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Estrutura arbustivo/arbórea do subosque de clareiras e de áreas sob dossel fechado em floresta estacional semidecidual urbana em Araguari-MG

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Abstract

RESUMO: O objetivo deste estudo foi comparar as características fitossociológicas do estrato arbustivo/ arbóreo em áreas sob dossel fechado e de clareiras, em uma floresta estacional semidecidual situada no município de Araguari – MG. O estudo foi realizado em uma floresta estacional semidecidual urbana, Bosque John Kennedy na cidade de Araguari, Minas Gerais. Foram utilizadas 40 parcelas de 10 x 10 m cada, situadas sistematicamente na área da floresta. Destas, 14 situaram-se em áreas de clareiras pequenas e 26 em áreas de mata fechada. Em cada parcela foram amostrados todos os indivíduos lenhosos (exceto cipós e lianas) com altura igual ou acima de 1 m com até 15 cm de circunferência na base do tronco. Encontrou-se 81 espécies distribuídas em 39 famílias nas parcelas situadas em clareiras e 103 espécies pertencentes a 43 famílias no subosque com dossel fechado. Sessenta e seis espécies foram comuns às clareiras e ao subosque com dossel fechado, com uma similaridade de 73,6%. As parcelas situadas em clareiras foram mais semelhantes floristicamente entre si do que as parcelas sob dossel fechado. A semelhança florística entre as clareiras e a mata fechada pode ser conseqüência da idade e pelo pequeno tamanho das clareiras estudadas, mostrando que a floresta se encontra em diferentes estádios de regeneração.
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Original Article
1Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Caixa Postal 676, 13565 905, São Carlos, SP.
2Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Biologia, 38 400-902, Uberlândia, MG.
Received: 30/11/04 Accept: 20/05/05
ESTRUTURA ARBUSTIVO/ARBÓREA DO SUBOSQUE DE CLAREIRAS E
ÁREAS SOB DOSSEL FECHADO EM FLORESTA ESTACIONAL
SEMIDECIDUAL URBANA EM ARAGUARI MG
STRUCTURE OF UNDERSTOREY WOODY SPECIES IN GAPS AND CLOSED
CANOPIES SITES OF A URBAN SEASONAL SEMIDECIDUOUS FOREST IN
ARAGUARI MG
João Paulo de SOUZA1, Glein Monteiro ARAÚJO2
RESUMO: O objetivo deste estudo foi comparar as características fitossociológicas do estrato arbustivo/
arbóreo em áreas sob dossel fechado e de clareiras, em uma floresta estacional semidecidual situada no município de
Araguari  MG. O estudo foi realizado em uma floresta estacional semidecidual urbana, Bosque John Kennedy na
cidade de Araguari, Minas Gerais. Foram utilizadas 40 parcelas de 10 x 10 m cada, situadas sistematicamente na área
da floresta. Destas, 14 situaram-se em áreas de clareiras pequenas e 26 em áreas de mata fechada. Em cada parcela
foram amostrados todos os indivíduos lenhosos (exceto cipós e lianas) com altura igual ou acima de 1 m com até 15
cm de circunferência na base do tronco. Encontrou-se 81 espécies distribuídas em 39 famílias nas parcelas situadas
em clareiras e 103 espécies pertencentes a 43 famílias no subosque com dossel fechado. Sessenta e seis espécies
foram comuns às clareiras e ao subosque com dossel fechado, com uma similaridade de 73,6%. As parcelas situadas
em clareiras foram mais semelhantes floristicamente entre si do que as parcelas sob dossel fechado. A semelhança
florística entre as clareiras e a mata fechada pode ser conseqüência da idade e pelo pequeno tamanho das clareiras
estudadas, mostrando que a floresta se encontra em diferentes estádios de regeneração.
UNITERMOS: Clareiras; Subosque; Fitossociologia; Estrato arbustivo/arbóreo; Floresta semidecidual.
INTRODUÇÃO
Trabalhos quantitativos sobre florestas usualmente
buscam descrever a sua estrutura quanto ao número de
indivíduos e/ou área basal por unidade de área amostrada,
das diversas espécies. A partir destes dados, são obtidas
outras informações importantes, como a diversidade de
espécies e seus componentes  riqueza e equabilidade
(DISLICH; CERSÓSIMO; MANTOVANI, 2001). Essas
amostragens podem ser realizadas visando diversos
objetivos entre os quais a comparação entre áreas de
florestas com dossel fechado e clareiras. Também ajudam
na caracterização do papel exercido pelas espécies dentro
da comunidade e na indicação dos estádios sucessionais
da floresta (GROMBONE et al., 1990).
As florestas possuem um mosaico de cobertura
de copas que vão desde ambientes fechados, onde a
incidência de luz no estrato inferior do subosque é pequena
e clareiras onde se tem uma abertura no dossel de
tamanho variado, ocorrendo assim uma alta incidência
de luz nos estratos inferiores (DENSLOW, 1987). Os
mosaicos podem ser criados por quedas de árvores
(clareiras) ou pela morte em e em graus de
perturbações intermediárias onde a diversidade de
espécies tende a aumentar (BHUJU; OHSAWA, 2001).
As espécies tendem a se distribuir não aleatoriamente
dentro dos mosaicos da floresta e sim em microsítios
favoráveis (SVENNING, 2000).
Clareiras são imprescindíveis para a regeneração
de espécies intolerantes à sombra (TABARELLI;
MANTOVANI, 1997a), mas clareiras pequenas podem
proporcionar condições ambientais similares às
encontradas no subosque sob o dossel fechado, fazendo
com que as espécies tolerantes à sombra utilizem esse
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hábitat para seu estabelecimento (TABARELLI;
MANTOVANI, 1997b). Segundo Denslow (1980),
existem espécies arbóreas que são especialistas em
clareiras pequenas e outras que somente colonizam as
grandes (TABARELLI; MANTOVANI, 1997b). Com
isso, se o papel das clareiras não for o de aumentar a
diversidade e ser um sítio de regeneração de espécies
pioneiras o seu conceito pode ter que ser reavaliado
(HUBBELL et al., 1999).
Comparar a estrutura fitossociológica de áreas
de clareiras e de mata fechada pode demonstrar a efetiva
dependência das árvores e arbustos por clareiras, como
sítios imprescindíveis para regeneração (TABARELLI;
MANTOVANI, 1997a).
Como o intuito de aumentar o conhecimento sobre
a dinâmica de regeneração de clareiras em florestas
estacionais, o presente estudo teve como objetivo
comparar as características fitossociológicas do estrato
arbustivo/arbóreo em clareiras e áreas de mata fechada
em uma floresta estacional semidecidual urbana, situada
no município de Araguari, MG.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo - O estudo foi realizado em um
fragmento de floresta estacional semidecidual urbana,
Bosque John Kennedy (48º 11 O e 18º 38 S) na cidade
de Araguari, Minas Gerais. A área de 11,2 ha do Bosque
é ocupada, em sua maior parte, por uma floresta estacional
semidecidual (73,21% do seu total), com indivíduos
arbóreos de até 25m de altura. Na floresta encontram-se
clareiras que tiveram origem a partir da morte em pé ou
por tombamento de indivíduos arbóreos de dossel.
Algumas áreas de clareiras se encontram cobertas por
cipó e outras ainda ficam perto das trilhas pavimentadas,
não apresentando um grande número de indivíduos. Porém
áreas da mata que possuem o dossel intacto e
comportam um grande número de indivíduos. O Bosque
é visitado diariamente por pessoas para praticarem
caminhadas ou como local de lazer.
O clima do município de Araguari, de acordo com
a classificação de Köppen, é do tipo Cwa, isto é, clima
mesotérmico úmido com seca no inverno e chuva no
verão. A temperatura média anual é de 22º C, com
pluviosidade anual de 1500 mm e presença de uma estação
seca de maio a setembro (ROSA, 1992).
O solo sob a mata do Bosque foi classificado
como Latossolo Vermelho Escuro, apresentando textura
franco argilosa. É considerado um solo distrófico com
altos valores de Al trocável (ARAÚJO; GUIMARÃES;
NAKAJIMA, 1997).
Amostragem e Identificação da Vegetação - Para
a quantificação das espécies arbustivo/arbóreas foi
utilizado o método de parcelas. Foram utilizadas 40
parcelas de 10 x 10 m cada (0,4 ha) situadas
sistematicamente na área da floresta, das quais 14 situam-
se em áreas de clareiras e 26 em áreas de mata fechada.
O conceito para definição de clareira seguiu Brokaw
(1982). Essas clareiras encontram-se em diferentes
estádios de sucessão e algumas são parcial ou totalmente
cobertas por cipós. Todas essas clareiras são consideradas
segundo Brokaw (1985) como pequenas, pois, possuem
área menor que 150 m2. Vale salientar que a amostragem
da vegetação nas parcelas em áreas de clareiras foi
sempre em parte destas e não em toda a clareira. Em
cada parcela foram amostrados todos os indivíduos
lenhosos (exceto cipós e lianas) com altura igual ou acima
de 1 m com até 15 cm de circunferência na base do
tronco. Apenas para determinar quais indivíduos
entrariam na amostragem foram medidas suas alturas
com auxílio de uma vara de bambu com dois metros de
altura.
A identificação das espécies foi feita no próprio
local. Aquelas desconhecidas foram coletadas para
posterior identificação utilizando-se exemplares
depositados no Herbário da Universidade Federal de
Uberlândia (HUFU).
Para a classificação do grupo ecológico das
espécies adotou-se os critérios de Gandolfi, Leitão-Filho e
Bezerra (1995), sendo divididas em quatro categorias
sucessionais: pioneiras, secundárias iniciais, secundárias
tardias e sem caracterização. Salienta-se que esta
classificação não é definitiva, pois, algumas espécies podem
não se encaixar em grupos estáticos e sim em um gradiente
de preferência de luz (SWAINE; WHITMORE, 1988).
Análise dos Dados - Os parâmetros
fitossociológicos como densidade e dominância absolutas
e relativas, índice de diversidade de Shannon (H) e de
valor de importância (IVI) foram obtidos utilizando-se os
aplicativos PREPARE e PARAMS do programa
FITOPAC I (SHEPHERD, 1995).
O teste t de Student (ZAR, 1999) foi calculado
para verificar diferenças entre os índices de diversidade
de Shannon (H), para as parcelas localizadas nas
clareiras e mata fechada.
O índice de Sørensen (MUELLER-DOMBOIS;
ELLENBERG, 1974), foi utilizado para verificar a
similaridade entre as parcelas situadas nas clareiras e
mata fechada.
Foi feita uma análise de similaridade entre as
parcelas quanto ao número de indivíduos usando-se à
distância euclidiana simples. A análise de agrupamento
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foi feita pela média de grupo (UPGMA), utilizando-se os
aplicativos MATRIZ, COEF e CLUSTER do programa
FITOPAC I (SHEPHERD, 1995).
RESULTADOS
No levantamento fitossociológico realizado no
estrato arbustivo/arbóreo, em 0,4 ha da floresta, foram
amostrados 3769 indivíduos, distribuídos em 111 espécies
nativas e sete exóticas, pertencentes a 99 gêneros e 49
famílias (Tabela 1). Segundo seu hábito de vida, 83,9%
das espécies são árvores e 16,1% são arbustos. O índice
de diversidade de Shannon (H) para espécies foi de 3,55
nats/indivíduos.
Das 118 espécies, 57 foram classificadas como
secundárias iniciais, 23 como secundárias tardias e 17
como pioneiras. Entre as dez espécies com maior IVI,
sete são secundárias iniciais, uma secundária tardia e uma
pioneira (21 espécies ficaram sem caracterização de seu
grupo ecológico).
Espécies Família IVI Hábito Grupo Ecológico Área de
ocorrência
1. Licania apetala (E. Mey.) Chrysobalanaceae 31,65 Arv. Si CL/MF
Fritsch
2. Micrandra elata (Didr.) Arg. Euphorbiaceae 27,27 Arv. Si CL/MF
Müll.
3. Psychotria cephalantha Standl. Rubiaceae 15,18 Arb. Sc CL/MF
(Müll. Arg.)
4. Micropholis venulosa Sapotaceae 13,86 Arv. Si CL/MF
(Mart. & Eichler) Pierre
5. Inga vera ssp. affinis (DC.) Leguminosae 8,98 Arv. Si CL/MF
T.D. Penn.
6. Protium heptaphyllum (Aubl.) Burseraceae 8,34 Arv. Si CL/MF
Marchand
7. Qualea jundiahy Warm. Vochysiaceae 8,10 Arv. Si CL/MF
8. Aspidosperma discolor A. DC. Apocynaceae 7,85 Arv. Si CL/MF
9. Siphoneugenia densiflora O. Myrtaceae 7,74 Arv. St CL/MF
Berg
10. Casearia grandiflora Cambess. Flacourtiaceae 7,70 Arv. P CL/MF
11. Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Leguminosae 7,31 Arv. Si CL/MF
Macbr.
12. Duguetia lanceolata A. St.-Hil. Annonaceae 7,04 Arv. St CL/MF
13. Myrciaria sp. Myrtaceae 6,82 Arv. Si CL/MF
14. Astronium nelson-rosae Santin Anacardiaceae 6,82 Arv. St CL/MF
15. Myrcia rostrata DC. Myrtaceae 5,86 Arv. P CL/MF
16. Ocotea corymbosa (Meisn.) Mez Lauraceae 5,85 Arv. Si CL/MF
17. Amaioua intermedia Mart. Rubiaceae 5,65 Arv. Si CL/MF
18. Psychotria prunifolia (Kunth) Rubiaceae 5,05 Arb. Sc CL/MF
Steyerm.
19. Faramea cyanea Müll. Arg. Rubiaceae 4,98 Arv. St CL/MF
20. Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum. Rubiaceae 4,68 Arv. P CL/MF
21. Inga laurina (Sw.) Willd. Leguminosae 4,41 Arv. Si CL/MF
22. Ottonia sp. Piperaceae 4,38 Arb. Sc CL/MF
Tabela 1. Espécies do estrato arbustivo/arbóreo amostradas no levantamento fitossociológico da floresta semidecidual
do Bosque de Araguari, Minas Gerais, com suas respectivas famílias, IVI, hábitos de vida (Arv. = árvore
e Arb. = arbusto), grupo ecológico (P= pioneira; Si= secundária inicial; St= secundária tardia; Sc= sem
caracterização) e áreas de ocorrência (CL = clareiras e MF = mata fechada). *Espécies exóticas
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23. Cheiloclinium cognatum Hippocrateaceae 4,10 Arv. St CL/MF
(Miers) A.C. Sm.
24. Siparuna guianensis Aubl. Monimiaceae 3,97 Arv. Si CL/MF
25. Didymopanax morototoni Araliaceae 3,40 Arv. Si CL/MF
(Aubl.) Decne. & Planch.
26. Myrciaria glanduliflora Myrtaceae 3,31 Arb. Sc CL/MF
(Kiaersk.) Mattos & D. Legrand*
27. Ixora warmingii Müll. Arg. Rubiaceae 3,29 Arv. St CL/MF
28. Tabebuia serratifolia (Vahl) Bignoniaceae 3,02 Arv. Si CL/MF
G. Nicholson
29. Lacistema aggregatum Lacistemataceae 3,00 Arv. P CL/MF
(P.J. Bergius) Rusby
30. Hirtella glandulosa Spreng. Chrysobalanaceae 2,94 Arv. Si CL/MF
31. Solanum sp. Solanaceae 2,53 Arb. Sc CL/MF
32. Ocotea spixiana (Nees) Mez Lauraceae 2,47 Arv. Si CL/MF
33. Hymenaea courbaril L. Leguminosae 2,47 Arv. St CL/MF
34. Trichilia pallida Sw. Meliaceae 2,43 Arv. Si CL/MF
35. Dasyphyllum synacanthum Asteraceae 2,21 Arb. Sc CL/MF
(Baker)Cabrera
36. Virola sebifera Aubl. Myristicaceae 2,11 Arv. Si CL/MF
37. Miconia affinis DC. Melastomataceae 1,96 Arb. Sc CL/MF
38. Rheedia gardneriana Planch. Clusiaceae 1,94 Arv. St CL/MF
& Triana
39. Sorocea bonplandii (Baiil.) Moraceae 1,91 Arv. St CL/MF
W.C. Burger, Lanj. & Wess. Boer
40. Swartzia apetala Raddi Leguminosae 1,72 Arv. Si CL/MF
41. Psychotria platypoda DC. Rubiaceae 1,67 Arb. Sc CL/MF
42. Eugenia florida DC. Myrtaceae 1,41 Arv. Si CL/MF
43. Jacaranda macrantha Cham. Bignoniaceae 1,40 Arv. P CL/MF
44. Cupania vernalis Cambess. Sapindaceae 1,37 Arv. Si MF
45. Maytenus sp. Celastraceae 1,37 Arv. Si MF
46. Styrax acuminatus Pohl Styracaceae 1,35 Arv. Si CL/MF
47. Xylopia sericea A. St.-Hil. Annonaceae 1,32 Arv. Si CL/MF
48. Hirtella gracilipes (Hook. f.) Chrysobalanaceae 1,22 Arv. Si CL/MF
Prance
49. Alchornea glandulosa Euphorbiaceae 1,21 Arv. P CL/MF
Poepp. & Endl.
50. Sloanea monosperma Vell. Elaeocarpaceae 1,16 Arv. St MF
51. Cordia sellowiana Cham. Boraginaceae 1,13 Arv. Si MF
52. Cardiopetalum calophyllum Annonaceae 1,06 Arv. Si MF
Schltdl.
53. Bredemeyera floribunda Willd. Polygalaceae 1,04 Arv. Sc MF
54. Guapira cacerensis (Hoehne) Nyctaginaceae 1,02 Arv. Si CL/MF
Lund
55. Syzygium jambolanum Myrtaceae 1,00 Arv. Sc MF
(Lam.) DC. *
56. Cabralea cangerana Saldanha Meliaceae 1,00 Arv. Si CL
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57. Alibertia concolor (Cham.) Rubiaceae 0,95 Arv. St CL/MF
K. Schum.
58. Piptocarpha macropoda Asteraceae 0,95 Arv. P CL/MF
(DC.) Baker
59. Mespilus germanica L. * Rosaceae 0,92 Arv. Sc CL/MF
60. Coffea arabica L. * Rubiaceae 0,92 Arb. Sc CL/MF
61. Cryptocarya aschersoniana Mez Lauraceae 0,88 Arv. St CL/MF
62. Vitex polygama Cham. Verbenaceae 0,87 Arv. Si CL/MF
63. Casearia sylvestris Sw. Flacourtiaceae 0,86 Arv. P MF
64. Platypodium elegans Vogel Leguminosae 0,86 Arv. Si MF
65. Cariniana estrellensis (Raddi) Lecythidaceae 0,85 Arv. St MF
Kuntze
66. Bauhinia sp. Leguminosae 0,85 Arb. Sc CL/MF
67. Zanthoxylum rhoifolium Lam. Rutaceae 0,80 Arv. P CL/MF
68. Roupala brasiliensis Klotzsch Proteaceae 0,78 Arv. St MF
69. Maprounea guianensis Aubl. Euphorbiaceae 0,74 Arv. Si CL/MF
70. Copaifera langsdorffii Desf. Leguminosae 0,69 Arv. St CL/MF
71. Aspidosperma cylindrocarpon Apocynaceae 0,66 Arv. Si MF
Müll. Arg.
72. Machaerium aculeatum Raddi Leguminosae 0,64 Arv. P CL/MF
73. Tapirira peckoltiana Engl. Anacardiaceae 0,64 Arv. Si CL/MF
74. Heisteria ovata Benth. Olacaceae 0,59 Arv. Si CL/MF
75. Palicourea crocea (Sw.) Rubiaceae 0,53 Arb. Sc CL/MF
Roem. & Schult.
76. Senna sp. Leguminosae 0,53 Arv. P CL/MF
77. Machaerium villosum Vogel Leguminosae 0,50 Arv. St CL/MF
78. Matayba guianensis Aubl. Sapindaceae 0,46 Arv. Si MF
79. Eriotheca candolleana Bombacaceae 0,44 Arv. Si MF
(K. Schum.) A. Robyns
80. Metrodorea pubescens A. St. Rutaceae 0,43 Arv. Si MF
- Hil. & Tul.
81. Gomidesia lindeniana O. Berg Myrtaceae 0,40 Arv. Si MF
82. Chorisia speciosa A. St.-Hil. Bombacaceae 0,37 Arv. Si CL
83. Erythroxylum sp. Erythroxylaceae 0,35 Arv. Si MF
84. Pimenta pseudocaryophyllus Myrtaceae 0,35 Arv. St MF
(Gomes) Landrum
85. Myrcia coriacea (Vahl) DC. Myrtaceae 0,35 Arv. St CL/MF
86. Albizia polycephala (Benth.) Leguminosae 0,34 Arv. Si MF
Killip ex Record
87. Rudgea viburnoides (Cham.) Rubiaceae 0,33 Arv. Si MF
Benth.
88. Callisthene major Mart. Vochysiaceae 0,30 Arv. Si CL
89. Myrcia tomentosa (Aubl.)DC. Myrtaceae 0,29 Arv. Si CL/MF
90. Porcelia sp. Annonaceae 0,29 Arb. Sc MF
91. Vernonia polyanthes Less. Asteraceae 0,28 Arb. P CL
92. Terminalia brasiliensis (Cambess. Combretaceae 0,28 Arv. P MF
ex A. St.-Hil.) Eichler
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93. Pouteria torta (Mart.) Radlk. Sapotaceae 0,27 Arv. Si MF
94. Lacistema sp. Lacistemataceae 0,26 Arv. Si CL
95. Myroxylon sp. * Leguminosae 0,25 Arv. P CL
96. Machaerium nyctitans (Vell.) Leguminosae 0,24 Arv. Si MF
Benth.
97. Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Ulmaceae 0,23 Arv. P CL
98. Guapira sp. Nyctaginaceae 0,22 Arv. Si MF
99. Siparuna cujabana (Martius) Monimiaceae 0,22 Arb. Sc MF
A. DC.
100. Aegiphila sellowiana Cham. Verbenaceae 0,20 Arv. P MF
101. Colubrina sp. Rhamnaceae 0,20 Arv. Si MF
102. Sclerolobium paniculatum Leguminosae 0,19 Arv. Si CL
Vogel
103. Agonandra brasiliensis Opiliaceae 0,18 Arv. St CL
Miers ex Benth. & Hook. f.
104. Machaerium sp. Leguminosae 0,18 Arv. Si MF
105. Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae 0,17 Arv. P CL
106. Bixa orellana L. * Bixaceae 0,16 Arb. Sc CL
107. Rapanea lancifolia (Mart.) Myrsinaceae 0,16 Arv. Si CL
Mez
108. Margaritaria nobilis L. f. Euphorbiaceae 0,15 Arv. Si MF
109. Tabebuia sp. Bignoniaceae 0,15 Arv. Si MF
110. Symplocos sp. Symplocaceae 0,15 Arv. Si CL
111. Cassia ferruginea (Schrader) Leguminosae 0,14 Arv. St MF
Schrader ex DC.
112. Citrus aurantium L. * Rutaceae 0,14 Arv. Sc MF
113. Solanum lycocarpum Solanaceae 0,14 Arb. Sc CL
A. St.-Hil.
114. Crotalaria nitens Kunth Leguminosae 0,14 Arb. Sc CL
115. Miconia sp. Melastomataceae 0,13 Arb. Sc MF
116. Chomelia sericea Müll. Arg. Rubiaceae 0,13 Arb. St MF
117. Ficus enormis (Mart. ex Miq.) Moraceae 0,13 Arv. St MF
Mart.
118. Calyptranthes lucida DC. Myrtaceae 0,13 Arv. St MF
Espécies Família IVI Hábito Grupo Ecológico Área de
ocorrência
As espécies exóticas apresentaram um IVI total
somado de 6,7, o que representa 2,23% do total.
Nas parcelas amostradas em clareiras e mata
fechada foram encontradas 81 e 103 espécies e 39 e 43
famílias, respectivamente. As famílias com maior número
de espécies nas clareiras e áreas de mata fechada foram
respectivamente Leguminosae, Rubiaceae e Myrtaceae.
A densidade total de indivíduos foi de 4.842,86 e 11.888,46
indivíduos/ha nas clareiras e áreas de mata fechada
respectivamente. Os indivíduos arbóreos encontrados nas
clareiras (1,87 cm) apresentaram diâmetro médio superior
aos encontrados na mata fechada (1,64 cm). O índice de
diversidade de Shannon (H) para espécies foi de 3,3 e
3,9 nats/indivíduos para a área de mata fechada e de
clareira, respectivamente, não diferindo estatisticamente
entre si (P < 0,05).
Sessenta e seis espécies foram comuns às clareiras
e a mata fechada, apresentando uma similaridade de 73,6%
(índice de Sørensen). Quinze espécies foram exclusivas
às clareiras e 37 à mata fechada. Das espécies que
ocorreram na mata fechada e clareira Micropholis
venulosa e Inga vera foram as únicas espécies que se
mantiveram entre as dez com maior IVI nos dois ambientes
(Tabela 2). Foram encontradas 13 e 14 espécies pioneiras
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na mata fechada e clareiras respectivamente, porém as
espécies pioneiras tiveram 14% do IVI total nas clareiras
contra 8,4% na mata fechada. O dendrograma para número
de indivíduos (Figura 1) mostra uma menor similaridade
entre as parcelas da mata fechada quando comparadas
com as parcelas situadas nas clareiras.
Tabela 2. As dez espécies com maior IVI nas clareiras e seus respectivos valores na área de mata fechada, encontradas
na floresta estacional semidecidual do Bosque de Araguari, MG. Valores entre parênteses representam à
posição em ordem de IVI na mata fechada.
Espécies IVI clareiras IVI mata fechada
Micropholis venulosa 13,03 14,17 (4)
Inga vera 11,89 8,06 (8)
Duguetia lanceolata 11,87 5,75 (15)
Siphoneugenia densiflora 11,79 6,63 (12)
Qualea jundiahy 11,5 7,08 (11)
Astronium nelson-rosae 11,13 5,70 (16)
Ocotea corymbosa 9,9 4,74 (21)
Myrcia rostrata 9,62 4,80 (20)
Ottonia sp. 9,51 2,89 (25)
Solanum sp. 9,34 0,50 (73)
Figura 1. Dendrograma de similaridade, quanto a número de indivíduos, entre as diversas parcelas da floresta
semidecidual do Bosque de Araguari, MG. As parcelas 5, 12 a 16, 19, 22, 29, 30, 34, 36, 37, 38 situam-se em
clareiras e as demais em áreas de mata fechada.
DISCUSSÃO
O número de espécies encontrada no Bosque de
Araguari encontra-se entre os valores (68 a 201) citados em
florestas estacionais semideciduais do estado de São Paulo
(DURIGAN et al., 2000; STRANGHETTI; RANGA, 1998)
Estrutura arbustivo/arbórea do subosque de... SOUZA, J. P. and ARAÚJO, G. M.
100
Biosci. J., Uberlândia, v. 21, n. 3, p. 93-102, Sept./Dec. 2005
e Minas Gerais (ARAÚJO; GUIMARÃES; NAKAJIMA,
1997; WERNECK et al., 2000).
Possivelmente a visitação pública por pessoas
diariamente e o baixo número de espécies exóticas, com
baixa densidade parece não estar interferindo na riqueza
das nativas. Diferentes resultados foram encontrados em
outros estudos com bosques urbanos, como o Bosque dos
Jequitibás (MATTHES; LEITÃO-FILHO; MARTINS,
1988) e Bosque dos Alemães (CIELO FILHO; SANTIN,
2002), localizados no estado de São Paulo, sendo estes
mais afetados por espécies invasoras que foram
introduzidas como práticas de manejo. Esta grande
riqueza de espécies exóticas pode aumentar a competição
por espaço entre os indivíduos, podendo prejudicar o
estabelecimento das espécies nativas.
A similaridade florística entre as clareiras e as
áreas de mata fechada do Bosque de Araguari pode ser
resultado dos diferentes estádios de regeneração em que
a floresta se encontra e pelo fato das clareiras serem
pequenas, por isso, espécies de vários grupos ecológicos
puderam se estabelecer no seu interior. Ao contrário dos
resultados encontrados neste estudo, Svenning (2000), em
uma floresta tropical no Equador, analisando se espécies
de subosque ocorriam preferencialmente em partes com
muita luz ou só no subosque sob mata fechada, encontrou
que estas ocorrem com maior freqüência em locais mais
expostos à claridade do que aleatórios no ambiente. Vale
lembrar que por ser uma floresta estacional, na mata do
Bosque de Araguari a quantidade de luz que entra no
subosque aumenta na estação seca, onde as espécies
arbóreas de dossel perdem parcialmente suas folhas,
propiciando assim o estabelecimento de espécies de vários
grupos ecológicos (MARTINS; RODRIGUES, 2002).
Espécies pioneiras como Alchornea glandulosa
e Piptocarpha macropoda (com mais de 10 cm de
circunferência a altura do peito) foram bem representadas
em estudo no Bosque de Araguari, ocupando e
posições em valor de importância respectivamente nas
áreas de clareiras segundo Araújo, Guimarães e Nakajima
(1997), porém tiveram baixos valores neste estudo. Das
dez espécies com os maiores IVIs nas clareiras, somente
duas ocorreram nessa mesma classificação nas áreas de
mata fechada (Micropholis venulosa e Inga vera). O
que pode indicar preferência, pelo menos na sua forma
regenerativa, pelas áreas abertas. Das demais, Duguetia
lanceolata, Siphoneugenia densiflora e Astronium
nelson-rosae classificadas como secundárias tardias,
podem indicar que as clareiras do Bosque estão em
diferentes estádios sucessionais (ARAÚJO;
GUIMARÃES; NAKAJIMA, 1997).
Segundo Hubbel e Foster (1987), a maioria das
árvores tropicais apresenta um amplo nicho de
regeneração, desta forma, fica difícil alguma previsão
sobre onde às espécies irão regenerar. Assim as espécies
vegetais tendem a ter um hábito mais generalista
ocorrendo tanto em partes da floresta com o dossel intacto
como nas partes abertas. Isto pode ser comprovado pelo
fato da maioria das espécies do estudo não apresentar
diferença em relação à preferência entre as áreas de
mata fechada e clareiras.
O maior IVI das espécies pioneiras nas clareiras
deve-se a uma maior dominância dos indivíduos
amostrados em comparação com a mata fechada onde
ocorre uma maior densidade de indivíduos. Isso pode ser
conseqüência das clareiras do Bosque de Araguari serem
antigas e as espécies pioneiras terem se estabelecido há
vários anos. Porém a composição de espécies pioneiras
que ocorrem nos dois ambientes foi muito similar, não
demonstrando preferência de espécies pioneiras por
clareiras. A composição de espécies pioneiras na mata
fechada possivelmente é influenciada pela maior entrada
de luz no subosque ocasionada pela perda parcial de folhas
por espécies de dossel na estação seca (MARTINS;
RODRIGUES, 2002).
A maior similaridade entre as parcelas situadas
nas clareiras se deve ao fato de haver uma menor variação
no número de indivíduos, fato que não ocorre nas parcelas
de área fechada, onde a densidade de indivíduos é maior.
Esse fato das parcelas nas clareiras terem poucos
indivíduos pode estar relacionado a uma maior presença
de cipós nestas. Segundo Souza et al. (2002), o corte de
cipós proporciona uma rápida volta da floresta a suas
condições originais, sendo que o número de espécies e
famílias aumentou depois que os cipós foram cortados.
Um outro fator que pode estar levando as parcelas
situadas em áreas de clareiras terem menos indivíduos é
o de estarem mais perto de trilhas pavimentadas o que
aumenta a perturbação local.
Comparar a estrutura da vegetação de clareiras
e áreas de mata fechada pode demonstrar o efetivo papel
que as clareiras desempenham na regeneração de
florestas. Porém em florestas estacionais as perdas das
folhas pelas espécies de dossel alteram a chegada de luz
no interior do subosque e conseqüentemente a dinâmica
de regeneração da vegetação. Os resultados aqui
apresentados mostram que as clareiras do Bosque de
Araguari apresentam composição florística semelhante
à mata fechada possivelmente pelo seu pequeno tamanho
e idade avançada, indicando que a floresta estudada se
encontra em diferentes estádios de regeneração,
comportando espécies de diferentes grupos ecológicos,
sendo áreas de manutenção da estrutura da vegetação.
Estrutura arbustivo/arbórea do subosque de... SOUZA, J. P. and ARAÚJO, G. M.
101
Biosci. J., Uberlândia, v. 21, n. 3, p. 93-102, Sept./Dec. 2005
ABSTRACT: The objective of this study was to compare the phytosociologics characteristics of woody
species in closed canopies sites and gaps of an urban seasonal semideciduous forest located in the municipal district of
Araguari - MG. The study was carried out at an urban seasonal semideciduous forest, Bosque John Kennedy in the
city of Araguari, Minas Gerais. Forty plots of 10 x 10 m were placed systematically in the area of the forest. These 14
were in small gaps and 26 in closed canopies sites. All the woody individuals (except lianas) with height equal or above
1 m and up to 15 cm of circumference in the base of the stem were sampled. A total of 81 species distributed in 39
families were found at the gaps, while 103 species belonging 43 families were found at the closed canopies sites. Sixty
six species were common to the gaps and closed canopies sites, with a similarity of 73,6%. The gaps were more
similar than plots under closed canopies sites. The floristic similarity between the gaps and the closed forest can be
consequence of the age and for the small size of the studied gaps, showing that the forest is at different regeneration
phases.
UNITERMS: Gaps; Understorey; Phytossociology; Woody species; Semideciduous forest.
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... Its vegetal community is similar to the native reserves of the region; that is, it possesses closed areas, with high trees and a dense canopy, next to gaps that are forming and in a recovering phase. Despite being an urban forest subjected to anthropic actions, according to Araújo et al., (1997), and Souza and Araújo (2005), the PMBJK still retains a high natural floristic diversity. As shown in Fig. 1, the study region presents two distinct periods: a rainy period with high temperatures (January, February, and October to December) and another period that is drier with low temperatures (March to September). ...
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The present study aimed to investigate the foraging dynamic of an ant community in an urban semideciduous mesophitic forest. A total of 4,297 individuals, distributed in 23 species, seven genera and four subfamilies were sampled in January, April, July and October of 2010. Four ant species guilds were found: leaf cutters, soil-dominant omnivores, soil and vegetation opportunists and large-sized epigaeic predators. There were no significant differences in total of species richness and abundance of individuals in samples among the months evaluated. However, there was a clear substitution (turnover) of species over the months. Nine species were sampled exclusively in the rainy period and five species were present only during the dry period. Thus, the species turnover over the months support the hypothesis that ant communities present a temporal dynamics in their foraging activities even in an urban forest fragment. In general, the abundance of ants foraging on soil was greatest during the months with greater rainfall. However, two species belonging to the guild of opportunistic ants from soil and vegetation doubled the number of foraging individuals in period during the months with less precipitation. These findings support that ant communities, independent of isolation and environment (urban or natural), have temporal dynamics that arise from factors relating to the biology and behavior of the group. © 2015, Universidade Federal de Uberlandia. All rights reserved.
... were collected between January and February 2009 in the John Kennedy Park in the city of Araguari, state of Minas Gerais, Brazil. The grove is a semi-deciduous seasonal forest (11.2 hectares) in the urban perimeter, where trees reach 15 m in height; the soil is rich in litter, especially in the dry season between June and October (Souza and Araújo 2005). Of the 40 individuals collected, all were immature (second and third instar and non-reproductive), seven males and eight females were found within a decaying trunk; four males and eight females were in holes in the ground; and nine males and four females were at the bottom of the funnel web of Aglaoctenus lagotis Holmberg 1876 (Araneae: Lycosidae). ...
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Habitat fragmentation strongly affects the abundance, distribution, body size and population genetics of invertebrates. Urban growth in Brazil has led to severe fragmentation, especially in the Atlantic Forest and savannas. The effects of this fragmentation on the common funnel-web spider Aglaoctenus lagotis were examined in two forest fragments within the interior savanna: a smaller fragment within an urban environment and a larger fragment within a rural environment. The reproductive period occurred in October, coinciding with the beginning of the rainy season, when the species was aggregated in the two forest fragments. The smaller fragment contained a larger population, and the spiders had a larger average prosoma size and web area. The presence of a larger population in a smaller area within the urban centre may reflect a limited dispersal ability, reduced predator abundance or low interspecific competition. The larger prosoma length and web area in the smaller habitat fragment suggest greater resource availability and a higher probability of capturing prey in the urban environment. In both areas, a larger number of capture threads was positively correlated with the presence of inquiline spiders in the webs. The genetic data indicate close similarity between and within the two areas, indicating that the species has low genetic variability or that the areas studied, consistent with their proximity, have separated only recently. Most savannas and forests in midwestern Brazil have recently undergone severe fragmentation, and further studies of this nature are needed.
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Spider webs are a good example of how phenotypic traits can be adjustable to the physical structure of the environment. Orb-web spiders of the family Uloboridae sometimes form aggregations inside webs of other spider species. In the present study, we focused on the system of Uloboridae associated with webs of the spider Aglaoctenus (Lycosidae). Because of the conformation of Aglaoctenus webs, the direction of prey flow in the central and peripheral positions of the Uloboridae aggregations is vertical and horizontal, respectively. The inclination of Uloboridae orb-webs, in relation to the ground, tends to be closer to horizontal in the centre and vertical in the periphery, whereas other characteristics of the orb-webs and spiders do not differ between the positions. Structural differences between centre and periphery were not enough to explain the inclination pattern of the orb-webs, at least regarding the method we used to measure the micro-habitat structure in this study. Our results support the view of intraspecific variability in orb-web inclination as a case of foraging optimisation strategy and, possibly, of adaptive plasticity.
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O objetivo do presente trabalho foi realizar o levantamento das espécies de borboletas que ocorrem no Parque Municipal John Kennedy, no município de Araguari, MG (48° 11’ 19”W e 18° 38’ 35”S). As coletas foram realizadas de janeiro a julho de 2007 (duas vezes por semana), predominantemente pela coleta com rede entomológica. Foram registrados 376 indivíduos de lepidópteros, distribuídos em 27 espécies. A curva de rarefação baseada na amostra mostrou um rápido aumento do número do tamanho amostral seguido de uma assíntota, que indica uma estabilização. Os valores obtidos para o índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de 1,58 e o índice de Equidade de Pielou foi de 0,37 revelando que a comunidade de lepidópteros apresenta uma heterogeneidade na abundância dos lepidópteros.
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As coletas foram realizadas de janeiro a julho de 2007 (duas vezes por semana), predominantemente pela coleta com rede entomológica. Foram registrados 376 indivíduos de lepidópteros, distribuídos em 27 espécies. A curva de rarefação baseada na amostra mostrou um rápido aumento do número do tamanho amostral seguido de uma assíntota, que indica uma estabilização. Os valores obtidos para o índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de 1,58 e o índice de Equidade de Pielou foi de 0,37 revelando que a comunidade de lepidópteros apresenta uma heterogeneidade na abundância dos lepidópteros. INTRODUÇÃO Atualmente a diversidade biológica vem sendo perdida em ritmo acelerado e a causa principal da redução das populações é a destruição de seu habitat (WILSON, 1997; WOOD; GILMAN, 1998). Com a crescente ameaça as poucas áreas naturais que ainda restam, a necessidade de identificação de grupos indicadores para o monitoramento ambiental (como os lepidópteros) têm sido cada vez mais urgentes (BROWN; FREITAS, 2000a). A ordem Lepidoptera possui 146.277 espécies descritas e 255.000 estimadas no mundo (HEPPNER, 1991), sendo constituída por borboletas (13%) e mariposas (87%) (BROWN; FREITAS, 1999). As borboletas, cujos adultos são diurnos e coloridos, são bastante representativas no neotrópico, que possui em torno de 7.100 (BECCALONI; GASTON, 1995) a 7.900 espécies (LAMAS, 2004) nessa região. O Brasil possui uma grande diversidade desses insetos, representando quase metade das espécies neotropicais, com 3.200 espécies (BROWN; FREITAS, 1999). Atualmente um dos principais problemas enfrentados e consequentemente um assunto de muito interesse em todo o mundo é a perda da Received: 20/04/10 Accepted: 05/10/10
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NVENTORY OF DIURNAL LEPIDOPTERA (Insecta: Lepidoptera) IN A SEMIDECIDUOUS MESOPHITIC FOREST OF A URBAN FRAGMENT Helder Antunes PEREIRA1; Juliana Resende da SILVA1; Graziella Diogenes Vieira MARQUES2; Erika GERMANOS3; Amabílio José A. de CAMARGO4; Vanessa STEFANI5 1. Graduandos em Biologia, Universidade Presidente Antônio Carlos- UNIPAC, Campus Araguari, Araguari, MG, Brasil. 2. Bióloga, Doutora em Entomologia; 3. Bióloga, Mestre em Biodiversidade – Professora pela UNICEUB/FACES/Brasília, DF; 4. Biólogo, Doutor em Entomologia, Embrapa Cerrados, Brasília, Distrito Federal, Brasil; 5. Bióloga, Doutora em Ecologia e Conservação em Recursos Naturais, Professora pela UNIPAC/FACISA/Campus Araguari, MG. vastefani@hotmail.com RESUMO: O objetivo do presente trabalho foi realizar o levantamento das espécies de borboletas que ocorrem no Parque Municipal John Kennedy, no município de Araguari, MG (48° 11’ 19”W e 18° 38’ 35”S). As coletas foram realizadas de janeiro a julho de 2007 (duas vezes por semana), predominantemente pela coleta com rede entomológica. Foram registrados 376 indivíduos de lepidópteros, distribuídos em 27 espécies. A curva de rarefação baseada na amostra mostrou um rápido aumento do número do tamanho amostral seguido de uma assíntota, que indica uma estabilização. Os valores obtidos para o índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de 1,58 e o índice de Equidade de Pielou foi de 0,37 revelando que a comunidade de lepidópteros apresenta uma heterogeneidade na abundância dos lepidópteros.
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Despite their abundance and diversity, Neotropical spiders have been the subject of relatively few studies of behavioural ecology. The sexual behaviour and maternal care of the spider Aglaoctenus lagotis (Lycosidae) is described here. We performed experimental manipulations to test the hypothesis that males are attracted by female cues in the web. Two predictions were tested: (a) webs used by a virgin female will attract more males than webs used by an inseminated female; (b) the main cue in the web is chemical, so webs recently used by virgin females will attract more males than those that are not recently used. Additionally, we tested the hypothesis that maternal care increases offspring survivorship. Results showed that males are attracted by recently used webs (z = 0.0015; p = 0.037; z-test) and webs of virgin females (z = 0.041; p = 0.036, z-test). Male sexual behaviour presented three different categories: court, pre-mate and mate. After the mating, the females built a cocoon that was transported adhered to the spinnerets and held by the last pair of legs. After the hatching of the eggs, the young migrated to the dorsal region of the mother’s body for 5 days. During maternal care the mother eliminates a yellowish drop from its oral cavity, which is collected by the young. During the development of the young until adulthood, the offspring that have their mother present in the first stages of life have greater survival compared with those without maternal care. Our results make it possible to perform comparative analyses betwe
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The present study describes the life history of Aglaoctenus lagotis Holmberg, 1876 from oviposition to adulthood, analyzing the number of eggs in each egg sac, birth rate, number of instars, sex ratio, cephalothorax size of all instars, and developmental time in laboratory. The results indicate that the studied species can produce two egg sacs during the reproductive period, and that the post-embryonic phase includes 12 nymphal instars. A higher mortality rate was observed during the first three instars, featuring a Type III survival curve. The sex ratio was geared towards the female in the adults and no significant difference was observed in the length of the cephalothorax between male and female. This species can therefore be considered monomorphic. Sexual dimorphism was observed in the cuticle color, with males being light brown whereas females are dark brown.
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O Bosque dos Alemães situa-se no Bairro Guanabara, em Campinas, SP (22masculine53' S e 47masculine04' W, altitude 685 m) e é formado por 2 ha de floresta estacional semidecidual. Foi realizado o censo das espécies arbóreas com PAP > ou = 15 cm, em que foram plaqueados 1.937 indivíduos, 1.851 vivos e 86 mortos em pé. Foram identificadas 105 espécies, distribuídas em 43 famílias e 67 gêneros; 80 espécies são nativas e 25 introduzidas. O índice de diversidade de Shannon foi estimado em 3,45 nat.ind.¹. As famílias com maior riqueza foram Leguminosae, Myrtaceae, Moraceae, Rutaceae, Euphorbiaceae e Bignoniaceae. As espécies com maior IVC foram Cryptocarya aschersoniana Mez, Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. e Eucalyptus tereticornis Smith. A soma do IVC das espécies introduzidas foi de 31,17. Das espécies nativas, 17 apresentaram apenas um indivíduo e 44, menos do que seis. O estudo discute o risco de descaracterização estrutural e florística da vegetação face ao elevado IVC apresentado pelas espécies introduzidas e à baixa densidade de espécies nativas. De acordo com essa discussão são propostas algumas medidas de manejo para a conservação desse remanescente.
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- (The phytosociological study of the semideciduous mesophytic forest in the John Kennedy Bosque, Araguari, MG, Brazil). A phytosociological survey of the species of trees was carried out in a semideciduous mesophytic forest in the John Kennedy Bosque (48°11'19''W and 18°38'35''S), Araguari, western Minas Gerais, Brazil. This area is located in the urban perimeter, and has 11.2 ha occupied mostly by forest. One thousand eight hundred and twenty seven (1827) individuals trees were recorded in 1.2 ha, belonging to 46 families, 88 genera and 113 species, and Shannon's diversity index was 3.75 nats/individual. The phytosociological parameter of IVI show that the most important species are Licania apetala, Micrandra elata, Copaifera langsdorffii, Astronium nelson-rosae and Alchornea glandulosa, and the most important families are Chrysobalanaceae, Euphorbiaceae, Caesalpinaceae, Mimosaceae and Anacardiaceae. The occurrence of some species in the John Kennedy Bosque which are known to be gap colonizers (Alchornea glandulosa and Piptocarpha macropoda) or secondary (Didymopanax macrocarpum and Maprounea guianensis) shows the existence of gap areas in this forest, but the comparison between plots of intact forest and gap forest indicates that the specific structure remains unchanged.
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The standard textbook of Vegetation Ecology. A reprint (2002) is available from The Blackburn Press, Caldwell, New Jersey.
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Caracterização fisiográfica do município de Araguari
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Examines the evidence bearing on the mosaic hypothesis for a mapped 0.5 km2 plot of tropical forest in Panama, focusing on the replacement of only the most common mature-phase overstorey or midstorey tree species. It is particularly critical that self-limitation and stable replacement probabilities be present among the most common species for the community equilibrium argument to be tenable. If a majority of common species does not exhibit density dependence or constant species replacement probabilities, then successional patterns will not be predictable, and non-equilibrium hypotheses will be suggested. -from Authors
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Light gap disturbances have been postulated to play a major role in maintaining tree diversity in species-rich tropical forests. This hypothesis was tested in more than 1200 gaps in a tropical forest in Panama over a 13-year period. Gaps increased seedling establishment and sapling densities, but this effect was nonspecific and broad-spectrum, and species richness per stem was identical in gaps and in nongap control sites. Spatial and temporal variation in the gap disturbance regime did not explain variation in species richness. The species composition of gaps was unpredictable even for pioneer tree species. Strong recruitment limitation appears to decouple the gap disturbance regime from control of tree diversity in this tropical forest.
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Plant species richness as a function of patchiness of three different management types, viz. clear-felled, selective-cut and protected, was evaluated in an abandoned urban forest in central Japan. One-hundred and thirty-seven vascular species were recorded at the understory in this 3.2 ha planted forest stand of indigenous conifer — Cryptomeria japonica and Chamaecyparis obtusa. These species included 52.5% herb, 13.9% climber, 15.3% shrub and 18.2% tree species. This species diversity was sustained by dynamic attributes of the patches which were generated and modified by disturbances originating from human activities and natural processes. Past management practices contributed largely to the variation of canopy openings, and continued human activities such as trampling added heterogeneity by soil compaction. These anthropogenic and natural disturbances interacted to effect the pattern of plant species diversity and composition.
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Published observations on adaptations for seed disperal and seedling establishment are consistent with the hypothesis that rainforest trees partition forest clearings as establishment sites for offspring. Gaps vary importantly in two ways. The size of the opening affects the microclimate of the gap and therefore the conditions for seedling establishment. For any individual tree, the frequency of occurrence of gaps of a particular size range affects the probability that its propagules will reach a gap of suitable size for germination and establishment. In most rainforests large gaps (involving the death of several trees) are probably more rare than small gaps (involving single trees or branches). Interspecific competition for establishment sites has resulted in adaptive compromises in the regeneration strategies of each species. Traits that increase the probability of establishing seedlings in gaps of a particular size range appear to lower establishment in gaps outside this size range. I suggest that the coexistence of many rainforest tree species is at least partially due to their partitioning of canopy gaps by size. Therefore the size-class frequency distribution of gaps peculiar to a given rainforest is expected to influence the types and diversity of species present. Examination of vegetation data from New and Old World rainforests reveals many patterns consistent with this hypothesis. This framework provides a mechanism for predictive and experimental studies of competitive interactions among rainforest trees.