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Rev Bras Enferm, Brasília 2012 jan-fev; 65(1): 97-103.
PESQUISA
Priscilla Valladares BrocaI, Márcia de Assunção FerreiraII
I Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Enfermagem Anna Nery, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
(Doutoranda) Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
II Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Enfermagem Anna Nery, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem,
Núcleo de Fundamentos do Cuidado de Enfermagem. Pesquisadora do CNPq. Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
Submissão 22-12-2010 Aprovação: 06-03-2012
RESUMO
O objeto deste estudo é o processo de comunicação na equipe de enfermagem. A pesquisa é qualitativa e descritiva, cujo
objetivo é identificar os elementos que compõem o processo de comunicação da equipe de enfermagem, analisar as estratégias
de comunicação utilizadas pela equipe e discutir suas influências no cuidado de enfermagem. O referencial teórico aplicado
é o modelo de processo de comunicação proposto por Berlo. As técnicas de produção dos dados foram a entrevista semi-
estruturada, com 25 profissionais de enfermagem, e a observação participante. Aos dados foram aplicadas as técnicas de análise
de conteúdo temática. Para a equipe de enfermagem, a comunicação é uma forma de interação, um meio para o entendimento
entre as pessoas e um instrumento para transmitir informações de modo verbal.
Descritores: Comunicação; Equipe de enfermagem; Cuidados de enfermagem.
ABSTRACT
The purpose is the communication process in nursing team. The research is qualitative and descriptive, whose aim is identify
the elements that make up the communication process of the nursing team, to analyze the communication strategies used by the
team and discuss their influence on nursing care. The theoretical model is applied to the communication process proposed by
Berlo. Production techniques of data were semi-structured interviews with 25 nurses, and participant observation. The thematic
content analysis was applied to the data. For nursing team, communication is a form of interaction, a means to understanding
between people and a tool to convey information verbally.
Key words: Communication; Nursing staff; Nursing care.
RESUMEN
El objeto es el proceso de comunicación en el equipo de enfermería. La investigación es cualitativa y descriptiva, cuyo objetivo
es identificar los elementos que componen el proceso de comunicación del equipo de enfermería, analizar las estrategias de
comunicación utilizadas por el equipo y discutir sus influencias en la atención de enfermería. El referencial teórico aplicado
es el de Berlo, en el cual se presenta un modelo de proceso de comunicación. Las técnicas de producción de datos fueron la
entrevista semi-estructurada, con 25 profesionales de enfermería, y la observación participativa. A los datos han sido aplicadas
las técnicas de análisis de contenido temático. Para el equipo de enfermería, la comunicación es un modo de interacción, un
medio para el entendimiento entre las personas y un instrumento para transmitir informaciones de manera verbal.
Palabras clave: Comunicación; Equipo de enfermería; Atención de enfermería.
Equipe de enfermagem e comunicação:
contribuições para o cuidado de enfermagem
Nursing staff and communication: contributions to nursing care
Equipo de enfermería y comunicación: contribución a la atención de enfermería
Priscilla Valladares Broca E-mail: priscillabroca@ig.com.br
AUTOR CORRESPONDENTE
Extraído de Dissertação de Mestrado, apresentada à Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Enfermagem Anna Nery,
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Rio de Janeiro-RJ, 2010.
Broca PV, Ferreira MA.
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INTRODUÇÃO
A enfermagem tem como objetivo promover o cuidado que
visa manter a saúde e a dignidade humana. Nesta perspectiva,
para que o atendimento se alinhe à Política Nacional de Hu-
manização(1), há que se considerar o estabelecimento de vín-
culos, a construção de redes de cooperação e a participação
coletiva no processo de gestão, e isso será possível quando
entendermos a importância de valorizar os sujeitos envolvi-
dos em tais redes.
Nesse sentido, a comunicação entre os profissionais, os
gestores e os clientes configura-se em uma peça-chave, con-
forme estabelecido por uma das diretrizes desta política, a
transversalidade(1). Assim, a comunicação configura-se como
um elemento essencial no cuidado. Entendida como o alicer-
ce de nossas relações interpessoais, o cuidado, nesta perspec-
tiva, associa-se à prática de comunicar-se. A comunicação,
em suas variadas formas, tem um papel de instrumento de
significância humanizadora e, para tal, a equipe precisa estar
disposta e envolvida para estabelecer essa relação e entender
que é primordial reconhecer o cliente como sujeito do cuida-
do e não passivo a ele.
Como forma de melhorar ou realizar o cuidado de enfer-
magem, destaca-se a importância do diálogo, pois através
dele se cria uma aproximação entre as pessoas, inicia-se um
contato mais próximo, uma relação de integração de cultu-
ras, uma troca de experiências e vivências(2). Uma relação de
comunicação eficiente entre todos os membros da equipe
de enfermagem e da equipe multidisciplinar contribui para
que as inter-relações profissionais estabelecidas no trabalho
delimitem, melhor se a assistência ao paciente será ou não
humanizada. E para que o processo de humanização seja efe-
tivo, transformador e se realize, é imprescindível estreitar os
laços de comunicação, de forma a desvendar e respeitar o ser
profissional, favorecendo assim a compreensão contínua da
realidade do paciente e do trabalhador(3).
Assim, pode-se identificar e entender os problemas que lhe
ocorrem e facilitar a interação profissional e pessoal, porque
o homem se utiliza da comunicação em todos os momentos e
ações de sua vida, e é por meio dela que se dividem as expe-
riências e se pode modificar a si mesmo e o contexto em que
se está inserido(4-8). Desse modo, entender mecanismos de um
processo de comunicação que irá auxiliar um desempenho
melhor para com o cliente é tão importante quanto se empe-
nhar para melhorar a comunicação, isto é, o relacionamento
entre os próprios membros da equipe de enfermagem(5).
À luz desse pensamento, identificar o processo de comuni-
cação a partir de uma definição complexa, nas suas variadas
formas e por ser um fenômeno que possui componentes especí-
ficos, de modo que busque melhorar a compreensão e a intera-
ção entre os partícipes da comunicação, se faz necessário para
poder, de algum modo, contribuir com o relacionamento entre
os indivíduos. Reforça-se a importância desse relacionamento
entre trabalhadores que possuem o mesmo objetivo, quando se
fala em assistência de enfermagem, ou seja, do cuidado.
Neste sentido, delimitou-se o objeto desta pesquisa como
sendo o processo de comunicação na equipe de enfermagem,
cujos objetivos foram: identificar os elementos que compõem
o processo de comunicação na equipe de enfermagem; ana-
lisar as estratégias de comunicação utilizadas pela equipe
de enfermagem e discutir suas influências no cuidado de
enfermagem.
REFERENCIAL TEÓRICO
Esta pesquisa adotou Berlo(9) como suporte para análise do
processo comunicativo entre os membros da equipe de enfer-
magem, pois, para este autor, a comunicação é tudo aquilo
que pode ser usado pelas pessoas, e que estas possam atri-
buir sentido. Há comunicação de várias formas, com muitas
pessoas, por várias razões e em diferentes níveis. Além disso,
a compreensão do processo, dos determinantes e das conse-
quências da comunicação auxilia a capacidade básica do ser
humano para enfrentar seus problemas de comunicação que
surgem no trabalho, seja qual for ele.
Por se ter uma assistência de enfermagem envolvida com a
arte e a ciência, que se apresenta de variadas formas, interati-
vas ou não; e por existir vários elementos envolvidos na comu-
nicação, elementos esses que permeiam a interação entre as
pessoas, há necessidade de se ter uma comunicação dinâmica,
contínua, ou seja, é preciso adotar a comunicação como um
processo. Os acontecimentos e as relações são algo dinâmi-
co, em evolução e sempre em mudança de forma contínua;
de modo que é algo que não tem ‘um’ começo, ‘um’ fim, uma
sequência fixa de eventos, não sendo algo parado, e sim algo
móvel, onde cada um influencia o outro de alguma forma(9).
Berlo apresenta um modelo de processo de comunicação
no qual estão vários elementos inter-relacionados, sendo eles:
a fonte, uma pessoa ou um grupo de pessoas com uma meta,
um objetivo, uma razão para que haja uma comunicação; o
codificador, efetuada pelas habilidades motoras da fonte (me-
canismo vocal, o sistema muscular das mãos e os sistemas
musculares de outras partes do corpo); a mensagem, a tradu-
ção de ideias, objetivos e intenções num código, num conjun-
to sistemático de símbolos; o canal, o intermediário, o condu-
tor de mensagens; o decodificador, habilidades sensoriais e; o
receptor, a outra pessoa na extremidade do canal.
METODOLOGIA
Esta pesquisa é de natureza qualitativa e descritiva. A co-
leta de dados foi realizada entre março e abril de 2010 e as
técnicas de produção dos dados foram a entrevista semies-
truturada, baseada em um roteiro com questões abertas, e a
observação participante, com aplicação de um roteiro-guia,
que foi realizada em dias alternados com as entrevistas de
modo que se pudesse observar o processo de comunicação
na equipe de enfermagem e, assim, retroalimentar o próprio
processo da entrevista.
Foi utilizado um gravador digital para registrar as entrevis-
tas, e as anotações oriundas das observações formaram um
diário de campo, tendo como amparo teórico a descrição
densa(10). Ao corpus dos dados foram aplicadas as técnicas de
análise de conteúdo temática(11).
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Os sujeitos da pesquisa foram 25 profissionais que com-
põem a equipe de enfermagem e que atuam no setor de Clini-
ca Médica e participam ativamente dos cuidados. Os critérios
de inclusão dos sujeitos foram: serem enfermeiros, técnicos
ou auxiliares de enfermagem, de ambos os sexos, serem in-
tegrantes das equipes de enfermagem do setor eleito para a
pesquisa (desde que quisessem dela participar) e estar em efe-
tiva atuação. Os critérios de exclusão foram: estar afastado do
trabalho por qualquer motivo (férias, licença e outros) e não
aceitar participar da pesquisa.
O cenário foi o setor de Clínica Médica de um hospital
universitário, público e federal, que preconiza a aliança entre
o ensino, a pesquisa científica e a assistência.
De acordo com o disposto na Resolução nº 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde, os direitos dos sujeitos da pes-
quisa foram atendidos. O Projeto foi aprovado no Comitê de
Ética em pesquisa do HUCFF/UFRJ, conforme o protocolo nº.
198/09. A identificação dos sujeitos foi feita por códigos alfa-
numéricos, em que a sigla E significa enfermeiro, a sigla TE,
técnico de enfermagem e a sigla AE, auxiliar de enfermagem,
e os números seguem a ordem de ocorrência das entrevistas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A comunicação como uma forma de interação social
Para se comunicar não é preciso que as pessoas envolvidas
no processo tenham algo em comum ou vivam numa mesma
comunidade, ou por viverem numa mesma comunidade te-
nham algo em comum. A comunicação pode ser considerada,
também, como um produto do encontro social, como ocorre
na equipe de enfermagem.
Essa complexidade que é o processo comunicativo pode
ser evidenciada nos dados da pesquisa, quando os sujeitos
relatam que a comunicação se expressa de diversas formas,
sendo algo muito amplo abrangendo muito mais que a pró-
pria fala.
É toda uma linguagem, não só de fala, mas de gesto, de
tudo! É uma coisa muito ampla, comunicação! Ela não
abrange só a fala, ela é muito ampla! E se a pessoa con-
segue fazer tudo isso, ela atende, atende a comunicação
como um todo! (AE 3)
São todas as formas que eu tenho para me expressar com a
outra pessoa. Isso que é comunicar! (TE 9)
Quando as pessoas se comunicam partilham experiências,
pensamentos, impressões, conceitos e por meio dela podem
modificar seus comportamentos e ajudar ao outro na constru-
ção de seu ser. Assim, compartilhar, transmitir, anunciar, tro-
car, reunir e ligar são expressões variantes ou usos figurados
de um sentido primordial e mais geral que exprime relação(12),
ou seja, há um quadro relacional.
Quando se relaciona com o outro, requer narrar, expor,
descrever, travar conhecimento, conseguir fazer amizade e
isso é possível quando se interage um com outro. Sendo as-
sim, interação são ações e relações entre os membros de um
grupo ou entre grupos de uma sociedade, sendo uma ação
recíproca entre ambos(13). Além disso, o trabalho de enferma-
gem tem como base as relações humanas, seja para com os
clientes seja com a equipe e por causa disso o processo de co-
municação é primordial para se estabelecer essa interação(5).
No processo de comunicação, a fonte e o receptor se in-
fluenciam mutuamente e cada um é em parte criado pelo
outro, o que causa uma relação de interdependência entre
ambos, onde o nível mais complexo dessa relação é a intera-
ção. A interação é quando dois indivíduos tiram inferências
sobre os próprios papéis e assumem o papel um do outro ao
mesmo tempo, e se o seu comportamento de comunicação
depende da adoção recíproca de papéis, então eles estão em
comunicação(9). Nessa ideia, os profissionais da equipe de en-
fermagem relataram que se comunicar com alguém é estar
interagindo com outra(s) pessoa(s) e com o meio.
É interagir... .com uma pessoa, com várias pessoas. (TE 3)
Ah... é interagir! É interagir com a equipe, com as pessoas,
ter um bom relacionamento! (TE 11)
Quando estamos interagindo buscamos interpretar os
acontecimentos, expor as implicações de um evento e falar
sobre ele e como ele interfere em um outro evento, dedu-
zir por meio do raciocínio as conclusões do desconhecido e
fazer previsões sobre o futuro, sendo de um evento próprio
da pessoa ou da outra com quem se relaciona, ou seja, quer
dar um determinado significado de um evento para o recep-
tor. A partir disso, podem-se fazer previsões não verdadeiras
um do outro, e com isso tentar mudar essas inverdades com
argumentações de modo a influenciar o comportamento dos
partícipes da comunicação.
Assim, na interação, os atores da comunicação estão inter-
-relacionados um com o outro, na tentativa de conjugar dois
organismos, de cobrir a lacuna entre indivíduos pela produ-
ção e recepção de mensagens que tenham sentido para am-
bos; essa é a tarefa que a comunicação interativa busca(9). A
partir disso, pode-se dizer que o objetivo da comunicação é
a interação.
A importância da interação entre os profissionais de saúde
é visto como um desafio pela Política Nacional de Humaniza-
ção, para que se possa produzir saúde e de forma qualificada,
pois a humanização traz a melhora da interação nas equipes
e a qualificação delas como uma forma de conseguir melhor
lidar com as singularidades dos sujeitos e coletivos na prática
de atenção a saúde(1). Assim, qualificar o processo de comuni-
cação na equipe de enfermagem é uma importante estratégia
para que se possa prestar uma assistência ao cliente de forma
efetiva e com maior eficácia.
Partindo dessas ideias, verifica-se que a maneira de agir da
fonte não ocorre independentemente da maneira de agir do
receptor, ou a maneira de agir do receptor não ocorre inde-
pendentemente da maneira de agir da fonte, ou seja, fonte e
receptor são interdependentes em qualquer modo de comu-
nicação. A interdependência pode ser definida como a de-
pendência “recíproca” ou “mutua” entre a fonte e o receptor,
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como por exemplo, se A influencia B e B influencia A, conse-
quentemente A e B são interdependentes(9).
O enfermeiro precisa planejar, organizar, coordenar, exe-
cutar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem, de
acordo com que rege a lei do exercício profissional, para que
se efetive o cuidado. Dessa forma, o trabalho da equipe de
enfermagem pode ser considerado interdependente, pois os
eventos referentes às ações de enfermagem, isto é, o cuidado
de enfermagem, necessita da integração entre todos os pro-
fissionais. Assim, a comunicação é uma importante aliada
para facilitar essa integração e consequentemente auxiliar no
cuidado.
A importância dessa relação de interdependência na equi-
pe de enfermagem e do seu resultado em termos de cuidado
integral pode ser observada em alguns dados gerados nas en-
trevistas, quando os sujeitos informam que a comunicação é
a base do trabalho que executam, sendo “tudo” na área da
saúde, pois qualquer situação ocorrida que não é transmitida
para o outro membro da equipe ou uma comunicação falha,
pode ocasionar um entendimento equivocado entre os profis-
sionais e até mesmo afetar o cliente, prejudicando seu trata-
mento e recuperação.
Se comunicar com alguém é a base de tudo, porque sem
comunicação como a gente vai... desempenhar todo o nos-
so trabalho?! A gente tem que ... é ... comunicar da melhor
forma possível, porque qualquer coisa que a gente deixa
passar... uma falha na comunicação ocorre mil e uma coi-
sa! Mal entendido, mal entendimento, deixa passar, uma
expressão... e às vezes até o seu gesto [...]afeta muito na
questão de você com o paciente! E você com a equipe
também! (AE 4)
[...] você tem que manter uma comunicação, ainda mais
no meio em que nós trabalhamos, na área da saúde, sem-
pre tem que ter uma comunicação um com o outro. [...]
se estão dois no plantão na mesma enfermaria, tem que
ter comunicação pra saber o que um fez no paciente, pro
outro não repetir o mesmo procedimento, então comuni-
cação na área da saúde é tudo! (TE 12)
Destaca-se que a interdependência da equipe de enferma-
gem é do nível de ação e reação, ou seja, cada integrante do
processo comunicativo envia a mensagem, a recebe e reage a
essas mensagens(9). Ao comunicar tem-se um objetivo, que é
colocado em ação quando se inicia esse processo e espera-se
um resultado do outro com quem comunicamos: a reação. É
o feedback.
Assim, o feedback proporciona “à fonte informação refe-
rente ao seu sucesso na realização de um objetivo e, ao fazer
isso, exerce controle sobre futuras mensagens que a fonte ve-
nha a codificar”(9). Ele envolve a revelação ao outro o que o
seu comportamento causa em termos de pensamentos e emo-
ções, ou seja, consiste em solicitar e estar aberto para receber
as reações dos outros, em termos de pensamentos e emoções
demonstrados de maneira verbal e não-verbal(5). E isso facilita
no comportamento efetivo com o outro.
Logo, a fonte pode usar o feedback como uma forma de
determinar se houve êxito na sua comunicação, pois a reação
do receptor servirá como verificação de sua própria eficiência
como fonte e também poderá ser um guia para suas outras
relações de comunicação futuras, porque dependendo da rea-
ção do receptor, a fonte poderá repetir o modo como transmi-
tiu a mensagem para obter um mesmo feedback efetivo para
com outra mensagem emitida com outro receptor.
Na equipe de enfermagem, o feedback é muito importante
para verificar se alguma informação transmitida para os mem-
bros da equipe está sendo compensadora(9). Como por exem-
plo, o feedback serve para avaliar as mensagens transmitidas
sobre como agir num determinado procedimento ou até mes-
mo se as prescrições de enfermagem estão sendo realizadas
de forma efetiva, pois conforme for o resultado dos receptores
a fonte precisará efetuar mudanças no seu modo de enviar a
mensagem ou até mesmo mudar o conteúdo da mesma.
A importância do feedback também pode ser observada
quando os profissionais relataram que às vezes não se recebe
a resposta que se espera, ou por falha da fonte ou pelo re-
ceptor não querer ouvir. E, também, porque para alcançar o
objetivo da comunicação é preciso ter uma resposta positiva,
através do entendimento da mensagem pelo receptor.
Pra que a comunicação alcance o seu objetivo, é neces-
sário um feedback! Não adianta se o outro não quer te
entender naquele momento, se ele não estiver disposto a...
entender o que você quer passar pra ele; ele vai te ouvir,
mas não vai entender. (TE 2)
Geralmente eu faço um feedback para ver se a pessoa en-
tendeu o que eu quis passar. Pergunto se a pessoa enten-
deu, peço até para repetir, para ver mesmo se a pessoa en-
tendeu o que eu quis passar. Ou [...] então eu vejo através
do resultado. (TE 3)
A respeito disso, o feedback pode funcionar como indi-
cador de parabenização para com o receptor e dessa forma
influenciá-lo a ter sempre reações positivas, pois às vezes
esquece-se de parabenizar as pessoas quando elas fazem um
bom trabalho. Esta atitude pode influenciar as pessoas a te-
rem reações futuras positivas para com a fonte. Além disso, o
conhecimento obtido por essa comunicação positiva poderá
servir de base para outra relação comunicacional efetiva.
De um modo geral, os seres humanos gostam de ser elo-
giados, e ter seus atos, trabalhos ou talentos reconhecidos. As-
sim, os profissionais de enfermagem querem ser valorizados
e reconhecidos pelo seu trabalho, como já indicado em outro
resultado de pesquisas(14), dessa forma é preciso lançar mão
da estratégia de investir no profissional de enfermagem, nem
que seja através da comunicação escrita.
Hum ... é ... teve assim, por carta, eu já fui chefia desse
posto, aí no tempo era surto de tanta bactéria, tanta bacté-
ria, aí, eu com o pessoal, orientando:”- Olha, vamos fazer
isso, vamos fazer aquilo!”, e tentava puxar a equipe, eu
caia dentro com a equipe, aí tá! Aí, depois veio uma carta,
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é... falando do meu trabalho, falando, do posto que supe-
rou as bactérias que tinham, que (risos) só elogios! (risos)
Foi muito bom, foi muito bom! (E 4).
Assim, a interação tem um grande papel na equipe de
enfermagem de modo a aumentar a nossa capacidade de in-
fluenciar e ser influenciados quando se participa de um pro-
cesso de comunicação e, dessa forma, favorecer o desenvol-
vimento de um cuidado efetivo para com o cliente. O ideal
de uma comunicação, a meta de uma comunicação é a inte-
ração entre fonte e receptor(9) e a comunicação interpessoal
ocorre no contexto da interação face a face(5). Mas nem toda
comunicação consegue ser interativa, pois o ser humano so-
fre constantemente com fatores que interferem no processo
comunicativo que o torna efetivo ou não.
A comunicação como uma forma de entender o outro e
se fazer entender
Ao se comunicar o ser humano tem uma expectativa em re-
lação a esse processo. Essa expectativa é de como será dada a
resposta pelo receptor, isso em relação à fonte, mas o receptor
também tem a sua expectativa em relação à fonte sobre o tipo de
mensagem que essa fonte irá produzir e se ele poderá tirar algum
proveito dessa relação (mensagem). Essa relação existe porque
se criam expectativas que influenciam as ações, antes mesmo
de executá-las, ou seja, espera que o receptor tenha a capacida-
de, ou pelo menos tente, de assimilar corretamente a mensagem
transmitida. Além disso, a comunicação é uma via de mão du-
pla, ou seja, é necessário que haja resposta e validação da men-
sagem ocorrida(5), o que na visão dos profissionais é entender o
outro e ser entendido. E essa expectativa pode ser alcançada pelo
entendimento, como se observa nesses depoimentos:
Eu acho que é me fazer ser entendida e entender o outro!
É comunicar. (TE1)
É ... se fazer entender, primeiro com a pessoa e você en-
tender também essa pessoa para qual você está entrando
em contato, está entrando em comunicação. Então, desde
o momento que você se faz entender e entende o outro,
você está se comunicando. (TE 2)
Ser entendido ou entender o outro, significa apreender o sig-
nificado de um símbolo, a força de um argumento, o valor de
uma ação(15). E essa ação pode ser compreendida como a comu-
nicação. Assim, tenta-se assimilar mentalmente o que a comu-
nicação exprime na possibilidade de estabelecer corretamente
o que está sendo posto pela fonte e pelo receptor e ter a capa-
cidade de tornar as coisas mais claras e explícitas e diminuir a
possibilidade de realizar uma tradução e interpretação errônea.
Por isso, é importante não confundir os conceitos das palavras e
muito menos o meio que a comunicação ocorre, o sentimento,
a ideia e o juízo da pessoa atribuídos a esse processo.
Além disso, é preciso haver uma entrega de si quando se
participa de um processo comunicativo para que se tenha a
possibilidade de entender os motivos, os sentimentos, as an-
gústias, os significados e as particularidades de cada individuo
envolvido, e, dessa forma, se concordar ou não com a mensa-
gem e também questioná-la. Quando alguém passa ou passou
pela mesma situação do outro fica mais fácil entendê-lo do
que quando não se teve as mesmas experiências. E a partir
disso é possível construir trocas solidárias que sejam com-
prometidas entre os profissionais com o objetivo de produzir
saúde e sujeitos(1).
A fonte tem um objetivo ao iniciar o processo de comuni-
cação, ou seja, ele quer produzir algum efeito no receptor(9).
E uma das finalidades básicas da comunicação é entender o
mundo, se relacionar com o outro e transformar a si mesmo e
ao outro(5). Assim, a fonte quer que o outro tenha um comporta-
mento que seja favorável, que irá produzir aquilo esperado por
ele. E ao mesmo tempo o receptor quer ser recompensado pela
sua comunicação, pela sua informação transmitida, ou seja, a
fonte quer ser entendida e o receptor quer entender o outro.
Desse modo, a fonte pode ter um “objetivo consumatório”,
ou “objetivo instrumental”, isto é, os indivíduos envolvidos no
processo comunicativo podem ser recompensados imediata-
mente ou não ao produzirem certos tipos de mensagens(9). Por
exemplo, no “objetivo consumatório”, a pessoa ao ler, assistir
algo, conversar ao acaso, espera ser recompensado de imedia-
to de forma a se sentir satisfeito consigo mesmo, de relaxar ou
reduzir tensões; já no “objetivo instrumental”, a pessoa pode
ler sobre algo a fim de poder contar aos outros sobre ela mais
tarde e ser considerado o “sabe tudo” ou “o bem informado”(9)
e com isso receber méritos pela sua comunicação.
Assim, quando o profissional de enfermagem diz que quer
ser entendido e também entender o outro pode ter esses dois
objetivos, pois ele quer receber a recompensa imediata de
ser entendido ou o mérito de ser reconhecido como o que
entende a todos e a tudo e, assim, ser considerado o “sabe
tudo”. Entender tudo e a todos é difícil, porque não se conhe-
ce todas as coisas do mundo e, além disso, as pessoas a cada
dia recebem influencias do ambiente que o cerca e com isso
a cada dia amadurecem.
As diversas faces da comunicação na equipe de enferma-
gem: A comunicação verbal da equipe de enfermagem
Uma pesquisa demonstrou que uma pessoa comum gasta
cerca de 70% do seu tempo ativo comunicando-se verbalmen-
te, seja ouvindo, falando, lendo ou escrevendo, isto é, “cada
um de nós gasta de 10 a 12 horas por dia, todos os dias se co-
municando de forma verbal” (9). Dessa forma, a comunicação
verbal é muito importante para a convivência dos indivíduos,
pois a partir dela as relações de interação são possíveis, mas a
não verbal também tem o seu papel nessa relação.
A comunicação verbal refere-se à linguagem escrita e fala-
da, aos sons e palavras que são usadas para comunicar(4-5). O
uso da linguagem é o recurso com o qual as pessoas comparti-
lham suas ideias, experiências e pode-se validar o significado
simbólico da percepção sobre o assunto e o lugar que se ocu-
pa nele, além de confirmar aquilo que expressa através da co-
municação não verbal e, assim, clarificar a pessoa quanto à in-
formação transmitida de modo a ser entendido corretamente.
Para que uma comunicação verbal seja bem sucedida é pre-
ciso que se tenha clareza nas mensagens transmitidas e para
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que isso ocorra é necessário ter uma linguagem, escrita ou fa-
lada, que seja compatível entre os indivíduos envolvidos no
processo, além de terem um patamar intelectual parecido ou
igual, pois é imprescindível que haja entendimento entre quem
ouve ou lê para que o processo comunicativo seja efetivo.
Os resultados da pesquisa em tela mostraram que a equipe
de enfermagem, majoritariamente, considera que o processo
comunicativo se dá através da forma verbal, seja ela falada ou
escrita. Na equipe de enfermagem essa comunicação é feita
por sentar e conversar a qualquer hora no decorrer do plantão
ou através da passagem de plantão.
A comunicação é verbal e algumas coisas também é es-
crita! (AE 2)
É ... assim... eu converso com as meninas, as meninas en-
tendem o que eu falo, e... expõem o que elas entenderam,
se elas não entenderam perguntam de novo [...] ( E 4)
Pode ser verbal é ... comunicação verbal através de passa-
gem de plantão [...] (E 1)
O ato de falar é considerado defeituoso quando a comunica-
ção não é efetiva, talvez porque a maneira de falar possa distrair
a atenção sobre o que é dito ou por constrangimento da fonte
diante da sua dificuldade de falar ou por timidez(5). Para se ter
uma boa comunicação e facilitar a assistência de enfermagem
aos clientes, a equipe se utiliza da estratégia da comunicação
verbal. Quando estão dois ou mais profissionais responsáveis
por uma mesma enfermaria, eles costumam confirmar um com
o outro o que foi feito pelo cliente em relação à assistência,
para que não se repita, por exemplo, uma medicação.
[...] principalmente quando você tá assim trabalhando junto
com um colega numa enfermaria, tem que ter uma boa co-
municação, porque às vezes ela pode pensar assim: “- Ah...
você fez tal medicamento!” e eu posso pensar: “-Ah.... foi
ela que fez!”, então, tá sempre perguntado:”- Você já fez
isso? Vamos fazer junto? Agora, vamos fazer o que?”. Tudo
assim, dentro junto, numa boa interação! (AE 4)
Reuniões e o reservado individual como forma de se co-
municar na equipe de enfermagem
Reunião é a ação ou efeito de reunir ou reunir-se, isto é, um
conjunto de pessoas que se agrupam para algum fim(13). Ela é
um momento importante para um grupo, pois é através dela
que se pode partilhar informações, emoções e sentimentos;
discutir; crescer e amadurecer em conjunto e assim facilitar
as pessoas a enfrentarem a realidade em que vivem além de
proporcionar aprendizagem e comunicação.
Os resultados da pesquisa mostram que, quando os pro-
fissionais querem transmitir uma mensagem para a equipe,
lançam mão da reunião. Mas eles só se utilizam dessa es-
tratégia quando o assunto é comum a todos, pois quando o
assunto envolve somente um único membro, como por exem-
plo, quando se quer chamar a atenção de alguém que fez
algo errado, ocorre uma conversa reservada. Na observação
de campo foi possível identificar que tais conversas reservadas
ocorrem na própria sala da chefia de enfermagem, que fica
no posto, ou na sala de exame, que se localiza próximo ao
posto de enfermagem e que somente é utilizada em situações
especiais de exames dos clientes, quando há necessidade de
maior privacidade.
Como ... vou colocar aqui umas colocações: caso eu veja
que aquele problema é com um, eu vou naquele um, reser-
vado e converso. Se é uma comunicação eu possa passar
no geral, eu passo ... eu chamo todo mundo e passo! (E 2)
Quando é uma coisa individual, a gente chega perto da
pessoa e fala mesmo, entendeu?! Não tem necessidade
de você abrir pra outras pessoas uma coisa que é só com
aquela pessoa. Só quando for, assim, uma coisa de forma
geral, que tem que alertar de forma geral a gente junta as
pessoas. (TE 8)
Observa-se, neste ínterim, o cuidado que se tem com a
privacidade alheia, evitando-se a exposição desnecessária e
até mesmo a humilhação, caracterizando-se o aspecto ético
que envolve a interação: o respeito ao outro.
No que se refere ao processo comunicativo propriamente
dito, as pessoas envolvidas podem ter determinados objetivos:
informar, persuadir ou divertir(9). Entende-se que um processo
é persuasivo quando a meta principal da comunicação é le-
var a outra pessoa a adotar o ponto de vista de quem fala; o
objetivo informativo é alcançado quando se dissemina uma
informação, notícia que se intenta levar ao conhecimento de
todos; já a diversão ocorre quando a comunicação tem cunho
de distração ou passatempo.
Algumas das reuniões e conversas entre os membros obser-
vadas na equipe de enfermagem tinham como objetivo a per-
suasão, quando se queria que membros da equipe adotassem
uma nova postura, e também a informação, principalmente
quando se relacionava às situações dos clientes ou questões
ligadas à instituição. Por exemplo, numa passagem de plan-
tão uma enfermeira se utilizou da persuasão, ao pedir que
a equipe não usasse mais o nome “jontex” nos registros das
evoluções no prontuário quando o cliente estava em uso des-
te artefato, mas que escrevessem “dispositivo para coletor de
urina aberto”. Em outra passagem de plantão, a enfermeira
chefe se utilizou do objetivo informativo da comunicação, ao
levar ao conhecimento de toda a equipe que entraria de férias
no mês seguinte e que outra enfermeira ficaria no seu lugar,
respondendo pelo plantão.
CONCLUSÕES
Nesta pesquisa, pode-se identificar que o processo de co-
municação da equipe de enfermagem evidenciou-se como
sendo todas as formas de se expressar com o outro, sendo
compreendido como algo muito mais que simplesmente falar
- algo complexo e imprescindível. A interação emergiu dos da-
dos como sendo um dos objetivos da comunicação de modo
que os participes do processo tem como meta influenciar o
Equipe de enfermagem e comunicação: contribuições para o cuidado de enfermagem
103
Rev Bras Enferm, Brasília 2012 jan-fev; 65(1): 97-103.
outro com quem se relaciona. E com isso há uma relação de
interdependência, ou seja, fonte influencia receptor e recep-
tor influencia fonte. E essa influencia, na equipe de enferma-
gem, pode ser utilizada para que a assistência de enfermagem
possa ser realizada de forma eficaz, pois se cria uma parceria
entre eles para alcançar o cuidado de enfermagem.
Só há comunicação se dois indivíduos participam ativa-
mente do processo, e essa relação poderá facilitar a prática da
humanização, pois é um modo de qualificar o relacionamen-
to entre os profissionais. A comunicação tem seu alicerce nas
relações interpessoais que se configura a partir da interação,
e a enfermagem, ciência e arte de cuidar, se dá no campo da
interação humana.
No ato de se comunicar, temos de fazer previsões sobre
como a outra pessoa comportar-se-á, criam-se expectativas ou
previsões dos outros e de nós mesmo. Podem-se desenvolver
essas expectativas ou previsões pelo aperfeiçoamento de nossa
capacidade em se colocar no lugar do outro e de nossa capa-
cidade de projetar-nos na personalidade do outro, tendo como
objetivo a interação. Assim, a adoção de papéis e a interação
são instrumentos úteis para melhorar a eficiência da comunica-
ção. Mas para que isso ocorra precisa haver motivação para tal.
Quando se tem a tendência de interpretar o mundo ape-
nas pelo nosso ponto de vista, torna-se difícil a interação e,
consequentemente, uma simples comunicação. Portanto,
entender o outro e ser entendido por este emergiu dos de-
poimentos como sendo um dos objetivos do processo de co-
municação, pois através desse entendimento mútuo há maior
possibilidade em tornar a comunicação efetiva e, com isso,
aumenta-se a possibilidade de se co-construir e se comprome-
ter juntos com o cuidado de enfermagem.
A comunicação verbal também emergiu como sendo o
tipo de comunicação mais utilizado pelos profissionais de
enfermagem no decorrer do dia de trabalho, e essa comuni-
cação tem cunho informativo sendo largamente utilizada nas
reuniões para se discutir as situações dos clientes ou assun-
tos de interesse comum. A estratégia da conversa reservada
mostrou amadurecimento e respeito mútuo entre a equipe,
evidenciando o caráter ético que permeia a comunicação.
Desse modo, os resultados desta pesquisa apontaram que
o processo de comunicação entre os membros da equipe de
enfermagem é otimizado em função do cuidado ao cliente,
através da interação humana; relação de interdependência;
reconhecimento profissional; melhora do entendimento do
outro; compartilhamento de informações através de reuniões
em grupo, quando os assuntos couberem a todos da equipe, e
conversas individuais e reservadas quando assim as situações
vivenciadas pelos membros da equipe requerer.
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