Ana lucia Santos

• Doctor of Feminist Studies
• Assistant Researcher at University of Coimbra

Discursos científicos e culturais em torno da testosterona têm classificado esta hormona como produtora de uma masculinidade universal e patologizado a sua presença em corpos designados do sexo feminino. É sob este viés que várias organizações desportivas restringem o acesso à competição de mulheres com hiperandrogenia, por considerarem valores ele...

Em 2003, o Comité Olímpico Internacional (COI) emitiu regras de elegibilidade para pessoas trans e, desde então, vários órgãos desportivos têm vindo a elaborar as suas próprias normas. Algumas federações aplicam regras baseadas na auto-definição de sexo, enquanto outras aplicam regras baseadas no sexo atribuído à nascença ou no momento em que a afi...

No âmbito desportivo, mulheres cisgénero com hiperandrogenia e pessoas trans podem experimentar entraves à competição devido à perceção de que a sua composição fisiológica e anatómica interfira no fair play. Com um percurso que se inicia com a introdução dos testes de doping, este artigo apresenta uma proposta epistemológica ancorada no pós-humanis...

Dominant cultural frameworks, laws, and social policy in Southern Europe often stem from and replicate a collective imaginary based on a reproductive, cohabiting, monogamous, and cis-heterosexual couple. Concomitantly, despite significant advances in legislation in recent years, LGBTQ+ intimacies continue to be subject to daily prejudice, violence,...

Drawing on biographic interviews conducted with LGBTQ people based in Lisbon, this chapter unpacks the reasons why people cohabit with friends. The chapter starts with an introduction to the topic of friendship and how it has been historically constructed in Western societies. The second part draws attention to the empirical experience of living wi...

A partir do lugar desafiante que corpos protésicos e corpos intersexo ocupam no desporto, proponho pensá-los como uma interrupção positiva na “normalidade”, com potencial político na criação de uma identidade híbrida que recusa o encaixe em categorias estanques, tanto de género como de corporeidades (capaz/incapaz, “normal”/ “deficiente”). Para ref...

The process of naming stems from a cultural and legal script that hinders gender, sexual and reproductive self-determination. Drawing on a comparative study in Southern Europe, this article maps out changes in Portuguese law and gathers voices of an array of experts on naming. The focus of the article is the perplexity resulting from a personal ide...

Southern European society has been described in sociological literature as ableist, patriarchal and male-oriented. Under such conditions, many disabled women face multiple oppressions on grounds of gender, disability, class, age, sexual orientation, ‘race’ and ethnicity. The social construction of the impaired body as passive and dependent is condu...

Tomando como ponto de partida o mediático caso de Rachel Dolezal, ativista pelos direitos raciais acusada de ser ter feito passar por negra, ocorrido nos Estados Unidos da América, este trabalho pretende problematizar a questão da auto-definição identitária, em específico a identidade racial. Importa trazer para a discussão conceitos como, performa...

Sexual difference combines various aspects, ranging from the biological to the social, which, once delimited, reduce people to two political categories: woman and man. Although these categories are not naturally watertight, most societies reject diversity (understood as deformity) in favour of a binary sexual system. This article aims to deconstruc...

Sexual difference involves various aspects (from biological to social), which, once defined, reduce people to two political categories: woman and man. Although these categories are not naturally fixed, most societies reject diversity - taken as pathological deformation - for the sake of preserving a binary sexual system. This article proposes to de...