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Recursos genéticos do banco de germoplasma de hortaliças da UFV: histórico e expedições de coleta

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Abstract

O presente trabalho teve por objetivo disponibilizar informações sobre o germoplasma de hortaliças da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e as coletas realizadas nas últimas quatro décadas, registradas no banco de germoplasma de hortaliças (BGH-UFV). No Brasil, em 1966, a UFV, com o apoio da Fundação Rockefeller, criou o BGH com a finalidade de resgatar espécies nativas ou introduzidas, de preservar, documentar e manter intercâmbio de germoplasma de outras regiões do globo, avaliando o seu potencial para as condições climáticas das diversas regiões do Brasil. Os recursos genéticos do BGH representam 23 anos de coleta, pois esta atividade intermitente iniciou-se em 1964, com seis anos de coleta nas décadas de 60 e 70 e sete e quatro anos nas décadas de 80 e 90, respectivamente. O número máximo de coletas realizadas foi em 1967, com 1.480 acessos. Atualmente, o BGH da UFV possui 6.559 acessos, com 25 famílias e 106 espécies. As famílias com maiores participações são Solanaceae (44,21%); Leguminosae (16,83%); Cucurbitaceae (15,70%); e as demais famílias, (23,26%). As informações contidas neste trabalho revelam que, no Brasil, a preocupação com a coleta de recursos genéticos de hortaliças, visando resgatar a variabilidade de populações de grande importância, antecede a criação do IPGRI na década de 70. Pela sistematização dos dados registrados, constata-se, também, que é expressiva a quantidade de acessos coletados, tão quanto o é a diversidade de espécies, o que é uma vantagem, pois a fonte de genes mais utilizada no desenvolvimento varietal continuará sendo o germoplasma das espécies cultivadas. A vulnerabilidade genética só pode ser evitada com a variabilidade, a qual depende dos recursos genéticos.
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Hortic. bras., v. 19, n. 2, jul. 2001.
artigo convidado
C
om o crescente aumento da erosão
dos recursos genéticos vegetais, a
preocupação principal, por parte do
melhorista é com a diminuição ou per-
da da variabilidade genética de espécies
cultivadas e seus parentes silvestres,
bem como de variedades locais, geran-
do o estreitamento da base genética
(Hallauer & Miranda, 1988). A
vulnerabilidade resultante do
estreitamento da base genética só pode
ser evitada com variabilidade, a qual
depende dos recursos genéticos dispo-
SILVA, D.J.H.; MOURA, M.C.C.L.; CASALI, V.W.D. Recursos genéticos do banco de germoplasma de hortaliças da UFV: Histórico e expedições de coleta.
Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, n. 2, p. 108-114, julho 2.001.
Recursos genéticos do banco de germoplasma de hortaliças da UFV:
histórico e expedições de coleta.
Derly José Henriques Silva; Maria C. C. L. Moura; Vicente Wagner D. Casali
UFV, Depto. Fitotecnia, 36.571-000 Viçosa MG email: derly@mail.ufv.br
RESUMO
O presente trabalho teve por objetivo disponibilizar informa-
ções sobre o germoplasma de hortaliças da Universidade Federal de
Viçosa (UFV), e as coletas realizadas nas últimas quatro décadas,
registradas no banco de germoplasma de hortaliças (BGH-UFV).
No Brasil, em 1966, a UFV, com o apoio da Fundação Rockefeller,
criou o BGH com a finalidade de resgatar espécies nativas ou
introduzidas, de preservar, documentar e manter intercâmbio de
germoplasma de outras regiões do globo, avaliando o seu potencial
para as condições climáticas das diversas regiões do Brasil. Os re-
cursos genéticos do BGH representam 23 anos de coleta, pois esta
atividade intermitente iniciou-se em 1964, com seis anos de coleta
nas décadas de 60 e 70 e sete e quatro anos nas décadas de 80 e 90,
respectivamente. O número máximo de coletas realizadas foi em
1967, com 1.480 acessos. Atualmente, o BGH da UFV possui 6.559
acessos, com 25 famílias e 106 espécies. As famílias com maiores
participações são Solanaceae (44,21%); Leguminosae (16,83%);
Cucurbitaceae (15,70%); e as demais famílias, (23,26%). As infor-
mações contidas neste trabalho revelam que, no Brasil, a preocupa-
ção com a coleta de recursos genéticos de hortaliças, visando resga-
tar a variabilidade de populações de grande importância, antecede a
criação do IPGRI na década de 70. Pela sistematização dos dados
registrados, constata-se, também, que é expressiva a quantidade de
acessos coletados, tão quanto o é a diversidade de espécies, o que é
uma vantagem, pois a fonte de genes mais utilizada no desenvolvi-
mento varietal continuará sendo o germoplasma das espécies culti-
vadas. A vulnerabilidade genética só pode ser evitada com a varia-
bilidade, a qual depende dos recursos genéticos.
Palavras-chave: Banco de germoplasma, coleta, hortaliças,
recursos genéticos.
ABSTRACT
Genetic resources of the vegetable germplasm bank at the
UFV, Brazil: historical background and assessment.
The objective of this work was to make available information
concerning the vegetable germplasm bank at the Universidade Federal
de Viçosa (UFV), Brazil, and the assessment carried out over the last
four decades, as registered by the germplasm bank of vegetables
(BGH). In 1986, the UFV created the BGH with the support of the
Rockefeller Foundation to recover native and non-native species; to
register and maintain germplasm exchange with other world regions
and to evaluate their potential for the various Brazilian climate
conditions. The BGH genetic resources have been assessed for 23
years. This intermittent activity was initiated in 1964, covering six
years of assessment during the 1960s and the 1970s plus seven and
four years during the 1980s and the 1990s, respectively. Maximum
assessment was carried out in 1967 with 1.480 accesses. Today, UFV’s
BGH owns 6.559 accesses comprising 25 families and 106 species.
The most participating families are: solanaceae (44.21%); leguminosae
(16.83%); cucurbitaceae (15.70%) and the remaining families
(23.26%). Data in this work show that the concern with assessing
vegetable genetic resources aiming to recover the variability of major
populations is previous to the creation of the IPGRI in the 1970s. A
systematic data registration shows an expressive number of accesses
and species diversity. This is an advantage since the germplasm of
cultivated species will remain the most used source for variety
development. Genetic vulnerability can only be avoided through
variability, which is dependent on genetic resources.
Keywords: germplasm bank , collection , vegetables , genetic
resources.
(Aceito para publicação em 21 de junho de 2.001)
níveis, ou seja, do germoplasma da es-
pécie (Casali, 1969).
Com o objetivo de conservar a varia-
bilidade genética de culturas de interes-
se, o CGIAR criou o International Plant
Genetic Resource Institute (IPGRI,
1974), o qual promove a coleta, a pre-
servação, a documentação e o intercâm-
bio de germoplasma, no mundo
(Montalván & Faria, 1999). No Brasil,
algumas hortaliças cultivadas apresen-
tavam populações de grande variabili-
dade e, por isso, necessitavam ser pre-
servadas. Dentre estas, destacam-se:
germoplasma de cebola (Allium cepa),
população Baia; de repolho (Brassica
oleracea var. capitata), população lou-
co; de couve-flor (Brassica oleracea var.
botrytis), população Teresópolis; de pe-
pino (Cucumis sativus), população cai-
pira; e de cenoura (Daucus carota), po-
pulação nacional. Outras hortaliças cul-
tivadas no Brasil não possuem popula-
ções caracterizadas, mas sim grande
variabilidade a ser preservada, como:
melancia (Citrullus lanatus), maxixe
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Hortic. bras., v. 19, n. 2, jul. 2001.
(Cucumis anguria), melão (Cucumis
melo), abóbora (Cucurbita moschata),
moranga (Cucurbita maxima), quiabo
(Abelmoschus esculentus) e fava
(Phaseolus lunatus).
A melancia introduzida no Brasil
vem sendo cultivada até hoje na agri-
cultura de sequeiro no Nordeste do Bra-
sil, em pequenos estabelecimentos agrí-
colas (Queiroz, 1993). Este autor obser-
va que o cultivo utilizando variedades
locais, a larga diversidade
edafoclimática, cultural e socio-econô-
mica e as formas de utilização do espa-
ço rural praticada pelos pequenos e mé-
dios produtores rurais do Nordeste vêm
permitindo que número expressivo de
espécies cultivadas, além da melancia,
sejam conservadas e expostas ao pro-
cesso de seleção natural ao longo dos
anos (Queiroz, 1992). Cabe, pois aos
bancos de germoplasma coletar docu-
mentos e disponibilizar as informações
destes acessos conservados pelos agri-
cultores , (Pointing et al.,1995).
Nesse contexto, os objetivos do pre-
sente trabalho foram disponibilizar in-
formações sobre os recursos genéticos
de hortaliças e as coletas realizadas nas
últimas quatro décadas, registradas no
BGH-UFV.
HISTÓRICO
Primeiras expedições, entidades
envolvidas e acessos coletados
No final da década de 60, iniciaram-
se as primeiras coletas de germoplasma
na UFV. As viagens realizadas foram
programadas de modo a percorrer cida-
des ou regiões de colonização antiga e
aquelas onde havia notícias da existên-
cia de variedades locais desenvolvidas
pelos agricultores. As dez primeiras ex-
pedições foram realizadas pelos pesqui-
sadores Flávio Augusto D’Araujo Couto
e Joênes Pelúzio Campos (professores
da UFV) e pelo professor Homer
Erickson, da Universidade de Purdue
(EUA). A coleta foi realizada, na pri-
meira expedição, pelas redondezas de
Viçosa e no Cinturão Verde de Belo
Horizonte. Em seguida, eles foram para
o Nordeste do Brasil, passando em
Teófilo Otoni (MG), Vitória da Conquis-
ta (BA), Feira de Santana (BA), Salva-
dor (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL),
Recife (PE), Petrolândia (PE) e
Alagoinha (BA). Coletou-se tomate
(Lycopersicon esculentum), pimentão
(Capsicum annuum), abóbora e fava. Na
segunda expedição estes pesquisadores
foram para Xingu (MT) e coletaram fava
e pimentão. Na terceira, foram para o
interior de São Paulo, em companhia dos
pesquisadores da ESALQ e do IAC. Na
quarta, foram para o norte de Minas
Gerais e centro de Goiás e coletaram
acessos de tomate, fava e pimentão. Na
quinta, foram para Teresópolis e
Friburgo (RJ) e coletaram acessos de
Brássicas. Na sexta, passaram em
Barbacena São João Del Rei e Lavras
(MG) e coletaram principalmente fava.
Em 1967, fizeram a sétima expedição,
indo ao MS e coletaram melão, melan-
cia e feijão- vagem. Na oitava, foram
ao RS onde obtiveram, principalmente,
acessos de cebola. Na nona, viajaram ao
Vale do Rio Doce (MG), onde coleta-
ram fava. E na décima expedição dessa
década, voltaram para Viçosa (MG) e
coletaram fava.
Ainda na década de 60, foram intro-
duzidos 737 acessos de hortaliças, pro-
cedentes de outros países (Inglaterra,
EUA, Formosa, Dinamarca, Itália, Fran-
ça, Israel, Holanda, Japão e Havaí), com
a finalidade de estudar sua adaptabili-
dade às condições climáticas do Brasil.
Conservação dos acessos coletados
As sementes obtidas nas coletas e nas
multiplicações foram armazenadas em
câmaras frias com temperatura de 5
o
C e
acondicionadas em sacos de polietileno
reforçados, contendo sílica-gel. As se-
mentes de Leguminosas e Cucurbitaceas
foram preservadas em câmaras secas, a
fim de ampliar a longevidade, diminuin-
do o trabalho de multiplicações freqüen-
tes e a possibilidade de mudanças na
constituição genética do germoplasma
original (Casali, 1969).
O programa do BGH mantém esto-
que de 25 g/introdução para espécies de
sementes pequenas (peso de 100 semen-
tes menor que 1,0 grama) e de 250 g/
introdução para as espécies de sementes
grandes (peso de 100 sementes maior que
1,0 grama) (Couto et al., 1968).
Algumas avaliações dos acessos
coletados
Em 1969, um grupo de pesquisado-
res, além de continuarem com as cole-
tas de germoplasma, deram prioridade
a avaliações agronômicas de alguns
acessos coletados.
Couto et al. (1968), avaliando 189
acessos de fava para análise total de pro-
teína, verificaram variação de 20,5 a
31,7% sobre o total de matéria seca. A
porcentagem de fibra analisada variou
de 0,003 a 2,7%, sugerindo que esses
acessos são promissores para o consu-
mo verde. O teor de ácido cianídrico
analisado nesses acessos variou de 0 a
2,7%. Em ensaios com berinjela, cons-
tataram também que a cultivar tradicio-
nal Florida Market (bom formato e boa
produtividade) foi menos produtiva que
a cultivar Embu, que foi selecionada por
imigrantes japoneses residentes em São
Paulo. Nos acessos de jiló (Solanum
gilo) coletados, encontraram variabili-
dade de cor e forma. Trabalhando com
chicória (Cichorium endivia), observa-
ram também variabilidade de cor nas
folhas. O gênero Capsicum sp. foi en-
contrado em abundância nas áreas
coletadas e assim, várias espécies foram
resgatadas. Nos acessos coletados, os
autores citados constataram variabilida-
de de cor e forma. Houve pequena cole-
ta de melão e pepino nestas expedições.
Os poucos frutos coletados de pepino
eram essencialmente partenocárpicos. A
segunda cultura encontrada com maior
representatividade foi a abóbora. Quanto
à melancia, encontraram variabilidade
de cor e forma, predominando o forma-
to comprido, em acessos coletados em
Goiás e em Mato Grosso (Couto et al.,
1968). Nas coletas de alho (Allium
sativus), Couto et al. (1968) constata-
ram grande diversidade de acessos em
Corumbá (MT). Nos acessos de tomate
foram encontrados frutos pequenos com
dois lóculos.
Matsuoka & Chaves (1973) testaram
48 variedades do BGH-UFV, em busca
de fontes de resistência, em tomate, a
Fusarium oxysporum f. lycopersici
(raça 1) e à mancha de Stemphylium
solani. As variedades Viçosa, São Se-
bastião, Vitória e Vital revelaram-se boas
fontes de resistência às duas doenças.
Atualmente, os acessos conservados
pelo BGH têm sido utilizados de forma
não sistemática na busca de fontes de
resistência às pragas, doenças e aos
estresses ambientais.
Tanksley et al. (1999) discutiram a
importância do uso dos recursos genéti-
cos existentes em bancos de
germoplasma e presentes, muitas vezes,
em espécies silvestres. Entretanto, o po-
Recursos genéticos do banco de germoplasma de hortaliças da UFV: Histórico e expedições de coleta.
110
Hortic. bras., v. 19, n. 2, jul. 2001.
tencial genético de muitas espécies sel-
vagens tem permanecido não disponível.
RECURSOS GENÉTICOS DE
PLANTAS, REGISTRADOS NO
BGH-UFV-VIÇOSA
Número de coletas
Nas décadas de 60 e 80 foram
registrados os maiores números de aces-
sos coletados, com 3.604 e 1.369, res-
pectivamente (Figura 1). Na década de
90, foi inexpressivo o número de cole-
tas realizadas. Na Figura 1, observa-se
também que em 1967 foi registrado o
número máximo de coleta/ano, com
1.480 acessos coletados.
Número de acessos coletados e fa-
mílias registradas
Atualmente, o BGH da UFV (MG)
possui 6.559 acessos, com 25 famílias e
106 espécies (Tabela 1).
Na Figura 2 observa-se a participa-
ção, em porcentagem, de cada família
registrada no BGH-UFV. Constata-se
que as famílias com maiores participa-
ções são Solanaceae (44,21%);
Leguminosa (16,83%); e Cucurbitaceae
(15,70%). As demais famílias somam
23,26%.
Pode-se observar que a maioria do
germoplasma registrado é de espécies
de importância econômica e social (Ta-
bela 2). Verifica-se também que é ex-
pressiva a diversidade de espécies
coletadas, o que é uma vantagem, pois
a fonte de genes mais utilizada no de-
senvolvimento varietal continuará sen-
do o germoplasma das espécies cultiva-
das (Borém & Milach, 1999). As infor-
mações contidas neste trabalho revelam
que, no Brasil, a preocupação com a
coleta de recursos genéticos de hortali-
ças, visando resgatar a variabilidade de
populações de grande importância, an-
tecede a criação do IPGRI na década de
70. Pela sistematização dos dados
registrados, verifica-se que é expressi-
va a quantidade de acessos coletados,
tão quanto o é a diversidade de espéci-
es, o que é uma vantagem, uma vez que
a fonte de genes mais utilizada no de-
senvolvimento varietal continuará sen-
do o germoplasma das espécies cultiva-
das e silvestres.
Tabela 1. Número de acessos coletados, de espécies por família, registrado no BGH-UFV
nas últimas quatro décadas. Viçosa, UFV.
Figura 1. Número de coletas por ano dos recursos genéticos do BGH-UFV nas últimas
quatro décadas. Viçosa, UFV.
D.J.H. Silva et al.
111
Hortic. bras., v. 19, n. 2, jul. 2001.
Tabela 2. Recursos genéticos do BGH-UFV representados pelo número de acessos em cada cultura e a classificação botânica correspondente.
Viçosa, UFV.
Recursos genéticos do banco de germoplasma de hortaliças da UFV: Histórico e expedições de coleta.
112
Hortic. bras., v. 19, n. 2, jul. 2001.
Tabela 2. Continuação.
D.J.H. Silva et al.
113
Hortic. bras., v. 19, n. 2, jul. 2001.
Tabela 2. Continuação.
LITERATURA CITADA
BORÉM, A.; MILACH, S.C.K. Melhoramento de
plantas: O melhoramento de plantas na virada do
milênio. [08/09/1999]. (http://
www.biotecnologia.com.br).
CASALI, V.W.D. Banco de germoplasma de hor-
taliças. Seminário do Curso de Pós-Graduação em
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COUTO, F.A.A.; ERICKSON, H.T; CAMPOS,
J.P.; CASALI, V.W.D.; SILVA, J.F.;
TIGCHELAAR, E. Collection and evaluation of
vegetable germplasm in Brasil. Viçosa, MG: [s.n.],
(Mimeogr. Relatório),1968.
Figura 2. Porcentagem de acessos por família dos recursos genéticos registrados no BGH-
UFV nas últimas quatro décadas. Viçosa, UFV.
Recursos genéticos do banco de germoplasma de hortaliças da UFV: Histórico e expedições de coleta.
114
Hortic. bras., v. 19, n. 2, jul. 2001.
HALLAUER, A.R.; MIRANDA, J.B.
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lycopersici, em Minas Gerais e seleção de toma-
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the millennium. Viçosa, Minas Gerais:
BIOWORK II. 1999. p. 241-254
QUEIROZ, M.A. Recursos genéticos nos trópi-
cos: o caso das plantas cultivadas por semente.
In: SEMINÁRIO DE ANTROPOLOGIA, Reci-
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QUEIROZ, M.A. Potencial do germoplasma de
cucurbitáceas no Nordeste brasileiro. Horticultura
Brasileira, Brasília, v. 11, n. 1.p. 7-9. 1993
D.J.H. Silva et al.
... The UFV Vegetable Germplasm Bank (BGH-UFV) maintains more than 350 accessions of C. moschata, constituting one of the largest collections of this species in Brazil [34]. This bank continually carries out work on the characterisation and evaluation of this germplasm [35], which has allowed the sources of resistance to important phyto-pathogenic agents to be identified [36], and its production [21] and nutritional aspects of fruits and seed oil to be improved [10,37]. The potential of this germplasm as a source of genes for the improvement of this crop, along with the possibility of elucidating the genetic mechanisms linked to important production parameters, justifies the continuation of studies on its assessment and use. ...
... The controls comprised the commercial hybrids Tetsukabuto and Jabras, and the cultivars Jacarezinho and Maranhão, all widely cultivated and commercialised in Brazil. The accessions came from different regions of Brazil [35], and consisted, for the most part, of landraces collected from family-based farmers, who commonly select the genotypes and conserve their seeds. ...
... Although BGH-UFV maintains more than 350 accessions of Cucurbita ssp. [35], part of this germplasm has not yet been assessed, demonstrating the importance of continuing these studies. ...
Article
Full-text available
Winter squash fruits (Cucurbita moschata D.) are among the best sources of vitamin A precursors and constitute sources of bioactive components such as phenolic compounds and flavonoids. Approximately 70% of C. moschata seed oil is made up of unsaturated fatty acids, with high levels of monounsaturated fatty acids and components such as vitamin E and carotenoids, which represent a promising nutritional aspect in the production of this vegetable. C. moschata germplasm expresses high genetic variability, especially in Brazil. We assessed 91 C. moschata accessions, from different regions of Brazil, and maintained at the Federal University of Viçosa (UFV) Vegetable Germplasm Bank, to identify early-flowering accessions with high levels of carotenoids in the fruit pulp and high yields of seed and seed oil. Results showed that the accessions have high variability in the number and mass of seeds per fruit, number of accumulated degree-days for flowering, total carotenoid content , and fruit productivity, which allowed selection for considerable gains in these characteristics. Analysis of the correlation between these characteristics provided information that will assist in selection to improve this crop. Cluster analysis resulted in the formation of 16 groups, confirming the variability of the accessions. Per se analysis identified accessions BGH-6749, BGH-5639, and BGH-219 as those with the earliest flowering. Accessions BGH-5455A and BGH-5598A had the highest carotenoid content, with averages greater than 170.00 μg g-1 of fresh mass. With a productivity of 0.13 t ha-1 , accessions BGH-5485A, BGH-4610A, and BGH-5472A were the most promising for seed oil production. These last two accessions corresponded to those with higher seed productivity, averaging 0.58 and 0.54 t ha-1 , respectively. This study confirms the high potential of this germplasm for use in breeding for promotion of earlier flowering and increase in total content of fruit pulp caroten-oids and in seed and seed oil productivity.
... The Vegetable Germplasm Bank of the Federal University of Viçosa (BGH-UFV) maintains approximately 350 accessions of C. moschata (Silva et al., 2001). The C. moschata collection maintained in the BGH-UFV constitutes a substantial sample of the Brazilian germplasm, which is one of the largest collections of this species in the country (Fonseca et al., 2015). ...
... moschata accessions maintained in BGH-UFV. These accessions, mostly landraces, have been collected by the BGH-UFV over a period of more than five decades (Silva et al., 2001) from different geographical regions of Brazil (Fig. 1). These genotypes have been maintained from controlled crosses involving chain-crossing between plants of the same accession. ...
Article
Full-text available
Cucurbita moschata D. seed oil contains approximately 75% unsaturated fatty acids, with high levels of monounsaturated fatty acids and antioxidant compounds such as vitamin E and carotenoids, constituting a promising food in nutritional terms. In addition, the Brazilian germplasm of C. moschata exhibits remarkable variability, representing an important source for the genetic breeding of this vegetable and other cucurbits. The present study evaluated the productivity and profile of the seed oil of 91 C. moschata accessions from different regions of Brazil maintained in the Vegetable Germplasm Bank of the Federal University of Viçosa (BGH-UFV). A field experiment was conducted between January and July 2016. The accessions showed high genetic variability in terms of characteristics related to seed oil productivity (SOP), such as the weight of seeds per fruit and productivity of seeds, providing predicted selection gains of 29.39 g and 0.26 t ha⁻¹, respectively. Based on the phenotypic and genotypic correlations, a greater SOP can be achieved while maintaining a high oleic acid concentration and low linoleic acid concentration, providing oil of better nutritional and chemical quality. In the variability analysis, the accessions were clustered into five groups, which had different averages for SOP and fatty acid concentration of seed oil, an approach that will guide the use of appropriate germplasm in programs aimed at genetic breeding for SOP and seed oil profile. Per se analysis identified BGH-4610, BGH-5485A, BGH-6590, BGH-5556A, BGH-5472A, and BGH-5544A as the most promising accessions in terms of SOP, with an average (μ+g) of approximately 0.20 t ha⁻¹. The most promising accessions for a higher oleic acid concentration of seed oil were BGH-5456A, BGH-3333A, BGH-5361A, BGH-5472A, BGH-5544A, BGH-5453A, and BGH-1749, with an average (μ+g) of approximately 30%, almost all of which were also the most promising in terms of a lower linoleic acid concentration of the seed oil, with an average (μ+g) of approximately 45%. Part of the C. moschata accessions evaluated in the present study can serve as a promising resource in genetic breeding programs for SOP and fatty acid profile, aiming at the production of oil with better nutritional and physicochemical quality.
... In the late 1960s, the Universidade Federal de Viçosa (UFV) established a vegetable gene bank (BGH-UFV) that preserves collections from cities or regions of long-standing colonization and places where varieties are said to have been developed by farmers (Silva, Moura, & Casali, 2001). Moreover, BGH-UFV also exchanged germplasm with more than 100 countries (http://www.bgh.ufv.br). ...
Article
Full-text available
The conservation of okra landraces [Abelmoschus esculentus (L.) Moench] in gene banks is essential for the success of their use in breeding programmes. This study evaluated the genetic diversity among okra landraces in Brazil based on morphoagronomic descriptors and AFLP markers. We studied 30 accessions of the vegetable gene bank of the Universidade Federal de Viçosa. To this end, 17 morphoagronomic descriptors and five combinations of AFLP primers were used. Genetic parameters were estimated for the quantitative traits and the accessions were grouped by Ward’s method, using the Gower’s and Jaccard’s distance measures, respectively, for the morphoagronomic and molecular data. Polymorphisms were observed for all qualitative traits, while the quantitative traits were significant by deviance analysis. The genetic parameters confirmed the existence of variability among accessions, and high accuracy and heritability indices were found for the traits related to fruit and plant height. Ward’s grouping showed no relationship between the clusters formed with the morphoagronomic and molecular data and the geographical origin of the accessions. No association between morphoagronomic descriptors and AFLP markers was observed. The lack of correlation suggests that both approaches of characterization are important to understand and differentiate the okra accessions.
... The great variability in Lycopersicon genus has allowed the development of cultivars to meet the most diverse market demands. The Federal University of Viçosa (UFV) has a germplasm collection with about 860 tomato subsamples from six different species (Silva et al., 2001). This collection is the genetic basis for UFV tomato pre-breeding programs and has been widely used to search for genes that confer resistance to pests and diseases (Oliveira et al., 2009;Aguilera et al., 2011aAguilera et al., , b, 2014Ferreira et al., 2017). ...
... As flores são hermafroditas, solitárias, cálice com 5 (em alguns casos 6-8) sépalas e a corola com 5 (em alguns casos 6-8) pétalas. As plantas são, preferencialmente, autógamas, apesar da possibilidade de ocorrência de polinização cruzada entre indivíduos dentro da mesma espécie e entre espécies do gênero, sendo responsável por alterações morfológicas na flor, seja pela ação de insetos polinizadores, por práticas de cultivo (local, adensamento ou cultivo misto), entre outros fatores (SILVA et al., 2001;DANTAS, 2014). Os frutos apresentam estrutura oca, com polpa firme e sementes de coloração palha, com alta diversidade morfológica, variando principalmente quanto a formas e cores, desde a forma de baga, cônica, cilíndrica, retangular ou quadrada, e a colorações como verde, amarela ou vermelha, além de, algumas variedades exóticas, de coloração branca, roxa, azulada, preta ou laranja (ROSELINO et al., 2010;DANTAS, 2014;EVANGELISTA et al., 2015). ...
... Segundo Cruz et al., (2004), essas características são importantes, no entanto, apresentam pouca variação podendo ser dispensadas dos estudos de divergência, uma vez que pouco contribuem para as correlações e acabam se tornando redundantes com outras características avaliadas. Outros autores ainda relatam que devido aos escassos estudos com a cultura de feijão-fava, as coleções de germoplasma conservadas ex-situ, devem manter o grau máximo de variabilidade para que futuramente estes possam receber abordagens de avaliação com marcadores moleculares (Silva et al., 2001;Camarena, 2005). ...
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Cucurbita moschata D. seed oil contains approximately 75% unsaturated fatty acids, with high levels of monounsaturated fatty acids and antioxidant compounds such as vitamin E and carotenoid, constituting a promising food in nutritional terms. Associated to this, the Brazilian germplasm of C. moschata exhibits remarkable variability, representing an important source for the genetic breeding of this vegetable and other cucurbits. In this context, the present study evaluated the productivity and profile of the seed oil of 91 C. moschata accessions from different regions of Brazil and maintained in the Vegetable Germplasm Bank of the Federal University of Viçosa (BGH-UFV). A field experiment was conducted between January and July 2016. The tested C. moschata accessions showed high genetic variability in terms of characteristics related to seed oil productivity (SOP), such as the mass of seeds per fruit and productivity of seeds, providing predicted selection gains of 29.39 g and 0.26 t ha -1 , respectively. Based on the phenotypic and genotypic correlations, greater SOP can be achieved while maintaining high oleic acid content and low linoleic acid content, providing oil of better nutritional and chemical quality. In variability analysis, the accessions were clustered into five groups, which presented different averages for SOP and fatty acid content of seed oil; approach that will guide the use of appropriate germplasm in programs aimed at genetic breeding for SOP and seed oil profile. Per se analysis identified BGH-4610, BGH-5485A, BGH-6590, BGH-5556A, BGH-5472A, and BGH-5544A as the most promising accessions in terms of SOP, with average (m+g) of approximately 0.20 t ha -1 . The most promising accessions for higher oleic acid content of seed oil were BGH-5456A, BGH-3333A, BGH-5361A, BGH-5472A, BGH-5544A, BGH-5453A, and BGH-1749, with average (m+g) of approximately 30%, and almost all of these accessions were also the most promising in terms of lower linoleic acid content of seed oil, with average (m+g) of approximately 45%. Overall, part of the C. moschata accessions evaluated in the present study can serve as a promising resource in genetic breeding programs for SOP and fatty acid profile, aiming at the production of oil with better nutritional and physicochemical quality.
Article
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In order to obtain genetic gain and to simulate accesses of maize, it is cultivated in the Palotina-PR of the germplasm bank of UFPR (Federal University of Paraná). The data were collected for all morphological descriptors recommended for a crop, being evaluated in this work as characteristics of plant height, weight of 1000 grains and number of particles per row. Estimating genetic parameters of heritability, genotypic variance, variance environmental, residual variance, phenotypic variance, accuracy, coefficient of variation and gain prediction in selection for different intensities by the software SELEGEN, using the model 74 - Blocks augmented in individual BLUP. Heritability values were of 0.45 were found; 0.06 and 0.14, and a genetic gain prediction increased from 7.95 to 6.24%; 2.11 to 1.62% and 6.62 to 10.35% for plants of weight, weight of 1000 grains and number of grains per row also varying according to a selection intensity. The overdue accesses were useful for large-scale breeding programs and the most significant genetic gain potential for the islands of the original average.
Article
The level of genetic diversity among 40 accessions of tomato collected from Nigeria was assessed employing 10 quantitative traits and 13 EST-SSR markers. There were significant differences among accessions as revealed by the quantitative traits. Meanwhile, the level of polymorphism displayed by the EST-SSR markers was low with mean PIC of 0.13. The clusters formed by morphological traits were completely different from the ones established by EST-SSR markers, as supported by the weak correlation (r = 0.143) between morphological and molecular distances by Mantel test. PCA and bi-plot analyses indicate that fruit yield, average fruit weight, number of days to first flowering and first fruit set and plant height, number of branches and number of fruits per cluster had the highest discriminating potentials. The best accessions T5, T17 and T12 were vertex accessions in the fruit yield, plant height, number of fruits per cluster and number of main branches sector. Accessions T11, T32 and T38 were vertex accessions in the number of days to first flowering and number of days to fruit set sector, hence were late maturing accessions, poor in yield and can however be improved by crossing them with the accessions in the first sector.
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Winter squash fruits ( Cucurbita moschata D.) are among the best sources of vitamin A precursors and constitute sources of bioactive components such as phenolic compounds and flavonoids. Approximately 70% of C. moschata seed oil is made up of unsaturated fatty acids, with high levels of monounsaturated fatty acids and components such as vitamin E and carotenoids, which represent a promising nutritional aspect in the production of this vegetable. C. moschata germplasm expresses high genetic variability, especially in Brazil. We assessed 91 C. moschata accessions , from different regions of Brazil, and maintained at the UFV Vegetable Germplasm Bank, to identify early-flowering accessions with high levels of carotenoids in the fruit pulp and high yields of seed and seed oil. Results showed that the accessions have high variability in the number and mass of seeds per fruit, number of accumulated degree-days for flowering, total carotenoid content, and fruit productivity, which allowed selection for considerable gains in these characteristics. Analysis of the correlation between these characteristics provided information that will assist in selection to improve this crop. Cluster analysis resulted in the formation of 16 groups, confirming the variability of the accessions. Per se analysis identified accessions BGH-6749, BGH-5639, and BGH-219 as those with the earliest flowering. Accessions BGH-5455A and BGH-5598A had the highest carotenoid content, with averages greater than 170.00 μg g -1 of fresh mass. With a productivity of 0.13 t ha -1 , accessions BGH-5485A, BGH-4610A, and BGH-5472A were the most promising for seed oil production. These last two accessions corresponded to those with higher seed productivity, averaging 0.58 and 0.54 t ha -1 , respectively. This study confirms the high potential of this germplasm for use in breeding for promotion of earlier flowering and increase in total carotenoid content of the fruit pulp and in seed and seed oil productivity.
Article
Maize (Zea mays L.)-directed evolution through breeding started when humans realized the potential of the species for food, feed, fiber, and fuel. Although the ancestral pedigree of maize has not been fully resolved yet, the early maize breeders certainly played an important role in domesticating and developing the species as we know it today. Maize, however, is known to be one of the few major cultivated species indigenous to the Western Hemisphere about 7,000–10,000 years ago (Wilkes, 2004).
Variabilidade genética e germoplasma Use of genomic tools to explore and utilize natural plant variation Plant breeding in the turn of the millennium. Viçosa, Minas Gerais: BIOWORK II Recursos genéticos nos trópicos: o caso das plantas cultivadas por semente
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Identificação de raças fisiológicas de Fusarium oxysporum f. lycopersici, em Minas Gerais e seleção de tomateiros resistentes à raça 1 do patógeno
  • K Chaves
MATSUOKA, K.; CHAVES, G.M. Identificação de raças fisiológicas de Fusarium oxysporum f. lycopersici, em Minas Gerais e seleção de tomateiros resistentes à raça 1 do patógeno.
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