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Original Article
1Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Caixa Postal 676, 13565 905, São Carlos, SP.
2Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Biologia, 38 400-902, Uberlândia, MG.
Received: 30/11/04 Accept: 20/05/05
ESTRUTURA ARBUSTIVO/ARBÓREA DO SUBOSQUE DE CLAREIRAS E
ÁREAS SOB DOSSEL FECHADO EM FLORESTA ESTACIONAL
SEMIDECIDUAL URBANA EM ARAGUARI MG
STRUCTURE OF UNDERSTOREY WOODY SPECIES IN GAPS AND CLOSED
CANOPIES SITES OF A URBAN SEASONAL SEMIDECIDUOUS FOREST IN
ARAGUARI MG
João Paulo de SOUZA1, Glein Monteiro ARAÚJO2
RESUMO: O objetivo deste estudo foi comparar as características fitossociológicas do estrato arbustivo/
arbóreo em áreas sob dossel fechado e de clareiras, em uma floresta estacional semidecidual situada no município de
Araguari MG. O estudo foi realizado em uma floresta estacional semidecidual urbana, Bosque John Kennedy na
cidade de Araguari, Minas Gerais. Foram utilizadas 40 parcelas de 10 x 10 m cada, situadas sistematicamente na área
da floresta. Destas, 14 situaram-se em áreas de clareiras pequenas e 26 em áreas de mata fechada. Em cada parcela
foram amostrados todos os indivíduos lenhosos (exceto cipós e lianas) com altura igual ou acima de 1 m com até 15
cm de circunferência na base do tronco. Encontrou-se 81 espécies distribuídas em 39 famílias nas parcelas situadas
em clareiras e 103 espécies pertencentes a 43 famílias no subosque com dossel fechado. Sessenta e seis espécies
foram comuns às clareiras e ao subosque com dossel fechado, com uma similaridade de 73,6%. As parcelas situadas
em clareiras foram mais semelhantes floristicamente entre si do que as parcelas sob dossel fechado. A semelhança
florística entre as clareiras e a mata fechada pode ser conseqüência da idade e pelo pequeno tamanho das clareiras
estudadas, mostrando que a floresta se encontra em diferentes estádios de regeneração.
UNITERMOS: Clareiras; Subosque; Fitossociologia; Estrato arbustivo/arbóreo; Floresta semidecidual.
INTRODUÇÃO
Trabalhos quantitativos sobre florestas usualmente
buscam descrever a sua estrutura quanto ao número de
indivíduos e/ou área basal por unidade de área amostrada,
das diversas espécies. A partir destes dados, são obtidas
outras informações importantes, como a diversidade de
espécies e seus componentes riqueza e equabilidade
(DISLICH; CERSÓSIMO; MANTOVANI, 2001). Essas
amostragens podem ser realizadas visando diversos
objetivos entre os quais a comparação entre áreas de
florestas com dossel fechado e clareiras. Também ajudam
na caracterização do papel exercido pelas espécies dentro
da comunidade e na indicação dos estádios sucessionais
da floresta (GROMBONE et al., 1990).
As florestas possuem um mosaico de cobertura
de copas que vão desde ambientes fechados, onde a
incidência de luz no estrato inferior do subosque é pequena
e clareiras onde se tem uma abertura no dossel de
tamanho variado, ocorrendo assim uma alta incidência
de luz nos estratos inferiores (DENSLOW, 1987). Os
mosaicos podem ser criados por quedas de árvores
(clareiras) ou pela morte em pé e em graus de
perturbações intermediárias onde a diversidade de
espécies tende a aumentar (BHUJU; OHSAWA, 2001).
As espécies tendem a se distribuir não aleatoriamente
dentro dos mosaicos da floresta e sim em microsítios
favoráveis (SVENNING, 2000).
Clareiras são imprescindíveis para a regeneração
de espécies intolerantes à sombra (TABARELLI;
MANTOVANI, 1997a), mas clareiras pequenas podem
proporcionar condições ambientais similares às
encontradas no subosque sob o dossel fechado, fazendo
com que as espécies tolerantes à sombra utilizem esse
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hábitat para seu estabelecimento (TABARELLI;
MANTOVANI, 1997b). Segundo Denslow (1980),
existem espécies arbóreas que são especialistas em
clareiras pequenas e outras que somente colonizam as
grandes (TABARELLI; MANTOVANI, 1997b). Com
isso, se o papel das clareiras não for o de aumentar a
diversidade e ser um sítio de regeneração de espécies
pioneiras o seu conceito pode ter que ser reavaliado
(HUBBELL et al., 1999).
Comparar a estrutura fitossociológica de áreas
de clareiras e de mata fechada pode demonstrar a efetiva
dependência das árvores e arbustos por clareiras, como
sítios imprescindíveis para regeneração (TABARELLI;
MANTOVANI, 1997a).
Como o intuito de aumentar o conhecimento sobre
a dinâmica de regeneração de clareiras em florestas
estacionais, o presente estudo teve como objetivo
comparar as características fitossociológicas do estrato
arbustivo/arbóreo em clareiras e áreas de mata fechada
em uma floresta estacional semidecidual urbana, situada
no município de Araguari, MG.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo - O estudo foi realizado em um
fragmento de floresta estacional semidecidual urbana,
Bosque John Kennedy (48º 11 O e 18º 38 S) na cidade
de Araguari, Minas Gerais. A área de 11,2 ha do Bosque
é ocupada, em sua maior parte, por uma floresta estacional
semidecidual (73,21% do seu total), com indivíduos
arbóreos de até 25m de altura. Na floresta encontram-se
clareiras que tiveram origem a partir da morte em pé ou
por tombamento de indivíduos arbóreos de dossel.
Algumas áreas de clareiras se encontram cobertas por
cipó e outras ainda ficam perto das trilhas pavimentadas,
não apresentando um grande número de indivíduos. Porém
há áreas da mata que possuem o dossel intacto e
comportam um grande número de indivíduos. O Bosque
é visitado diariamente por pessoas para praticarem
caminhadas ou como local de lazer.
O clima do município de Araguari, de acordo com
a classificação de Köppen, é do tipo Cwa, isto é, clima
mesotérmico úmido com seca no inverno e chuva no
verão. A temperatura média anual é de 22º C, com
pluviosidade anual de 1500 mm e presença de uma estação
seca de maio a setembro (ROSA, 1992).
O solo sob a mata do Bosque foi classificado
como Latossolo Vermelho Escuro, apresentando textura
franco argilosa. É considerado um solo distrófico com
altos valores de Al trocável (ARAÚJO; GUIMARÃES;
NAKAJIMA, 1997).
Amostragem e Identificação da Vegetação - Para
a quantificação das espécies arbustivo/arbóreas foi
utilizado o método de parcelas. Foram utilizadas 40
parcelas de 10 x 10 m cada (0,4 ha) situadas
sistematicamente na área da floresta, das quais 14 situam-
se em áreas de clareiras e 26 em áreas de mata fechada.
O conceito para definição de clareira seguiu Brokaw
(1982). Essas clareiras encontram-se em diferentes
estádios de sucessão e algumas são parcial ou totalmente
cobertas por cipós. Todas essas clareiras são consideradas
segundo Brokaw (1985) como pequenas, pois, possuem
área menor que 150 m2. Vale salientar que a amostragem
da vegetação nas parcelas em áreas de clareiras foi
sempre em parte destas e não em toda a clareira. Em
cada parcela foram amostrados todos os indivíduos
lenhosos (exceto cipós e lianas) com altura igual ou acima
de 1 m com até 15 cm de circunferência na base do
tronco. Apenas para determinar quais indivíduos
entrariam na amostragem foram medidas suas alturas
com auxílio de uma vara de bambu com dois metros de
altura.
A identificação das espécies foi feita no próprio
local. Aquelas desconhecidas foram coletadas para
posterior identificação utilizando-se exemplares
depositados no Herbário da Universidade Federal de
Uberlândia (HUFU).
Para a classificação do grupo ecológico das
espécies adotou-se os critérios de Gandolfi, Leitão-Filho e
Bezerra (1995), sendo divididas em quatro categorias
sucessionais: pioneiras, secundárias iniciais, secundárias
tardias e sem caracterização. Salienta-se que esta
classificação não é definitiva, pois, algumas espécies podem
não se encaixar em grupos estáticos e sim em um gradiente
de preferência de luz (SWAINE; WHITMORE, 1988).
Análise dos Dados - Os parâmetros
fitossociológicos como densidade e dominância absolutas
e relativas, índice de diversidade de Shannon (H) e de
valor de importância (IVI) foram obtidos utilizando-se os
aplicativos PREPARE e PARAMS do programa
FITOPAC I (SHEPHERD, 1995).
O teste t de Student (ZAR, 1999) foi calculado
para verificar diferenças entre os índices de diversidade
de Shannon (H), para as parcelas localizadas nas
clareiras e mata fechada.
O índice de Sørensen (MUELLER-DOMBOIS;
ELLENBERG, 1974), foi utilizado para verificar a
similaridade entre as parcelas situadas nas clareiras e
mata fechada.
Foi feita uma análise de similaridade entre as
parcelas quanto ao número de indivíduos usando-se à
distância euclidiana simples. A análise de agrupamento
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foi feita pela média de grupo (UPGMA), utilizando-se os
aplicativos MATRIZ, COEF e CLUSTER do programa
FITOPAC I (SHEPHERD, 1995).
RESULTADOS
No levantamento fitossociológico realizado no
estrato arbustivo/arbóreo, em 0,4 ha da floresta, foram
amostrados 3769 indivíduos, distribuídos em 111 espécies
nativas e sete exóticas, pertencentes a 99 gêneros e 49
famílias (Tabela 1). Segundo seu hábito de vida, 83,9%
das espécies são árvores e 16,1% são arbustos. O índice
de diversidade de Shannon (H) para espécies foi de 3,55
nats/indivíduos.
Das 118 espécies, 57 foram classificadas como
secundárias iniciais, 23 como secundárias tardias e 17
como pioneiras. Entre as dez espécies com maior IVI,
sete são secundárias iniciais, uma secundária tardia e uma
pioneira (21 espécies ficaram sem caracterização de seu
grupo ecológico).
Espécies Família IVI Hábito Grupo Ecológico Área de
ocorrência
1. Licania apetala (E. Mey.) Chrysobalanaceae 31,65 Arv. Si CL/MF
Fritsch
2. Micrandra elata (Didr.) Arg. Euphorbiaceae 27,27 Arv. Si CL/MF
Müll.
3. Psychotria cephalantha Standl. Rubiaceae 15,18 Arb. Sc CL/MF
(Müll. Arg.)
4. Micropholis venulosa Sapotaceae 13,86 Arv. Si CL/MF
(Mart. & Eichler) Pierre
5. Inga vera ssp. affinis (DC.) Leguminosae 8,98 Arv. Si CL/MF
T.D. Penn.
6. Protium heptaphyllum (Aubl.) Burseraceae 8,34 Arv. Si CL/MF
Marchand
7. Qualea jundiahy Warm. Vochysiaceae 8,10 Arv. Si CL/MF
8. Aspidosperma discolor A. DC. Apocynaceae 7,85 Arv. Si CL/MF
9. Siphoneugenia densiflora O. Myrtaceae 7,74 Arv. St CL/MF
Berg
10. Casearia grandiflora Cambess. Flacourtiaceae 7,70 Arv. P CL/MF
11. Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Leguminosae 7,31 Arv. Si CL/MF
Macbr.
12. Duguetia lanceolata A. St.-Hil. Annonaceae 7,04 Arv. St CL/MF
13. Myrciaria sp. Myrtaceae 6,82 Arv. Si CL/MF
14. Astronium nelson-rosae Santin Anacardiaceae 6,82 Arv. St CL/MF
15. Myrcia rostrata DC. Myrtaceae 5,86 Arv. P CL/MF
16. Ocotea corymbosa (Meisn.) Mez Lauraceae 5,85 Arv. Si CL/MF
17. Amaioua intermedia Mart. Rubiaceae 5,65 Arv. Si CL/MF
18. Psychotria prunifolia (Kunth) Rubiaceae 5,05 Arb. Sc CL/MF
Steyerm.
19. Faramea cyanea Müll. Arg. Rubiaceae 4,98 Arv. St CL/MF
20. Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum. Rubiaceae 4,68 Arv. P CL/MF
21. Inga laurina (Sw.) Willd. Leguminosae 4,41 Arv. Si CL/MF
22. Ottonia sp. Piperaceae 4,38 Arb. Sc CL/MF
Tabela 1. Espécies do estrato arbustivo/arbóreo amostradas no levantamento fitossociológico da floresta semidecidual
do Bosque de Araguari, Minas Gerais, com suas respectivas famílias, IVI, hábitos de vida (Arv. = árvore
e Arb. = arbusto), grupo ecológico (P= pioneira; Si= secundária inicial; St= secundária tardia; Sc= sem
caracterização) e áreas de ocorrência (CL = clareiras e MF = mata fechada). *Espécies exóticas
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23. Cheiloclinium cognatum Hippocrateaceae 4,10 Arv. St CL/MF
(Miers) A.C. Sm.
24. Siparuna guianensis Aubl. Monimiaceae 3,97 Arv. Si CL/MF
25. Didymopanax morototoni Araliaceae 3,40 Arv. Si CL/MF
(Aubl.) Decne. & Planch.
26. Myrciaria glanduliflora Myrtaceae 3,31 Arb. Sc CL/MF
(Kiaersk.) Mattos & D. Legrand*
27. Ixora warmingii Müll. Arg. Rubiaceae 3,29 Arv. St CL/MF
28. Tabebuia serratifolia (Vahl) Bignoniaceae 3,02 Arv. Si CL/MF
G. Nicholson
29. Lacistema aggregatum Lacistemataceae 3,00 Arv. P CL/MF
(P.J. Bergius) Rusby
30. Hirtella glandulosa Spreng. Chrysobalanaceae 2,94 Arv. Si CL/MF
31. Solanum sp. Solanaceae 2,53 Arb. Sc CL/MF
32. Ocotea spixiana (Nees) Mez Lauraceae 2,47 Arv. Si CL/MF
33. Hymenaea courbaril L. Leguminosae 2,47 Arv. St CL/MF
34. Trichilia pallida Sw. Meliaceae 2,43 Arv. Si CL/MF
35. Dasyphyllum synacanthum Asteraceae 2,21 Arb. Sc CL/MF
(Baker)Cabrera
36. Virola sebifera Aubl. Myristicaceae 2,11 Arv. Si CL/MF
37. Miconia affinis DC. Melastomataceae 1,96 Arb. Sc CL/MF
38. Rheedia gardneriana Planch. Clusiaceae 1,94 Arv. St CL/MF
& Triana
39. Sorocea bonplandii (Baiil.) Moraceae 1,91 Arv. St CL/MF
W.C. Burger, Lanj. & Wess. Boer
40. Swartzia apetala Raddi Leguminosae 1,72 Arv. Si CL/MF
41. Psychotria platypoda DC. Rubiaceae 1,67 Arb. Sc CL/MF
42. Eugenia florida DC. Myrtaceae 1,41 Arv. Si CL/MF
43. Jacaranda macrantha Cham. Bignoniaceae 1,40 Arv. P CL/MF
44. Cupania vernalis Cambess. Sapindaceae 1,37 Arv. Si MF
45. Maytenus sp. Celastraceae 1,37 Arv. Si MF
46. Styrax acuminatus Pohl Styracaceae 1,35 Arv. Si CL/MF
47. Xylopia sericea A. St.-Hil. Annonaceae 1,32 Arv. Si CL/MF
48. Hirtella gracilipes (Hook. f.) Chrysobalanaceae 1,22 Arv. Si CL/MF
Prance
49. Alchornea glandulosa Euphorbiaceae 1,21 Arv. P CL/MF
Poepp. & Endl.
50. Sloanea monosperma Vell. Elaeocarpaceae 1,16 Arv. St MF
51. Cordia sellowiana Cham. Boraginaceae 1,13 Arv. Si MF
52. Cardiopetalum calophyllum Annonaceae 1,06 Arv. Si MF
Schltdl.
53. Bredemeyera floribunda Willd. Polygalaceae 1,04 Arv. Sc MF
54. Guapira cacerensis (Hoehne) Nyctaginaceae 1,02 Arv. Si CL/MF
Lund
55. Syzygium jambolanum Myrtaceae 1,00 Arv. Sc MF
(Lam.) DC. *
56. Cabralea cangerana Saldanha Meliaceae 1,00 Arv. Si CL
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57. Alibertia concolor (Cham.) Rubiaceae 0,95 Arv. St CL/MF
K. Schum.
58. Piptocarpha macropoda Asteraceae 0,95 Arv. P CL/MF
(DC.) Baker
59. Mespilus germanica L. * Rosaceae 0,92 Arv. Sc CL/MF
60. Coffea arabica L. * Rubiaceae 0,92 Arb. Sc CL/MF
61. Cryptocarya aschersoniana Mez Lauraceae 0,88 Arv. St CL/MF
62. Vitex polygama Cham. Verbenaceae 0,87 Arv. Si CL/MF
63. Casearia sylvestris Sw. Flacourtiaceae 0,86 Arv. P MF
64. Platypodium elegans Vogel Leguminosae 0,86 Arv. Si MF
65. Cariniana estrellensis (Raddi) Lecythidaceae 0,85 Arv. St MF
Kuntze
66. Bauhinia sp. Leguminosae 0,85 Arb. Sc CL/MF
67. Zanthoxylum rhoifolium Lam. Rutaceae 0,80 Arv. P CL/MF
68. Roupala brasiliensis Klotzsch Proteaceae 0,78 Arv. St MF
69. Maprounea guianensis Aubl. Euphorbiaceae 0,74 Arv. Si CL/MF
70. Copaifera langsdorffii Desf. Leguminosae 0,69 Arv. St CL/MF
71. Aspidosperma cylindrocarpon Apocynaceae 0,66 Arv. Si MF
Müll. Arg.
72. Machaerium aculeatum Raddi Leguminosae 0,64 Arv. P CL/MF
73. Tapirira peckoltiana Engl. Anacardiaceae 0,64 Arv. Si CL/MF
74. Heisteria ovata Benth. Olacaceae 0,59 Arv. Si CL/MF
75. Palicourea crocea (Sw.) Rubiaceae 0,53 Arb. Sc CL/MF
Roem. & Schult.
76. Senna sp. Leguminosae 0,53 Arv. P CL/MF
77. Machaerium villosum Vogel Leguminosae 0,50 Arv. St CL/MF
78. Matayba guianensis Aubl. Sapindaceae 0,46 Arv. Si MF
79. Eriotheca candolleana Bombacaceae 0,44 Arv. Si MF
(K. Schum.) A. Robyns
80. Metrodorea pubescens A. St. Rutaceae 0,43 Arv. Si MF
- Hil. & Tul.
81. Gomidesia lindeniana O. Berg Myrtaceae 0,40 Arv. Si MF
82. Chorisia speciosa A. St.-Hil. Bombacaceae 0,37 Arv. Si CL
83. Erythroxylum sp. Erythroxylaceae 0,35 Arv. Si MF
84. Pimenta pseudocaryophyllus Myrtaceae 0,35 Arv. St MF
(Gomes) Landrum
85. Myrcia coriacea (Vahl) DC. Myrtaceae 0,35 Arv. St CL/MF
86. Albizia polycephala (Benth.) Leguminosae 0,34 Arv. Si MF
Killip ex Record
87. Rudgea viburnoides (Cham.) Rubiaceae 0,33 Arv. Si MF
Benth.
88. Callisthene major Mart. Vochysiaceae 0,30 Arv. Si CL
89. Myrcia tomentosa (Aubl.)DC. Myrtaceae 0,29 Arv. Si CL/MF
90. Porcelia sp. Annonaceae 0,29 Arb. Sc MF
91. Vernonia polyanthes Less. Asteraceae 0,28 Arb. P CL
92. Terminalia brasiliensis (Cambess. Combretaceae 0,28 Arv. P MF
ex A. St.-Hil.) Eichler
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93. Pouteria torta (Mart.) Radlk. Sapotaceae 0,27 Arv. Si MF
94. Lacistema sp. Lacistemataceae 0,26 Arv. Si CL
95. Myroxylon sp. * Leguminosae 0,25 Arv. P CL
96. Machaerium nyctitans (Vell.) Leguminosae 0,24 Arv. Si MF
Benth.
97. Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Ulmaceae 0,23 Arv. P CL
98. Guapira sp. Nyctaginaceae 0,22 Arv. Si MF
99. Siparuna cujabana (Martius) Monimiaceae 0,22 Arb. Sc MF
A. DC.
100. Aegiphila sellowiana Cham. Verbenaceae 0,20 Arv. P MF
101. Colubrina sp. Rhamnaceae 0,20 Arv. Si MF
102. Sclerolobium paniculatum Leguminosae 0,19 Arv. Si CL
Vogel
103. Agonandra brasiliensis Opiliaceae 0,18 Arv. St CL
Miers ex Benth. & Hook. f.
104. Machaerium sp. Leguminosae 0,18 Arv. Si MF
105. Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae 0,17 Arv. P CL
106. Bixa orellana L. * Bixaceae 0,16 Arb. Sc CL
107. Rapanea lancifolia (Mart.) Myrsinaceae 0,16 Arv. Si CL
Mez
108. Margaritaria nobilis L. f. Euphorbiaceae 0,15 Arv. Si MF
109. Tabebuia sp. Bignoniaceae 0,15 Arv. Si MF
110. Symplocos sp. Symplocaceae 0,15 Arv. Si CL
111. Cassia ferruginea (Schrader) Leguminosae 0,14 Arv. St MF
Schrader ex DC.
112. Citrus aurantium L. * Rutaceae 0,14 Arv. Sc MF
113. Solanum lycocarpum Solanaceae 0,14 Arb. Sc CL
A. St.-Hil.
114. Crotalaria nitens Kunth Leguminosae 0,14 Arb. Sc CL
115. Miconia sp. Melastomataceae 0,13 Arb. Sc MF
116. Chomelia sericea Müll. Arg. Rubiaceae 0,13 Arb. St MF
117. Ficus enormis (Mart. ex Miq.) Moraceae 0,13 Arv. St MF
Mart.
118. Calyptranthes lucida DC. Myrtaceae 0,13 Arv. St MF
Espécies Família IVI Hábito Grupo Ecológico Área de
ocorrência
As espécies exóticas apresentaram um IVI total
somado de 6,7, o que representa 2,23% do total.
Nas parcelas amostradas em clareiras e mata
fechada foram encontradas 81 e 103 espécies e 39 e 43
famílias, respectivamente. As famílias com maior número
de espécies nas clareiras e áreas de mata fechada foram
respectivamente Leguminosae, Rubiaceae e Myrtaceae.
A densidade total de indivíduos foi de 4.842,86 e 11.888,46
indivíduos/ha nas clareiras e áreas de mata fechada
respectivamente. Os indivíduos arbóreos encontrados nas
clareiras (1,87 cm) apresentaram diâmetro médio superior
aos encontrados na mata fechada (1,64 cm). O índice de
diversidade de Shannon (H) para espécies foi de 3,3 e
3,9 nats/indivíduos para a área de mata fechada e de
clareira, respectivamente, não diferindo estatisticamente
entre si (P < 0,05).
Sessenta e seis espécies foram comuns às clareiras
e a mata fechada, apresentando uma similaridade de 73,6%
(índice de Sørensen). Quinze espécies foram exclusivas
às clareiras e 37 à mata fechada. Das espécies que
ocorreram na mata fechada e clareira Micropholis
venulosa e Inga vera foram as únicas espécies que se
mantiveram entre as dez com maior IVI nos dois ambientes
(Tabela 2). Foram encontradas 13 e 14 espécies pioneiras
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na mata fechada e clareiras respectivamente, porém as
espécies pioneiras tiveram 14% do IVI total nas clareiras
contra 8,4% na mata fechada. O dendrograma para número
de indivíduos (Figura 1) mostra uma menor similaridade
entre as parcelas da mata fechada quando comparadas
com as parcelas situadas nas clareiras.
Tabela 2. As dez espécies com maior IVI nas clareiras e seus respectivos valores na área de mata fechada, encontradas
na floresta estacional semidecidual do Bosque de Araguari, MG. Valores entre parênteses representam à
posição em ordem de IVI na mata fechada.
Espécies IVI clareiras IVI mata fechada
Micropholis venulosa 13,03 14,17 (4)
Inga vera 11,89 8,06 (8)
Duguetia lanceolata 11,87 5,75 (15)
Siphoneugenia densiflora 11,79 6,63 (12)
Qualea jundiahy 11,5 7,08 (11)
Astronium nelson-rosae 11,13 5,70 (16)
Ocotea corymbosa 9,9 4,74 (21)
Myrcia rostrata 9,62 4,80 (20)
Ottonia sp. 9,51 2,89 (25)
Solanum sp. 9,34 0,50 (73)
Figura 1. Dendrograma de similaridade, quanto a número de indivíduos, entre as diversas parcelas da floresta
semidecidual do Bosque de Araguari, MG. As parcelas 5, 12 a 16, 19, 22, 29, 30, 34, 36, 37, 38 situam-se em
clareiras e as demais em áreas de mata fechada.
DISCUSSÃO
O número de espécies encontrada no Bosque de
Araguari encontra-se entre os valores (68 a 201) citados em
florestas estacionais semideciduais do estado de São Paulo
(DURIGAN et al., 2000; STRANGHETTI; RANGA, 1998)
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e Minas Gerais (ARAÚJO; GUIMARÃES; NAKAJIMA,
1997; WERNECK et al., 2000).
Possivelmente a visitação pública por pessoas
diariamente e o baixo número de espécies exóticas, com
baixa densidade parece não estar interferindo na riqueza
das nativas. Diferentes resultados foram encontrados em
outros estudos com bosques urbanos, como o Bosque dos
Jequitibás (MATTHES; LEITÃO-FILHO; MARTINS,
1988) e Bosque dos Alemães (CIELO FILHO; SANTIN,
2002), localizados no estado de São Paulo, sendo estes
mais afetados por espécies invasoras que foram
introduzidas como práticas de manejo. Esta grande
riqueza de espécies exóticas pode aumentar a competição
por espaço entre os indivíduos, podendo prejudicar o
estabelecimento das espécies nativas.
A similaridade florística entre as clareiras e as
áreas de mata fechada do Bosque de Araguari pode ser
resultado dos diferentes estádios de regeneração em que
a floresta se encontra e pelo fato das clareiras serem
pequenas, por isso, espécies de vários grupos ecológicos
puderam se estabelecer no seu interior. Ao contrário dos
resultados encontrados neste estudo, Svenning (2000), em
uma floresta tropical no Equador, analisando se espécies
de subosque ocorriam preferencialmente em partes com
muita luz ou só no subosque sob mata fechada, encontrou
que estas ocorrem com maior freqüência em locais mais
expostos à claridade do que aleatórios no ambiente. Vale
lembrar que por ser uma floresta estacional, na mata do
Bosque de Araguari a quantidade de luz que entra no
subosque aumenta na estação seca, onde as espécies
arbóreas de dossel perdem parcialmente suas folhas,
propiciando assim o estabelecimento de espécies de vários
grupos ecológicos (MARTINS; RODRIGUES, 2002).
Espécies pioneiras como Alchornea glandulosa
e Piptocarpha macropoda (com mais de 10 cm de
circunferência a altura do peito) foram bem representadas
em estudo no Bosque de Araguari, ocupando 1º e 3º
posições em valor de importância respectivamente nas
áreas de clareiras segundo Araújo, Guimarães e Nakajima
(1997), porém tiveram baixos valores neste estudo. Das
dez espécies com os maiores IVIs nas clareiras, somente
duas ocorreram nessa mesma classificação nas áreas de
mata fechada (Micropholis venulosa e Inga vera). O
que pode indicar preferência, pelo menos na sua forma
regenerativa, pelas áreas abertas. Das demais, Duguetia
lanceolata, Siphoneugenia densiflora e Astronium
nelson-rosae classificadas como secundárias tardias,
podem indicar que as clareiras do Bosque estão em
diferentes estádios sucessionais (ARAÚJO;
GUIMARÃES; NAKAJIMA, 1997).
Segundo Hubbel e Foster (1987), a maioria das
árvores tropicais apresenta um amplo nicho de
regeneração, desta forma, fica difícil alguma previsão
sobre onde às espécies irão regenerar. Assim as espécies
vegetais tendem a ter um hábito mais generalista
ocorrendo tanto em partes da floresta com o dossel intacto
como nas partes abertas. Isto pode ser comprovado pelo
fato da maioria das espécies do estudo não apresentar
diferença em relação à preferência entre as áreas de
mata fechada e clareiras.
O maior IVI das espécies pioneiras nas clareiras
deve-se a uma maior dominância dos indivíduos
amostrados em comparação com a mata fechada onde
ocorre uma maior densidade de indivíduos. Isso pode ser
conseqüência das clareiras do Bosque de Araguari serem
antigas e as espécies pioneiras terem se estabelecido há
vários anos. Porém a composição de espécies pioneiras
que ocorrem nos dois ambientes foi muito similar, não
demonstrando preferência de espécies pioneiras por
clareiras. A composição de espécies pioneiras na mata
fechada possivelmente é influenciada pela maior entrada
de luz no subosque ocasionada pela perda parcial de folhas
por espécies de dossel na estação seca (MARTINS;
RODRIGUES, 2002).
A maior similaridade entre as parcelas situadas
nas clareiras se deve ao fato de haver uma menor variação
no número de indivíduos, fato que não ocorre nas parcelas
de área fechada, onde a densidade de indivíduos é maior.
Esse fato das parcelas nas clareiras terem poucos
indivíduos pode estar relacionado a uma maior presença
de cipós nestas. Segundo Souza et al. (2002), o corte de
cipós proporciona uma rápida volta da floresta a suas
condições originais, sendo que o número de espécies e
famílias aumentou depois que os cipós foram cortados.
Um outro fator que pode estar levando as parcelas
situadas em áreas de clareiras terem menos indivíduos é
o de estarem mais perto de trilhas pavimentadas o que
aumenta a perturbação local.
Comparar a estrutura da vegetação de clareiras
e áreas de mata fechada pode demonstrar o efetivo papel
que as clareiras desempenham na regeneração de
florestas. Porém em florestas estacionais as perdas das
folhas pelas espécies de dossel alteram a chegada de luz
no interior do subosque e conseqüentemente a dinâmica
de regeneração da vegetação. Os resultados aqui
apresentados mostram que as clareiras do Bosque de
Araguari apresentam composição florística semelhante
à mata fechada possivelmente pelo seu pequeno tamanho
e idade avançada, indicando que a floresta estudada se
encontra em diferentes estádios de regeneração,
comportando espécies de diferentes grupos ecológicos,
sendo áreas de manutenção da estrutura da vegetação.
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ABSTRACT: The objective of this study was to compare the phytosociologics characteristics of woody
species in closed canopies sites and gaps of an urban seasonal semideciduous forest located in the municipal district of
Araguari - MG. The study was carried out at an urban seasonal semideciduous forest, Bosque John Kennedy in the
city of Araguari, Minas Gerais. Forty plots of 10 x 10 m were placed systematically in the area of the forest. These 14
were in small gaps and 26 in closed canopies sites. All the woody individuals (except lianas) with height equal or above
1 m and up to 15 cm of circumference in the base of the stem were sampled. A total of 81 species distributed in 39
families were found at the gaps, while 103 species belonging 43 families were found at the closed canopies sites. Sixty
six species were common to the gaps and closed canopies sites, with a similarity of 73,6%. The gaps were more
similar than plots under closed canopies sites. The floristic similarity between the gaps and the closed forest can be
consequence of the age and for the small size of the studied gaps, showing that the forest is at different regeneration
phases.
UNITERMS: Gaps; Understorey; Phytossociology; Woody species; Semideciduous forest.
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