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1
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: UMA VISÃO SOBRE O RAMO DE
REVENDA DE COMBUSTÍVEIS NO ENTORNO DO DF.
AUTORES
JAIRO ALANO DE BITTENCOURT
Universidade Católica de Brasília
jairo@ucb.br
JOSE MARIA DE OLIVEIRA
Universidade Católica de Brasília
jmoliveira@ucb.br
SEBASTIÃO EUSTÁQUIO PEREIRA
Universidade Católica de Brasília
eustaquio@ucb.br
HENRIQUE VINHAL FERNANDES CAIXETA
Universidade Católica de Brasília
henriquefocus@uol.com.br
PAULO CESAR CHAGAS
Universidade Católica de Brasília
pchagas@ucb.br
RESUMO
Este artigo teve como objetivo apurar o nível de responsabilidade socioambiental do
empresariado do setor de revenda de combustíveis e a percepção que os respectivos gestores têm
sobre os impactos que essa atividade impõe ao meio ambiente e à comunidade circunvizinha aos
respectivos estabelecimentos. Subsidiariamente, os objetivos específicos que contribuíram para o
alcance do objetivo principal foram os seguintes: a) verificação do conhecimento da legislação
ambiental pelos empresários do setor para a exploração das atividades inerentes à
comercialização combustíveis e lubrificantes; b) verificação do custo-benefício para
implementação de medidas previstas na legislação ambiental; e c) analise dos possíveis impactos
das práticas socioambientais sobre os objetivos estratégicos da organização. Para a coleta de
dados, o instrumento utilizado foi um questionário estruturado, bem como observação direta. A
pesquisa foi feita em empresas que comercializam combustíveis e lubrificantes no entorno do
Distrito Federal – Formosa/GO e Planaltina/GO – cujos resultados evidenciaram que as atitudes e
a gestão empresarial não convergem com a temática socioambiental, apesar da constante
fiscalização que sofre o segmento em estudo. As ações adotadas observam o estrito cumprimento
da lei, em detrimento de outras atitudes que remetam à criação de cultura de responsabilidade
social empresarial, conforme evidenciado nos resultados da pesquisa.
2
Palavras-chave: Responsabilidade socioambiental. Revenda de combustíveis. Temática
socioambiental.
ABSTRACT
This article had as purpose cleans the level of responsibility social environmental of the business
community of the fuels resale section and the managers’ perception on the impacts on the activity
imposes to the environment and the adjacent community to the respective firm. Secondarily, the
specific objectives that contributed to the reach of the main objective were the following ones: a)
verification of the knowledge on the environmental legislation for the branch entrepreneurs
inherent activities to the commercialization fuels and lubricants; b) verification of the cost-benefit
for implementation of measures foreseen in the environmental legislation; and c) the analyzes of
the possible impacts of the practices social environmental on the strategic objectives of the
organization. For the collection of data, the used instrument was a structured questionnaire, as
well as direct observation. The research was made in companies that market fuels and lubricants
around of the District Federal - Formosa/ GO and Planaltina/ GO - whose results evidenced that
attitudes and the business administration don't converge with the theme social environmental, in
spite of the constant surveillance on the segment in study. The actions taken meet the strict
enforcement of the law to the detriment of other attitudes wich refer to the creation of social
responsibility corporate culture, as evidenced in the search results.
KEYWORDS: Social responsibility. Fuel Resale. Social theme.
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1. Introdução
O homem sempre buscou aprimorar o conhecimento sobre a natureza e aplicar sua
engenhosidade para criar condições de conforto e qualidade de vida ante as adversidades ou
benesses apresentada pelo meio ambiente. Nesse contexto, estudou a natureza, inventou e
descobriu formas de energia e sua utilização para propiciar o alcance desse objetivo.
Dentre tantas outras descobertas, em meados do século XIX, o petróleo despontou como
uma das principais fontes de energia, proporcionando a evolução de vários segmentos industriais,
entre eles a indústria automobilística, ainda incipiente. Como exemplo, pode-se citar a Ford, que
no início do século XX começou a produzir carros em massa através de sua linha de montagem
(SILVA, 2002).
Os ganhos tecnológicos sucessivos, à medida que a as empresas evoluíam, melhoravam
processos e produtividade, permitiu a comercialização de produtos de alto valor agregado a
preços acessíveis permitindo a grande parte da população - que por sua vez tinha no seu
composto salarial sensível melhora do poder aquisitivo – a possibilidade de usufruí-los.
Entretanto, o desenvolvimento sócio-econômico-industrial teve significativo preço, cujo
custo maior foi debitado à natureza, de onde as maiorias das matérias-primas eram e ainda são
retiradas para a produção.
A problemática ambiental entra em evidência, portanto, configurando-se como um dos
principais assuntos, cujas discussões iniciais se dão a partir dos anos 70 (Silva, 2002), e faz parte
da maioria das pautas de discussão no século XXI. Conseqüentemente, aumenta a atenção
daquelas atividades econômicas que lidam com produtos poluentes. Incluído nessa discussão está
o segmento de revenda e distribuição de combustíveis e lubrificantes e as atividades subjacentes,
tais como: lavagem de veículos, troca de óleo, entre outras, que produzem resíduos que podem
ser direcionados para a rede pluvial e, conseqüentemente, para córregos, rios ou lagos.
Evidentemente, não é um problema local ou regional, configurando-se como um problema
de ordem mundial, sobremaneira agravado em países subdesenvolvidos ou em vias de
desenvolvimento, cujas economias apóiam-se em modelos extrativistas, produtores e
exportadores de commodities.
Com relação aos veículos automotores, apesar de sua praticidade, não se desconhece os
efeitos nocivos à poluição do ar decorrentes de sua utilização. Por extensão, todas as atividades
que contribuem para a manutenção e operacionalidade da frota de veículos comerciais e
particulares, também têm sua parcela de culpa à deterioração do meio ambiente, exigindo
medidas de mitigação a esses malefícios.
Sabe-se, nesse contexto, que só o Distrito Federal (DF) possui hoje uma frota superior a
um milhão de veículos (são cerca de 1 para cada 2 habitantes), de acordo com dados da Agência
Nacional de Petróleo - ANP (2008). Mas essa estatística é de emplacamentos. Há muitos
veículos emplacados no DF que circulam no entorno, em especial Formosa e Planaltina, cidades
do Estado de Goiás (GO). Fora o número de veículos que são emplacados e realmente circulam
nesses municípios.
Por ser uma região do entorno da capital federal e não possuir grande aglomerado
populacional, que justifique ações fiscalizadoras constantes , principalmente aos estabelecimentos
que revendem derivados de petróleo situados à margem de rodovia, é que motivou a realização de
estudar essa região para verificar o nível de percepção dos empresários do ramos de combustíveis
e lubrificantes derivados do petróleo com relação à temática ambiental.
4
Diante desse contexto, o problema que se pretendeu responder com a pesquisa foi o
seguinte: “Qual é o nível de conscientização socioambiental dos empresários que comercializam
combustíveis e lubrificantes nos entorno do DF”?
O objetivo perseguido no presente estudo foi apurar o nível de conscientização do
empresariado do setor quanto aos impactos ambientais ao comercializarem esses produtos e que
ações empreendem para mitigar os danos ambientais decorrentes. Subsidiariamente os objetivos
específicos, que contribuíram para o objetivo principal são os seguintes: a) verificação do nível
do conhecimento da legislação ambiental pelos empresários do setor, para a exploração das
atividades inerentes à comercialização combustíveis e lubrificantes; b) verificação da disposição
para se implementar medidas previstas na legislação ambiental em detrimento de seus custos; c)
analise dos possíveis impactos das práticas socioambientais sobre os objetivos estratégicos da
organização; e d) verificação da destinação dada aos demais resíduos líquidos dos postos,
decorrentes dos serviços de troca de óleo e de lavagem de veículos.
Os resultados que serão apresentados ao final do estudo dão conta de que as ações
empresariais, apesar de atividades bastante controladas e fiscalizadas pelas agências
governamentais, não se identificam com a criação de cultura de responsabilidade social
empresarial. Representam, antes de tudo, atitudes formais para o cumprimento do que prescreve a
legislação ambiental para o setor. Evidencia, ainda, a pesquisa, que alguns empresários não
hesitariam em descumprir algumas normas, caso o custo da implementação de procedimentos
mitigadores, conhecidamente onerosos, sejam superiores ao valor das multas aplicadas às
infringências dos estabelecimentos.
2. Referencial teórico
2.1. Gestão Ambiental
Conforme define Reis Junior (2008), a gestão ambiental representa a administração de
atividades econômicas e sociais, procurando otimizar a utilização racional dos recursos naturais,
renováveis ou não. Visa, em suma, o uso de práticas que garantam a conservação e preservação
da biodiversidade, entre elas a reciclagem e o reuso, tendo como objetivo precípuo a redução do
impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais. Segundo o autor, “fazem
parte também do arcabouço de conhecimentos associados à gestão ambiental, técnicas para a
recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento, métodos para a exploração
sustentável de recursos naturais, e o estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de
novos empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas”.
2.2. Responsabilidade Social Corporativa
Conforme afirma Silva (2002), responsabilidade social corporativa é a obrigação que uma
empresa tem de agir de maneira que sirva tanto os interesses próprios como os interesses da
sociedade. Ele classifica a responsabilidade das organizações em duas visões: uma clássica, que
afirma que a única responsabilidade da administração é conduzir os negócios com o máximo
lucro, e a outra sócio-econômica, que assegura que qualquer organização deve se interessar pelo
bem-estar social externo e não somente pelos lucros corporativos.
Na concepção de Bateman et al. (2006), a responsabilidade social corporativa tem sido
tema cada vez mais discutido entre as empresas na medida em que elas têm grande impacto no
meio em que estão (poluição, empregos, bem-estar da comunidade). É definida como a obrigação
assumida pelas empresas em relação à sociedade.
5
Sendo assim, pode-se traçar um panorama crescente de como as responsabilidades se
configuram nas empresas: responsabilidades econômicas (seja lucrativo), legais (obedeça à lei),
éticas e voluntárias (seja um bom cidadão corporativo).
Uma nova tendência está se confirmando no ambiente corporativo: a responsabilidade
social corporativa não significa custos e despesas para as empresas, pelo contrário, pode se
configurar um investimento com retorno através de sua imagem e ações na sociedade.
Dando continuidade, os autores salientam que a maximização dos lucros e a
responsabilidade social corporativa costumam ser vistas como antagônicas, levando a políticas
opostas. Mas agora, num clima empresarial mais voltado para a ética, as duas visões podem
convergir. Eles salientam que, no início, a atenção à responsabilidade social corporativa se
concentrava no suposto procedimento incorreto e em como controlá-lo. Mais recentemente, a
atenção tem sido dirigida à possível vantagem competitiva de ações socialmente responsáveis.
Na visão de Jones (1996), os argumentos a favor da responsabilidade social corporativa
podem ser classificados na linha ética e instrumental. Quanto aos éticos consideram dever das
empresas praticar ações sociais por ser uma atitude moralmente correta. Já a linha instrumental
defende a responsabilidade social corporativa como forma de trazer vantagem competitiva às
empresas. De acordo com esse autor, o discurso da responsabilidade social corporativa carece de
coerência teórica, validade empírica e viabilidade normativa.
Defensores do conceito de responsabilidade social, desde então, começam a argumentar
que outras ações que priorizem objetivos sociais em relação aos retornos financeiros dos
acionistas, tal qual a filantropia, como ação legítima da corporação, também poderiam levá-la a
abandonar linhas de produtos lucrativas, porém nocivas ao meio ambiente natural e social (Wood,
1991) Evoluindo na linha instrumental, Carroll (1999) propõe uma visão mais abrangente, que
inclui a cidadania empresarial. Ele define quatro dimensões da responsabilidade social
corporativa: econômica, legal, ética e filantrópica. Assim, para ser socialmente responsável, a
organização deveria ser lucrativa, obedecer às leis, ter uma atitude ética e, ainda, praticar
atividade de filantropia.
Já Reinhardt (1999 apud Volpon et. al., 2007) argumenta que a preservação do meio
ambiente não deve ser vista como uma questão de responsabilidade social. Para o autor, o
investimento ambiental está intrinsecamente relacionado à sustentabilidade do negócio; portanto,
incluir essa variável no campo da responsabilidade social levaria a empresa a ignorar
oportunidades e riscos resultantes dos problemas ambientais.
Robles Jr et. Al (2006) completa os autores citados, referindo-se às ações que conduzem a
responsabilidade social corporativa, entre elas a implantação da norma ISO 14000. Esse
instrumento de Gestão da Qualidade Total é diretamente ligado à Gestão Ambiental, pois:
• Implanta, mantém em dia e melhora um Sistema de Gestão Ambiental;
• Assegura-se de que está em conformidade com sua política ambiental declarada;
• Demonstra a terceiros tal conformidade;
• Procura a certificação/registro em seu Sistema de Gestão Ambiental por uma
organização externa;
• Cumpre através de uma auto-avaliação e uma autodeclaração de conformidade com esta
norma internacional.
6
2.3. Ética
Silva (op. cit.) conceitua ética como um conjunto de valores e regras que definem a
conduta como certa ou errada. Esses valores indicam quando um comportamento é aceitável ou
inaceitável. Além disso, Silva ressalta que a ética é uma necessidade em todos os níveis da
organização de negócios, desde a alta administração até os empregados operacionais. Ela reflete
costumes e moral estabelecidos e reflete as relações humanas fundamentais que podem variar ao
redor do mundo.
Já Bateman et al. (op. cit.) afirmam que a ética é o sistema que governa a ordem dos
valores. Eles listam vários sistemas éticos, dentre eles, é importante citar o universalismo (valores
necessários para a sociedade funcionar harmonicamente. Ex: honestidade), o utilitarismo (visão
da sociedade), o relativismo (opinião de agentes dignos de benchmark) e o modelo de
desenvolvimento moral cognitivo de Kohlberg.
O modelo de Kohlberg (1969 apud Bateman et al., 2006) lista as ações éticas das pessoas
pelas motivações que as fez agir de determinada forma. São três estágios. O primeiro – pré-
convencional – diz que o cidadão toma decisões de acordo com recompensas e punições
concretas e interesse próprio imediato. O segundo estágio – convencional – diz que o cidadão age
de acordo com as expectativas de comportamento ético empregado por grupos e instituições
como a sociedade, família ou os colegas. O último é o estágio de princípios, versando que as
pessoas adotam uma perspectiva mais ampla na qual enxergam além da autoridade, das leis e das
normas e seguem os princípios éticos que elas próprias escolheram.
O modelo diz que a pessoa pode viver para sempre no estágio pré-convencional ou migrar
de um para o outro de acordo com o desenvolvimento de educação e experiências, agregando
princípios.
2.4. Responsabilidade Sociambiental
Dias (2004) introduz os desafios socioambientais que estão pela frente. Sua visão é
diferente dos outros, não tão voltada para a gestão em si, e sim com objetivos mais altruístas. Ele
diz que não somos donos da Terra, que fazemos parte dela; fala também que não precisamos
“dominar” a natureza, e sim viver em harmonia com ela, e por último, mas não menos
importante, diz que dependemos da Terra; mas a terra não depende de nós.
O autor introduz no meio científico o conceito de “pegada ecológica”. “Ela é definida
como a área de terras produtivas que uma pessoa precisa para sustentar o seu consumo e absorver
seus resíduos pelo período de um ano (ha/pessoa/ano). Para manter os padrões de consumo da
humanidade já se faz necessário um planeta 30 % maior”, afirma o autor.
2.5. Trabalhos já realizados em organizações
A literatura nos mostra alguns trabalhos realizados sobre gerenciamento socioambiental,
ou seja, o que há de efetivo quanto às bibliografias supracitadas.
Andrade et. al. (2004) ilustra o caso que aconteceu com a empresa Celulose S/A, uma das
maiores empresas de papel e celulose do Brasil. A sua matéria-prima inicialmente era abundante.
Muita mata nativa. Contudo, sofreu um rápido processo de destruição nas últimas quatro décadas.
As preferências ambientais dos consumidores internacionais de celulose e papel são importantes
na medida em que têm se traduzido em normas restritivas impostas por seus países,
principalmente da União Européia.
7
Diante disso, a Celulose S/A possui extensas áreas reflorestadas, com significativo
percentual de matas preservadas, observando as restrições impostas pela legislação federal.
As práticas produtivas da Celulose S/A são constituídas, basicamente, de atividades de
planejamento, execução e controle de plantios. Observam a minimização de custos e os locais de
instalação das áreas de plantio. A escolha da técnica de plantio também se compatibiliza com o
uso do solo e com a condição da biodiversidade.
A gestão estratégica da Celulose S/A está centrada em uma estratégia ambiental que
combina, de um lado, as pressões da comunidade quanto aos impactos ambientais e sociais
provocados por grandes matas plantadas e de outro, a obtenção de resultados econômicos que
assegurem sua sobrevivência como empresa.
Ela adota uma política de recursos humanos a permanente educação ambiental de seus
empregados, desde o pessoal da alta administração até base da pirâmide organizacional
constituída pelos empregados mais simples da área de produção.
Nesse sentido, a Celulose S/A tem-se constituído como referencial no ramo de atividades
ao qual pertence, procurando desenvolver atividades de educação ambiental e de pesquisa
florestal à semelhança dessa empresa.
O mesmo autor cita também o caso da empresa Produtos Químicos S/A. A empresa é uma
das maiores fabricantes nacionais de fibras sintéticas, fios industriais, produtos químicos e
agroquímicos. Os primeiros trabalhos que ela realizou eram voltados às soluções que suas
fábricas deveriam dar a suas emissões de resíduos industriais. As iniciativas eram isoladas por
fábrica.
As questões ambientais, quando começaram a aflorar, fizeram com que as empresas
começassem a se organizar de forma a resolver seus problemas. Então se criou uma política de
meio ambiente para a empresa Produtos Químicos S/A, no sentido de assegurar o
desenvolvimento empresarial ao mesmo tempo em que procura a preservação do meio ambiente.
A gestão ambiental é incutida na organização de forma tão intensa que passa a fazer parte
do ato de pensar, principalmente nos novos investimentos. Na visão da direção da empresa, há
um aspecto econômico, porque toda vez que a organização provoca poluição ela certamente o
está fazendo por meio de rendimento de processos produtivos que não são satisfatórios. Além
disso, há uma questão de ética e respeito para com a comunidade.
As medidas tiveram impactos culturais e sistêmicos que tiveram de ser contornados.
Porém, ao longo do tempo foi-se mudando a forma de pensar e agir. Hoje a Produtos Químicos
S/A possui um sistema de controle ambiental por meio do monitoramento de indicadores
evidenciadores da evolução dos efluentes líquidos, gasosos e de resíduos (controle de
vazamentos, reciclagem de águas e afins). Esses indicadores passaram a instruir um instrumento
de gestão da política ambiental da empresa.
2.6. Legislação específica para o segmento de revenda de combustíveis e suas especificidades
O Brasil é o país que - apesar de possuir uma legislação ambiental pioneira, mais moderna
e completa dentre os países do Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina)- ainda enfrenta
problemas para fiscalizar e aplicar a lei avalia Rocha et. al. (2005).
Eles ressaltam, ainda, que o país ainda carece de fiscalização mais eficaz e de uma política
de ação preventiva e repressiva dos governos por danos causados ao meio ambiente.
O CONAMA – Conselho Nacional do meio Ambiente, através de sua resolução 273, de
29 de novembro de 2000, estabelece diretriz quanto à comercialização de combustíveis e
8
prevenção à poluição. Por se tratar de empreendimentos potencialmente poluidores e geradores
de acidentes ambientais, com riscos de vazamentos e explosões, podem causar danos à sociedade.
Por conta disso, há necessidade de regulamentar esses empreendimentos, obrigando-os a
licenças prévias do órgão ambiental competente para a localização, construção, instalação,
modificação, ampliação e operação de postos revendedores, postos de abastecimento. Classifica-
os quanto à sua atividade, salienta que tudo deve ser feito quanto às normas da ABNT, e depois
especifica quais são os documentos necessários para se ter a licença prévia para a atividade.
A Agência Nacional do Petróleo – ANP –, instituída pela Lei 9.478/1997 (artigo 8º, inciso
VII), conhecida como Lei do Petróleo, tem como função promover a fiscalização das atividades
econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, bem como
aplicar as sanções administrativas e pecuniárias previstas em lei, regulamento ou contrato.
A ANP fiscaliza as ações de produção, importação, exportação, refino, beneficiamento,
tratamento, processamento, transporte, transferência, armazenagem, estocagem, distribuição,
revenda, comercialização, avaliação de conformidade e certificação do petróleo, gás natural e
seus derivados, além de ter o poder de emitir autos de infração, a interditar bombas de
abastecimento nos postos revendedores em que sejam constatadas irregularidades, bem como
cancelar registros de produtos.
Durante uma ação de fiscalização, os fiscais verificam no estabelecimento uma série de
itens referentes a exigências de segurança e de proteção ao meio ambiente. Além de autuar o
posto quando constatada alguma não-conformidade no combustível, os agentes de fiscalização
também podem interditar o estabelecimento.
Apesar da Resolução ANP nº 12, de 21/3/2007 compor normas relativas ao
armazenamento de combustíveis para consumo próprio, ela trata bem no início os conceitos dos
elementos de comércio de combustíveis, em seu artigo 2º:
Distribuidor – pessoa jurídica autorizada para o exercício da atividade de distribuição de
combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível, biodiesel, mistura óleo
diesel/biodiesel especificada ou autorizada pela ANP e outros combustíveis automotivos, bem
como para a de distribuição de combustíveis de aviação;
Fornecedor – refinaria, unidade de processamento de gás natural (UPGN), produtor de
biodiesel e importador de combustíveis líquidos, autorizados pela ANP, e central petroquímica;
Revendedor varejista – pessoa jurídica autorizada para o exercício da atividade de revenda
varejista de combustível automotivo.
É regulamentado o exercício da atividade de revenda varejista de combustível automotivo
através da Portaria ANP número 116, de 05.07.2000. Observa-se através da mesma, que, por ser
atividade de risco, demanda muitas precauções. Essa é a especificidade principal desse setor
econômico da economia.
A Portaria lista os documentos para protocolar a abertura do estabelecimento, bem
também como regra de compra dos combustíveis (só pode ser de distribuidoras), as normas para
instalação e tancagem, cita que é facultativo o oferecimento de outros produtos e serviços no
estabelecimento, desde que não comprometa a segurança da revenda de combustíveis. O órgão
também proíbe práticas de comercialização de combustíveis entre os estabelecimentos (um posto
comprar de outro), adulteração, dentre outras mais, como o zelo pelo perfeito estado dos
equipamentos e também o fornecimento de todas as informações pertinentes consumidor.
9
3. Metodologia
Esta pesquisa é exploratória quanto aos objetivos, porquanto cuidará de, além dos
conhecimentos levantados na bibliografia e legislação vigente, buscará outros ainda não relatados
no meio acadêmico, proporcionando maior familiaridade ao problema, conforme afirma Vergara
(2000). Quanto a sua natureza é aplicada, pois tem por objetivo verificar o nível de
conscientização quanto à questão da preocupação ambiental do comércio varejista de
combustíveis e conhecer melhor o fenômeno empresa X ambiente externo.
O problema foi abordado de forma quali-quantitativa, ou seja, buscará respostas no
conteúdo adquirido pela pesquisa com base em tabelas e gráficos, usando instrumentos
estatísticos para análise, bem como buscou dados qualitativos através da observação direta, que
procurou verificar o modus operandi dos estabelecimentos e a comparação com as respostas aos
questionamentos realizados pelo instrumento escolhido (questionário).
A pesquisa utilizou um questionário executado de forma estruturada, utilizando-se o
formato da escala Likert de classificação. Essa ferramenta possibilitou analisar os dados através
dos níveis de concordância ou satisfação do colaborador com assertivas que lhes foram
apresentadas. Também foi usado, como procedimento técnico, a observação direta às empresas,
sendo esta uma forma empírica de obter resultados qualitativos. Ao final, foi usado o modelo de
Kohlberg (op. cit.) para análise dos dados coletados.
A pesquisa envolveu 30 estabelecimentos que comercializam combustíveis e lubrificantes,
representando uma amostra probabilística aleatória, por acessibilidade, dentro de um universo de
43 postos, compreendendo as cidades de Formosa – Goiás e Planaltina - Goiás, situadas a
Nordeste do DF.
Foram investigados 25 estabelecimentos em Formosa e 5 em Planaltina – GO. A margem
de erro foi de 10 %, considerando-se a disponibilidade de tempo destinada ao estudo, além da
acessibilidade já mencionada, pois nem sempre se encontrou empresários dispostos a responder o
questionário, por receio, infundado, da necessidade de informar alguns dados por eles julgados
confidenciais.
4. Análise dos resultados
Para começar a estudar o nível de conscientização dos empresários do setor, primeiro foi
importante saber se eles sabem dos riscos que o comércio de combustíveis apresenta para a
comunidade:
Gráfico 1 – Consciência dos riscos frente à comunidade
20%
37%
17% 17%
10%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Tenho consciência de que meu ramo de
atividade pode representar potenciais riscos
à comunidade adjacente.
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Indiferente
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
Fonte: Questionário
10
Nota-se que a maioria (37%) dos entrevistados concorda com afirmação, porém não
totalmente. Pouco mais da metade está ciente dos riscos.
O segundo ponto explana o nível de conhecimento dos gestores quanto à legislação de
comercialização de combustíveis, que, por ser atividade de alto risco ambiental, até se confunde
com o tema (gráfico 2):
Gráfico 2 – Conhecimento da legislação
43%
30%
3%
17%
7%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Conheço a legislação referente à
comercialização de combustíveis e
lubrificantes.
Conheço totalmente
Conheço parcialmente
Não conheço nem
desconheço
Desconheço
parcialmente
Desconheço totalmente
Fonte: Questionário
O gráfico mostra que a maioria declara conhecer a legislação referente à comercialização
de combustíveis (70%).
Falando do custo de implementar equipamentos para salvaguarda das condições
ambientais, se mais onerosas que as multas, o gráfico mostra o seguinte:
Gráfico 3 – Multa mais baixa em detrimento do ônus ambiental
60%
48%
50% Concordo totalmente
40% Concordo parcialmente
30%
30% Indiferente
Discordo parcialmente
20% 13%
9%
10% 0%
0%
Se o valor da multa for menor do que os
custos para implementação de sistemas de
preservação ambiental, é preferível pagá-la.
Discordo totalmente
Fonte: Questionário
11
Observa-se que pouco menos de um terço dos entrevistados (30%) preferem pagar a multa
se ela for mais barata do que a implantação de medidas que favoreçam o meio ambiente. Somente
23 entrevistados responderam a essa questão. Outro dado digno de nota é que aqueles que
responderam que preferem pagar a multa têm o nível médio de escolaridade.
Quando o assunto é alinhar gestão ambiental a uma prioridade estratégica nas
organizações, o seguinte gráfico mostra:
Gráfico 4 – Imagem da empresa como sendo ambientalmente responsável
33%
23%
20%
7%
17%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
Já foi planejado agregar a imagem da
empresa com a questão de ser
ambientalmente responsável.
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Indiferente
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
Fonte: Questionário
Percebe-se que, de maneira geral, as respostas foram bem equilibradas. De qualquer
forma, 53% concordam total ou parcialmente com a afirmação.
Indagando-se sobre o conhecimento da ISO 14000, que estabelece normas para a
preservação ou mitigação dos danos porventura causados por atividades econômicas das
organizações ao meio ambiente, apurou-se o seguinte:
Gráfico 5 – Conhecimento da ISO 14000
18%
43%
7% 11%
21%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Tenho conhecimento do conteúdo da ISO
14000.
Conheço totalmente
Conheço parcialmente
Não conheço nem
desconheço
Desconheço
parcialmente
Desconheço totalmente
Fonte: Questionário
12
Essa pesquisa mostra que significativo percentual (39%) dos gestores não conhece total
ou parcialmente o que venha a ser a ISO 14000. Desses, 21 % declaram desconhecer totalmente,
ou seja, um contingente significativo.
A maioria, contudo, 61%, conhecem total ou parcialmente seu conteúdo, o que contribui
decisivamente para a consciência de suas práticas de gestão quanto à questão ambiental.
Com o objetivo de responder como estão sendo tratados os resíduos líquidos dos postos o
gráfico mostrou o seguinte:
Gráfico 6 – Tratamento dado aos resíduos líquidos
55%
23%
0%
18%
5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Neste estabelecimento são adequadamente
tratados os resíduos da troca de óleo e de
lavagem de veículos.
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Indiferente
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
Fonte: Questionário
A maioria dos que responderam (55%) afirmaram que dão tratamento adequado aos
resíduos líquidos. Outros 23% concordam parcialmente, ou seja, 78% procuram, mesmo que de
forma parcial, tratar adequadamente esses resíduos. Porém, oito gestores não quiseram opinar a
respeito, ou seja, 27% do total.
Quando opinaram com relação aos treinamentos realizados nas empresas com os
funcionários, os gestores responderam:
Gráfico 7 – Treinamento dado aos funcionários relativo ao tema
32%
25%
11%
14%
18%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
A empresa realiza treinamentos de
educação ambiental visando conscientizar
seus funcionários.
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Indiferente
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
Fonte: Questionário
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Esse gráfico serve para analisar tanto a consciência dos gestores (pois são eles que tomam
a decisão de treinar o colaborador), quanto também à questão de agregar a imagem da empresa
como sendo ambientalmente responsável, já que o treinamento configura como uma ação
estratégica para isso. Foram respondidos 28 questionários nesse item.
Dentre os gráficos mostrados, foram levantados outros dados que ajudam a entender
melhor e responder aos objetivos buscados.
Para começar, foram levantados os seguintes dados demográficos: vinte e uma pessoas (a
maioria) têm mais de 36 anos. Isso mostra que, em geral, os gerentes e os proprietários do
negócio já são pessoas que têm um pouco mais de vivência.
Quanto ao número de funcionários das organizações nove afirmaram que possuíam até
dez funcionários e nove afirmaram que vendiam até 200 mil litros mensais.
Mais da metade dos estabelecimentos (56%) têm entre 6 e 10 anos de existência. São
organizações, portanto, que começam a atingir seu auge ou grau de maturidade, pois já passaram
da barreira dos cinco anos de existência, que o SEBRAE aponta em suas estatísticas como tempo
de risco, ou seja, a partir daí, há grande possibilidade de consolidação da empresa no mercado.
Há outros dados além dos mostrado nas tabelas relacionados à análise de escala Likert.
Diante da argüição sobre um sistema de reaproveitamento de lixo no estabelecimento, 96%
declararam não possuírem. Somente um estabelecimento afirmou possuí-lo.
Quando o assunto se refere à água, 36% afirma que sabe quantos litros por mês são
consumidos em seu estabelecimento, 29% discorda total e 36% discordam parcialmente da
afirmação. Muitos proprietários alegaram que eles nunca atentaram para essa questão, somente
fazem algum controle quanto o valor monetário da conta ultrapassa muito os valores
considerados aceitáveis, sem definirem muito a relação com os custos totais. Outros têm o
abastecimento de água proveniente de poço artesiano. Nesse caso que é praticamente impossível
saber, pois o bem usado não é pago.
No mesmo contexto, falando de criar um sistema de reaproveitamento de água, 37% dos
entrevistados opinaram total ou parcialmente que já pensaram nessa possibilidade - 36% disse
que nunca imaginou essa possibilidade e outros 27% foram indiferentes, o que de certa forma
confirma o item anterior.
Voltando-se para a legislação, quando se depararam com a questão de multas por questões
ambientais, 78% afirma que nunca foram multados e os outros 26% afirmam que já sofreram
multas. Quanto ao cumprimento das exigências da legislação, 90% afirma total ou parcialmente
que sim e outros 10% discordam parcialmente.
Usando a RSA como prioridade estratégica da organização, os resultados foram bem
equiparados. De maneira geral 53% afirmam que sim e outros 47% que não ou agem de forma
indiferente.
Finalizando, houve duas afirmações em que o item “concordo plenamente” foi preenchido
por 100% dos entrevistados. Um diz respeito à idade dos tanques subterrâneos de combustíveis
terem menos de 15 anos de idade, tempo de vida crítico considerado pela legislação em vigor, e
outro é da certeza dos gestores de não haver vazamentos desses tanques.
4.1 Discussão
É possível depreender dos dados coletados e resultados apresentados que os postos de
combustíveis não apresentam como foco a gestão ambiental. Os empresários parecem mostrar,
contudo, interesse pelo tema, mas ainda não é o foco de sua gestão.
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Com relação à consciência ambiental dos gestores no ramo de revenda de combustíveis, é
possível enquadrar a maioria no estágio ético pré-convencional e convencional, ou seja, os
cidadãos agem eticamente de acordo com as punições e recompensas e até de acordo com as
expectativas de comportamento que a sociedade espera deles.
Colocando-os em uma escala de 1 a 5 – considerando-se 1 a visão totalmente legalista e,
no outro extremo, 5, considerando-se aqueles que tem a visão ecologicamente correta, a maioria
estaria entre os graus 2 e 3.
Nota-se que a maioria dos empresários conhece a legislação sobre revenda de
combustíveis. Talvez isso também explique o estágio pré-convencional. Já que é necessário
conhecer a Lei para agir conforme seus ditames.
Entretanto, quando consideram o custo da implementação de medidas ou equipamentos de
prevenção previstos pela legislação e o valor da multa pela inobservância da recomendação legal,
caso essa multa seja inferior, um terço prefere arriscar a ser flagrado e pagá-la.
Como se evidencia no estudo, 27% não trata adequadamente os resíduos líquidos, o que é
preocupante, pois boa parte dele é constituída de componentes químicos derivados do petróleo
com algum grau de toxidade à natureza, lençóis freáticos, córregos e demais cursos d’água.
Os dados demográficos apontam que a maioria dos gerentes ou proprietários não tem
nível superior completo. A maioria das organizações pesquisadas é considerada jovem, ou seja,
ainda não incorporaram a importância do discurso e prática ambiental à imagem da organização
frente a sua clientela e demais interessados.
5. Considerações finais
Esse estudo serviu para ampliar o escopo da aplicabilidade da gestão ambiental em setores
da economia, em especial a de revenda de combustíveis. Muitos empresários ainda não
atribuíram à importância de uma gestão focada na sustentabilidade, ou seja, não compreendem
que pode ser bom para a organização adotar medidas ambientalmente responsáveis. Ainda
permanece aquela visão de que esses conceitos são divergentes.
Na verdade, a busca pela sustentabilidade financeira não exclui, tampouco é incompatível
com as práticas ambiental e socialmente responsáveis. Essas podem e devem ser incorporadas ao
modelo de gestão adotado e as estratégias organizacionais, com ganhos à imagem e o
reconhecimento de clientes e demais interessados, como evidenciam vários estudos a respeito do
tema.
No segmento em estudo, evidencia-se não existir ainda uma cultura amplamente difundida
sobre a responsabilidade socioambiental. Um percentual significativo dos empresários (cerca de
um terço), muito embora não representando a maioria, não dão prioridade à temática ambiental,
mesmo consciente dos riscos que a atividade de seus estabelecimentos pode produzir no meio
ambiente e circunvizinhança.
Como o tema é recorrente e aos poucos a sociedade tem tomado consciência do problema
ambiental, já se faz sentir alguma pressão sobre essas e outras atividades de risco. A esperança,
quanto ao segmento estudado, é que a maioria dos gestores nasceu após a década de 60 (87%),
portanto, fazem parte da geração que lançou os primeiros manifestos e preocupação com o
destino de nosso planeta. Assim, a tendência é de que se engajem, mais dias, menos dias, ao
conjunto de pessoas que trabalham pela preservação ambiental.
Sugere-se ampliar o estudo em pesquisas futuras, objetivando verificar um universo maior
de estabelecimentos do DF e a percepção dos demais gestores quanto a temática aqui estudada, já
que eles atendem uma demanda de mais de um milhão de veículos e que a região, por ser a
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capital administrativa do Brasil, acaba servindo de referência para os demais Estados da
Federação, já que as leis federais têm seu nascedouro em Brasília.
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