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Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 30, n. 4, p.970-974, Dezembro 2008
970
COMPORTAMENTO DE CLONES DE LARANJA ‘VALÊNCIA’
NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ
1
ZULEIDE HISSANO TAZIMA
2
, PEDRO ANTONIO MARTINS AULER
3
, CARMEN SILVIA VIEIRA JANEIRO NEVES
4
,
INÊS FUMIKO UBUKATA YADA
5
, RUI PEREIRA LEITE JUNIOR
6
RESUMO – Este trabalho teve como objetivo avaliar os clones de laranjas-doces [Citrus sinensis (L.) Osbeck] ‘Valência’, acesso I-93;
‘Valência 718’, acesso I-94, e ‘Valência Late 1138’, acesso I-105, enxertados sobre o limão ‘Cravo’ (Citrus limonia Osbeck), em relação
à produção e às características físico-químicas dos frutos (acidez, sólidos solúveis totais, ‘ratio’, rendimento em suco, índice tecnológico
e massa). As plantas estudadas fazem parte do Banco Ativo de Germoplasma de Citros (BAG-Citros) do Instituto Agronômico do
Paraná – IAPAR, em Londrina. Foram utilizadas três plantas por clone, em espaçamento de 7,0 m x 6,0 m (238 plantas/hectare),
conduzidas sem irrigação. As produções acumuladas das laranjas ‘Valência’ e ‘Valência Late 1138’, durante nove safras (1985 a 1994),
foram significativamente superiores à da ‘Valência 718’. Todos os clones apresentaram características aceitáveis de frutos, em relação
à acidez, sólidos solúveis totais, ‘ratio’, rendimento em suco e massa do fruto, exceto para o índice tecnológico, que foi inferior na
‘Valência Late 1138’, não sendo observadas diferenças significativas durante o período avaliado (1986 a 1997).
Termos de indexação: Citrus sinensis, produção, qualidade do fruto.
BEHAVIOUR OF VALENCIA ORANGE CLONES IN NORTHERN PARANÁ, BRAZIL
ABSTRACT – The aim of this study was to evaluate clones of the sweet oranges [Citrus sinensis (L.) Osbeck] ‘Valência’ accession
I-93, ‘Valência 718’ accession I-94 and ‘Valência Late 1138’ accession I-105, grafted on ‘Rangpur’ lime (Citrus limonia Osbeck), in
relation to plant production, physical and chemical fruit characteristics (acidity, total soluble solids, TSS/TA ratio, juice content,
technological index and fruit mass). The plants, three of each clone, were originated from the Citrus Active Germoplasm Bank (AGB-
Citrus) of the Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR, located in Londrina, Paraná, Brazil. The plants were spaced at 7.0 m x 6.0 m (238
plants/hectare) and maintained without irrigation. Cumulative yields of ‘Valência’ and ‘Valência Late 1138’ oranges, during nine crop
seasons (1985 to 1994, except 1991) were significatively higher when compared to that of ‘Valência 718’ orange. All clones presented
acceptable fruit quality in relation to acidity, total soluble solids, TSS/TA ratio, juice content and fruit mass, except for the technological
index which was lower in ‘Valência Late 1138’. There was no significant difference among the clones for these characteristics during
1986 to 1997 study period.
Index terms: Citrus sinensis, yield, fruit quality
1
(Trabalho 276-07). Recebido em: 21-11-2007. Aceito para publicação em: 10-04-2008.
2
Eng
a
Agr
a
, Doutoranda, Pesquisadora, Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, Área de Ecofisiologia, C.P. 481, CEP 86001-970 – Londrina-PR. E-
mail: zuleide@iapar.br
3
Eng
o.
Agr
o
, Doutorando, Pesquisador, Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, Área de Fitotecnia, C.P. 481, CEP 86001-970 – Londrina-PR. E-mail:
aulerpe@iapar.br
4
Eng
a
Agr
a
, Dr
a
, Professora, Universidade Estadual de Londrina-UEL, Departamento de Agronomia, C.P. 6001 – CEP 86051-990 – Londrina-PR. Bolsista
em Produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq). E-mail: csvjneve@uel.br
5
Lic. Matemática, M. Sc., Pesquisadora, Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, Área de Biometria, C.P. 481, CEP 86001-970 – Londrina-PR. E-
mail: inesyada@iapar.br
6
Eng
o
Agr
o
, Dr, Pesquisador, Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, Área de Proteção de Plantas, C.P. 481, CEP 86001-970 – Londrina-PR. E-mail:
ruileite@iapar.br
INTRODUÇÃO
A citricultura tem grande importância para a fruticultura
paranaense, ocupando uma área de 27.137 ha e produção de
mais de 14 milhões de caixas (40,8 kg) em 2005 (Andretta, 2007).
Entre as espécies cítricas, o cultivo da laranja é o que tem
apresentado maior expansão, principalmente nas regiões norte e
noroeste do Paraná. Vários fatores têm contribuído para esse
aumento da área plantada, entre os quais as condições
edafoclimáticas favoráveis para a citricultura, o estabelecimento
de indústrias para o processamento de frutos visando à produção
de suco concentrado congelado, preços remuneradores
alcançados pelos produtores nas últimas safras, e também o
potencial de crescimento dos mercados interno e externo.
No Paraná, são recomendadas para o plantio somente
cultivares de citros que apresentem certo grau de resistência às
doenças, principalmente ao cancro-cítrico causado pela bactéria
Xanthomonas axonopodis, pv. citri. Seguindo esses critérios,
estão recomendadas para plantio no Estado as laranjas-doces
[Citrus sinensis (L.) Osbeck] ‘Navelina’, ‘Shamouti’, ‘Salustiana’,
‘Cadenera’, ‘Jaffa’, ‘Pêra’, ‘IAPAR 73’, ‘Folha Murcha’ e ‘Valência’
entre outras (Tazima & Leite Júnior, 2002; Tazima & Leite Júnior,
2000; Leite Júnior, 1992).
A laranja ‘Valência’ é uma cultivar de grande importância
econômica devido à alta produtividade e qualidade dos frutos,
sendo plantada nas principais regiões produtoras de citros do
mundo. Essa cultivar apresenta maturação tardia dos frutos e
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pode ser destinada tanto para o mercado interno como para o
externo, atendendo ao consumo de fruta fresca e ao
processamento industrial. É originária provavelmente de Portugal
e foi introduzida no Brasil a partir de material propagativo
importado da Flórida (Leite Júnior, 1992). Conforme estudos
realizados no Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR, essa
cultivar é considerada como moderadamente resistente ao cancro-
cítrico (Leite Júnior, 1992).
Uma das principais metas do melhoramento de citros é
buscar cultivares produtivas, e para isso é necessário o estudo
do comportamento desse material em diferentes localidades
(Domingues et al., 1999). O comportamento de cada cultivar ou
clone de citros está associado às condições edafoclimáticas
locais, que devem proporcionar às plantas um ambiente para que
exerçam sua máxima capacidade genética, resultando nos
melhores rendimentos econômicos (Rodriguez, 1987).
O IAPAR, instituição responsável pelo material genético
da citricultura paranaense, possui um Banco Ativo de
Germoplasma de Citros (BAG-Citros) onde os diferentes
genótipos se encontram em avaliação para a determinação da
adaptação às condições edafoclimáticas do Paraná. Embora as
características botânicas e agronômicas da laranja ‘Valência’ já
sejam conhecidas (Hodgson, 1967), faltam ainda informações
sobre o comportamento da cultivar nas condições do norte do
Estado. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar o
comportamento de três clones da laranja ‘Valência’ enxertados
sobre limão ‘Cravo’ (Citrus limonia Osbeck), em relação à
produção e características físicas e químicas dos frutos.
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental do
IAPAR, no município de Londrina-PR, em Latossolo Vermelho
distroférrico a uma altitude de 585 m, latitude 23
o
22’ S e longitude
51
o
10’ W. O clima da região é do tipo Cfa – clima subtropical, com
verões quentes, geadas pouco freqüentes e tendência de
concentração das chuvas nos meses de verão, contudo sem
estação seca definida. As temperaturas médias, da máxima e
mínima, são 27,3
o
C e 16
o
C, respectivamente; a precipitação média
anual é de 1.588 mm, e a umidade relativa média é de 70,6% (Figura
1) (INSTITUTO..., 2007).
Foram avaliados três acessos de laranja ‘Valência’
enxertados sobre limão ‘Cravo’ pertencentes ao BAG-Citros do
IAPAR: ‘Valência’, acesso I-93, proveniente da coleção de citros
da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Estadual
Paulista-UNESP/Botucatu - SP; ‘Valência 718’ e ‘Valência Late
1138’, acessos I-94 e I-105, respectivamente, provenientes da
coleção de citros do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica
do Agronegócio de Citros Sylvio Moreira (CAPTACSM),
vinculado ao Instituto Agronômico de Campinas - IAC/
Cordeirópolis-SP. As plantas, em número de três de cada
introdução, foram plantadas em fevereiro de 1982, em
espaçamento de 7,0 m x 6,0 m, correspondendo a 238 plantas por
hectare e cultivadas sem irrigação. Os tratos culturais foram
realizados segundo as recomendações técnicas para o Estado
do Paraná (INSTITUTO..., 1992).
Durante o período de 1985 a 1994, exceto 1991, foi avaliada
a produção de frutos por planta, e de 1986 a 1997, as características
físico-químicas dos frutos. Para isso, por ocasião da colheita,
foram realizadas a contagem e a pesagem dos frutos para a
determinação da produção média por planta e da massa média do
fruto. A produção acumulada foi obtida somando-se a produção
média anual dos nove anos avaliados. Para a análise química,
foram coletadas amostras contendo 10 frutos da parte externa da
planta, à altura de 1,0 m a 2,0 m, nos quatro quadrantes. A extração
do suco foi realizada com extratora Croydon
®
, modelo ES4EA-
B60000. A acidez titulável total (ATT) foi determinada pela
titulação de 25 mL de suco, com solução de hidróxido de sódio a
0,1 N (AOAC, 1990), obtendo-se o resultado em porcentagem de
ácido cítrico. O teor de sólidos solúveis totais (SST) foi
determinado pela leitura direta em refratômetro Atago
®
. O ‘ratio’,
que é a relação aritmética entre sólidos solúveis totais e acidez
(SST/ATT), foi calculado obtendo-se um valor aproximado do
ponto de maturação dos frutos, pois os dados obtidos para análise
foram coletados de agosto a outubro.
O rendimento em suco, expresso em porcentagem, foi
calculado através da relação: (MS/MF) x 100, onde MS = massa
do suco (g) e MF = massa da fruta (g). O índice tecnológico (IT)
ou quantidade de sólidos solúveis totais no suco, em uma caixa
de 40,8 kg (kg de SST.caixa
-1
), foi calculado conforme a fórmula
abaixo (Di Giorgi et al., 1990):
IT= [rendimento em suco x sólidos solúveis totais x 40,8]
x 10.000
-1
, onde:
IT = índice tecnológico; rendimento em suco = relação
MS/MF; sólidos solúveis totais = teor de sólidos solúveis; 40,8
kg = peso-padrão da caixa de colheita de laranja.
Os dados foram analisados utilizando-se do programa
SAS (SAS INSTITUTE INC., 2001) para a comparação das médias,
teste t, a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A produção de frutos do clone ‘Valência’ foi superior à
‘Valência 718’, em 1985, 1988, 1990 e 1994, e à ‘Valência Late
1138’, em 1985 (Tabela 1). Este último clone foi superior à ‘Valência
718’, em 1988, 1989 e 1994, sendo também superior ao clone
‘Valência’, em 1989. Os três clones comportaram-se de modo
semelhante, em 1986, 1987, 1992 e 1993, não diferindo
estatisticamente. Considerando a produção acumulada nos nove
anos de colheita, as laranjas ‘Valência’ e ‘Valência Late 1138’
apresentaram os maiores valores, diferindo estatisticamente da
‘Valência 718’. Auler et al. (2008) registraram produção acumulada
de 867,69 kg de frutos por planta nas dez primeiras safras (1996 a
2005) para o clone ‘Valência 718’, na região noroeste do Estado
do Paraná.
A produção média anual dos três clones de ‘Valência’,
durante o período de três a cinco anos após o plantio (1985 a
1987), variou de 48,27 kg a 68,27 kg por planta (Tabela 2).
Entretanto, essa produtividade ficou abaixo da obtida por Roberto
et al. (1999), que registrou produção média de 96,77 kg, para
período de produção equivalente nas condições de Santa Rita
do Passa Quatro-SP. A produção inicial observada em 1984 foi
COMPORTAMENTO DE CLONES DE LARANJA ‘VALÊNCIA’ NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ
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pequena e sem expressão econômica. Conforme Di Giorgi et al.
(1990), uma planta de laranja torna-se produtiva a partir de 4 a 5
anos de idade. A produção média por planta dos três acessos de
laranja ‘Valência’ obtida no período compreendido entre 1985 a
1990 variou de 95,60 kg a 131,48 kg (Tabela 2), superando os
resultados obtidos por Souto et al. (2001), em Nova Porteirinha
(MG), com os clones ‘Valência CNPMF 27’e ‘Valência IAC 36’,
que foram de 90 e 58 kg por planta, respectivamente.
No período de 1992 a 1994 (10 a 12 anos a partir do plantio),
a produção média dos três clones de ‘Valência’ variou de 157,14
kg a 264,38 kg (Tabela 2), estando as produções das laranjas
‘Valência’ e ‘Valência Late 1138’ dentro da média estimada de 200
kg por planta para essa cultivar (Figueiredo, 1991). A laranja
‘Valência 718’ apresentou produção relativamente baixa quando
comparada com a média esperada de 200 kg por planta. No entanto,
Pompeu Jr. (1981) relatou que, no total de dez safras (1970 a
1979), foi obtida produção média de 160,8 kg para a laranja
‘Valência’, nas condições da Estação Experimental de Pindorama
do IAC – SP.
Na produção obtida na fase adulta, de 1992 a 1994 (Tabela
1), foi observada tendência à alternância de produção para os
três clones de laranja ‘Valência’. Jones & Cree (1965)
demonstraram, experimentalmente, que a coexistência de frutos
em plena maturidade e flores do ciclo posterior acarreta variações
na produção, provocando a bianualidade. Isso é verificado
normalmente nas cultivares tardias (Di Giorgi et al., 1993).
As variáveis avaliadas acidez, sólidos solúveis, ‘ratio’,
rendimento em suco e massa do fruto, não apresentaram
diferenças significativas entre os três clones estudados, exceto
para o índice tecnológico da ‘Valência Late 1138’, cujo valor de
1,95 ± 0,24 kg de SST.caixa
-1
foi inferior aos demais (2,20 ± 0,32
para ‘Valência 718’ e 2,16 ± 0,35 para ‘Valência’) (Tabela 3).
Segundo Di Giorgi et al. (1990), este índice varia de 2,49 a 2,86 kg
de SST.caixa
-1
.
O valor médio de sólidos solúveis totais (SST) variou de
9,81 ± 1,02 a 11,03 ± 1,43
o
Brix, e, segundo Figueiredo (1991), a
média deste índice para esta cultivar é de 11,8. Os menores valores
de SST obtidos, quando comparados aos padrões da cultivar,
são devido à colheita antecipada dos frutos (agosto a outubro).
Os valores de acidez variaram de 1,19 ± 0,24 a 1,28 ±
0,31%, enquanto Figueiredo (1991) descreveu 1,05 para laranja
‘Valência’. Esses valores de acidez também estão relacionados
com o período de colheita, indicando que os frutos ainda não
haviam completado a maturação. Conforme Chitarra & Chitarra
(2005), a acidez dos frutos tende a decrescer com a utilização dos
ácidos orgânicos na atividade respiratória, que é intensa à medida
que segue o crescimento e a maturação dos frutos. Portanto,
colheitas mais tardias permitiriam a maturação completa dos
frutos, favorecendo um incremento nos valores de ‘ratio’ obtidos
que variaram de 8,43 ± 1,43 a 8,51 ± 1,68. Segundo Di Giorgi et al.
(1993), enquanto o fruto permanece na árvore, sua qualidade
interna aumenta gradativamente, atingindo um valor máximo para
a fabricação do suco de laranja concentrado congelado, situado
na faixa de ratio 13 a 16. Em avaliações realizadas em meados de
outubro no noroeste do Paraná, Auler et al. (2008) obtiveram
‘ratio’ médio de 13,4 para a laranja ‘Valência 718’.
O rendimento em suco variou de 48,90 ± 3,18 para ‘Valência
Late 1138’ a 50,87 ± 4,51 para ‘Valência’. Figueiredo (1991)
considera que o rendimento da cultivar Valência é de 50%. A
massa média dos frutos nos três tratamentos foi superior à média
da cultivar, que é de 150 g (Figueiredo, 1991), aproximando-se
dos 184,5 g relatados por Pompeu Júnior (1981) e dos 182,0 g
relatados por Auler et al. (2008), e inferior aos 230 g obtidos por
Souto (2001).
Z. H. TAZIMA et al.
FIGURA 1 - Médias das temperaturas máxima e mínima,
precipitação e umidade relativa da Estação
Experimental do Instituto Agronômico do Paraná
– IAPAR, Londrina – PR, para o período de 1976 a
2006.
CloneAno da
colheita
*
‘Valência’ ‘Valência
718’
‘Valência Late
1138’
1985 41,85
z
a 3,10 b 7,55 b
1986 15,20 a 6,74 a 4,84 a
1987 147,77 a 124,99 a 141,30 a
1988 237,08 a 149,35 b 256,59 a
1989 189,04 b 199,94 b 267,95 a
1990 126,83 a 79,50 b 110,67 ab
1992 215,03 a 168,43 a 268,17 a
1993 311,37 a 241,10 a 313,77 a
1994 190,13 a 61,90 b 211,20 a
Total
acumulado 1.474,30 a 1.045,05 b 1.582,04 a
TABELA 1 - Produção média anual e total acumulada (kg.planta
-1
)
de nove safras de três clones de laranja ‘Valência’
do BAG-Citros do IAPAR, Londrina-PR, de 1985 a
1994*.
z
Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem entre si, ao nível
de 5% de probabilidade, pelo teste t.
*
1991 – dados não coletados.
Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 30, n. 4, p. 970-974 Dezembro 2008
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COMPORTAMENTO DE CLONES DE LARANJA ‘VALÊNCIA’ NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ
Clone AT
(%)
SST
(
o
Brix)
‘Ratio’
SST/AT
Suco
(%)
IT
SST.caixa
-1
(kg)
MF
(g)
‘Valência’ 1,28
z
a 10,48 a 8,51 a 50,87 a 2,16 a 169,88 a
‘Valência 718’ 1,33 a 11,03 a 8,43 a 49,06 a 2,20 a 174,67 a
‘Valência Late 1138’ 1,19 a 9,81 a 8,48 a 48,90 a 1,95 b 183,16 a
CONCLUSÕES
1-Nas condições da região norte do Paraná, os clones de
laranja ‘Valência’, acesso I-93, e ‘Valência Late 1138’, acesso I-
105, são os mais produtivos em relação ao clone ‘Valência 718’,
acesso I-94.
2-A laranja ‘Valência Late 1138’, acesso I-105, apresenta
o menor índice tecnológico em relação aos demais clones para o
período avaliado (agosto a outubro).
AGRADECIMENTOS
Agradecemos aos colaboradores Sydnei Dias dos
Santos, Naodi Komoli e José Antonio de Oliveira, pelo apoio
prestado na condução dos trabalhos e avaliações.
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CloneAno da
Colheita*
‘Valência’ ‘Valência
718’
‘Valência Late
1138’
1985 a 1987 68,27
z
a 48,27 a 51,23 a
1988 a 1990 184,32 a 142,93 a 211,74 a
1992 a 1994 238,84 a 157,14 a 264,38 a
1985 a 1990 126,30 a 95,60 a 131,48 a
z
Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste t.
*
1991 – dados não coletados
TABELA 3 - Dados médios de acidez total (AT), sólidos solúveis totais (SST), ‘Ratio’ (SST/AT), rendimento em suco (Suco), índice
tecnológico (IT) e massa do fruto (MF) de três clones de laranja ‘Valência’ do BAG-Citros do IAPAR, Londrina, 1986 a
1997.
z
Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste t.
Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 30, n. 4, p.970-974, Dezembro 2008
974
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Sociedade Brasileira de Fruticultura, 2000. CD-ROM.