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A proposta dessa reflexão é pensar
como, por meio do diálogo com
pessoas que não pensam igual a
você, elevamos nosso repertório de
conhecimento, além de contribuirmos
para melhorar o contexto de
diversidade e de inclusão no qual
estamos inseridos.
RESUMO
Entre as manifestações da segregação de gênero no lócus laboral, está a segregação hierárquica. Esse fenômeno é denominado
“teto de vidro” (Cotter et al., 2001) e caracteriza-se pela menor velocidade com que as mulheres usualmente ascendem na
carreira profissional, resultando em sua baixa participação em cargos de comando das empresas e, consequentemente, nos
espaços de poder, de prestígio e das altas remunerações salariais. O termo foi cunhado por Marilyn Loden, uma engenheira
norte-americana, a partir de sua própria experiência no campo profissional.
Apesar da ampliação da equidade entre os gêneros dos últimos anos, as desigualdades ainda estão presentes na maioria dos
espaços laborais. Neste estudo, analisa-se a ascensão de mulheres em um contexto marcado ainda mais nitidamente marcado
pela predominância masculina, formado pelo ambiente de mentoria de negócios no Brasil.
O estudo se justifica, também, pela importância de ampliar a investigação desta temática na área de mentoria, uma vez que
foram localizados poucos trabalhos acadêmicos que se dedicam às pesquisas deste fenômeno, e tem como objetivo mapear
os ambientes onde mulheres mentoras atuam, identificando estratégias para transpor o teto de vidro nestas esferas. O marco
teórico versa sobre questões sobre as concepções simbólicas sociais com base em Bourdieu (1994; 2010) e as influências da
cultura patriarcal (Scott, 1995) neste processo.
Nessa assertiva, esta pesquisa é de natureza aplicada, exploratória e descritiva, mediante procedimentos técnicos
bibliográficos e pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, e será conduzida através da análise de discurso, a fim de
desvelar os desafios das mulheres na atuação enquanto mentoras de negócios, em programas de mentoria não voltados
exclusivamente a mulheres.
As opções teórico-metodológicas, empreendidas na orientação da investigação e somadas aos resultados provenientes do
campo, subsidiam a ideia de que os ambientes de mentoria ainda apresentam dificuldades para a mulher ascender
profissionalmente. Caracteriza-se a presença do fenômeno do teto de vidro, evidenciando as desigualdades de gênero e as
barreiras sutis e invisíveis que as mulheres enfrentam para manter-se competitivas no cenário globalizado, sugerindo a
necessidade de transformações dessas arenas, no sentido da construção de um espaço laboral mais justo e diverso.