The main focus of this dissertation is the study of the garden as a therapeutic place, highlighting its contribution to the humanization of hospitals, enhancing therapeutic processes and patients wellbeing, increasing staff satisfaction and the quality of services provided by them, and offering better conditions of comfort and support to families and visitors.
A literature review on healthcare institutions gardens history as been made, underlining its importance towards the establishment of the concept of therapeutic garden, demonstrating that on several periods in history nature and, gardens, in particular, were interpreted as therapeutic agents, healing places and promoters of pain and stress relief. Next, we identify the specific and possible benefits of therapeutic gardens on health and wellbeing of hospital users with special focus on hospital patients. However, for those benefits to occur, the planning and design of the therapeutic garden as well as its integration with the hospital as a whole are of crucial importance. Therefore, a set of guiding design principles for these spaces are presented, to be applied in a flexible way in hospitals.
Taking into consideration that a void exists in this subject in Portugal, contradicting the international tendency, as project and construction of therapeutic gardens is concerned, a case study, the Pedro Hispano Hospital in Matosinhos, is presented here as a small contribution and incentive towards the implementation of therapeutic gardens in Portuguese hospitals. A design proposal applies the therapeutic garden design principles presented in this work to the outdoors of Pedro Hispano Hospital, opposing and going beyond the present situation.
We have concluded the therapeutic garden is an effective tool, able to promote and consolidate the objective of hospitals humanization and through it expand the concept of health, maximizing the quality and intensity of positive interactions presented to the user.
Abstract in Portuguese (original)
Esta dissertação tem como objectivo principal o estudo do jardim como espaço terapêutico salientando o seu contributo para a humanização dos hospitais, nomeadamente, no que respeita à melhoria dos processos terapêuticos, ao aumento do bem‐estar dos pacientes, ao aumento da satisfação pessoal dos profissionais de saúde e da qualidade dos serviços prestados por eles e à melhoria das condições de conforto e bem‐estar de familiares e visitantes.
Assim, foi feita uma revisão de literatura da história dos jardins associados a instituições de saúde, sublinhando a sua importância para o conceito de jardim terapêutico, mostrando que em muitos períodos da história a natureza e os jardins em particular foram interpretados como agentes de terapia, locais de promoção da cura e do alívio da dor e do stress. De seguida, identificámos os benefícios concretos e prováveis dos jardins terapêuticos para a saúde e para o bem‐estar dos diversos utilizadores dos hospitais, com especial enfoque no paciente. Contudo, para que estes benefícios ocorram, o planeamento e o desenho do jardim terapêutico e a sua relação com o todo hospitalar revelam‐se de extrema importância. Deste modo, foi apresentado um conjunto de princípios orientadores do desenho deste tipo de espaços que possam ser aplicados de uma forma flexível em hospitais.
Considerando que Portugal não está a acompanhar a tendência internacional, existindo um vazio no projecto e na construção de jardins terapêuticos em hospitais, foi apresentado um estudo do caso do Hospital Pedro Hispano em Matosinhos, que pretende constituir um pequeno contributo e um incentivo à criação de jardins terapêuticos em hospitais portugueses. Neste sentido, estudou‐se uma proposta de aplicação dos princípios de desenho de jardins terapêuticos, descritos no trabalho, aos espaços exteriores do Hospital Pedro Hispano, que contraria e suplanta a situação existente.
Concluímos que o jardim terapêutico é um instrumento capaz de promover e de consolidar o objectivo de humanizar os hospitais e que através dele é possível reforçar o conceito de saúde e maximizar a qualidade e intensidade de interacções positivas que um utilizador pode beneficiar.