lo, para que mais brasileiros conheçam
a espécie e, em 1980, implanta um arboreto experimental na Reserva e Estação Experimental
de Mogi Guaçu, SP, com mais de 600 árvores, com uma produção anual de sementes usadas
em pesquisa e produção de mudas.
ÁRVORE NACIONAL, PAU-BRASIL
A lei nº 6607, de 7/12/78, declara o pau-brasil a Árvore Nacional e institui o dia 3 de maio
como o Dia do Pau-Brasil.
Em 1988, é criada a Fundação Nacional do Pau-Brasil, pelo professor Roldão de Siqueira Fon-
tes, em Pernambuco, com o objetivo de transformar o pau-brasil em símbolo nacional; criar
oportunidades para que todo brasileiro conheça o pau-brasil; retornar o pau-brasil e outras
essências da Mata Atlântica ao seu habitat, e proporcionar condições de estudos e pesquisas
sobre a espécie.
No ano de 1994, a associação Fauna e Flora Internacional (FFI) elegeu o pau-brasil como a
prioridade de seu programa de promoção da conservação de madeiras usadas na fabricação de
instrumentos musicais. Entre 1994/1995, a companhia musical EMI doa fundos a essa Asso-
ciação, para iniciar um projeto com organizações brasileiras a respeito do pau-brasil, visando
à preservação da espécie.
PLANOS E AÇÕES
Em 1996, é realizado um encontro entre a FFI, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Fun-
dação Margaret Mee. Como resultado, nasce a proposta de se realizar um fórum internacional
para produzir planos de ação conjunta, a m de se reunir esforços e recursos materiais e
nanceiros para a real conservação da árvore símbolo do Brasil.
No ano de 1997, é realizado o fórum intitulado “A Conservação do Pau-brasil, de 26 a 29 de
junho, em Búzios, Estado do Rio de Janeiro. O encontro traz ao Brasil especialistas da árvore,
grupos que trabalham com a preservação das orestas nativas brasileiras e representantes da
indústria de confeccionadores de arcos de violino e da indústria madeireira. Foram abordadas
questões como: características biológicas da madeira, as ameaças devido à devastação das
orestas e ao comércio ilegal, e as medidas de proteção e conservação a serem adotadas. Ao
nal do encontro, os participantes produzem um documento intitulado “Conservação e Manejo
de Pau-Brasil Caesalpinia equinata – Plano de Ação”.
Em 1998, começa a funcionar, em Porto Seguro, na Bahia, um projeto de clonagem, ou multipli-
cação de árvores, visando ao repovoamento das áreas degradadas de mata nativa com pau-brasil.
O projeto, idealizado pelo engenheiro agrônomo da Embrapa, Sérgio da Cruz Coutinho, consiste
em localizar, etiquetar e mapear as árvores de pau-brasil existentes na região e, a partir de
material coletado nas árvores encontradas, fazer clones em laboratório. Uma vez transformados
em mudas, esses clones podem ser replantados nas regiões onde a espécie não existe mais.
No ano de 2004, o pau-brasil começa a fazer parte da lista ocial de espécies da ora brasileira
ameaçadas de extinção.
Em 2006, o Instituto Biológico de São Paulo planta 75 árvores de pau-brasil para o projeto
”Raízes do Brasil”.
Em 2010, o Instituto Casa do Pau Brasil (ICPB) lança o projeto “Meu Querido Pau Brasil”, com
o objetivo de promover o plantio de um milhão de mudas de pau-brasil e de outras espécies
nativas dos biomas brasileiros.
No ano de 2012, o Ministério do Meio Ambiente anuncia o Programa Nacional de Conservação
do Pau-brasil (PNC), instituído pela Portaria nº 320/2012, publicada no Diário Ocial da União,
em 24/09/2012. O Programa visa à promoção de ações estratégicas destinadas à conservação
da espécie e do seu habitat natural.
O PAU-BRASIL NA MEDICINA
Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, em 2006, descobrem que o pau-brasil
pode ser um grande aliado no tratamento contra o câncer. Após analisar cada pedaço da ár-
vore, os pesquisadores vericam que ela possui atividade anti-inamatória e uma atividade
muito forte na redução de tumores. Em algumas aplicações em ratos, a substância consegue
propiciar a inibição de tumores em até 87%.
Segundo a medicina popular, o pau-brasil possui propriedades cicatrizantes e adstringentes.
O pó da casca da madeira é usado como antidiarréico e amenizador de cólicas menstruais. O
chá das folhas combate o diabetes. A planta é, também, utilizada no combate aos sintomas
da asma.
Mais recentemente, pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
descobrem, nas sementes do pau-brasil, proteínas com propriedades anti-inamatórias e an-
ticoagulantes para serem utilizadas no tratamento de doenças como psoríase (inamação na
pele) e no tratamento do mal de Alzheimer.
FRASES SOBRE O PAU-BRASIL
“Para o nosso “Pau-Brasil”
Eu vos peço compaixão
Se procurarem nas matas
Talvez não o encontrarão:
São quase quinhentos anos
De grande destruição”.
(Prof. Roldão S. Fontes, criador da Fundação Nacional do Pau-brasil).
"Nessa costa, não vimos coisa de proveito, exceto uma innidade de árvores de verzino..."
(Américo Vespúcio, navegador italiano (1454-1512), referindo-se ao pau-brasil, em carta
intitulada Lettera a Soderini, no dia 4 de setembro de 1504, após viagem realizada ao Brasil,
entre maio de 1501 e julho de 1502).
“Numerosas como sejam essas plantas na América (as leguminosas) entretanto só raras vezes
o olhar se depara com elas em conjunto, pois não são sociáveis e crescem separadas no meio
de outras. Será erro crer que no Brasil se possam encontrar matas inteiras do nobre pau de
tinturaria (...) Ele cresce isolado entre os mais diversos vizinhos na mata virgem”.
(O famoso naturalista Von Martius, em sua “Viagem pelo Brasil”).
“Na época de minha viagem (1816 a 1822), já tinham vindo arrancar as raízes, depois de
haver cortado todas as árvores.”
(O viajante Saint-Hilaire, no século XIX, sobre o desmatamento de que foi testemunha, no
mesmo local em que hoje se situa o miserável povoado de Pau-brasil).
“Quanto ao meio de carregar essa mercadoria – o pau-brasil, direi que, tanto por causa da
dureza e consequente diculdade em derrubá-la, é ela arrastada por meio de muitos homens;
e se os estrangeiros que por aí viajam não fossem ajudados pelos selvagens, não poderiam
sequer em um ano carregar um navio de tamanho médio. Os selvagens, em troca de algumas
roupas, chapéus, facas, machados (...) cortam, serram, racham, atoram e desbastam o pau-
brasil, transportando-o nos ombros nus, às vezes de 2 a 3 léguas (de 13 a 20 km) por sítios
escabrosos, até a costa junto aos navios ancorados, onde os marinheiros o recebem.” (Jean
de Lery, viajante, em Viagem à Terra do Brasil – 1557).
“Dos sete violinos Stradivarius que existem no mundo, conheci dois: um em Milão e outro em
Paris, com arcos feitos de pau-brasil, numa época em que o país não havia sido descoberto. Há
registros, também, de violinos europeus menos famosos, datados da Idade Média, com arcos
fabricados em pau-brasil.” (De um grande madeireiro capixaba, no nal da década de 70).
“Eu mesmo nunca vi pau-brasil, nem sei para que serve” e “A professora nunca me falou dele”.
(Frases recolhidas entre os habitantes da cidade de nome Pau-Brasil (ES), no início da década
de 80).
CURIOSIDADES
A or do pau-brasil surge somente uma vez por ano. Tem quatro pétalas amarelas grandes e
uma pequena no centro, de cor vermelha. Exala um odor parecido com o do jasmim, e é uti-
lizado em algumas fragrâncias de perfumes. O fruto é uma vagem com espinhos, contendo de
3 a 6 sementes, em média. Os espinhos, longos e aados, têm como principal função proteger
os frutos do ataque de predadores como macacos e pássaros. Quando a vagem seca, ela se
abre e se retorce com tal violência que lança longe as sementes.
‘O corante vermelho extraído da madeira do pau-brasil, valiosíssimo na antiguidade, era ven-
dido a peso de ouro, pois naquela época a cor vermelha era usada somente por reis, rainhas,
princesas, bispos e pelo Papa.
Ibirapitanga, nome usado pelos nativos, signica, em tupi: ybirá (árvore, pau ou madeira) e
pitanga (vermelha). O nome popular em português deriva da cor de brasa da resina vermelha
contida na sua madeira.
As pessoas que trabalhavam com o pau-brasil, responsáveis pela identicação, corte e trans-
porte da madeira, eram, à época, chamadas de brasileiros.
O preço de um arco de violino feito de pau-brasil varia de US$ 50 a 10 mil dólares e a comer-
cialização mundial desse produto movimenta cerca de 30 milhões de dólares por ano.
Em Glória do Goitá, na Zona da Mata de Pernambuco, existe o “Museu do Pau-Brasil”. O local
recebe estudantes cheios de curiosidade, que têm a oportunidade de ver de perto essa árvore
histórica.
NOMES PELOS QUAIS O PAU-BRASIL ERA CONHECIDO NO BRASIL
Arabutã
Arabutan
Árvore do Brasil
Brasilete
Brasileto
Ibirapiranga
Ibirapitã
Ibirapitá
Ibirapitanga
Ibiripitinga
Imirá-piranga
Muirapiranga
Orabutã
Pau-de-pernambuco
Pau-de-tinta
Pau-pernambuco
Pau-rosado
Pau-vermelho
Sapão
NOMES PELOS QUAIS O PAU-BRASIL ERA CONHECIDO EM OUTROS PAÍSES
Alemão: Brasilholz
Argentino: Pinango
Catalão: Fusta del Brasil
Crioulo haitiano: Bwa-brezil
Dinamarquês: Trae-Brasilien
Espanhol: Palo Brazil, Palo de Santa Marta
Estoniano: Puit-Brasilia
Finlandês: Puu-Brasilia
Francês: Bois de Brésil, Bresillet de Pernambouc
Holandês: Brazielhout
Indiano: Sapam
Inglês: Brazil-wood, Pernambuco-wood, Lima-wood, Nicaragua-wood, peach-wood, sapam-wood
ou bukkum-wood.
Italiano: Bracili, Brazili, Bracire, Verzino (Toscana), Pernambuco
Letão: Koka-Brasilija
Norueguês: Tre-Brasil
Polonês: Drewna-Brazylia
Suaile: Mbao-Brazil
Sueco: Tra-Brasilien
Na língua celta, foi chamado de bress, origem do inglês to bless, que signica abençoar.
O PAU-BRASIL EM POESIA
Pau-brasil
Sílvia Araújo Motta
P- Pau-Brasil é uma planta brasileira-nativa,
A- A mais pesquisada por vários motivos,
U- Uma aparência frondosa, esperança altiva...
B- Brasil, referencial para o nome de um país...
R- Registrou o principal sustentáculo para
A- A economia-raiz do Brasil, permanecendo
S- Século da colonização e ampla-exportação
I- Incontrolável para a Europa mercante,
L- Ligada à extração da tinta vermelha usada
P- Para colorir vestuários, forma rara de obter,
L- Linha diferenciada na beleza dos tecidos;
A- Ainda há tempo de preservar o pau-brasil!
N- Na Lei 6.607 de 7 de dezembro de 1978,
T- Torna-se declarada “Árvore Nacional do Brasil”
A- A leguminosa original “Caesalpinia Echinata”
D- Dia sete de dezembro sua comemoração.
O- O Ministério da Educação e Cultura/Brasil, sempre
P- Promoverá orientação para fácil conservação
E- E distribuição para nalidades cívicas e outras;
L- Lei foi assinada pelo Presidente da República
O- O General Ernesto Geisel, Alysson Paulinelli,
S- Seguida assinatura de Euro Brandão, além de
E- Escrever para a história do Brasil, dar providências.
M- Muito bem cuidadas as cem mil mudas desta planta:
B- Bem merecido o título de Capital do Pau-Brasil:
A- A cidade de S. Lourenço da Mata, uma das mais
I- Importantes e antigos arraiais brasileiros:
X- X da questão: da Reserva Ecológica de Tapacurá.
A- A distribuição gratuita da planta pau-brasil pode ser
D- Delimitada e cadastrada em www.oldaircosta.com,
O- Onde o músico nascido em Belo Horizonte/MG,
R- Representa destaque à prática, ao meio ambiente,
E- Estamos doando à Prefeitura Municipal de Caçu,
S- Sílvia Araújo Motta/Presidenta do
C- CBLP/BH, Cônsul Poeta Del Mundo/BH,
O- Ostentando a honra de ocupar a Cadeira 02
N- Na Academia de Letras do Brasil/MG,
S- Sinalizando apoio de Dr. Wilton Alves/ALB/MG,
U- Um momento para ocializar nossos aplausos imortais,
L- Levando paz, amor, vida e esperança aos Cidadãos
E- E à Comunidade, presentes neste Evento Sócio-Lítero-Cultural.
S- Somos agradecidos aos responsáveis. Trazemos apoio e divulgação.
E- Em 1924, o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, revelado
M- Modernista, pretendia em caráter primitivista, sem erudição,
B- Bem popular, “escrever os erros orais como eram falados”
H- Havia uma vontade de voltar à vanguarda, à revolução
M- Manifestadas pelos artistas e alguns poetas concretistas,
G- Guardadas na história da evolução da tradição oral.
“Primavera em or, nos corações de cada pessoa”
O PAU-BRASIL CANTADO PELAS ESCOLAS DE SAMBA
“Desenredo”
Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Pau-brasil
No dia em que o jovem Cabral chegou por aqui ô ô
Conforme diversos anúncios na televisão
Havia um coro anado da tribo tupi
Formado na beira do cais cantando em inglês
Caminha saltou do navio assoprando
Um apito em free bemol
Atrás vinha o resto empolgado da tripulação
Usando as tamancas no acerto da marcação
Tomando garrafas inteiras de vinho escocês
Partiram num porre infernal por dentro das matas ô ô
Ao som de pandeiros, chocalhos e acordeon
Tamoios, Tupis, Tupiniquins, Acarajés ou Carijós, sei lá
Chegaram e foram formando aquele imenso cordão
Meu Deus, quibão
E então de repente invadiram a avenida central,
mas que legal!
E meu povo vestido de tanga adentrou ao coral
Um velho cacique baiano sacou do piston
E deu como aberto em decreto mais um carnaval
Assim a 22 daquele mês de abril
Fundaram a escola de samba
Unidos do Pau Brasil
“Breazail”
Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense (2004)
Hoje eu quero ver
Caldeirão ferver nessa magia
O Brasil deu a cor
Pra tingir de amor nossa folia
Vermelho é vida
É sangue, é coração
Coloriu a história
De paixão, de vitória... de vibração
Pintou o manto dos reis
E o encanto chinês
O poder e a religião
Das minas o celta extraía
O corante breazail
Porém era o fenício quem fazia
A tinta que o mundo seduziu
Da Ásia, a madeira
Deu o tom pra Europa inteira
Mas o Brasil do bom
Só em terra brasileira
Viagem ao novo mundo
Deu a Vespúcio a primazia
De erguer em cabo frio
Fortaleza e feitoria
Depois partiu com nosso pau-brasil
Deixando aos marinheiros poesia
Visão do innito, lugar mais bonito
Era o chão da utopia
Quem dera a paz e a harmonia
Ver meu país cantar feliz
Na sombra de um pau-brasil
Um samba da imperatriz
O que a família real viu na terra do pau-brasil
Grêmio Recreativo Escola de Samba Cacique de Lins (2007)
No brilho, surge a luz que ilumina
Minha escola preferida, vem de novo deslar
Formando um buquê de poesias
Desfolhando versos na avenida do meu carnaval
Dom João traz meu enredo à Família Real
Os índios, lhos da Pátria
Solo és mãe genti
Gigantes as nossas riquezas
Terra do pau-brasil
E assim...
Assim nasceu, ô ô ô
Do canto negro das senzalas, ô ô ô
Lundus, a dança, a batucada
Diferenciada da modinha popular
Ah! Revolução, a crise portuguesa
O poder majoritário, não tardia
A independência brasileira (e la riê)
As expedições que registraram
A ora e a fauna, elementos, os costumes
Os viajantes europeus de olho grande
No tesouro das Minas Gerais
Estrangeiros de todas as partes
E lugares do mundo, vieram habitar
O povo, a cultura, a arte do nosso país
Verde, amarelo, azul e branco
Formando o meu Brasil
Eu vou...
Vou caciquear
Com a corte portuguesa
Caravelas aportaram no Brasil
E fez do Rio a capital da realeza.
E assim se fez da madeira o vinco certo e da resina a rubra cor. Bem zeram os que acreditaram
na força dessa interessante árvore, que passa em nossas vidas como quem sempre quis car.
Pau-brasil, Projeto
"Raízes do Brasil",
Instituto Biológico
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