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Abstract

Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância jmmoran@usp.br Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes. Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada. Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação. Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.
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O que é educação a distância (*)
José Manuel Moran
Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
jmmoran@usp.br
Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por
tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou
temporalmente.
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente
juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por
tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também
podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o
telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor
(como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação"
que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja
perfeitamente adequada.
Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte
virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a
dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se
encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino
convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra
parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter
ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com
professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas
podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se
no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender
em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria
experiência, ampliando-a com novas informações e relações.
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino
regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É
mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles
que têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de
pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de
graduação.
Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que
oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da
Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior
parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no
ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.
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As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a
distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a
interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse
processo.
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que
conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet,
telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de
presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos
compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com
sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um
intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore,
com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do
conhecimento, muitas vezes a distância.
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por
aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse
espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando
aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias
interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos,
criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas
com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da
aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos
presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores
quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e
intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo
redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador,
um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e
socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos
cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o
presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios
menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de
encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares
importantes de aprendizagem.
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e
outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de
conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar
melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.
Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas
organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do
ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio
de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma
interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares
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diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos
modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a
distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio,
caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de
comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da
comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e
on-line (em tempo real).
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo
pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e
habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa
perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer
dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas,
cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte
dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a
distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja,
vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com
outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos
fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será
importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em
tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o
professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas
ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas
entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer
pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador
começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar
interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na
Internet ou outros bancos de dados.
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o
alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-
se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão
ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de
atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente
proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo)
e aulas presenciais com interação a distância.
Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de
uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de
alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade,
integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na
aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos
presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo,
em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal;
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diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada
e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.
O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil.
Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades
educacionais. uma grande desigualdade econômica, de acesso, de
maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a
mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos
(gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da
sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que
podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância
possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à
mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização
inovadora.
Bibliografia:
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.
LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um
sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.
Páginas na Internet
Página do Prof. Moran: www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm
Texto do Ivonio de Barros: Noções de Ensino a Distância: www.intelecto.net/ead/ivonio
Eduardo Chaves. Ensino a Distância: Conceitos básicos em:
http://www.edutec.net/Tecnologia%20e%20Educacao/edconc.htm#Ensino%20a%20Distância
_________________________
(*) Este texto foi publicado pela primeira vez com o título Novos caminhos do ensino a distância, no Informe CEAD - Centro de Educação a
Distância. SENAI, Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dezembro de 1994, páginas 1- 3. Foi atualizado tanto o texto como a bibliografia em 2002.
... Para diferenciar ensino remoto de EaD precisamos ter claro o que é EaD; conforme Moran (2002) é uma modalidade de ensino e aprendizagem em que professores e estudantes não estão necessariamente juntos fisicamente, porém podem estar conectados, interligados por tecnologias, via internet, embora também possam ser utilizados outros meios de comunicação como o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o telefone e tecnologias semelhantes. ...
... Atualmente, existem diversos recursos audiovisuais disponíveis na web que podem ser utilizados no planejamento das aulas. Os professores podem utilizar os podcasts de forma: expositiva e informativa; como forma de dar feedback; instruções e orientações; também podem ser usados pelos estudantes no desenvolvimento de atividades e projetos (MORAN;COSTAS, 2013;CARVALHO et. al, 2008). ...
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Grupo Temático 1. Ensino e aprendizagem por meio de/para o uso de TDIC Subgrupo 1.1 Aprender por meio das diferentes tecnologias-da educação básica à pós-graduação Resumo: As tecnologias estão inseridas em vários âmbitos da sociedade e do nosso cotidiano. Diante da pandemia causada pelo COVID-19, as pessoas têm utilizado as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) para realizar diversas atividades diárias, sem precisar sair de casa. Nesse contexto, as escolas e universidades, que outrora tinham atividades presenciais, passaram a utilizar as TDIC para realizar suas aulas e atividades de ensino de forma remota. Essas atividades foram ancoradas em plataformas digitais, com predominância de atividades dialógicas online (via webconferências ou grupos em redes sociais) e videoaulas. Assim, neste trabalho objetivamos compartilhar a síntese que fizemos acerca de algumas plataformas e recursos tecnológicos que podem ser utilizados nas aulas remotas. Nosso olhar esteve voltado para as funcionalidades e possibilidades de utilização no contexto educacional dessas plataformas, nas ferramentas e recursos digitais que elas oferecem ou comportam, entre outros. Acreditamos que os resultados encontrados nessa síntese, podem ampliar as possibilidades de atividades digitais a serem utilizadas pelos professores em suas aulas. Palavras-chave: TDIC, EaD, ferramentas digitais, aulas remotas, plataformas digitais. Abstract: Technologies are inserted in various areas of society and our daily lives. Faced with the pandemic caused by COVID-19, people have used Digital Information and Communication Technologies (TDIC) to carry out various daily activities, without having to leave home. In this context, schools and universities, which once had face-to-face activities, started to use TDIC to conduct their classes and teaching activities remotely. These activities were anchored on digital platforms, with a predominance of online dialogical activities (via webconferences or groups on social networks) and video classes. Thus, in this work we aim to share the synthesis we have made about some platforms and technological resources that can be used in remote classes. Our view was focused on the functionalities and possibilities of use in the educational context of these platforms, on the tools and digital resources that they offer or support, among others. We believe that the results found in 1 O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-Brasil (CAPES)-Código de Financiamento 001. 2 UFN; UFN, UFN.
... A bibliographic research was used, as defined by Martins (2012), involving the collection and analysis of data from relevant theoretical and empirical sources. Key referenced authors include Moran (2009) and Martins (2012), who highlighted the importance of digital networks in organizing teaching and learning in an active and inclusive manner. The methodology allowed for the identification of trends and challenges in the use of ICTs, showing that these technologies facilitate the overcoming of geographical, economic, and architectural barriers. ...
... A EAD também facilita a inclusão socioeducativa, permitindo que os aprendizes não apenas aprendam conceitos acadêmicos, mas também se relacionem, colaborem, intervenham, questionem, discordem e atuem de maneira consciente e autônoma na sociedade. Segundo Moran (2009), a personalização e a flexibilidade das redes digitais possibilitam um ensino mais adaptado às necessidades dos alunos, especialmente aqueles com necessidades especiais. ...
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O artigo teve como objetivo analisar o impacto das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) na Educação a Distância (EAD) e sua contribuição para a inclusão educacional no Brasil. Abordou-se a trajetória histórica da EAD no país e como as TDICs têm sido fundamentais para a personalização e flexibilidade do ensino. Utilizou-se uma pesquisa bibliográfica, conforme definido por Martins (2012), envolvendo a coleta e análise de dados de fontes teóricas e empíricas relevantes. Os principais autores referenciados incluem Moran (2009) e Martins (2012), que destacaram a importância das redes digitais na organização do ensino e aprendizagem de forma ativa e inclusiva. A metodologia permitiu identificar tendências e desafios no uso das TDICs, mostrando que essas tecnologias facilitam a superação de barreiras geográficas, econômicas e arquitetônicas. A análise evidenciou que a EAD, por meio das TDICs, proporciona um ambiente de aprendizagem mais inclusivo, permitindo que alunos com diferentes necessidades acessem e participem plenamente das atividades acadêmicas. Concluiu-se que as TDICs desempenham um papel crucial na democratização do ensino e na promoção da equidade educacional, sendo essenciais para o desenvolvimento de um sistema educacional mais justo e acessível. O estudo ressaltou a necessidade de continuar explorando e implementando essas tecnologias para fortalecer a educação a distância no Brasil, incentivando mais pesquisas sobre o tema.
... Está sistematizado nas seguintes etapas: uso de um pré-texto, desenvolvimento de seminários mediado pelo professor, que participa ativamente como um professor-personagem no decorrer da construção dos episódios e da montagem do espetáculo.Do entendimento dessa metodologia, elencamos como pré-texto o conteúdo teórico sobre as origens do teatro grego; os seminários tiveram como espaço de pesquisa o ambiente digital; os episódios (roteiros), cujo objetivo são apresentação do contexto e as circunstâncias de ficção, foram explorados pelo professor-personagem:propriedades da contação de histórias com o storytelling, estabelecendo conexões para criar e adaptar planos e conteúdos utilizando o professor-personagem do Drama como método de ensino.Foi elaborado um storyboard para cada aula, de forma que o planejamento do conteúdo, as estratégias e os recursos possibilitassem a interação do aluno no decorrer da aula telepresencial. Na perspectiva de José ManuelMoran (2008), o ensino telepresencial oferece estratégias valorosas ao ensino-aprendizagem,[...] na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância (p. ...
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Este artigo discute pesquisa realizada no decorrer doTrabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura em Teatro, na Universidade do Estado do Amazonas, em que se traça um paralelo entre o ensino presencial e o ensino telepresencial. A experimentação prática foi sistematizada em 10 aulas para o 6º ano do ensino fundamental, tendo como metodologia o Drama Processo, de Beatriz Cabral, pela abordagem do professor-personagem. Ressalta-se no processo a compatibilidade das duas modalidades, ao mesmo tempo em que se reforça a coletividade que envolve o fazer teatral, a partir do desenvolvimento dos conteúdos por meio de técnicas específicas da telepresença. Concluiu-se, assim, que o ensino de teatro telepresencial é possível a partir do uso de recursos, estratégias e ferramentas apropriadas ao meio digital, tal como o storytelling utilizado nas práticas dessa pesquisa.
... O contexto educacional contemporâneo demanda transformações significativas nas abordagens pedagógicas, principalmente diante da ubiquidade das tecnologias digitais da informação e comunicação e o exponencial crescimento da Educação a Distância (EaD) (Moran, 2002). ...
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Com o crescimento da Educação a Distância e a demanda por uma formação centrada no estudante, torna-se relevante explorar abordagens pedagógicas que promovam engajamento e aprendizagem significativa. O Construtivismo, fundamentado nas teorias de Piaget e Vygotsky, enfatiza que a aprendizagem é construída pelo estudante a partir de suas experiências, favorecendo uma compreensão mais profunda do conhecimento. A Teoria da Autodeterminação (SDT), de Deci e Ryan, destaca que a motivação intrínseca é fortalecida pela autonomia, competência e relacionamento. Já a Teoria do Flow, de Csikszentmihalyi, descreve um estado de imersão e prazer que intensifica a conexão com a aprendizagem. Esta pesquisa objetivou identificar e descrever correlações entre o Construtivismo, o Flow e a SDT, destacando sua relevância para o planejamento de Metodologias Ativas em ambientes mediados por tecnologias digitais de informação e comunicação. Para tanto, utilizou-se uma revisão bibliográfica e análise conceitual. Concluiu-se que essas teorias se complementam ao enfatizar aspectos como protagonismo, motivação intrínseca e engajamento, oferecendo subsídios para identificar elementos relevantes no desenvolvimento de novas práticas pedagógicas.
... A Educação a Distância (EaD) representa uma evolução significativa no campo da educação, possibilitando a interação entre professores e alunos que não compartilham o mesmo tempoespaço físico. Conforme Moran (2002), essa modalidade não exige a presença física simultânea de educadores e estudantes, mas se baseia em uma conexão contínua mediada por tecnologias como a Internet, além de outras ferramentas como correio, rádio, televisão, vídeo e telefone. O Portal do MEC (2017) acrescenta que a EaD é uma abordagem educacional em que a separação física ou temporal é uma característica intrínseca, demandando o uso de meios e tecnologias de informação e comunicação. ...
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A aprendizagem a distância refere-se ao modo de aprendizado em que alunos e docentes estão fisicamente separados, utilizando tecnologia e ferramentas digitais para participar de atividades educacionais e interagir virtualmente. A revista 'EaD em Foco' ganhou relevância na promoção do debate acadêmico em torno do tema, compartilhando pesquisas, influenciando perspectivas, apontando os desafios e direcionando para os avanços no cenário da Educação a Distância. O trabalho proposto apresenta uma análise cientométrica ao longo dos últimos treze anos das publicações desse periódico, objetivando revelar uma perspectiva abrangente sobre sua influência no âmbito da Educação a Distância. Para tanto, realizou-se uma abordagem quali-quantitativa e uma análise de redes sociais, a qual visa modelar e sustentar uma discussão sobre autoria e (co)autoria em trabalhos entre pares e grupos de pesquisa. A partir disso, exploramos desafios e tendências futuras, oferecendo um roteiro para outras pesquisas, fazendo considerações de ordem política e discutindo a evolução da Educação a Distância no Brasil. Palavras-chave: Autoria e coautoria. Educação a distância. Estudo cientométrico.
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A busca pela modalidade de Educação a Distância (EaD) vem crescendo a cada dia em detrimento da evolução das tecnologias e de vários aspectos que facilitam a vida do aluno. O aluno, nessa modalidade, interage com o professor-tutor online, com materiais e demais agentes desse processo, através das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), tirando dúvidas, assistindo aulas, participando de fóruns, fazendo quizzes, entre outras atividades previstas e preparadas para auxiliá-lo na busca pela sua aprendizagem. O professor-tutor online participa acompanhando o desenvolvimento do aluno, dando suporte e sendo um mediador desse processo. A Educação a Distância é uma proposta atraente aos alunos, pois propicia aulas mais interativas, através de mídias e metodologias ativas, tornando as aulas mais prazerosas. O aluno da EaD precisa ser mais autônomo na busca da sua aprendizagem, se organizar no tempo e no espaço para ter sucesso em sua caminhada, visto que, nessa modalidade, ele se torna o protagonista da sua aprendizagem. O objetivo desse trabalho é mostrar as características da EaD, com vantagens e desafios e a sua importância para a democratização do ensino, apresentando as TICs como molas propulsoras desse crescimento e os agentes envolvidos nessa modalidade educacional. O mundo evolui e a educação precisa acompanhar esse crescimento, visto que esses alunos serão os futuros profissionais que atuarão em um mercado de trabalho cada vez mais exigente e avançado tecnologicamente.
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A pandemia de COVID-19 que assolou/e ainda encontra-se em curso no planeta, afetou diversos aspectos da sociedade, e a educação não foi diferente. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo analisar e discutir as ações de ensino remoto adotadas pela Secretaria de Estado Educação e Qualidade de Ensino-SEDUC/Amazonas durante os anos de 2020 e 20221, considerando as múltiplas e complexas realidades brasileiras, em especial nas relações centro-periferia e urbano- campo. O presente artigo teve como principais metodologias a revisão bibliográfica, trabalho de campo, entrevistas com professores e alunos da rede pública SEDUC/Amazonas. Os principais resultados foram: a) os professores se mostraram incomodados em sua grande maioria com a necessidade de utilizar plataformas digitais “do dia para a noite”, sem qualquer treinamento prévio; b) dificuldade de acesso à internet na maioria dos municípios amazonense; c) e principalmente a realidade dos alunos, que na maioria dos casos não dispunham de aparelho de celular, muito menos de internet para acompanhar as aulas online. Diante do exposto, é perceptível a discrepância de realidades na educação.Palavras- Chaves: Ensino Emergencial; Desafios na Educação; Interior do Amazonas.
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Este artigo apresenta uma experiência de prática docente virtual no contexto de educação digital por meio de tecnologias de informação e comunicação (TICs). O objetivo é discutir alguns aspectos pedagógicos relativos à Educação a Distância no Brasil contemporâneo. Partimos de um relato docente sobre as orientações de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) escritos e defendidos para obtenção do certificado de especialização lato sensu em “Produção e gestão de mídias digitais e educacionais” ofertado pela Universidade do Estado do Amazonas, por meio do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) entre 2021 e 2022. O trabalho busca então identificar diferentes atribuições de funções tendo como foco o conceito de mediação na perspectiva histórico-cultural. Em seguida propomos uma reflexão sobre a EaD como prática específica de ensino superior brasileiro, primeiramente organizada em termos de legislação, mas também manifesta nas práticas sociais vigentes. Estabelecendo uma discussão inicial dos paradigmas políticos para a modalidade no Brasil hoje.
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A educação médica vem atravessando um período de mudanças substanciais, principalmente no que se refere ao perfil profissional desejado e ao modelo pedagógico adotado. Estudos têm apontado para a perspectiva de que a Educação a Distância possa contribuir com um desenho curricular integrado. O objetivo do presente estudo foi acompanhar e avaliar a inclusão da modalidade a distância em um curso de medicina de uma universidade pública brasileira. Como metodologia utilizou-se a pesquisa-ação. No 1º Ciclo da pesquisa (Identificação, Reconhecimento e Planejamento), verificou-se que a modalidade de ensino a distância vinha sendo utilizada pontualmente no curso. Levantamento prévio mostrou que 87,9% dos docentes concordavam com estudos para a inclusão da modalidade a distância no curso e 72,5% já haviam realizado capacitações no uso de tecnologias e ambientes virtuais de aprendizagem. A partir desta realidade e de estudos de referencial teórico, foi realizado planejamento de ações. No 2º Ciclo (Ação e Observação) foi criado o Núcleo de Educação a Distância para fomentar estudos e colaborar com os docentes. Também foi definido realizar o mapeamento de objetivos de aprendizagem de disciplinas para serem transpostos para a modalidade a distância, além de discussões sobre o tema em oficinas, reuniões e web conferências. No 3º Ciclo (Avaliação e Reflexão), foi aplicado um questionário, cujos resultados mostraram que 90% dos docentes respondentes concordavam que as atividades disponibilizadas nas plataformas tinham potencial para estimular a aprendizagem dos alunos, se sentiam seguros ao trabalharem com atividades online e com inovação na educação, associando ferramentas de tecnologias e metodologias ativas. A avaliação do estudante on-line, foi considerada um nó crítico por parte dos docentes, bem como foi demonstrado que muitos docentes ainda se sentiam inseguros, para elaborar atividades online. Quanto às aulas remotas, parte dos docentes consideraram que a simples repetição delas poderia entediar os alunos. Como acréscimo, 83% dos docentes concordaram ser possível um ensino híbrido para o curso de medicina, que poderia contribuir para uma aprendizagem significativa. Por fim, as perspectivas para a implementação de modalidade híbrida são bem-vinda à medicina, com um planejamento cuidadoso, permitindo que os envolvidos destaquem os pontos fortes e identifiquem os pontos fracos para estarem melhor preparados para as necessidades futuras. Palavras-chave: Educação a distância. Educação médica. Satisfação docente. Aprendizagem de alunos.
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O trabalho objetiva avaliar a implementação de um laboratório rotacional, atrelado ao desenvolvimento de habilidades matemáticas com utilização da plataforma Khan Academy, com alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental I de uma escola pública municipal. A proposta, qualitativa, caracteriza-se como pesquisa de campo, com aplicação de questionários eletrônicos junto a 23 alunos durante a implementação do laboratório rotacional. No decorrer das etapas, os alunos adquiriram maior envolvimento com a temática, vivenciando práticas condizentes com a oferta, onde a construção do saber ocorreu de forma gradual, crítica e relevante. Os resultados obtidos indicam que essa metodologia enriqueceu as práticas pedagógicas, apresentando uma didática de aprendizagem centrada no aluno, tendo o docente como mediador dos processos de aprendizagem e ações de evolução do ensino. A proposta oportunizou aos estudantes diferentes formas de aprendizagem de acordo com suas particularidades, proporcionando maior autonomia na apropriação das ideias trabalhadas, alcançando sucesso nos objetivos esperados.
Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dezembro de 1994, páginas 1-3. Foi atualizado tanto o texto como a bibliografia em
  • Distância
  • Senai
Distância. SENAI, Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dezembro de 1994, páginas 1-3. Foi atualizado tanto o texto como a bibliografia em 2002.
Moran: www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm Texto do Ivonio de Barros: Noções de Ensino a Distância: www.intelecto.net/ead
  • Páginas Na
  • Internet Página
  • Prof
Páginas na Internet Página do Prof. Moran: www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm Texto do Ivonio de Barros: Noções de Ensino a Distância: www.intelecto.net/ead/ivonio Eduardo Chaves. Ensino a Distância: Conceitos básicos em: http://www.edutec.net/Tecnologia%20e%20Educacao/edconc.htm#Ensino%20a%20Distância _________________________ (*) Este texto foi publicado pela primeira vez com o título Novos caminhos do ensino a distância, no Informe CEAD -Centro de Educação a
Educação a distância: algumas considerações
  • Claudia Maria Ferreira
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.