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Ciência e Conservação: Alguns problemas de uma relação frequentemente conflituosa, mas necessária

Authors:
I Encontro Luso-Brasileiro de Conservação e Restauro
15 Ciência e Conservação: alguns problemas
de uma relação frequentemente
conituosa, mas necessária
António João Cruz
Resumo
A relação entre a Ciência e a Conservação, no contexto alargado da aplicação
dos métodos laboratoriais ao estudo das obras de arte e outros bens culturais,
tem-se desenvolvido segundo três modelos: solicitação ao laboratório, oferta do
laboratório e colaboração. A relação tem ocorrido sobretudo de acordo com os
dois primeiros, com reduzidas implicações na Conservação e Restauro. A cola-
boração é mais vantajosa, mas debate-se com as diculdades de comunicação
entre as duas culturas envolvidas, que se têm acentuado com os desenvolvimen-
tos tecnológicos mais recentes. No entanto, mesmo assim, os conservadores-res-
tauradores podem ter um papel fundamental no processo da análise laboratorial.
Palavras-chave: Ciência; conservação; ciências da conservação; arqueometria;
comunicação; publicação; análise laboratorial.
Abstract
e relationship between Science and Conservation, in the wide context of the
application of laboratory methods to the study of the cultural heritage, has been
developed according to three models: request to laboratory, oer from labora-
tory and collaboration. e relationship has occurred primarily through the rst
two, with limited implications for the Conservation. Collaboration is the most
advantageous, but is struggling with the diculties of communication between
the two cultures involved, which are aggravated by the latest technological deve-
lopments. However, even in these conditions, conservator-restorers may play an
important role in the process of scientic analysis.
Keywords: Science; conservation; conservation sciences; archaeometry; com-
munication; publication; scientic analysis.
I Encontro Luso-Brasileiro de Conservação e Restauro
16 O contexto da relação entre a Ciência e a Conservação
É hoje ponto assente que a Ciência (ou seja, as ciências exactas e naturais) cons-
titui um importantíssimo e indispensável apoio para a Conservação – o que se
manifesta de várias formas. Por exemplo, qualquer curso superior de Conservação
contém no seu currículo diversas disciplinas de Química, Física, Materiais e
Biologia, que ajudam a compreender a materialidade das obras objecto de con-
servação, e disciplinas de Métodos de Exame e Análise, que são fundamentais
para a identicação e caracterização dos materiais constituintes de cada obra.
Esta importância da Ciência para a Conservação também se observa em muitas
publicações de que são autores ou co-autores conservadores-restauradores onde,
cada vez mais, são usados e invocados os conhecimentos das ciências exactas e
naturais, como testemunham vários manuais (Artioli 2010, Egido & Calderón
2008, Janssens & Van Grieken 2004, Stuart 2007).
No entanto, como também se constata através de qualquer um desses manuais
sobre métodos de exame e análise relevantes para a Conservação ou dedicado a
conservadores-restauradores, esta relação entre a Ciência e a Conservação tem-se
desenvolvido no contexto mais alargado da aplicação dos métodos laboratoriais
à resolução de problemas de Arqueologia, de História e de História da Arte e
muitos dos estudos daí resultantes efectivamente só de um modo indirecto têm
interesse para a Conservação (Tabela 1).
Tabela 1 - As questões a que os estudos laboratoriais geralmente tentam dar resposta a respeito de um objecto.
I Encontro Luso-Brasileiro de Conservação e Restauro
17 Neste contexto mais alargado, além das Ciências da Conservação, surgem a
Química Arqueológica, a Arqueometria e a História Técnica da Arte, para citar
designações ou disciplinas que nos últimos anos ou nas últimas décadas se têm
vindo a impor. Obviamente que toda a informação obtida sobre um objecto
pode ser útil e importante para uma intervenção de conservação nesse objecto,
já que é “impossível tratar o que não se conhece” (Remígio 2011), mas convém
ter-se presente que quando se refere a relação entre Ciência e Conservação nem
sempre está em causa uma relação directa.
As formas da relação
De um modo geral, esta relação alargada entre a Ciência e a Conservação, que se
tem desenvolvido desde a segunda metade do século XVIII, tem-se concretizado
através de três formas ou modelos (Tabela 2).
Tabela 2 - Modelos da relação entre a Ciência e a Conservação.
I Encontro Luso-Brasileiro de Conservação e Restauro
18 Uma das formas, a da solicitação ao laboratório, corresponde à situação em
que alguém contacta um laboratório para obter informação sobre um objecto.
Remonta, pelo menos, à década de 1770, quando omas Pownall solicitou a
ajuda do chefe da Casa da Moeda inglesa para a identicação da liga metálica
usada em espadas pré-históricas (Pownall 1775), mas ainda hoje continua em
vigor. São casos típicos aqueles em que um conservador usa os serviços de um
laboratório para, por exemplo, identicar os materiais constituintes da obra que
vai tratar e enriquecer o relatório da sua intervenção. Devido aos custos inerentes
à aquisição de serviços, geralmente o estudo é limitado e os resultados acabam
por ter pouco impacto, pelo menos na área da Conservação.
Outra situação é a inversa, a da oferta do laboratório, que ocorre quando alguém
das Ciências propõe um projecto que envolve obras de arte ou outros bens cul-
turais. Subjacente está a intenção de aplicar em novos domínios – nesta situação
nos domínios do património – os conhecimentos e as técnicas e tecnologias
desenvolvidas com outros objectivos na respectiva área cientíca e, assim, alargar
a área de inuência desta. Um dos primeiros exemplos é, possivelmente, a pro-
posta do renomado químico Humphry Davy, na década de 1810, para desen-
volver um processo químico que permitisse rapidamente desenrolar os muitos
pergaminhos encontrados nas escavações arqueológicas de Herculano, em Itália,
para o que na ocasião apenas existia um moroso método mecânico (Davy 1819).
Nos tempos mais recentes, especialmente desde que em 1995 teve início o pro-
jecto Molart (Molecular Aspects of Ageing in Painted Works of Art) (Boer 2003),
aumentou muito signicativamente a oferta dos laboratórios, provavelmente
devido ao acréscimo de competitividade dentro das disciplinas cientícas e à
consequente tendência de alargamento das respectivas áreas de inuência. Esta
grande oferta revela-se claramente através do signicativo número de artigos que
têm o património como objecto de estudo publicados em revistas de Química e
de Física, muitas vezes em números temáticos (Cruz s.d.). Por isso, pelo menos a
respeito de alguns temas, são mais os artigos que envolvem o património publi-
cados em revistas de outras áreas referenciadas no ISI Web of Knowledge do que os
publicados nas revistas ligadas ao património (Tabela 3). Procurando sobretudo
resposta para problemas das disciplinas cientícas mais do que para problemas
de conservação, frequentemente as publicações resultantes destes estudos têm
pouco impacto na área do património e, em particular na Conservação, não
obstante a existência de excepções notáveis como os estudos desenvolvidos no
âmbito do mencionado projecto Molart. A situação excepcional deste projecto
I Encontro Luso-Brasileiro de Conservação e Restauro
19 certamente que se deveu ao facto de, ainda que tendo surgido como uma oferta
do laboratório, rapidamente se ter desenvolvido de outra forma.
Essa outra forma, o terceiro tipo de relação entre a Ciência e a Conservação,
corresponde à colaboração, na qual o trabalho é concebido, planeado e desen-
volvido por uma equipa multidisciplinar a trabalhar em sintonia. Esta possibili-
dade e as suas vantagens começaram a ser discutidas depois da First International
Conference for the Study of Scientic Methods for Examination and Preservation
of Works of Art, organizada em Roma, pelo antepassado do actual ICOM, em
1930. Desta conferência resultou um manual de conservação de pinturas,
publicado na mesma década, escrito por um grupo internacional multidisci-
plinar (International Museums Oce 1997), mas o primeiro grande estudo
desenvolvido desta forma foi o da Adoração do Cordeiro Místico, de Jan van
Eyck, coordenado por Paul Coremans, no início da década de 1950 (Coremans
1953). A equipa era constituída por químicos, biólogos, historiadores de arte,
conservadores-restauradores e arquivistas.
Este tipo de relação, certamente a mais vantajosa do ponto de vista dos resultados
Tabela 3 - Número de artigos publicados entre 2005 e 2011 sobre alguns tópicos relacionados com a
Conservação encontrados no ISI Web of Knowledge, segundo o domínio das revistas (pesquisa efectuada em
25-9-2011).
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20 para a Conservação, é relativamente pouco frequente por causa das diculdades
de comunicação entre as áreas que é necessário envolver, as quais pertencem a
duas culturas (Snow 1998).
As duas culturas e os problemas de comunicação
As diculdades de comunicação, em primeiro lugar, prejudicam o desenvolvi-
mento dos estudos – e, por vezes, de forma grave. Além disso, nalguns casos
originam mesmo conitos e situações delicadas.
A respeito destes problemas de comunicação são signicativas e muito claras as
palavras de J. R. J. van Asperen de Boer, o inventor da reectograa de infraver-
melho, que, baseado numa experiência de muitos anos, em 1998 fazia assim um
balanço sobre o impacto das Ciências na História da Arte:
e Oxford Dictionary denes ‘impact’ as ‘striking (on, against), collision, eect,
inuence’. e author has held a chair of ‘scientic examination of works of art’,
being a physicist by training but operated professionally for more than twenty
years within an institute for Art History, and would obviously prefer ‘eect’ or
at least ‘inuence’ as the accepted connotation. Unfortunately endeavours to
use – or even better – integrate methods of scientic examination in art history
are not infrequently seen as ‘striking against’ art historical views or traditions and
may thus well lead to ‘collisions’ (Boer 1998).
As diculdades de comunicação, que naturalmente também afectam todas
formas de relação, têm vindo a ser combatidas e, em consequência, nas últimas
décadas tem ocorrido algum progresso a este respeito (Lechtman et al. 2005).
No entanto, alguns desenvolvimentos tecnológicos mais recentes opõem-se a
essa tendência. Desse facto dá conta o mesmo van Asperen de Boer quando, a
propósito do já citado projecto Molart, armou que
the specialized language used by the participating scientists is not easily grasped
by restorers and art historians, not even by the present writer trained as an expe-
rimental physicist (Boer 2003).
Os problemas relacionados com a publicação
Os problemas que derivam da existência de duas culturas manifestam-se também
na publicação dos estudos.
I Encontro Luso-Brasileiro de Conservação e Restauro
21 Por um lado, como já foi referido, recentemente têm surgido muitas publicações
em revistas internacionais de Química e de Física. Porém, centram-se sobretudo
na procura de novas áreas de aplicação de conhecimentos e técnicas e tecnologias
desenvolvidas noutros contextos e acabam por dar pouca importância às obras
e aos seus problemas — além de serem de difícil leitura para os conservadores.
Por outro lado, são pouco atractivos para químicos e físicos os locais de publica-
ção mais adequados ao desenvolvimento dos aspectos relacionados com as obras,
nomeadamente os problemas detectados e as formas de os resolver ou a história
material e a caracterização técnica das obras intervencionadas. Esse espaço está
disponível nas revistas de Conservação, especialmente nas de circulação predomi-
nantemente limitada a um país ou a um pequeno conjunto de países, como, por
exemplo, a Conservar Património (publicada pela ARP, Associação Prossional
de Conservadores-Restauradores de Portugal) (Conservar Património s.d.), a
ECR - Estudos de Conservação e Restauro (publicada pela Escola das Artes da
Universidade Católica Portuguesa) (ECR s.d.) ou a Ge-conservación (publicada
pelo Grupo Espanhol do International Institute for Conservation of Historic
and Artistic Works) (Ge-conservación s.d.). O problema é que revistas deste tipo
despertam pouco ou nenhum interesse a químicos e físicos. Estes têm uma dinâ-
mica de publicação muito diferente da dos conservadores-restauradores e prati-
camente se limitam a publicar em revistas indexadas no ISI Web of Knowledge,
tendo qualquer outro artigo um impacto desprezável nos respectivos currículos.
Como as revistas de Conservação com circulação predominantemente nacional
não integram este conjunto, é difícil encaminhar para elas qualquer estudo que
envolva a Ciência e a Conservação.
Embora isso possa não ser evidente numa primeira apreciação, os problemas
relacionados com a publicação têm igualmente implicações importantes noutras
questões, nomeadamente no nanciamento das instituições públicas dedicadas
à Conservação e Restauro.
O papel dos conservadores-restauradores nos estudos laboratoriais
Não obstante estes problemas que derivam da existência de duas culturas, e
o desconhecimento que os conservadores-restauradores muitas vezes têm dos
detalhes dos processos analíticos, os conservadores-restauradores podem direc-
tamente ter um papel fundamental no estudo laboratorial. Com efeito, ao con-
trário do que se poderia esperar, com as perguntas que podem colocar baseadas
I Encontro Luso-Brasileiro de Conservação e Restauro
22 no conhecimento directo e profundo dos aspectos materiais das obras, podem
condicionar sobremaneira todo o processo analítico.
Isto é particularmente evidente no caso da identicação do aglutinante utilizado
por Rembrandt, relatado detalhadamente por Ernest van de Wetering (Van de
Wetering 2000). De uma forma resumida, o caso começou com a ideia, que foi
ganhando importância a partir de meados do século XIX, de que determinados
efeitos plásticos de grande expressão encontrados nas pinturas de Rembrandt
resultavam do uso de um aglutinante constituído por uma mistura de óleo e
resina. Por isso, logo que os meios laboratoriais o permitiram, na década de
1980 foram analisadas diversas pinturas de Rembrandt e tentou-se detectar a
presença de resina no aglutinante. Porém, de acordo com os resultados obtidos
por cromatograa gasosa com espectrometria de massa (GC-MS), o aglutinan-
te era apenas constituído por óleo, já que não foi detectado nenhum vestígio
de resina. Atendendo à experiência e reputação do laboratório, esses resulta-
dos signicavam que os tais efeitos plásticos eram devidos apenas à excelência
da técnica de Rembrandt. Os resultados foram aceites pela generalidade dos
que trabalhavam nos laboratórios, mas foram rejeitados ou, pelo menos, foram
postos em causa por quem conhecia de mais perto a matéria dessas pinturas.
A justicação era a de que cada material tem os seus limites e, por isso, por
muito boa que fosse a técnica de Rembrandt, a mistura de óleo e resina não
permitia obter a diversidade de efeitos plásticos observada na superfície de algu-
mas obras. Foi então possível realizar novas análises noutros laboratórios, desta
vez fazendo uso de outros métodos, nomeadamente a cromatograa líquida de
alta eciência (HPLC), a espectroscopia de infravermelho com transformada de
Fourier (FTIR) e a microscopia electrónica de varrimento (SEM). Esses resul-
tados mostraram o uso de emulsões, nomeadamente formadas por óleo, água e
ovo, as quais têm propriedades reológicas que podiam explicar a tal diversidade
de efeitos plásticos. As diferenças entre os dois resultados não se deveram tanto
ao desenvolvimento tecnológico então ocorrido, como sobretudo ao facto de as
análises terem sido orientadas de forma diferente: no primeiro caso para a detec-
ção de resinas, no segundo para a detecção de outros possíveis constituintes.
Portanto, quem conhecia bem os materiais, como é o caso dos conservadores-
-restauradores, mesmo ignorando o funcionamento dos equipamentos usados,
condicionou decisivamente os resultados analíticos obtidos.
Isto, anal, é apenas uma ilustração de uma situação geral: sem boas perguntas
não há boas respostas.
I Encontro Luso-Brasileiro de Conservação e Restauro
23 Nota nal
Uma primeira versão deste texto, em inglês, foi publicada com o título “On
some problems of the relationship between Science and Conservation” na revis-
ta e-Conservation, n.º 22, 2011, pp. 8-13.
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Nota biográca
António João Cruz - ajcruz@ipt.pt
Doutoramento em Química Analítica (Faculdade de Ciências da Universidade
de Lisboa, 1993). Professor Adjunto e director do Mestrado em Conservação e
Restauro da Escola Superior de Tecnologia de Tomar, do Instituto Politécnico
de Tomar. Principais interesses: estudo laboratorial das obras de arte; tratados
técnicos antigos relacionados com os materiais usados nas obras de arte; história
dos materiais; história da conservação e restauro. Director da revista Conservar
Património e membro da comissão cientíca e referee de diversas revistas nacio-
nais e internacionais.
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Reflections on MOLART', in MOLART. A multidisciplinary NWO PRIORITEIT project on Molecular Aspects of Ageing in Painted Works of Art. Final Report and Highlights
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Boer, J. R. J. A. 2003, 'Reflections on MOLART', in MOLART. A multidisciplinary NWO PRIORITEIT project on Molecular Aspects of Ageing in Painted Works of Art. Final Report and Highlights. 1995-2002, eds. M. Clarke & J. Boon, FOM Institute, Amsterdam, pp. 9-10.
Report on the state of the manuscripts of papyrus, found at Herculaneum', The Quaterly Journal of Literature
  • H Davy
Davy, H. 1819, 'Report on the state of the manuscripts of papyrus, found at Herculaneum', The Quaterly Journal of Literature, Science and the Arts, vol. 7, pp. 154-161.
On some problems of the relationship between Science and Conservation " na revista e-Conservation, n.º 22
  • Uma Primeira Versão Deste Texto
  • Título
Uma primeira versão deste texto, em inglês, foi publicada com o título " On some problems of the relationship between Science and Conservation " na revista e-Conservation, n.º 22, 2011, pp. 8-13.
Scientific Methods and Cultural Heritage. An Introduction to the Application of Materials Science to Archaeometry and Conservation Science
  • G Artioli
Artioli, G. 2010, Scientific Methods and Cultural Heritage. An Introduction to the Application of Materials Science to Archaeometry and Conservation Science, Oxford University Press, Oxford.
An account of some Irish antiquities', Archaeologia, Or, Miscellaneous Tracts Relating to Antiquity
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Pownall, T. 1775, 'An account of some Irish antiquities', Archaeologia, Or, Miscellaneous Tracts Relating to Antiquity, vol. 3, pp. 355-370.
A matter of teamwork a discussion about technical studies and art history', Conservation-The Getty Conservation Institute Newsletter
  • H Lechtman
  • R Stone
  • K W Miller
  • B Considine
  • J Levin
Lechtman, H., Stone, R., Miller, K. W., Considine, B. & Levin, J. 2005, 'A matter of teamwork a discussion about technical studies and art history', Conservation-The Getty Conservation Institute Newsletter, vol. 20, no. 1, pp. 11-16.
Disponível em: <http://revista.ge-iic.com/> [17.10
  • Ge-Conservación
Ge-conservación. Disponível em: <http://revista.ge-iic.com/> [17.10.2011].