Figura 4- - uploaded by Joao Carlos Rebello Caribe
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Numero de Likes do Facebook Fonte-Wu et al (2015)-Reprodução O estudo de YouYou Wu et al (2015) da Universidade de Cambridge, demonstra que o julgamento de personalidade baseado em computadores é mais preciso que por humanos. No gráfico a seguir (figura 4), a linha central mais grossa é a média dos traços de personalidade do modelo de personalidade de cinco fatores, utilizado na psicologia para identificar elementos da personalidade dos indivíduos. O projeto utilizado para este estudo continua disponível, chama-se Apply Magic Sauce 10. Para chegar a conclusão, Wu fez o teste convencional, através de questionários, para mais de 17.000 voluntários, que em seguida conectaram o Apply Magic Sauce às suas contas no Facebook. Utilizando o processo de "machine learning", os pesquisadores "ensinaram" aos algoritmos com base nos padrões do
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Resumo Quando se fala em vigilância, logo vem a mente a imagem de uma câmera, um observador por trás dos monitores. É um modelo naturalizado no século XX, que com o advento do big data, está se tornando obsoleto. O modelo de vigilância do Panóptico de Benthan, descrito por Foucault (2014) em "Vigiar e Punir", se baseia no par ver-ser-visto, a parti...
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Esta pesquisa tem por objetivo compreender, a partir do desmembramento do conceito de informação, para a construção de um modelo conceitual, como o indivíduo e grupos processam a informação, como ela é mediada e assimilada. A proposta passa pela compreensão do processo de algoritmização das relações sociais em rede, e o
processamento da informação por indivíduos e grupos, para a produção de crenças e construção da realidade. A principal motivação para este estudo, é compreender como fenômenos como filtro bolha, modulação e vigilância influenciam neste processo, e quais os impactos para a sociedade.
Dualidades como informação é poder, informação é conhecimento, informação como coisa, informação como processo, informação como mercadoria, são frequentemente debatidas no campo da Ciência da Informação. Logo, não existe uma corrente dentro do próprio campo que traga uma definição específica do que se trata o conceito de informação, visto que esse é um conceito que está em constante discussão no campo. Desse modo, a informação recebe uma definição a partir de seu contexto e também do estabelecimento de um significado, seja ele tecnológico, administrativo, comunicacional, político, social e cultural. Este trabalho analisa de forma teórica e interdisciplinar a noção de Capitalismo de Vigilância Informacional no campo da Ciência da Informação. Além disso, busca compreender como essa vigilância atua na captação e manipulação de dados fornecidos por usuários em plataformas manuais ou automatizadas. O termo "Capitalismo de Vigilância" foi cunhado pela professora e psicóloga social estadunidense da Harvard Business School, Shoshana Zuboff. Com base em autores consagrados do campo, como Borko, Saracevic, Capurro, trata-se de um conceito que ainda não foi analisado e discutido com rigor na Ciência da Informação. A metodologia de pesquisa foi a revisão bibliográfica para o levantamento, seleção, análise, leitura e fichamento dos materiais sobre o conceito de Capitalismo de Vigilância e Ciência da Informação. Os materiais foram coletados em dicionários e manuais, nas bases de dados, em periódicos especializados, em eventos científicos nacionais e internacionais realizados na Ciência da Informação e de Tecnologia. Outras fontes de informação, como artigos, monografias, dissertações, teses e livros foram utilizados para dar sustentação teórica à pesquisa. Com base na análise da literatura e na interpretação textual dos materiais, considera-se que a ideia de Capitalismo de Vigilância Informacional é um conceito que precisa ser mais bem analisado do ponto de vista teórico-crítico, visto que, dados e informações são elementos fundamentais e que são inerentes às práticas sociais e humanas.
Dados são o novo petróleo, o Facebook obteve uma receita bruta de U$ 55,83 bilhões em 2018i , Alphabet, holding da Google, faturou U$ 126,8 bilhões, no mesmo períodoii , um mercado crescente e atual, baseado no Capitalismo de Vigilância. Shoshana Zuboff (2015) popularizou o conceito de “capitalismo de vigilância” que denota um novo tipo de capitalismo monetizado por dados adquiridos por vigilância, e muitas vezes à margem da legalidade e da ética. A autora atribui o surgimento dessa nova forma de capitalismo à conjunção de vastos poderes digitais e a indiferença e narcisismo intrínseco do capitalismo financeiro, dentro da ótica neoliberal, frente à nova dependência da arquitetura global de mediação digital que produz o big data, e uma nova expressão de poder que ela chama de “Big Other”